Petrolina traça nova estratégia de combate ao mosquito da dengue

Para exterminar o perigoso mosquito Aedes Aegypti transmissor da Dengue, Chikungunya e Zika Vírus, Petrolina está com uma nova estratégia e visa implantar o monitoramento via Drone (aeronave pequena não tripulada, e comandada por um ser humano a distância pelo controle remoto), que irá sobrevoar as residências dos bairros com maior índice de infestação do mosquito e captar imagens dos criadouros.

Segundo a secretária de Saúde, Lucia Giesta, e o secretário de Cidades, Marcelo Cavalcanti, a implantação do monitoramento de drone ainda está em fase de discussão, mas a ideia é que em breve seja mais uma ferramenta de combate ao mosquito.

 “Após a identificação será feito o encaminhamento necessário para eliminação dos focos. A gestão tem trabalhado com todo empenho para combater o mosquito Aedes, mas a população tem que ser aliada e ajudar nesse combate, pois Zika e Dengue matam”, afirma Giesta.

Instituto Butantan é autorizado pela Anvisa a iniciar Ensaio Clínico fase 3 da vacina contra dengue

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A Anvisa aprovou, na última sexta-feira (11), o Dossiê de Desenvolvimento Clínico de Medicamento (DDCM) enviado pelo Instituto Butantan a respeito da vacina contra a dengue. Desse dossiê, constam os resultados dos ensaios clínicos fase II, além do cumprimento das exigências técnicas que haviam sido feitas pela Agência para comprovar a segurança do produto. A documentação, enviada à Anvisa no último dia 08/12, possibilita o sinal verde para que o Instituto Butantan inicie os estudos fase III. Esta é a última etapa necessária para que o Instituto protocole o pedido de registro da vacina à Anvisa, que avaliará a qualidade, segurança e eficácia do produto.

A vacina da dengue é assunto prioritário para a Agência e a avaliação foi realizada com a maior brevidade possível e de forma a garantir as etapas necessárias e essenciais para segurança e eficácia do produto final, dentro dos padrões estabelecidos pelo Brasil e por organismos internacionais de interesse na área, como com a OMS e o Dengue Vaccine Initiative (DVI).

A Agência ressalta que todo o desenvolvimento da vacina vem sendo acompanhado junto ao Instituto Butantan, o que contribuiu para que o processo de análise fosse realizado dentro dos padrões internacionais de qualidade. A liberação de uma vacina para teste em milhares de pessoas, como ocorre na fase III, exige que se tenha absoluta certeza da segurança do produto. (informações do Portal Anvisa)

Petrolina sedia I Fórum Petrolinense de Saúde do Trabalhador: Agrotóxico e Seus Impactos

Nesta terça-feira (15) a Secretaria de Saúde de Petrolina realizará o I Fórum Petrolinense de Saúde do Trabalhador: Agrotóxico e Seus Impactos. O simpósio tem o objetivo de discutir questões relativas ao uso do agrotóxico e seus impactos à Saúde do Trabalhador Rural, ao Meio Ambiente e a Sociedade.

“Queremos que a sociedade se sensibilize da necessidade do controle efetivo na utilização dos agrotóxicos, observando o cumprimento das leis específicas”, pontuou a coordenadora do Centro de Referência em Saúde do Trabalhado (Cerest), Jordana Fernandes.

O evento acontecerá das 8h às 17h, no auditório do SEST/SENAT, com a presença de instituições governamentais, não governamentais, população em geral e comunidade científica. (Ascom)

Combate ao Aedes, ministério da saúde envia larvicida para tratar águas

O Ministério da Saúde enviou, nesta semana, larvicida aos estados do Nordeste e Sudeste suficiente para tratar um volume de água equivalente a 3.560 piscinas olímpicas. São mais 17.9 toneladas do produto utilizado para eliminar as larvas do mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão da dengue, Zika e chickungunya. O quantitativo é suficiente para proteger 8.9 bilhões de litros de água. Cada quilograma do produto é capaz de tratar 500 mil litros de água. O larvicida é utilizado quando não é possível eliminar o foco de água parada, local de reprodução do mosquito.

O objetivo é manter as secretarias estaduais de Saúde abastecidas com um dos principais instrumentos para eliminar as larvas do mosquito Aedes aegypti. Neste ano, foram enviadas 114.4 toneladas de larvicida para todo o país. Esse quantitativo garantiu o tratamento de 57,2 bilhões de litros de água.  Para o próximo ano, o Ministério da Saúde já adquiriu mais 100 toneladas do produto, que deverá garantir o abastecimento até junho de 2016. Entre outubro deste ano e junho do próximo ano, o Ministério da Saúde investiu cerca de R$ 10 milhões.

Todos os insumos utilizados pelo Ministério da Saúde são de uso preconizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) podendo, inclusive ser utilizado em água para consumo humano. A quantidade enviada pelo Ministério da Saúde corresponde à demanda apresentada pelas próprias Secretarias Estaduais de Saúde, levando em consideração a situação epidemiológica local e o histórico de consumo.

A mobilização com agentes comunitários de saúde, agentes de combate a endemias, e a compra de insumos e a disponibilidade de equipamentos para aplicação de inseticidas e larvicidas integram uma das três frentes (Mobilização e combate ao mosquito) do Plano Nacional de Enfrentamento à Microcefalia, lançado este mês pela presidenta da República Dilma Rousseff e o ministro da Saúde, Marcelo Castro.

A orientação é que as secretarias estaduais e municipais de saúde verifiquem se a utilização do insumo está de acordo com as normas do Programa Nacional de Controle da Dengue. Além disso, a secretarias devem realizar uma avaliação de risco, utilizando as informações do Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa). O levantamento permite direcionar as ações de forma mais apropriada, de acordo com o tipo de depósito predominante em cada área.

A população também tem papel fundamental no processo de prevenção e controle da dengue, com a adoção de medidas simples, como a  eliminação de recipientes que podem acumular água e servir de criadouro para o mosquito Aedes aegypti.

Médicos residentes protestam em Petrolina com ação solidária

paralisação medicos residentes

Na manhã desta quinta-feira (10), médicos residentes do IMIP – Hospital Dom Malan, em Petrolina, sertão de Pernambuco, realizaram protesto na Praça do Bambuzinho no Centro de Petrolina. Os médicos estão em estado de greve desde a última quinta-feira (09).

Segundo Sinara Milena de Carvalho Cordeiro, médica residente no HDM, fazer atendimento ao público, como testes de glicemia e aferindo pressão, foi uma maneira de chamar a atenção da população para a bandeira levantada.

“ Estamos aderindo a paralisação nacional dos médicos residentes e a maneira que a gente encontrou de trabalhar em cima da greve foi promovendo ações sociais para a população” diz a residente.

Está na pauta de reclamações dos médicos, melhoria na bolsa dos residentes, melhoria de infraestrutura e atendimento à população, melhores condições de trabalho e formação.

“Estão se abrindo vagas de residência médica sem estrutura e qualidade. A gente também reivindica melhoria da bolsa de residência que não sofre reajuste desde 2013. Melhores condições de formação, a gente está sendo formado, por muitas das vezes, em péssimas condições ou por preceptores que não tem qualificação“ explica Sinara.

No Dom Malan, 15 residentes participam da paralisação que permanece por tempo indeterminado.

Em greve médicos residentes do HDM em Petrolina farão atendimentos na praça nessa quinta

Hospital Dom Malan 1

Nessa quarta-feira (9), os médicos residentes do Hospital Dom Malan, aderiram a greve nacional da categoria. A pauta de reivindicações, feitas pela Associação Nacional dos Médicos Residentes (ANMR), cobram melhorias estruturais nos hospitais.

Segundo o G1, os grevistas realizarão nesta quinta-feira (10), a partir das 8h, atendimentos voluntários na Praça do Bambuzinho, no Centro da cidade. Estão previstos serviços como aferição de Pressão Arterial, teste de glicemia e avaliação de exames e do cartão de vacinação da criança entre outras ações de forma gratuita a comunidade.

Apesar da paralisação, os médicos de Petrolina continuarão os atendimentos dos serviços essenciais. Segundo comunicado do Conselho Federal de Medicina (CFM), deve ser mantida a escala mínima de 30% do quadro habitual de médicos residentes nas unidades de urgência, emergência e nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI), além dos plantões de intercorrências nas enfermarias. Já as demais atividades estarão suspensas.

De acordo com os residentes de Petrolina, além das reivindicações em âmbito nacional, os médicos cobram melhor remuneração e valorização da preceptoria, aumento do quadro de preceptores, manutenção e ampliação dos serviços ambulatoriais, manutenção e ampliação das cirurgias eletivas.

 

Ministro da Saúde diz que será colocado larvicida em carros-pipa

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O ministro da Saúde, Marcelo Castro, disse ontem (8) que o governo vai colocar larvicida nos carros-pipa que transportam água para os municípios atingidos pela seca no Nordeste. A intenção, informou, é destruir as larvas do mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus Zika e da dengue.

De acordo com ele, essa será a “principal ação” a ser feita pelo ministério a partir de agora, visando a combater o mosquito antes mesmo que ele nasça. “As pessoas acumulam água reservada em vasilhames para usar, e esses vasilhames estão sendo hoje, no Nordeste, o criadouro principal dos mosquitos. A campanha está centrada em não deixar o vírus nascer”, afirmou.

Marcelo Castro conversou com jornalistas após participar de uma reunião da presidenta Dilma com 25 representantes dos estados e do Distrito Federal, governadores e vices, para discutir o assunto. Durante o encontro, foi discutida a importância do envolvimento de cada uma das pessoas no enfrentamento ao mosquito e a preocupação com as gestantes para que não sejam picadas.

Na última semana, o Ministério da Saúde confirmou a relação entre o vírus e casos de microcefalia em crianças, que aumentaram significativamente nos últimos meses. De acordo com a pasta, 1.761 casos suspeitos de microcefalia foram já notificados em 422 municípios brasileiros. Segundo o ministro, deve-se evitar o contato com o mosquito seja com telas nas casas ou roupas compridas, principalmente por parte das grávidas.

“Devemos fazer o dever de casa e, a partir de agora, entrar de casa em casa e exterminar qualquer foco, criadouro do mosquito. Essa ação tem que ser uma ação de toda a sociedade”, defendeu o ministro. Ele informou que mesmo com a atual restrição orçamentária, “não faltarão recursos” já que “hoje não existe no país problema maior”.

Além da campanha nacional, foi decidido que Brasília comandará um centro de controle de desastres. O objetivo é instalar salas nos estados e municípios para facilitar a comunicação sobre o vírus Zika. De acordo com o Secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil, general Adriano Pereira Júnior, a centralização do controle permitirá maior eficiência no combate ao vírus e agilidade na avaliação dos resultados.

Microcefalia: com 804 casos suspeitos, Pernambuco permanece com maior número de casos

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Até o último sábado (5), 1.761 casos suspeitos de microcefalia foram notificados em 422 municípios brasileiros. Os números foram divulgados hoje (8) pelo Ministério da Saúde. Até o momento, de acordo com o novo balanço, 14 unidades federativas registram casos suspeitos da malformação.

Pernambuco permanece como o estado com o maior número de casos (804). Em seguida, estão Paraíba (316), Bahia (180), Rio Grande do Norte (106), Sergipe (96), Alagoas (81), Ceará (40), Maranhão (37), Piauí (36), Tocantins (29), Rio de Janeiro (23), Mato Grosso do Sul (9), Goiás (3) e Distrito Federal (um).

Foram notificados ainda 19 mortes de bebês com microcefalia e suspeita de infecção pelo vírus Zika, sendo sete no Rio Grande do Norte, quatro em Sergipe, dois no Rio de Janeiro, um no Maranhão, dois na Bahia, um no Ceará, um na Paraíba e um no Piauí. O ministério informou que os casos estão sendo investigados para confirmar a causa da morte.

LOA, PPA e Secretária de Saúde, Lucia Giesta, entre as pautas da Câmara nesta terça-feira

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Secretária de Saúde de Petrolina Lúcia Giesta

Os vereadores de Petrolina irão  votar na sessão desta terça-feira (8), a Lei Orçamentária Anual (LOA), elaborada pelo Poder Executivo que estabelece as despesas e as receitas que serão realizadas no próximo ano.

A Constituição determina que o Orçamento deve ser votado e aprovado até o final de cada ano pelo Poder legislativo.

O Plano Plurianual (PPA) que estabelece as diretrizes, objetivos e metas a serem seguidos pelo Governo Municipal ao longo de um período de quatro anos, também consta da pauta.

Na plenária haverá ainda a participação da Secretária de Saúde, Lúcia Giesta, que tratará do tema microcefalia em Pernambuco e na cidade de Petrolina.

 

 

Petrolinenses já podem fazer o Cartão SUS nas AMEs Saúde da Família

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De acordo com a prefeitura, a partir da próxima segunda-feira (14), os petrolinenses podem fazer a confecção do Cartão Sistema Único de Saúde (SUS), documento que permite o acesso aos serviços do SUS, nas unidades AME Saúde da Família.

A diretora de Regulação, Mara Gonçalves destacou que,  “O ponto de confecção no Centro de Convenções funcionará até sexta-feira (11), a partir do dia 14/12 funcionará em todas as AMEs. Para a emissão do cartão é preciso levar RG, CPF, Comprovante de Residência e, se for menor de idade, a certidão de nascimento”, orientou.

Zika: saiba quais os repelentes mais indicados contra o mosquito Aedes aegypti

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Com a epidemia de dengue e o crescente número de casos de microcefalia associada a ocorrência do zika vírus, muitas pessoas, incluindo gestantes, têm recorrido ao uso de repelentes para tentar se proteger das picadas do Aedes aegypt, mosquito transmissor dessas doenças, acatando recomendação feita pelo Ministério da Saúde.

Contudo, nem todo repelente pode ser usado por crianças e grávidas. Além disso, os vários tipos do produto possuem tempo de ação diferentes, o que pode comprometer a eficácia da proteção se esse detalhe não for observado ou ocasionar outros problemas de saúde, alerta o infectologista brasiliense, Edwin Antonio Solorzano Castillo.

São três os princípios ativos dos repelentes comercializados no Brasil aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)*. Os produtos também diferem quanto à indicação de uso e  duração de proteção. Confira abaixo quais são eles.

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Ações da Secretaria de Saúde de Pernambuco que identificam os vírus Zika e Chikungunya servirão de referência para o país, afirma Dilma

 

Dilma-e-Paulo-Câmara-combate-a-Zica-439x300Durante reunião no sábado (05/12), no Comando Militar do Nordeste (CMNE), com a presidente Dilma Rousseff, para discutir medidas de combate ao Aedes aegypti, o governador Paulo Câmara destacou a eficiência da Vigilância em Saúde de Pernambuco por ter sido o primeiro Estado a identificar os vírus zika e chikungunya, transmitidos pelo mosquito, que também propaga a dengue.

O zika vírus foi apontado pelo Ministério da Saúde como causador do aumento de casos de microcefalia em bebês no País. Segundo a presidente Dilma, os protocolos firmados pela Secretaria de Saúde de Pernambuco para identificar a doença e cuidar das crianças e suas famílias vão servir de referência para outros Estados.

Na próxima terça-feira (08/12), a presidente reunirá os 27 governadores da Federação e mais entidades nacionais que representam os municípios. “Temos uma vigilância em Saúde que tem um dos protocolos mais eficientes do País”, disse Paulo Câmara, durante a reunião que contou com a presença de quatro ministros, deputados federais, senadores, prefeitos e secretários estaduais, além de comandantes do Exército, que ajudarão os Municípios e os Estados no combate ao Aedes.

O governador Pernambuco elogiou a iniciativa da presidente em reunir os governadores e disse que “Pernambuco está todo mobilizado”, informando que as prioridades são o atendimento permanente às crianças com microcefalia e às suas famílias, além do combate diário ao mosquito Aedes aegypti.

Câmara lembrou que Pernambuco adotou protocolos que hoje já são referência nacional no que diz respeito ao aumento de casos da microcefalia: instituiu a notificação, imediata e compulsória; realizou o estudo descritivo; definiu e articulou a rede de referência; fez a investigação epidemiológica em parceria com a Fiocruz; elaborou e publicou o protocolo clínico epidemiológico e elaborou e divulgou informes semanais. “Precisamos agora sensibilizar a população para a gravidade desse desafio que temos pela frente”, completou o governador.

“Precisamos da união de todos, Governo Federal, Estados, municípios e a sociedade civil”, disse a presidente Dilma, acrescentando que “o compromisso não é de apenas uma unidade da Federação”, mas de todo Brasil. Dilma assegurou que “não faltarão recursos”, apesar das dificuldades fiscais do Governo Federal. Já o ministro da Saúde, Marcelo Castro, lembrou que essa é a primeira vez que ocorre o registro no mundo da vinculação do zika com a ocorrência da microcefalia.

Castro, a exemplo do que fez Pernambuco na última segunda-feira (30/11), apresentou um Plano Nacional de Enfrentamento à Microcefalia e Propostas de Ação. O secretário de Saúde de Pernambuco, Iran Costa, detalhou as primeiras ações do Plano Estadual de Enfrentamento à Doenças Transmitidas pelo Aedes aegypti.

Especialistas dos EUA que investigam zika no Brasil criticam laboratórios do País

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Integrantes do Centro de Controle de Doenças (CDC) que vieram ao Brasil para colaborar com as investigações da epidemia de nascimentos de bebês com microcefalia criticaram as condições dos laboratórios públicos do País. No encerramento de uma visita de quatro dias, técnicos fizeram elogios à equipe técnica, mas disseram estar penalizados com as condições dos laboratórios nos Estados. “Num país tão grande, é uma pena”, comentou um dos participantes do grupo.

Diante do aumento de casos suspeitos, o Instituto Evandro Chagas (IEC), referência para esse tipo de pesquisa, está sobrecarregado. O atraso na liberação de resultados é visto como uma ameaça à agilidade na avaliação da epidemia e a até mesmo a definição dos rumos a tomar. A ideia do governo é ampliar os centros credenciados para fazer as análises. Já está definida a realização de cursos de capacitação para equipes de outros laboratórios e a compra de insumos necessários para fazer os testes de identificação do zika, vírus que é associado ao aumento súbito do número de nascimentos de bebês com a má-formação.

A equipe visitou ao longo destes dias centros de atendimento e analisou as linhas de investigação que estão em curso em Pernambuco, Estado que concentra 646 dos 1.248 casos suspeitos da má-formação no Brasil.

Ministério da Saúde revê critério para diagnóstico inicial de microcefalia

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O Ministério da Saúde mudou os critérios para o diagnóstico de microcefalia relacionada ao vírus Zika e adotou a medida de 32 centímetros como o ponto de partida para triagem e identificação de bebês não prematuros com possibilidade de ter a malformação no crânio.

Até então, estavam sendo considerados casos suspeitos aqueles em que a criança nascia com menos de 33 centímetros de perímetro cefálico, segundo o Ministério da Saúde, para incluir um número maior de bebês na investigação. Depois de ter o perímetro cefálico medido, para ter o diagnóstico confirmado, a criança precisa passar por outros exames.

Com a determinação, parte dos 1.248 casos considerados suspeitos de microcefalia podem ser descartados. O número atualizado de 2015 deve ser divulgado na próxima terça-feira.
Segundo a pasta, a medida segue recomendação da Organização Mundial da Saúde, que considera 32 centímetros a medida padrão mínima para a cabeça de recém nascidos não prematuros. O perímetro cefálico, medida da cabeça feita logo acima dos olhos, varia conforme a idade gestacional do bebê. Segundo o Ministério da Saúde, para a população brasileira, 33 centímetros é considerado normal.

Médicos esclarecem dúvidas sobre microcefalia em Petrolina

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Nos últimos meses o estado de Pernambuco se destaca no número de casos de microcefalia. Só no Hospital Dom Malan/IMIP, situado em Petrolina (PE), já foram constatados seis casos: três em Petrolina (PE), um em Mirandiba (PE), um em Trindade (PE) e um em Campo Formoso (BA).

Microcefalia significa crânio pequeno e pode repercutir no desenvolvimento cerebral da criança. O diagnóstico pode ser ultrassonográfico, já na fase intrauterina, e também pode ocorrer no primeiro exame físico, seja na sala de parto ou na primeira consulta. O perímetro cefálico, ou seja, a circunferência da cabeça do bebê é medida, valores menores ou iguais a 32 centímetros, em recém-nascidos a termo, sugerem microcefalia.

A doença tem inúmeras causas. Desde causas genéticas, uso de substâncias nocivas durante a gravidez, alimentação materna inadequada, desnutrição materna, traumas e infecções congênitas. É necessário investigar a causa da anormalidade para traçar o plano terapêutico e evitar complicações passíveis de prevenção.

O ginecologista e obstetra do HDM, Marcelo Marques, explica que no pré-natal são realizadas ações de prevenção e diagnóstico da microcefalia. Na análise, os exames de ultrassonografia podem identificar a redução do perímetro cefálico fetal. “Então o tamanho da cabeça do bebê varia de acordo com a idade e crescimento, existem curvas que estabelecem o tamanho padrão para cada idade, quando está baixo desse padrão temos o diagnóstico da microcefalia”, afirma Marcelo Marques.

Os exames de rotina pré-natal devem ser realizados, especialmente as chamadas sorologias maternas (exames de sangue) na gestante que fazem parte da investigação das causas de microcefalia. Na ocorrência de exantema (manchas vermelhas pelo corpo), as sorologias de Dengue, Zika e Chikungunya devem ser colhidas de acordo com as orientações do protocolo publicado pela Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES-PE). Além desses exames, que identificam as possíveis causas, os exames de ultrassonografia (USG) são fundamentais para se chegar ao diagnóstico.

Segundo o ginecologista, “idealmente, a gestante deve realizar pelo menos quatro exames de ultrassonografia durante a gravidez. Caso apresente exantema, o protocolo estabelecido pela SES-PE orienta que deve fazer exame de USG em torno de 32-35 semanas de gestação para avaliação dos parâmetros que identificam a microcefalia. Diante da evidência da microcefalia, esta deve ser notificada de acordo com formulário especifico disponível no site da SES-PE”, ressalta.

As causas da epidemia da microcefalia, ainda estão sendo investigadas. Como a principal hipótese e o Zika Vírus, recomenda-se tomar as mesmas ações de prevenção ao vetor da dengue, que é o mesmo. Então usar roupas que cubram membros, usar repelentes, não deixar água acumulada em casa são algumas medidas. A gestante assim que tiver o diagnóstico de gravidez deve procurar a unidade primária de saúde para início do pré-natal.

Por tudo isso, o papel do médico e da equipe que faz a assistência pré-natal é essencial. Fazendo os exames de rotina e USG, notificando os casos onde foi feito o diagnóstico e fazer o devido acompanhamento e referencialmente. “É importante que as gestantes tenham seu parto em unidades de saúde que permitam o prosseguimento da investigação ao nascimento, bem como seu acompanhamento por equipe interdisciplinar”, enfatiza Marcelo Marques.

A pediatra do HDM, Fernanda Patrícia Novaes, informa que a prevenção das causas infecciosas congênitas pode ser realizada mantendo o cartão de vacinas atualizado. “Evitar contato com portadores da Rubéola, Catapora e Herpes em atividade, assim como outras doenças infecciosas. O primeiro trimestre da gravidez é o que exige mais cuidado, devido à imaturidade do desenvolvimento do filho, na fase de embrião” disse a pediatra.

As sequelas da microcefalia estão relacionadas ao desenvolvimento neurológico, mental, psicológico e locomotor da criança. Esse comprometimento pode alterar a aprendizagem, a fala, a audição, a caminhada, a coordenação motora, entre outras sequelas relacionadas ao desenvolvimento do sistema nervoso central.

O Pediatra tem uma importante função no diagnóstico, prevenção das complicações e acompanhamento da criança o longo do seu crescimento e desenvolvimento, em parceria com a família e toda equipe multiprofissional, composta por Neurologia infantil, Fonoaudiologia, Fisioterapia, Terapia ocupacional, Psicologia, entre outros profissionais, a depender das necessidades e desafios que forem surgindo ao longo da caminhada, finalizou Fernanda Novaes. (Asscom)