A CPI das Faculdades Irregulares ouviu, na última quarta-feira (2), representantes de três instituições responsáveis por cursos de extensão que seriam “aproveitados” como cursos de graduação, após validação de Instituições de Ensino Superior. Representantes do Instituto Educacional de Desenvolvimento Cultural e Pesquisa em Desenvolvimento Humano (IEDUC), da Fundação de Ensino Superior de Olinda (Funeso) e do Núcleo de Especializações Boaz Ambrósio Silveira (Nebas) confirmaram e defenderam esse procedimento, que na visão do presidente da CPI, deputado Rodrigo Novaes é um prática ilegal destinada a burlar a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) da educação brasileira.
O ponto mais aprofundado na reunião foi a ligação entre a Funeso e diversas entidades que promovem os cursos de extensão. Uma dessas entidades, o Nebas, entregou um contrato com detalhes do funcionamento da parceria. Segundo esse contrato, o Núcleo repassa 22,5% de seu faturamento para a Funeso para poder usar a marca da entidade em seus cursos. A diretora-geral do Nebas, Raquel Duarte, afirmou que “dirige uma empresa de educação, e a definição de objeto social permite que trabalhem desde a educação básica até o nível superior”.