Vereador Pérsio Antunes troca o PMDB pelo PV, ato de filiação será dia 11

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Como já era previsto o médico Pérsio Antunes enfim vai deixar o PMDB, partido pelo qual se elegeu por duas vezes vereador de Petrolina, para ingressar no Partido Verde (PV). A  posse está marcada para a próxima sexta-feira (11), no plenário da Câmara Municipal de Petrolina.

Rompimento

Pérsio Antunes foi líder do prefeito Júlio Lossio (PMDB) por duas vezes seguidas na Casa Plínio Amorim, onde exercia uma defesa contundente da atual gestão.  Por não ter recebido o apoio do prefeito e seu grupo a sua pré-candidatura a deputado estadual na última eleição, o edil resolveu romper com Lossio e declarar apoio ao grupo do senador Fernando Bezerra Coelho.

Deputado Odacy Amorim convida sanfoneiro Hosterninho do Acordeon para entrar na vida pública em Afrânio

Hosterninho

Durante a solenidade em que recebeu a Medalha de Honra ao Mérito Dom Malan, neste sábado (05) no Distrito de Rajada, Petrolina-PE, o sanfoneiro Hosterninho do Acordeon recebeu o convite do deputado estadual Odacy Amorim (PT) para entrar na vida pública em Afrânio, cidade em que reside. Em sua fala o deputado, que também foi homenageado pela Câmara Municipal de Petrolina com a mesma condecoração, disse que a cidade de Afrânio precisa se libertar da política autoritária em que se encontra instalada.

“Afrânio é uma cidade que está precisando de oxigenação e novas lideranças, Hosterninho tem demostrado ser um homem muito corajoso, muito determinado, não se curvando diante das pressões, então acho que ele deve entrar na vida pública e eu estou fazendo este convite a ele”, comentou Odacy.

Apesar da satisfação em ser lembrado pelo deputado para entrar na vida pública Hosterninho foi muito cauteloso ao falar sobre o assunto. “Isso aí a Deus pertence, a gente tem que sentar e conversar bem muito, o estudo da gente é pouco. Há muito tempo que o pessoal comenta isso com a gente só que eu já tive mais empolgado com a vida pública, mas agora eu dei mais uma paradinha”, desconversou.

 

PT realiza manifestação nesta segunda-feira em apoio ao ex-presidente Lula

Cristina Costa

A partir das 8h da manhã desta segunda-feira (07), o Partido dos Trabalhadores (PT), estará realizando um ato em Petrolina-PE em defesa do ex-presidente Lula, a informação é da vereadora Cristina Costa (PT). “Contamos com uma grande participação, estão chegando aqui o MST, os movimentos sindicais, vamos a rua, há mobilização, nós estamos em vigília permanente dentro do Partido dos Trabalhadores, vamos panfletar nas universidades, nas escolas públicas, vamos ter a paralisação da educação dias 15, 16 e 17 voltada para defesa da democracia”, elencou.

A parlamentar acrescentou que o objetivo dessa mobilização é confrontar e chamar a atenção da população para os erros cometidos pelo juiz Sérgio Moro. “Se Dilma, Lula ou qualquer outro tenha cometido erros, esses erros têm que ser apurados para depois jogar na mídia e não fazer a forma de armar o circo, pois pode se dizer levou Lula quando em nenhum momento se negou a ir ao Ministério Público, não foi notificado, já chega com a Polícia Federal, como o próprio Supremo Tribunal Federal questionou que o juiz Sérgio Moro não tinha autonomia de fazer essa coerção em cima do presidente Lula”, explicou Cristina.

Ela disse ainda que o que está em jogo é um projeto democrático. “É a descentralização das universidades, é o filho do trabalhador chegar numa universidade e se tornar um médico, é a gente andar num avião de igual para igual o trabalhador com o rico, então é um projeto, não é Lula nem Dilma e isso nós vamos está em intensa mobilização e dizer não ao golpe”, concluiu Costa.

Isabel Cristina afirma que condução de Lula pela Polícia Federal foi mais uma armação

Isabel Cristina

Assim como em todo o país o Partido dos Trabalhadores em Petrolina também condenou a ação da Polícia Federal em conduzir o ex-presidente Lula para depor na investigação da operação Lava-Jato. De acordo com a ex-deputada Isabel Cristina tudo foi arrumado, premeditado, na tentativa de destruir o programa que está em vigência neste país. ” Eu acho que não se trata de destruir PT, de destruir Dilma, na realidade eles vão para o foco de quem é responsável direto, para quem dá visibilidade direta para este projeto que é o presidente Lula. Então eles vieram por lá, pegando deputado ali para chegar em Lula.” avaliou.

Cristina disse no entanto acreditar que o tiro saiu pela culatra. “Tanto foi inoportuna essa convocação, o próprio ministro (Marco Aurélio Mello) disse isso que o Sérgio Moro foi inconsequente nessa convocação de Lula, até por que ele não tinha que ir na forma coercitiva porque ele é uma pessoa que sempre está disponível para prestar qualquer esclarecimento”.

Para a petista, houve exageros por parte da justiça “essa tentativa de mostrar para a população, de mostrar para o povo que Lula foi preso, que Lula está sendo levado pela Polícia Federal, isso foi mais um passo dessa tentativa de destruição, por que além de Lula ser um ex-presidente da república ele jamais iria fugir de sua responsabilidade em prestar qualquer esclarecimento, não precisava aquela manobra toda, daquele sensacionalismo que foi feito”, disse.

Isabel Cristina confirmou que todo que está acontecendo não passa de mais uma armação contra o PT. “Seis horas da manhã a Globo já estava na casa de Lula então isso foi realmente uma armação e a população está cansada desse tipo de coisa”, salientou.

Artigo: Fernando Henrique atribui crise a exaustão do atual arranjo político brasileiro

Cartas na mesa

É preciso abrir o jogo: não se trata só de Dilma ou do PT, mas da exaustão do atual arranjo político brasileiro. E mais: o que idealizamos na Constituição de 1988, cujo valor é indiscutível, era construir uma democracia plena e um país decente, com acesso generalizado à Educação pública, Saúde gratuita e Previdência Social. Mais ainda, acesso à terra para os que nela precisassem trabalhar, bem como assistência social aos que dela necessitassem. A execução desse programa encontra dificuldades crescentes porque a estrutura estatal é burocratizada e corporativista. E também porque a sociedade não quer e não pode pagar cada vez mais tributos quando os gastos não param de se expandir.

Era inevitável que nos encontrássemos nessa situação? Não. Contudo, para evitar a crise do sistema de partidos e da relação Executivo/Legislativo, teriam sido necessários, no mínimo, os contrapesos da “lei de barreira” e da proibição de alianças partidárias nas eleições proporcionais, restrição aos gastos de campanha e regras mais severas para seu financiamento.

Mas não é só. A má condução da política econômica tornou impossível ao governo petista seguir oferecendo os benefícios sociais propostos, senão pagando o preço da falência do Tesouro. Não me refiro às bolsas, que vêm do governo Itamar, foram ampliadas em meu governo e consolidadas nos governos petistas: elas são grãos de areia quando comparadas com as “bolsas empresários” oferecidas pelos bancos públicos com recursos do Tesouro. Sem mencionar o grau inédito de corrupção, azeite que amaciou as relações entre governos, partidos e empresas e que deu no que deu: desmoralização e desesperança. Oxalá continue a dar cadeia também.

Diante disso, como manter a ilusão de que as instituições estão funcionando? Algumas corporações do Estado, sim, se robusteceram: partes do Ministério Público e da Polícia Federal, segmentos do Judiciário, as Forças Armadas e partes significativas da burocracia pública, como no Itamaraty, na Receita e em algum ministério, ou no Banco Central. Entretanto, no conjunto, o Estado entrou em paralisia, não só o Executivo, como também a burocracia e o Congresso. Este pelas causas acima aludidas, cuja consequência mais visível é a fragmentação dos partidos e a quase impossibilidade de se constituir maiorias para enfrentar as dificuldades que estão levando ao desmonte do sistema político.

Nada disso ocorreu de repente. Repito o que disse em outras oportunidades: na viagem que a presidente Dilma fez em 2013 para prestar homenagens fúnebres a Mandela, acompanhada por todos os ex-presidentes, eu mesmo lhes disse: o sistema político acabou; nossos partidos não podem ou não querem mudar; busquemos os mínimos denominadores comuns para sair do impasse, pois somos todos responsáveis por ele. Apenas o presidente Sarney se mostrou sensível às minhas palavras.

Agora é tarde. Estamos em situação que se aproxima à da Quarta República Francesa, cujo fim coincidiu com os desajustes das guerras coloniais, tentativas de golpe e, finalmente, a solução gaullista. Aqui as Forças Armadas, como é certo, são garantes da ordem e não atores políticos. É hora, portanto, de líderes, de pessoas desassombradas, dizerem a verdade: não sairemos da encalacrada sem um esforço coletivo e uma mudança nas regras do jogo. A questão não é só econômica. Sobre as medidas econômicas, à parte os aloprados de sempre, vai-se formando uma convergência, basta ler nos jornais o que dizem os economistas.

Mesmo temas sensíveis, nos quais ousei tocar quando exercia a Presidência e que caro me custaram em matéria de popularidade, voltam à baila: no âmbito trabalhista, como disse o novo presidente do Tribunal Superior do Trabalho, Gandra Martins, citando como exemplo o Programa de Proteção ao Emprego, comecemos por aceitar que o acordado entre os sindicatos prevaleça sobre o legislado, desde que respeitadas as garantias fundamentais asseguradas aos trabalhadores pela CLT. Enfrentemos o déficit previdenciário, definindo uma idade mínima para a aposentadoria que se efetive progressivamente, digamos, em dez anos. Aspiremos, com audácia, que um novo governo, formado dentro das regras constitucionais, leve o Congresso a aprovar algumas medidas básicas que limitem o endividamento federal, compatibilizemos gasto público com o crescimento do PIB e das receitas, e melhorem o sistema tributário, em especial em relação ao ICMS.

Dentre as medidas fundamentais a serem aprovadas, a principal é, obviamente, a reformulação da legislação partidário-eleitoral. O nó é político: eleições com a legislação atual resultarão na repetição do mesmo despautério no Legislativo. Há que mudar logo a lei dos partidos, restringindo a expansão de seu número, e alterando as regras de financiamento eleitoral para evitar a corrupção. Por boas que tenham sido as intenções da proibição de contribuição de empresas aos partidos, teria sido melhor limitar a contribuição de cada conglomerado econômico a, digamos, X milhões de reais, obrigando as empresas a doarem apenas ao partido que escolherem, e por intermédio do Tribunal Superior Eleitoral, que controlaria os gastos das campanhas. A proibição pura e simples pode levar, como ocorreu em outros países, a que o dinheiro ilícito, de caixa dois ou do crime organizado, destrua de vez o sistema representativo.

Ideias não faltam. Mas é preciso mudar a cultura, o que é lento, e reformar já as instituições. É tempo para que se verifique a viabilidade, como proposto pela Ordem dos Advogados do Brasil e por vários parlamentares, de instituir um regime semiparlamentarista, com uma Presidência forte e equilibradora, mas não gerencial. Só nas crises se fazem grandes mudanças. Estamos em uma. Mãos à obra.

Arena Pernambuco é pauta da Oposição na Alepe

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Na noite da sexta-feira (4), a nota informativa na qual o Governo do Estado comunicou a decisão de romper o contrato com a Odebrecht, para administração da Arena Pernambuco, parece que não foi bem digerida pelos parlamentares que integram a Bancada de oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). “Uma nota seca e superficial, que não dá respostas aos principais questionamentos feitos pela população do Estado”, criticou os opositores.

Os parlamentares da Oposição consideram que a decisão do Governo de Pernambuco não esgota o debate sobre o empreendimento e seus efeitos negativos sobre as contas do Estado de Pernambuco, ressaltam em nota que: “o Executivo precisa explicar porque deixou, sem questionamentos, que uma despesa anual prevista em R$ 6,3 milhões saltasse para R$ 53,7 milhões em 2015, segundo relatório de execução orçamentária da Secretaria da Fazenda. Lembrando que, segundo o mesmo relatório, no ano anterior (2014) foram desembolsados outros R$ 87 milhões”, pontua a nota.

A nota assinada pelo presidente da Bancada da Oposição, deputado Silvio Costa Filho (PTB), enfatiza ainda que “o valor final da obra, estimada inicialmente em R$ 379,2 milhões no contrato de concessão, já teriam saltado para R$ 796 milhões, sem que o Governo do Estado emitisse qualquer posicionamento sobre essa elevação. Muito pelo contrário, apesar de o contrato ter sido questionado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) e de estar sob investigação da Polícia Federal, por indícios de superfaturamento, o Governo e seus representantes no Legislativo sempre vieram a público defender a obrigação “moral” de manter os pagamentos pela construção da obra”.

Os opositores acreditam que “é de extrema importância ouvir também a Odebrecht, uma vez que desde o início dos questionamentos a construtora vem mantendo silêncio sobre a polêmica. É preciso ainda esclarecer o que será feito do terreno, de cerca de 240 hectares, doado à construtora para a construção da Cidade de Copa, vendida como a primeira smart city da América Latina. Assim como é necessário explicar quais os motivos que levaram o ex-governador João Lyra Neto a se recusar a assinar a doação do terreno à construtora”, destaca a nota.

Por fim a Bancada de Oposição na Alepe cobra que “os representantes do Governo compareçam à Casa para apresentar as respostas que à sociedade exige e discutir o que fazer, efetivamente, para que a Arena Pernambuco, que embalou o sonho de tantos pernambucanos, não se torne mais um exemplo da falta de planejamento do Poder Público”.

Reajuste do Bolsa Família e Repatriação serão analisados no Congresso na terça-feira (8)

Bolsa-Família

A pauta da primeira sessão do Congresso Nacional neste ano prevê a votação de 16 vetos presidenciais. A sessão conjunta, a se realizar no Plenário da Câmara, está marcada para as 19h da terça-feira (8) e deve deliberar sobre dispositivos vetados na chamada Lei da Repatriação (Lei 13.254/2016), que permite a reintegração no país de recursos enviados ao exterior.

Também constam da pauta, entre outros assuntos, vetos parciais em matérias orçamentárias (um deles, anulando o reajuste dos benefícios pagos pelo Programa Bolsa Família), no marco legal da ciência e tecnologia e na anistia aos policias militares em greve.

Repatriação

Ao todo, foram vetados 12 dispositivos previstos no Projeto de Lei da Câmara (PLC) 186/ 2015, aprovado pelo Senado em dezembro. Um deles é o que permitia o retorno ao Brasil de objetos enviados de forma lícita, mas não declarada, como joias, metais preciosos e obras de arte.

Outro veto eliminou do texto a possibilidade de parcelamento do pagamento da multa, com a justificativa de que essa permissão concederia “tratamento diferenciado a contribuintes inadimplentes”.  A presidente Dilma Rousseff rejeitou ainda o trecho que permitia o regresso de recursos no exterior que estão no nome de terceiros ou “laranjas”.

O veto (VET 4/2016) também removeu do texto um dos pontos que mais geraram polêmica: a previsão de que só estaria proibido de aderir ao regime de repatriação quem tivesse sido definitivamente condenado pela Justiça. O veto é resultado de acordo do governo com o senador Walter Pinheiro (PT-BA), relator no Senado. Ele fez mudanças na redação que permitiram ao governo vetar a expressão “transitado em julgado”, o que proíbe a adesão ao programa de pessoas que tenham condenação em qualquer instância.

Orçamento

O reajuste para os beneficiários do Programa Bolsa Família está entre os mais de 50 dispositivos vetados do Projeto de Lei do Congresso Nacional (PLN 1/2015) sobre as diretrizes para a elaboração e execução da Lei Orçamentária de 2016 (LDO).

Pela proposta aprovada no Congresso, o benefício seria corrigido de acordo com a inflação acumulada de maio de 2014 a dezembro de 2015. Para vetar o dispositivo, a presidente Dilma alegou que não há verba prevista no Orçamento de 2016 para o reajuste. Se fosse concedido, completou ela, seria necessário desligar beneficiários do programa.

Com informações da Agência Senado

Lula terá audiência com juiz Sérgio Moro no próximo dia 14/03

São Paulo 04/04/2016- Ex-Presidente Lula, durante entrevista a imprensa na sede do PT Nacional. Foto: Paulo Pinto/Fotos Públicas

O último dia 04/03/2016, ficará para sempre marcado na memória dos brasileiros e dará origem a um  novo capítulo nos livros de história do Brasil.

Pela primeira vez na história desse país, um ex-presidente é conduzido coercitivamente pela Polícia Federal à depor, foi o que aconteceu com o líder do Partido dos Trabalhadores(PT), Luiz Inácio Lula da Silva.

Tudo isso dividiu opiniões de juristas e a opinião pública, tendo a condução do ex-presidente causado inclusive, atos de manifestação que resultaram em inocentes feridos e prisões.

O magistrado Sérgio Moro aproveitou a condução coercitiva para intimar Lula a comparecer à Justiça Federal em São Paulo,  onde será ouvido por videoconferência no dia 14 de março, às 9h30.

Na mesma audiência, ainda será ouvido como testemunha José Carlos Costa Marques Bumlai, acerca dos fatos descritos na denúncia oferecida pelo Ministério Publico Federal nos autos da ação penal nº 5061578-21.2015.404.7000.

Certamente, a polícia deverá montar um forte esquema de segurança para garantir a integridade física do ex-presidente e dos manifestantes que novamente irão às ruas demonstrar seu apoio e seu repúdio a Lula.

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Lula xinga em vídeo em que estaria falando com Dilma

Em um vídeo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aparece exaltado em uma conversa que aparenta ser sobre o processo aberto contra ele no âmbito da Operação Lava Jato. “Eles que enfiem no c… todo o processo”, xinga o ex-presidente, nas imagens que foram divulgadas nas redes sociais pela deputada federal Jandira Feghali (PCdoB – RJ).

Lula foi filmado por Jandira e aparece ao fundo falando pelo telefone com a presidente Dilma Rousseff, segundo a deputada. “Lula está nesse momento conversando com a presidência da República e nós estamos aqui com ele. Ele está muito tranquilo, com muita coragem, muita capacidade de guerrear”, afirma Jandira logo em seguida, que aparenta não ter percebido o momento de exaltação do ex-presidente.

O registro foi feito na sexta, no diretório nacional PT em São Paulo, pouco antes do discurso do ex-presidente sobre a 24ª fase da Operação Lava Jato, que tem ele como alvo. Horas antes, Lula havia sido conduzido coercitivamente para prestar depoimento por indícios de que ele teria recebido vantagens ilegais de empreiteiras investigadas no esquema de corrupção da Petrobras.

O vídeo, que circula pelo Whatsapp e também foi postado no Youtube, desapareceu dos perfis de Jandira no Facebook e no Instagram. Na manhã de ontem, a deputada postou um outro vídeo, que continua no ar, em que ela confirma estar em São Paulo “tentando se mover contra aquilo que é o maior ato de exceção da República”. A deputada chamou a operação contra Lula de “armação”.

Humberto e Luciana são alvo de protesto ao desembarcarem no Recife

O senador Humberto Costa (PT) e a deputada Luciana Santos (PCdoB) foram alvo de um protesto no Aeroporto dos Guararapes, na sexta-feira (5). Algumas pessoas estavam munidas de cartazes e cantaram músicas irônicas aos dois políticos, que não reagiram ao ato.

“Ai meu deus, me dei mal, bateu na minha porta o japonês da federal”; “Olha a roubalheira do PT, quem paga é você, quem paga é você”, foram os cânticos usados pelos manifestantes.

Humberto Costa e Luciana Santos estavam vindo de São Paulo onde foram prestar apoio ao ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva. O líder-mor petista foi levado pela Polícia Federal coercitivamente para prestar depoimento na 24º fase da Operação Lava Jato.

Confira o vídeo na íntegra:

Com informações da Folha de Pernambuco.

Juiz Sérgio Moro diz que condução coercitiva não significa uma “antecipação de culpa de Lula

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O juiz Federal Sérgio Moro, responsável por conduzir a Operação Lava Jato, através de nota oficial repudia atos de violência entre manifestantes pró e contra o Partido dos Trabalhadores (PT) e explica a condução coercitiva a qual foi submetido o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na 24º fase das investigações, ocorrida na última sexta-feira(4).

Confira a nota, na íntegra

“A pedido do Ministério Público Federal, este juiz autorizou a realização de buscas e apreensões e condução coercitiva do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva para prestar depoimento. Como consignado na decisão, essas medidas investigatórias visam apenas o esclarecimento da verdade e não significam antecipação de culpa do ex-Presidente. Cuidados foram tomados para preservar, durante a diligência, a imagem do ex-Presidente. Lamenta-se que as diligências tenham levado a pontuais confrontos em manifestação políticas inflamadas, com agressões a inocentes, exatamente o que se pretendia evitar. Repudia este julgador, sem prejuízo da liberdade de expressão e de manifestação política, atos de violência de qualquer natureza, origem e direcionamento, bem como a incitação à prática de violência, ofensas ou ameaças a quem quer que seja, a investigados, a partidos políticos, a instituições constituídas ou a qualquer pessoa. A democracia em uma sociedade livre reclama tolerância em relação a opiniões divergentes, respeito à lei e às instituições constituídas e compreensão em relação ao outro.

Curitiba, 05 de março de 2016.”

Sergio Fernando Moro
Juiz Federal

Senador debate prorrogação de crédito rural com agricultores sertanejos em Petrolina na próxima sexta

Senador FBC

Na próxima sexta-feira (11), o senador Fernando Bezerra conduzirá, em Petrolina (PE), a primeira reunião do Ciclo de Debates sobre a MP 707. O encontro será realizado às 9h, no Auditório do Sest/Senat (Serviço Social do Transporte/Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte). Os próximos debates serão promovidos em Arapiraca (AL), no próximo dia 14, e em Fortaleza (CE), dia 18 deste mês.

Em Brasília, a primeira audiência pública para discutir, com representantes dos setores da Agricultura e do Transporte, o aprimoramento do texto da referida MP será realizada, às 11h da próxima quarta-feira (9). A Comissão Mista da Medida Provisória (CMMPV) 707  será presidida pelo senador Fernando Bezerra Coelho (PSB/PE).

Promulgada no final do ano passado, a Medida Provisória 707 prorroga o prazo para refinanciamento do crédito rural, com atenção especial aos produtores nordestinos, e também dos contratos para aquisição de caminhões e máquinas agrícolas

Para a audiência pública da próxima quarta no Plenário 6 da Ala Senador Nilo Coelho do Senado Federal – foram convidados representantes das confederações nacionais da Agricultura (CNA), dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e dos Trabalhadores da Agricultura Familiar (Fetraf/Brasil). A CMMPV 707 também convidou representantes das confederações nacionais do Transporte (CNT) e dos Transportadores Autônomos (CNTA).

Bezerra ressalta que é muito importante, para a comissão mista que analisa esta MP, ouvir os segmentos abrangidos por ela. “Queremos fazer um amplo e democrático debate com a participação de todos os setores que puderem nos apresentar soluções eficazes para o melhor embasamento do parecer da comissão mista”, pontua o senador.

Juízes e procuradores rebatem Lula e negam viés político da Lava Jato

Lula cara a cara com o juiz Sérgio Moro pela primeira vez

A Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) e a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) rebateram há pouco, por meio de nota, as críticas feitas pelo ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva de que a 24ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada hoje (4), foi “um show de pirotecnia”.

Para juízes e procuradores, as instituições responsáveis pela Operação Aletheia agiram dentro dos preceitos legais e sem violência ou desrespeito aos investigados. “Um sistema de Justiça isento e imparcial permanece sereno, equidistante e austero na aplicação igual da lei penal a toda espécie de infratores, e é isso que vem acontecendo em nosso país”, diz trecho da nota assinada pelo presidente da ANPR, José Robalinho Cavalcanti.

“A Justiça Federal brasileira e os integrantes do Ministério Público, da Receita Federal e da Polícia Federal agiram nos estritos limites legais e constitucionais, sempre respeitando os direitos de ampla defesa e do devido processo legal, sem nenhuma espécie de abuso ou excesso. Logo, não se trata de espetáculo midiático”, reforçou Antônio César Bochenek, presidente da AJUFE.

Cavalcanti elogiou o trabalho da Força-tarefa da Lava Jato e descartou motivações políticas dos representantes do Ministério Público Federal, Polícia Federal e da Justiça envolvido nas investigações. “O que se viu hoje foi a ação de instituições democráticas, cumprindo, em nome da sociedade, seu dever de investigar práticas de crimes, sem olhar a quem e sem se deter diante de ninguém”, diz a nota.

O ex-presidente Lula foi incluído na Operação Aletheia, que apura possíveis irregularidades em pagamentos ao ex-presidente feitos por empresas investigadas na Lava Jato. A polícia investiga se os repasses foram realmente como doações e pagamento de palestras.

Logo nas primeiras horas da manhã, Lula foi levado de sua casa, em São Bernardo do Campo, na região do Grande ABC, sob um mandado de condução coercitiva, para o aeroporto de Congonhas, onde depôs por cerca de três horas.

À tarde, em entrevista coletiva na sede do PT, em São Paulo, Lula criticou a forma como foi desencadeada a operação. “Não precisaria levar uma coerção à minha casa, dos meus filhos. Não precisava, era só ter me comunicado. Antes dele [promotor do Ministério Público Estadual], fazíamos a coisa correta nesse país. Lamentavelmente, preferiam usar a prepotência, a arrogância, o show de pirotecnia. É lamentável que uma parte do Judiciário esteja trabalhando com a imprensa”, criticou Lula.

Para o presidente da ANPR, o funcionamento das instituições não deve ser confundido com questões de cunho político ou midiático. “A condução coercitiva é instrumento de investigação previsto no ordenamento e foi autorizada, no caso do ex-presidente Lula, de forma justificada e absolutamente proporcional, para ser aplicada apenas se o investigado eventualmente se recusasse a acompanhar a autoridade policial para depoimento penal”, argumentou Cavalcanti em nota.

Com informações da EBC

Outro problema para Presidente: liminar impede nomeação do ministro da justiça

ministro da justiça

Nesta sexta feira (4), a juíza Solange Salgado, da 1ª Vara Federal do Distrito Federal, acatou o requerimento do DEM no sentido de suspender a nomeação do ministro da Justiça, Wellington César Lima e Silva.

Segundo entendimento da magistrada o ministro, que é membro do Ministério Público da Bahia, não pode exercer o cargo, todavia poderá tomar posse novamente, mas somente se pedir exoneração do cargo vitalício no MP ou aposentar-se.

Decisões dessa natureza já foram exaradas pelo Supremo Tribunal Federal corroborando esse entendimento, de que integrantes do Ministério Público só podem exercer outros cargos no âmbito do próprio órgão.

“Isso não impede, contudo, que o Sr. Wellington César Lima e Silva seja novamente nomeado no cargo de ministro de Estado da Justiça, desde que haja o necessário desligamento (por exoneração ou, se for o caso, aposentadoria) do cargo que ocupa, desde 1991, no Ministério Público do Estado da Bahia, à exemplo do que fora formulado no pedido principal”, afirmou a magistrada.
Tramita perante a corte outra ação do partido oposicionista,  PPS, contra a nomeação de Wellington César Lima e que deverá ser apreciado na próxima quarta-feita(8).

Eu me senti prisioneiro hoje, desabafa Lula

São Paulo 04/04/2016- Ex-Presidente Lula, durante entrevista a imprensa na sede do PT Nacional. Foto: Paulo Pinto/Fotos Públicas

São Paulo 04/04/2016- Ex-Presidente Lula, durante entrevista a imprensa na sede do PT Nacional. Foto: Paulo Pinto/Fotos Públicas

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, alvo da Operação Aletheia, ápice da Lava Jato, afirmou que se sentiu “prisioneiro hoje”. Na manhã desta sexta-feira, o petista foi conduzido coercitivamente – quando o investigado é levado para depor e liberado – pela Polícia Federal. Lula prestou depoimento por mais de três horas em uma sala no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo.

“A minha indignação é pelo fato de 6 horas da manhã terem chegado na minha casa, vários delegados, aliás, muito gentis, não sei se são sempre assim, mas muito gentis, pedindo desculpas que estavam cumprindo uma decisão judicial e a decisão era do juiz Moro”, declarou Lula em entrevista coletiva na sede do PT.

No discurso, o ex-presidente criticou a imprensa pelo que considera um “espetáculo midiático” e disse que “hoje quem condena as pessoas são as manchetes”.

“Eu me senti ultrajado, como se fosse prisioneiro, apesar do tratamento cortês do delegado da Polícia Federal. Se quiseram matar a jararaca, não bateram na cabeça, bateram no rabo. A jararaca tá viva, como sempre esteve”, afirmou.

Lula disse que o juiz Sérgio Moro, que conduz a Lava Jato, poderia tê-lo intimado. “Poderia ter mandado um comunicado. ‘Ô seu Luiz Inácio, quer prestar depoimento em Curitiba?’ Eu gosto de Curitiba, eu poderia ir lá em Curitiba. Assim me facilitava, não precisava pagar uma passagem para ir a Curitiba. Poderia me convidar em Brasília. Eu ia”, disse.

“Eu me senti prisioneiro hoje. Eu, sinceramente, já passei por muita coisa na minha vida, não sou homem de guardar ressentimento, guardar mágoa, mas não pode continuar assim.”

Para a Procuradoria, “há evidências de que o ex-presidente Lula recebeu valores oriundos do esquema Petrobras por meio da destinação e reforma de um apartamento tríplex e de um sítio em Atibaia, da entrega de móveis de luxo nos dois imóveis e da armazenagem de bens por transportadora. Também são apurados pagamentos ao ex-presidente, feitos por empresas investigadas na Lava Jato, a título de supostas doações e palestras.

“Eu acho que eu merecia um pouco mais de respeito neste País.”