Editorial: O Verdadeiro Sentido da Semana Santa

Waldiney Passos – Editor do Blog

A Semana Santa deveria ser o tempo mais sagrado do calendário cristão. Um período de silêncio, recolhimento e profunda meditação sobre o sacrifício de Jesus Cristo, que se entregou por amor à humanidade. Deveríamos, como fiéis, reservar esses dias para elevar nossas orações, refletir sobre nossas ações e buscar uma sincera conversão interior. No entanto, a realidade que se vê em muitas cidades brasileiras — inclusive aqui na nossa região — está bem distante desse ideal.

Em vez da oração, há bebedeira. Em vez da contemplação, festas, paredões e farras que atravessam a madrugada. Em vez do recolhimento, o barulho ensurdecedor de quem parece ignorar o verdadeiro motivo desse feriado. A Sexta-feira Santa, que deveria ser marcada pelo silêncio e respeito ao Cristo crucificado, se transforma, para muitos, apenas em mais um dia de folga, um convite à balbúrdia e à irresponsabilidade.

É triste constatar que muitos que se dizem cristãos esquecem completamente do protagonista da Semana Santa: Jesus Cristo. Aquele que foi traído, julgado injustamente, torturado e morto numa cruz para redimir os nossos pecados. E quantos, mesmo sabendo disso, tratam esses dias como se fossem um simples feriado prolongado, uma “folga” a mais no calendário?

É preciso, com coragem, cobrar dos fiéis mais coerência. A fé não pode ser vivida apenas no domingo de Páscoa com a roupa nova e o almoço farto em família. A fé se mostra no respeito aos símbolos, na reverência aos momentos santos e no compromisso com a espiritualidade.

A Semana Santa não é Carnaval fora de época. Não é tempo de excessos, mas de entrega. Não é tempo de festas, mas de fé. É hora de retomarmos o verdadeiro significado desses dias: o amor incondicional de Cristo, a dor da cruz, a esperança da ressurreição.

Aos que têm fé, que este editorial seja um chamado. Que os sons dos paredões deem lugar às preces. Que o copo de bebida seja substituído pela leitura do Evangelho. Que o tempo livre seja dedicado à alma. E que, sobretudo, nunca esqueçamos que, sem Jesus, a Semana Santa perde o sentido.

Waldiney Passos

EDITORIAL — A democracia enfraquecida pela interferência entre os poderes

Na tarde de ontem, 14 de abril, o líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ), protocolou o requerimento de urgência para o Projeto de Lei que trata da anistia aos envolvidos nos eventos do 8 de Janeiro. A proposta foi apresentada com 264 assinaturas de parlamentares, das quais duas foram invalidadas, inclusive a do próprio Sóstenes e do líder da oposição, deputado Zucco (PL-RS), por terem sido feitas na condição de líderes, o que, segundo o regimento, não é permitido. Restaram, portanto, 262 apoios válidos, número mais que suficiente para o requerimento de urgência tramitar na Casa.

No entanto, o que deveria ser um rito legislativo normal, dentro da plena legalidade e do jogo democrático, está sendo alvo de fortes e indevidas interferências por parte de outros poderes da República. A atuação aberta de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e até do próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva para barrar o andamento da matéria na Câmara dos Deputados é um sinal preocupante e incompatível com os preceitos constitucionais do Estado Democrático de Direito.

É preciso lembrar que a Constituição Federal de 1988 é clara: os poderes da República (Executivo, Legislativo e Judiciário) são independentes e harmônicos entre si. Não cabe ao STF ou ao Palácio do Planalto determinar o que pode ou não ser discutido pelos representantes eleitos pelo povo. Gostem ou não da proposta de anistia, é prerrogativa exclusiva do Parlamento deliberar sobre o tema. Quando essa prerrogativa é obstruída por agentes de outros poderes, estamos diante de uma grave afronta à ordem constitucional.

A tentativa de silenciar o Legislativo em nome de uma “verdade única” ou de um “sentimento majoritário” é característica típica de regimes autoritários, onde a vontade de poucos se impõe à soberania popular. No Brasil, infelizmente, essa interferência tem sido naturalizada e o mais grave: celebrada por boa parte da grande imprensa, que trata essa intervenção como algo positivo, como se proteger a democracia significasse calar vozes divergentes ou impedir o debate.

A democracia só é forte quando seus pilares estão equilibrados e respeitados. Quando o Judiciário e o Executivo agem para controlar a pauta do Legislativo, estamos abrindo mão da liberdade em troca de uma falsa sensação de estabilidade. Isso é perigoso, antidemocrático e inaceitável.

Externamos aqui nosso profundo sentimento de decepção diante de mais esse capítulo em que se tenta enfraquecer o poder que, em tese, deveria representar diretamente a vontade do povo. O Brasil não pode seguir flertando com práticas autoritárias enquanto se apresenta como uma democracia. A história julgará aqueles que, com o pretexto de defender a ordem, atropelam a própria Constituição.

Waldiney Passos

Editorial: Cidade limpa se constrói com atitude: faça sua parte!”

Manter a cidade limpa não é apenas responsabilidade do prefeito ou da equipe de limpeza urbana. É também um dever de cada cidadão que ama e respeita o lugar onde vive. Jogar lixo no chão, em canais, praças, calçadas ou ruas é um ato que prejudica a todos, inclusive quem o comete.

O lixo descartado de forma incorreta entope bueiros, provoca alagamentos, atrai insetos, causa mau cheiro e se transforma em criadouro de doenças como dengue, chikungunya e leptospirose. Além disso, deixa a cidade com uma aparência abandonada e desvalorizada.

É obrigação do poder público garantir a coleta, varrição, limpeza e fiscalização. Mas de nada adianta uma prefeitura limpando de um lado, se do outro lado tem gente sujando. Não podemos tratar o espaço público como lixeira pessoal.

Uma cidade limpa é mais bonita, mais saudável, mais valorizada e acolhedora para moradores e visitantes. E mais: uma cidade limpa gasta menos com saúde pública e com manutenção emergencial de vias e galerias entupidas.

Portanto, jogue o lixo no lugar certo, use as lixeiras, denuncie descarte irregular, eduque seus filhos com o exemplo. A limpeza começa com pequenos gestos. É uma questão de cidadania.

Lembre-se: o prefeito tem obrigação de limpar, mas o cidadão tem o dever de não sujar. Vamos juntos construir uma Petrolina mais limpa, mais digna e mais nossa.

Waldiney Passos

Editorial: A Manipulação da Inflação e a Realidade do Povo

O vice-presidente Geraldo Alckmin sugeriu recentemente que os preços dos alimentos e da energia elétrica sejam retirados do cálculo da inflação no Brasil. A proposta, que à primeira vista pode parecer uma medida técnica, na verdade, levanta sérias preocupações sobre a transparência e a credibilidade dos indicadores econômicos do país.

A inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), reflete o impacto da variação de preços no orçamento das famílias brasileiras. Excluir os alimentos e a energia, dois dos itens mais essenciais para a população, especialmente para os mais pobres, é uma manobra que distorce a realidade e mascara o impacto do custo de vida sobre o cidadão comum.

Os alimentos representam uma parcela significativa dos gastos das famílias, principalmente daquelas de baixa renda, que destinam a maior parte de seus ganhos à alimentação. A energia elétrica, por sua vez, é um insumo básico, cujo custo elevado tem um efeito cascata sobre toda a economia, encarecendo a produção e o consumo de bens e serviços. Retirar esses itens do cálculo da inflação é, no mínimo, um desrespeito com o trabalhador que sente no bolso a alta dos preços diariamente.

Se a inflação oficial não refletir o verdadeiro aumento do custo de vida, o governo poderá justificar políticas econômicas equivocadas e negligenciar a urgência de medidas para conter a alta dos preços. Além disso, reajustes de salários, aposentadorias e benefícios sociais baseados nesses índices serão comprometidos, prejudicando ainda mais os mais vulneráveis.

O Brasil já sofreu no passado com tentativas de manipulação de indicadores econômicos para maquiar a realidade. A transparência e a confiabilidade dos dados são fundamentais para que se tomem decisões responsáveis e eficazes. Se o governo quer de fato reduzir a inflação, deve investir em medidas que combatam o aumento dos custos, como redução de impostos sobre produtos essenciais, incentivo à produção agrícola e energética e melhoria na infraestrutura logística.

Retirar os alimentos e a energia do cálculo da inflação não alivia a pressão sobre os brasileiros. Apenas encobre a realidade e desvia o foco das verdadeiras soluções. A população precisa de políticas econômicas sérias e comprometidas com a melhoria das condições de vida, não de artimanhas para esconder os problemas.

Waldiney Passos

Neguinho da Beija-Flor faz seu último desfile disputando título

Exatamente às 23h47 desta segunda-feira (3), segunda noite de desfiles do Grupo Especial do carnaval carioca, o público do sambódromo da Marquês de Sapucaí ouviu o tradicional: “Olha a Beija-Flor aí, gente! Chora cavaco”.

O grito de guerra de Neguinho da Beija-Flor, intérprete da escola de samba de Nilópolis, na região metropolitana do Rio, marcava o último desfile oficial dele em disputa por um título para a agremiação da qual foi a voz dos sambas-enredos por 50 anos.

Em 20 de novembro de 2024, ele anunciou que 2025 seria o último carnaval: “muito obrigado por esse carinho maravilhoso. Eu não vou falar mais para não me emocionar, se não, não consigo cantar. Só posso dizer muito obrigado!”, declarou pelo alto falante antes de começar o desfile e ser ovacionado pela plateia.

Mas o intérprete, que esteve presente em todos os 14 títulos da azul e branca, deixou claro que, se depender dele, esse é o último carnaval, mas não o último desfile. “Vai ser no sábado das campeãs”, desejou, referindo-se à noite do próximo sábado (8), quando as seis escolas mais bem colocadas voltam à Marquês de Sapucaí para celebrar o resultado.

Desfile
A Beija-Flor foi a segunda escola a desfilar e apresentou ao público o enredo Laíla de Todos os Santos, Laíla de Todos os Sambas, uma homenagem ao diretor de carnaval que figura entre as maiores personalidades da agremiação e do carnaval carioca. Ao fim do desfile de 77 minutos, Neguinho fez questão de colocar o público do carnaval como o grande protagonista da festa. “Eu costumo dizer que a grande estrela da Mangueira, da Portela, do Salgueiro, do Império, do Vasco, do Flamengo é o público, é a comunidade que os prestigia. A grande estrela da festa”, disse a jornalistas.

Perguntado sobre como será passar um carnaval sem ser a voz da Beija-Flor, disse que ainda não sabe a resposta.  “Vamos esperar 2026. Vamos esperar o próximo carnaval para ver”.

História
O intérprete de 75 anos entrou na escola em 11 de junho de 1975, quando ingressou na ala de compositores. A identificação com a Beija-Flor foi tão profunda que chegou ao ponto de ele ter alterado o nome na carteira de identidade para Luiz Antonio Feliciano Neguinho da Beija-Flor Marcondes. Na história de tantos títulos há espaço para outros momentos marcantes, como o carnaval de 2009. Neguinho fazia tratamento contra um câncer, recebeu apoio da escola e da comunidade e, no dia do desfile, momentos antes de soltar o grito de guerra, casou-se em plena Passarela do Samba.

Despedida
A porta-bandeira Selminha Sorriso, que ocupa o posto há 29 anos, disse que tentou convencer o intérprete a não se aposentar. “Eu prefiro não acreditar. O meu coração ainda não aceita. O Neguinho é Neguinho da Beija-Flor para sempre. Nunca terá outro”, disse. Ela brincou que tentou convencê-lo a continuar cantando na escola. “Tentei, gente, infelizmente não consegui”. Perguntado pela Agência Brasil sobre o pedido de Selminha, o intérprete apenas brincou: “Selminha é minha irmã, ela torce muito por mim”, antes de ser novamente ovacionado pelo público e cercado por pedidos de fotografias na área de dispersão.

Agencia Brasi

Editorial: Desafios e expectativas para o novo período legislativo em Petrolina

Waldiney Passos – Editor do Blog

Hoje, terça-feira, 04 de fevereiro, a Câmara de Vereadores de Petrolina realiza a primeira sessão do 1º semestre legislativo de 2025. A população tem grandes expectativas em relação à nova legislatura, composta por vereadores reeleitos e estreantes. O que se espera é um trabalho diferenciado, com respostas concretas às demandas da sociedade nos mínimos detalhes.

Petrolina é hoje a terceira maior cidade de Pernambuco, e seus vereadores precisam representá-la à altura. É necessário um olhar mais atento para as periferias, onde ainda há um grande número de ruas sem saneamento, sem calçamento e sem pavimentação. Muitas famílias vivem em condições desumanas, com esgoto a céu aberto na porta de casa. O papel do vereador não é apenas apontar problemas, mas buscar soluções efetivas junto aos órgãos competentes.

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EDITORIAL: Petrolina, Avanço e Mobilidade

A recente liberação da rotatória no entroncamento entre as BRs 428 e 407, conectando as Avenidas Sete de Setembro e Honorato Viana, marca mais um avanço significativo na mobilidade urbana de Petrolina. Antes um gargalo que causava atrasos e frustrações, o trecho agora é um facilitador para o trânsito, proporcionando maior fluidez e agilidade. Essa conquista é reflexo direto dos investimentos em infraestrutura que transformaram a cidade nos últimos anos, trazendo alívio aos motoristas e otimizando o deslocamento.

Nos últimos anos, Petrolina tem se destacado por suas grandes obras de mobilidade, com resultados que beneficiam diretamente a qualidade de vida de seus cidadãos. Desde a gestão do ex-prefeito Miguel Coelho, houve um divisor de águas com a execução de projetos importantes, como as duplicações das avenidas da Estrada da Banana, Mário Rodrigues, Sete de Setembro, Cardoso de Sá, Clementino Coelho e, agora, a finalização da duplicação da BR 407. Esses investimentos não apenas solucionaram problemas históricos de trânsito, mas também projetaram Petrolina como referência de planejamento urbano.

A continuidade desse trabalho pela gestão de Simão Durando é um reconhecimento do esforço conjunto de lideranças comprometidas com o desenvolvimento. Petrolina se consolida como um dos melhores lugares para se viver, e a mobilidade urbana é um pilar fundamental desse progresso. A facilidade de deslocamento significa mais tempo para o trabalho, lazer e família, um ganho real para todos.

Apesar dos avanços significativos, é importante considerar que os desafios em Petrolina ainda são enormes, especialmente em áreas periféricas. Muitas comunidades sofrem com a falta de pavimentação e asfalto, problemas que dificultam a mobilidade, impactam qualidade de vida e perpetuam desigualdades. As ruas sem infraestrutura adequada não apenas comprometem o trânsito local, mas também expõem os moradores a condições precárias, principalmente em períodos de chuva, quando vias intransitáveis ​​agravam os problemas de mobilidade e ampliam os riscos à saúde pública.

No novo mandato do prefeito Simão Durando, espera-se um olhar ainda mais atento para essas demandas. A população da periferia precisa ser incluída de forma prioritária no planejamento urbano da cidade, com investimentos consistentes em infraestrutura básica. As pavimentações, saneamento e melhorias no transporte público devem ser elementos centrais de uma gestão que já demonstrou competência em transformar grandes avenidas em vias modernas e eficientes. Agora, é hora de levar esse progresso para cada canto de Petrolina.

A expectativa é de que a gestão continue a ampliar as conquistas, honrando o compromisso de desenvolvimento equilibrado e inclusivo. Petrolina já se destaca no cenário regional e nacional por seus avanços, mas a verdadeira excelência será alcançada quando todos os seus cidadãos, independentemente do bairro onde vivem, puderem desfrutar de uma cidade mais justa, acessível e bem estruturada. A confiança depositada pela população na reeleição de Simão Durando reforça o desejo de continuidade, mas também cobra ainda mais comprometimento para solucionar os problemas que afetam diretamente a vida dos petrolinenses, especialmente nas áreas que ainda carecem de atenção.

Waldiney Passos

Editorial: Honrarias da Câmara de Vereadores, critérios devem refletir relevância e mérito

A fala do vereador Ronaldo Silva na sessão desta quinta-feira trouxe à tona uma reflexão necessária: quais critérios estão sendo adotados para a concessão do título de Cidadão Petrolinense e da Medalha de Honra ao Mérito Dom Malan? Essas são as maiores honrarias da Câmara Municipal de Petrolina, e, portanto, não devem ser tratadas como simples formalidades ou instrumentos políticos.

As honrarias carregam o peso simbólico de reconhecer indivíduos que, de forma significativa e inquestionável, contribuíram para o desenvolvimento de Petrolina e o bem-estar de sua população. São distinções que deveriam ser reservadas àqueles que deixam um legado de impacto duradouro em áreas como saúde, educação, cultura, economia e outras de interesse público.

Infelizmente, há evidências de que, em algumas ocasiões, essas honrarias têm sido concedidas sem a devida análise de mérito, transformando-se em ferramentas de favorecimento político. Essa prática enfraquece o valor das homenagens e desrespeita a pujante história de Petrolina, a terceira maior cidade de Pernambuco, que se orgulha de seu crescimento e importância no cenário regional e nacional.

É necessário que os vereadores, ao propor nomes para essas distinções, sejam criteriosos e éticos. Não se trata de atender interesses particulares ou angariar apoio político, mas de preservar a seriedade e o prestígio dessas honras. Títulos e medalhas não podem ser banalizados; eles pertencem a quem, de fato, contribuiu para o progresso da cidade e a melhoria da vida de seus habitantes.

Petrolina merece que essas honrarias sejam conferidas com responsabilidade, como forma de inspirar futuros cidadãos e líderes. Que cada nome a ser homenageado seja uma referência de trabalho, dedicação e impacto positivo. Cabe aos vereadores zelar para que as honras reflitam a grandiosidade de nossa cidade e os valores que nos unem como sociedade.

Honrarias são um reconhecimento, não uma estratégia. Que sejam dadas a quem realmente merece.

Waldiney Passos

Editorial: Desconexão entre Lula e eleitores reflete desgaste na confiança popular

Uma pesquisa mais recente do Instituto MDA, encomendada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) e divulgada nesta terça-feira (12), revela um cenário preocupante para o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, especialmente em sua relação com o eleitorado no Nordeste . Tradicionalmente uma região de forte apoio ao presidente, o Nordeste hoje mostra sinais claros de descontentamento, refletindo uma insatisfação crescente com as ações do governo, que, na prática, têm falhado em melhorar a qualidade de vida da população.

Em seu terceiro mandato, Lula enfrenta críticas intensas pela falta de políticas efetivas que combatem a alta dos preços e pela ausência de um plano concreto de contenção de gastos públicos. As mercadorias essenciais, que já pesam no bolso dos brasileiros, sofrem aumentos constantes, enquanto o governo parece mais focado em expandir a arrecadação do que em aliviar a carga sobre os trabalhadores. Essa realidade acaba por distanciar Lula dos seus próprios concorrentes, especialmente num momento em que o país enfrenta desafios económicos que pedem respostas concretas e imediatas.

A ausência de políticas de redução dos gastos públicos não afeta apenas a credibilidade do governo, mas agrava ainda mais a situação da população. Em vez de adotar medidas de austeridade que reduzam despesas, o governo insiste em onerar ainda mais o trabalhador com aumentos sucessivos de impostos, comprometendo o rendimento das famílias e dificultando a recuperação económica. Essa postura alimenta a percepção de um governo que se desconecta de seus compromissos de campanha, especialmente aqueles que mais esperavam melhorias tangíveis em suas condições de vida. Os eleitores que confiaram em um terceiro mandato focado no desenvolvimento social e econômico agora veem um governo que, ao invés de aliviar as dificuldades, parece priorizar a arrecadação, mesmo que isso signifique mais sacrifícios para os trabalhadores.

Em outras palavras, a falta de políticas públicas externas ao bem-estar da população – como o controle dos preços e a contenção de gastos públicos – gera insatisfação, sobretudo entre os que dependem diretamente dessas melhorias prometidas.

Waldiney Passos

Editorial – Dia do Radialista: Nunca foi trabalho, sempre foi alegria!

Hoje, celebramos uma profissão única e essencial: o Dia do Radialista. A rádio, com seu alcance incomparável, sempre foi mais do que uma ferramenta de comunicação; é um elo vital entre as demandas da população e das autoridades, uma ponte para a busca de soluções que realmente fazem a diferença na vida de cada um. Nesse dia, não poderia deixar de compartilhar minha paixão por essa profissão, que não é apenas um trabalho, mas um verdadeiro compromisso de vida. Ser radialista é muito mais do que informar; é criar laços, promover diálogos e dar voz a quem mais precisa.

Minha relação com a rádio começou cedo, quando ainda era apenas um ouvinte fiel das poucas estações da época: a Emissora Rural e a Rádio Juazeiro AM Stereo, as únicas em funcionamento quando cheguei a Petrolina, em 1980. Com o tempo, vi essa rede de comunicação crescer: veio a Grande Rio AM, a Transrio FM, a Grande Rio FM, e, aos poucos, nossa região se transformou em um polo de mídia vibrante, conectando e informando o Vale do São Francisco.

Minha estreia como radialista ocorreu na Rádio Serra da Capivara, em São Raimundo Nonato, no ano de 1988, época em que muitas comunidades do interior sequer tinham telefone, o rádio era a principal — e muitas vezes única — fonte de comunicação. Cada aviso, cada nota de falecimento, cada interação disputada ao vivo representava uma conexão direta com a vida e as necessidades das pessoas. Lembro-me com saudade da emoção das ligações e das cartas que chegavam do interior, trazendo histórias e pedindo nossa voz como ponte para encurtar distancias e matar saudade. Essas mensagens revelavam sonhos, dificuldades e esperanças, e cada uma representava um vínculo de confiança que reforçava o papel essencial da rádio na vida das pessoas.

Minha trajetória me levou a muitos lugares e experiências. Ainda jovem, na Bahia, fui diretor de duas rádios de um mesmo grupo em Xique-Xique: a Rádio Tribuna do Vale e a Xique Xique FM. Em Juazeiro, trabalhei na Rádio Juazeiro AM, na Transrio FM, na Vale FM (hoje Tropical FM), e na antiga TV Norte, hoje TV São Francisco. Em Petrolina, minha caminhada incluiu a Emissora Rural AM, a Grande Rio FM, a Ponte FM, a Grande Rio AM, a TV Grande Rio e a Rádio Jornal FM, até meu atual retorno à Rural FM. Cada veículo, cada equipe, cada nova experiência foi um capítulo enriquecedor, repleto de aprendizados e encontros memoráveis. Ser radialista é, de fato, uma paixão.

Gostaria de homenagear todos os grandes colegas de profissão — alguns que já nos deixaram e outros que continuam firmes na ativa. E, para não correr o risco de esquecer alguém, faço esta homenagem em nome do saudoso José Maria Silva, com quem tive a honra de dividir a apresentação do Vale da Sorte por mais de uma década. Ele representa a dedicação, a amizade e o comprometimento que fazem parte da essência da rádio e de todos que, como ele, dedicam suas vidas a servir a comunidade.

Por fim, meus agradecimentos especiais a você, ouvinte. É por você que nos dedicamos intensamente, nos esforçando para trazer informações precisas e temas relevantes todos os dias. Ser radialista nunca foi apenas um trabalho; é uma alegria e um privilégio poder fazer o que amo. Agradeço a Deus pela oportunidade de exercer uma profissão tão linda, apaixonante e cheia de propósito.

O radialista é a voz que acompanha o ouvinte, seja na tranquilidade de um dia comum ou nos desafios da vida cotidiana. Ele tem o poder de informar, entreter e até transformar realidades, sendo muitas vezes uma ponte entre a população e os acontecimentos mais importantes.

É uma profissão que exige não apenas talento, mas também responsabilidade, empatia e comprometimento com a verdade, sempre buscando uma forma mais clara e objetiva de se comunicar.

Que Deus abençoe e proteja todos os radialistas do mundo, concedendo-lhes sabedoria, força e inspiração para seguirem sua missão com integridade, sempre levando informação, conforto e esperança aos corações de seus ouvintes. Que essa voz seja instrumento de luz, solidariedade e transformação.

Waldiney Passos

Editorial: “Omissão que custa vidas: A responsabilidade do Estado na violência crescente em Petrolina

A crescente onda de violência em Petrolina tem deixado a população em estado de alerta. Quase todos os dias, nos deparamos com notícias de assassinatos e crimes que aterrorizam a cidade. Essa situação nos leva a uma reflexão urgente sobre o papel do Estado na proteção dos cidadãos e a pergunta que fica no ar: onde está o governo do estado neste momento de crise? A ausência das autoridades estaduais tem sido notada, e o descaso com a segurança pública de Petrolina, a terceira maior cidade de Pernambuco, tornou-se insustentável.

Apesar da relevância econômica e populacional de Petrolina, o município não recebe do governo estadual o tratamento proporcional que merece. Há uma evidente falta de investimentos em segurança, e isso se reflete na insuficiência de viaturas, na carência de efeito policial e nas condições precárias de trabalho enfrentadas tanto pela Polícia Militar quanto pela Polícia Civil. Embora Petrolina contenha dois batalhões da Polícia Militar, é urgente que o Estado ofereça mais apoio, colocando mais policiais nas ruas e melhorando as condições de trabalho. Não vemos mais policiais patrulhando a cidade em duplas, como antigamente, o que aumenta a sensação de insegurança na população.

A Polícia Civil também está preocupada com investimentos e apoio. É inconcebível que uma cidade do porte de Petrolina não receba a atenção necessária para combater a criminalidade de forma eficiente. Precisamos de mais agentes, melhor infraestrutura e um reforço nas investigações criminais. Não se pode governar apenas com discursos bonitos e números que, na prática, não refletem a realidade que a população enfrenta diariamente. A sensação de segurança é inexistente quando a violência cresce e as ações do Estado não acompanham as necessidades do município. A falta de eficácia policial e de condições adequadas para o trabalho prejudica diretamente a eficiência das operações e investigações.

Enquanto o governo apresenta estatísticas que não refletem o verdadeiro impacto da criminalidade, a população continua sofrendo as consequências da ausência de ação efetiva. Não podemos mais aceitar essa distância entre os discursos oficiais e a realidade vívida nas ruas. O sofrimento causado pela violência crescente exige respostas imediatas e práticas, não apenas números que tentem mascarar o problema. A segurança pública deve ser uma prioridade constante, e não apenas uma promessa à distância. 

A população de Petrolina não pode continuar refém da insegurança enquanto analisa por soluções que parecem cada vez mais distantes. A cada dia que passa, o medo se intensifica, e as respostas do governo se mostram insuficientes. É preciso agir com urgência, não podemos permitir que uma cidade fique à mercê da violência, enquanto o Estado se limite a promessas que não se traduzem em ações.

Waldiney Passos

Editorial: Montagem de equipes e eleição de mesa diretora da Câmara marcam início das novas gestões

Com o fim das eleições municipais, os candidatos eleitos voltam agora suas atenções para os preparativos da posse e, especialmente, para a formação de suas equipes de trabalho. Para os novos gestores, o desafio inicial é montar um secretariado que seja capaz de implementar as promessas de campanha e garantir uma gestão eficiente. Este processo envolve não apenas a escolha de profissionais capacitados, mas também a articulação com aliados políticos, já que as cargas de confiança merecem atenção conjunta.

Para além das cargas de primeiro escalonamento, que são essenciais para a condução direta das políticas públicas, também será necessário avaliar as cargas de segundo escalão, onde as escolhas serão fundamentais para a operacionalização das ações planejadas. Esse é um momento delicado, onde o gestor precisa equilibrar a necessidade de manter a confiança da política de base e, ao mesmo tempo, garantir a qualidade dos serviços oferecidos a população.

No caso dos prefeitos reeleitos, o momento exige uma renovação estratégica. Embora muitos secretários devam ser mantidos, novos nomes certamente aparecerão para ocupar pastas importantes, garantindo uma “reoxigenação” necessária em governos que buscam dar continuidade ao trabalho, mas com novas ideias e dinâmicas.

Enquanto no executivo os preparativos se concentram na montagem das equipes, nenhuma legislação a corrida é pela presidência das câmaras municipais. Em Petrolina, por exemplo, o nome da Aero Cruz desponta com força para assumir novamente a presidência da Casa. Com o apoio declarado de figuras como o vereador Manoel da Acosap, o mais votado da história da cidade, Aero Cruz se torna o favorito para o comando da Casa Plinio Amorim nos próximos dois anos.

A oposição, por sua vez, mesmo tentando se movimentar, enfrenta uma bancada limitada e, nesse contexto, as disputas mais acirradas deverão ocorrer entre os aliados da situação. Ao que tudo indica, Aero Cruz caminha para ser o escolhido para mais um mandato à frente da presidência da Câmara de Vereadores, consolidando sua força.

Esse período de transição é crucial, tanto para o executivo quanto para o legislativo. As decisões tomadas agora moldarão os próximos anos de gestão e definirão os rumores das cidades. Espera-se que tanto os novos prefeitos quanto os reeleitos façam escolhas que priorizem o bem-estar da população e o desenvolvimento de suas comunidades, mantendo um equilíbrio entre a articulação política e a qualidade técnica de suas equipes.

Waldiney Passos 

Editorial: Os desafios da nova gestão do prefeito reeleito Simão Durando

A reeleição de Simão Durando como prefeito de Petrolina representa a continuidade de um projeto político que, ao longo dos últimos anos, trouxe avanços para a cidade. Entre as conquistas mais marcantes, podemos destacar o crescimento na área de infraestrutura, com a duplicação de avenidas importantes e a pavimentação de ruas em praticamente todos os bairros de Petrolina. Esses investimentos melhoraram a mobilidade urbana e trouxeram mais qualidade de vida aos moradores.

Esses avanços são reconhecidos pela população e foram determinantes para a reeleição de Simão Durando ainda no primeiro turno, uma clara demonstração de confiança no trabalho realizado pelo seu grupo político. O progresso de Petrolina, tanto na infraestrutura quanto na educação, é inegável. No entanto, a saúde, como em qualquer grande cidade, é um dos maiores desafios. A construção do Hospital Municipal foi um passo importante, mas é necessário avançar muito mais nessa área. 

Outro ponto crucial é a pavimentação de ruas, especialmente nas áreas periféricas da cidade. Se por um lado muitos bairros receberam melhorias, por outro, ainda há muito a ser feito em termos de calçamento e asfaltamento, sobretudo em regiões que mais sofrem com a falta de infraestrutura básica. A recuperação de ruas e avenidas em áreas já urbanizadas também precisa ser tratada com prioridade.

Já o saneamento básico é uma das questões mais urgentes. Em várias partes de Petrolina, a falta de um sistema adequado continua afetando a qualidade de vida dos moradores. É preciso chamar a Compesa à responsabilidade e buscar, junto com a governadora Raquel Lyra, esforços coordenados para resolver essa questão. O saneamento básico é fundamental para a saúde pública e para o desenvolvimento sustentável da cidade, e um alinhamento administrativo mais forte entre o município e o governo estadual será essencial para que essa questão seja resolvida.

Que essa nova gestão seja marcada por soluções criativas, diálogo com a comunidade e uma busca incansável por melhorias em todas as áreas que impactam a vida da população. Afinal, Petrolina já demonstrou sua força e potencial, mas ainda há muito trabalho pela frente para garantir que todos os cidadãos tenham acesso a uma cidade mais justa, saudável e próspera.

O futuro de Petrolina está em boas mãos, mas é preciso trabalho árduo e contínuo para garantir que cada desafio seja superado. A população de Petrolina confia e espera que esta nova fase seja marcada por um comprometimento ainda maior com o desenvolvimento sustentável, com foco em resolver os problemas mais urgentes e garantir um futuro próspero.

Waldiney Passos

EDITORIAL: A urgente necessidade de atenção da Compesa a Petrolina

Waldiney Passos – Editor do Blog

A situação da Compesa em Petrolina é, sem dúvida, um reflexo da insatisfação crescente da população com os serviços prestados. Em diversos bairros, a falta de água é uma realidade constante, e os problemas vão muito além da escassez hídrica. A cidade enfrenta questões sérias como bocas de lobo estouradas, água suja escorrendo a céu aberto e um mal cheiro insuportável que ameaçam a saúde pública e a qualidade de vida dos cidadãos.

É inaceitável que em uma cidade tão importante do Nordeste, como Petrolina, os moradores tenham que lidar com esses problemas diariamente. O desprezo pela infraestrutura de saneamento e abastecimento é alarmante, especialmente quando se considera que a Compesa é uma empresa que opera de forma superavitária, recebendo os pagamentos à vista. Enquanto os cortes no fornecimento de água são imediatos para quem não paga, a empresa parece falhar em garantir um serviço básico essencial para a população.

A situação precária exige uma resposta urgente das autoridades, especialmente da atual governadora Raquel Lira. É preciso que haja uma cobrança mais efetiva da Compesa, que deve ser responsabilizada por suas falhas. A gestão hídrica e a infraestrutura de saneamento devem ser prioridades, pois afetam diretamente a vida das pessoas, especialmente as crianças, que são as mais vulneráveis.

A insatisfação da população não pode ser ignorada. É fundamental que se promova um diálogo aberto entre a sociedade, a gestão estadual e a Compesa, visando a implementação de soluções eficazes e a garantia de um serviço digno. Petrolina merece atenção e ação imediata para resolver essas questões críticas e assegurar um futuro mais saudável e seguro para todos os seus habitantes.

Waldiney Passos

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