
Em Petrolina, arma mais vendida varia entre R$ 4,300 mil e R$ 9 mil (Foto: Blog Waldiney Passos)
Após o presidente Jair Bolsonaro assinar o Decreto 9.685/2019, que flexibiliza a posse de arma de fogo no Brasil, a equipe de reportagem do Blog Waldiney Passos visitou duas lojas do setor instaladas na região do Vale do São Francisco, uma em Petrolina (PE) e outra em Juazeiro (BA). Durante entrevistas com a administração de ambos os estabelecimentos foram levantadas questões como preço das armas, procedimento para adquirir o produto, oferta e demanda do mercado local.
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Em Juazeiro, Isaac Júnior Santos, administrador de uma loja de utensílios militares, única na cidade que vende armas, revela que a demanda pelo produto letal não é grande. “Se essa loja fosse viver só da venda de armas, ela já teria fechado há muito tempo”. A afirmativa revela a real situação do segmento na região, que mesmo com o decreto de flexibilização, não acredita na demanda urgente e crescente.
“Eu não acredito que de repente vai chover gente aqui na loja à procura de arma de fogo. Primeiro que você tem que ter uma média de mil reais pra solicitar a autorização de compra, você vai ter que pagar o psicólogo, instrutor de tiro, pagar as taxas que o governo te obriga a pagar. E a arma mais barata que existe, no quesito arma de posse, arma curta, custa em média R$ 4 mil”, ressalta Isaac.
O preço de Juazeiro é similar ao de Petrolina. “As lojas do Brasil só podem comercializar armas de calibre permitido, a pistola a mais famosa é a .380, a pistola com calibre maior [na lista das permitidas]. Hoje eu tenho preços que variam entre R$ 4,300 mil e R$ 9 mil a pistola com mais saída. Esse preço é parcelado no cartão em até seis vezes sem juros”, afirma o empresário Vitor Bonicenha de Alencar.