“Para prender Lula, vai ter que matar gente”, diz Gleisi Hoffman

(Foto: Heuler Andrey/AFP)

Considerada uma das maiores defensoras do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a senadora Gleisi Hoffmann (PR) afirmou que desconsidera a hipótese de ele ser preso no julgamento sobre o caso do tríplex, que ocorre no próximo dia 24 em Porto Alegre.

 “Para prender Lula, vai ter que prender muita gente, mas, mais do que isso, vai ter que matar gente. Aí, vai ter que matar”, afirmou a presidente nacional do PT em entrevista ao portal Poder360.

Segundo Gleisi, se a sentença do juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba, for confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), significará que “eles (os juízes) desceram para o ‘play’ da política (…) No ‘play’ da política nós vamos jogar (…) E vamos jogar pesado”. A senadora também negou que uma decisão que mantenha a condenação de Lula — de 9 anos e 6 meses — possa tirá-lo da disputa pelo Planalto. “A candidatura vai ser decidida na Justiça Eleitoral”, disse.

A prioridade do PT é registrar a candidatura de Lula em 15 de agosto e entrar com todos os recursos possíveis para mantê-lo na disputa. A sigla, que conseguiu apenas R$ 109 mil numa vaquinha on-line organizada para aportar os militantes em favor de Lula em Porto Alegre, quer garantir a foto do ex-presidente nas urnas, mesmo que a candidatura venha a ser impugnada. “Como é que vai cassar o voto de 40, de 50 milhões de brasileiros?”, questiona Gleisi.

A petista reafirma que o partido não tem um plano B para lançar como candidato à Presidência, ainda que existam rumores sobre a possibilidade de lançar o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad. Mesmo que tenha a condenação confirmada em 2ª Instância, Lula “terá o seu registro de candidatura”.

“Essa condenação não tem nada a ver com a candidatura. A candidatura do Lula vai ser decidida na Justiça Eleitoral. Porque a candidatura só se resolve na Justiça Eleitoral. É em outra esfera. Não tem nada que nos impeça de registrar Lula como candidato no dia 15 de agosto”, afirmou.

A presidente do PT disse aguardar que o ex-presidente Lula seja absolvido do julgamento da próxima quarta-feira. Para ela, “esse seria o único resultado capaz de resgatar a seriedade da Justiça brasileira e mostrar para o Brasil e para o mundo que há isenção no Poder Judiciário”. Caso contrário, a senadora afirma que o processo “vai continuar eivado de vício, de distorções e de problemas”.

Gleisi defende que, na ação em que Lula foi julgado, não há “condições jurídicas, probatórias, processuais” para condená-lo, e menciona o livro “Comentários a Uma Sentença Anunciada – O Processo Lula”, escrito por 122 juristas, segundo ela, de posicionamento apartidário.

Artigo: uma palavra por Lula, por Roberto Malvezzi

(Foto: CPT/arquivo)

Roberto Malvezzi (“Gogó”), nasceu em 1953, no município de Potirendaba, São Paulo. É graduado em Estudos Sociais e em Filosofia pela Faculdade Salesiana de Filosofia, Ciências e Letras de Lorena, em São Paulo. Também é graduado em Teologia pelo Instituto Teológico de São Paulo.

Chegou ao interior da Bahia em Janeiro de 1979, para ficar um mês nas comunidades rurais de Campo Alegre de Lourdes, divisa com o Piauí. Era um trabalho organizado pela paróquia da cidade.

Casado, teve com sua esposa dois filhos e duas filhas, todos baianos. Atualmente, reside em Juazeiro-BA e atua na Equipe CPP/CPT do São Francisco.

UMA PALAVRA POR LULA

Roberto Malvezzi (Gogó)

Desde a juventude acompanho a trajetória pública de Lula, desde as greves do ABC, na resistência à ditadura, o início do PT, sua expansão pelo Brasil. Mas, eu venho do ramo das Pastorais Sociais, das CEBs, das lutas sociais, da Teologia da Libertação, nunca fui filiado a nenhum partido. Sou do grupo que nunca vai ao poder, prefere ficar no meio do povo.

Lula uma vez no poder, fomos os primeiros a confrontá-lo, em vista da Transposição. Ela está quase concluída, a revitalização do São Francisco, como sabíamos, não saiu do zero, exceto algumas obras de saneamento nos municípios da bacia.

Dia 24 ele será julgado em segunda instância. Por ser um processo mais político que jurídico, já está condenado. A prisão vai depender das circunstâncias. Parece que não será nesse primeiro momento.

Mas, no dia 24 estará em jogo não apenas o Lula com seus erros e acertos históricos. O que tanta gente não se conforma é o caráter parcial desse julgamento, como forma de perseguição pessoal, da condenação sem provas, ignorando o princípio milenar do direito “in dubio pro reo”, com origem no direito romano, mas que é esgarçado em todo regime de exceção.  Só o fato da juíza Luciana Correa Torres de Oliveira penhorar o tal tríplex como sendo da OAS, enquanto Moro condenou Lula a nove anos por lhe atribuir a propriedade, indica o absurdo em que se meteu o judiciário brasileiro nesse caso.

Hoje – basta ouvir o diretor do filme “Snowden” – está comprovada a participação dos Estados Unidos no golpe para destruir ou se apossar de empresas competitivas que não estejam sob seu controle, como a Petrobrás e a Embraer, ou para derrubar governos que não lhes são submissos. Temos os 10% de brasileiros que apoiam Temer e o golpe, os milionários e bilionários, aquelas velhas almas colonizadas que beijam o traseiro dos estadunidenses e oprimem nosso povo.

Não precisamos citar mais esses seres humanos abjetos como Eduardo Cunha, Geddel e o papel que cumpriram nesse processo. No tangente ao desmonte do estado brasileiro o golpe já está praticamente concluído. Falta eliminar as sementes da reação.

O processo deixa transparecer claramente a moral farisaica, que “coa mosquito e engole camelo”, investigando de forma enfadonha uns recibos de aluguel, mas fazendo vistas largas às corrupções monumentais de pessoas de outros partidos, de vasto conhecimento público e com provas inequívocas.

Lula poderá sair condenado e preso, mas sua vitória sobre seus algozes já está concluída, pelas intenções de voto que o povo lhe deposita. Historicamente seus perseguidores já perderam a guerra, particularmente Dallagnol e Moro.  Acusaram, condenaram, mas não provaram, enquanto Lula está vivo no coração do povo.

O povo sabe ler a história e ela não termina no golpe.

Em vídeo nas redes sociais, Bolsonaro sugere que Lula pedirá asilo à Etiópia caso seja condenado dia 24 de janeiro

Um dos principais adversários do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa de outubro, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC) usou as redes sociais para dizer que o petista estaria planejando morar na Etiópia para se livrar de uma eventual punição, caso seja condenado em segunda instância pelo caso do Triplex no Guarujá.

Em um vídeo divulgado em suas páginas, o presidenciável afirma que uma autorização para assessores de Lula viajarem para o país africano foi publicada no Diário Oficial da União de segunda-feira (16).

“Lula despacha assessores para a Etiópia a partir do dia 23 de janeiro, como expõe publicação do Diário Oficial da União de (15.01.2018) Pediria asilo numa possível condenação?”, questiona. o parlamentar explica que os ex-presidentes têm direito a assessores e seguranças.

“O Lula não precisa de autorização para sair do Brasil, é um cidadão como outro qualquer. Agora o curioso: o julgamento do mesmo ocorrerá dia 24. Estaria Lula preparando uma saída estratégica temendo uma condenação via TRF4?”, questiona Bolsonaro. Veja o vídeo.

Viagem com retorno marcado

Em seu site, o ex-presidente Lula confirmou a viagem, mas informou que ela estava marcada desde outubro do ano passado e tem data de retorno. Segundo a nota, Lula foi convidado pela União Africana para um evento em sua sede em Adis Abeba, junto com outros dois ex-presidentes: John Kufuor, de Gana, e Olasegun Obasanjo, da Nigéria.

O debate será sobre combate à fome na áfrica e tem como objetivo promover políticas públicas para acabar com o problema no continente até 2025. “A viagem já tinha sido divulgada para a imprensa no ano passado, já é de conhecimento público faz tempo. O evento é no dia 27 de janeiro e no dia seguinte o ex-presidente retorna ao Brasil”, informa o Instituto Lula.

Lula será julgado pelo Tribunal Regional Federal (TRF4) no próximo dia 24 pelo suposto recebimento de propina da OAS por meio de um apartamento Triplex no Guarujá. O petista sustenta que o imóvel não é dele.

Julgamento de Lula: Cármen Lúcia se reúne com presidente do TRF4

Na manhã desta segunda-feira (15), a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, se reunirá com o presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), desembargador Carlos Thompson Flores. O tribunal, que fica em Porto Alegre, vai analisar no próximo dia 24 o recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva contra a condenação determinada pelo juiz Sérgio Moro, a 9 anos e meio de prisão, por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do triplex.

Oficialmente, o encontro vai tratar de assuntos institucionais. Mas a tensão que envolve a julgamento de Lula, com manifestações marcadas por apoiadores e opositores, pode ter motivado o encontro.

Encontro com deputados do PT

Na sexta-feira (12), o líder da bancada do PT na Câmara, deputado Paulo Pimenta (RS), acompanhado por um grupo de parlamentares do Partido dos Trabalhadores, entregou a Thompson Flores uma carta-manifesto contra os trâmites adotados, até agora, no processo de julgamento do ex-presidente Lula.

“Reafirmamos o nosso ponto de vista de que uma eleição este ano sem Lula é uma fraude, um golpe”, disse Pimenta, em entrevista coletiva logo após a reunião. Ele estava acompanhado da deputada federal Maria do Rosário (PT-RS), do deputado Marco Maia (PT-RS), além dos deputados estaduais do Rio Grande do Sul, Tarcísio Zimmermann (PT-RS), Stela Farias (PT-RS) e Edegar Pretto (PT-RS), além do advogado Ricardo Zamora.

A comitiva reforçou que espera do tribunal um julgamento nos limites daquilo que a lei estabelece e que prevaleça o viés imparcial da Justiça no processo do ex-presidente, cujo julgamento do recurso da defesa está marcado para 24 de janeiro. “Quando essa garantia deixa de existir, todo o sistema é colocado em risco e fica sob suspeita”.

Julgamento de Lula, em Porto Alegre, gera clima de tensão na capital Gaúcha

O presidente do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), Carlos Eduardo Thompson Flores, afirmou a congressistas petistas, nesta sexta-feira (12), que está preocupado com as ameaças de conflitos durante julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no dia 24.

À delegação de petistas, ele afirmou ter relatado sua apreensão à presidente do STF, ministra Carmen Lúcia, e à procuradora-geral, Raquel Dodge. Segundo ele, o tribunal, com sede em Porto Alegre, tem detectado pressões de todos os lados, especialmente em manifestações em redes sociais.

Os petistas entregaram ao desembargador uma carta com críticas a ele próprio, além do juiz Sérgio Moro, que condenou Lula na primeira instância. Sem citar nominalmente Thompson Flores, os petistas afirmam, no documento, que recentes elogios à decisão de Moro “lançam preocupação sobre o caráter do julgamento”.

Ameaças

O presidente do TRF-4 disse que os juízes estão recebendo ameaças e que alguns deles tiraram suas famílias do Estado. Ele citou o caso de uma pessoa do Mato Grosso do Sul que tem ameaçado atacar fisicamente o prédio do TRF-4. O desembargador contou também ter recebido um telefonema do presidente da associação de magistrados com relatos de ameaças a juízes.

Em resposta, os petistas alegaram não haver orientação neste sentido e que as ameaças devem ser acompanhadas caso a caso. “Não há nos movimentos sociais qualquer disposição para conflitos, não há orientação nesse sentido”, diz o deputado Marco Maia, admitindo haver “radicalismo” de todos os lados.

Segundo o tribunal, o presidente da corte disse que aceita “prontamente a colaboração para assegurar a segurança de todos os envolvidos”. “Pedimos que divulguem a mensagem por manifestações pacíficas”, disse ele. Autoridades que quiserem acompanhar o julgamento terão acesso ao tribunal e assistirão à sessão em um telão. A sala de julgamentos ficará restrita a advogados e partes.

PT faz vaquinha na internet para dar apoio a quem for ao julgamento de Lula

O partido criou uma plataforma para arrecadar valores de R$ 25 a R$ 2 mil para dar apoio a quem for a Porto Alegre se manifestar. (Foto: Divulgação / Ricardo Stuckert)

Na tentativa de arrecadar dinheiro para ajudar nas manifestações a favor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no dia do julgamento pelo Tribunal Regional Federal (TRF 4), em Porto Alegre, o PT está pedindo dinheiro em uma vaquinha virtual que aceita todas as formas de pagamento.

Os interessados em ajudar podem dar valores de R$ 25 a R$ 2 mil nos cartões de crédito, débito ou boleto. Há ainda o campo para digitar outro valor.

O site, que também é hashtag, #comlulaemportoalegre foi divulgado pelo partido na última sexta-feira (5) e, segundo consta nele próprio, até esta quinta-feira (11) conseguiu 562 doações.

Os usuários escolhem a forma de pagamento e os valores são variados
(Foto: Reprodução)

Mais de R$ 100 mil para ajudar Lula

Criada há mais tempo, outra vaquinha virtual em defesa de Lula já ultrapassou os R$ 100 mil arrecadados.

Também para custear a infraestrutura para receber os manifestantes, a Frente Brasil Popular pretende arrecadar R$ 300 mil e já alcançou até esta quinta-feira (11) 36,5% do resultado, chegando a R$ 109.513,13. Apesar de o julgamento ser no dia 24 de janeiro, a vaquinha aberta no fim de dezembro vai até 12 de fevereiro.

Fonte: Estado de Minas

Recursos serão a saída para garantir Lula na disputa presidencial

Ex-presidente não deve ser preso, se condenado. (Foto: internet)

Duas semanas do julgamento em segunda instância no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), ainda é indefinido o quadro político do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na corrida presidencial de 2018. Condenado a 9 anos e meio de prisão pelo juiz Sérgio Moro, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, Lula é o único representante da esquerda com ainda alguma chance no cenário atual.

No próximo dia 24, os três desembargadores da 8ª turma do TRF4 vão analisar a condenação dada por Moro ao caso do tríplex do Guarujá. O ex-presidente foi acusado pelo Ministério Público de receber de presente o imóvel de três andares à beira mar por beneficiar a empreiteira OAS em contratos irregulares com a Petrobras. Ele nega as acusações e decidiu recorrer pedindo o cancelamento da sentença dada em primeira instância. Já o Ministério Público entrou com recurso pedindo o aumento da pena.

Se confirmada a condenação em segunda instância, Lula automaticamente cai na Lei da Ficha Limpa, ou seja, fica, por regra, impedido de disputar cargo eletivo por oito anos após decretada a sentença. Mas aí entram os recursos, que podem correr por tempo ainda indeterminado, dando a ele chances de seguir com sua candidatura.

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Temer quer que ministros decidam se é necessário enviar Exército e Força Nacional para o julgamento de Lula em Porto Alegre

(Foto: Internet)

A Presidência da República pediu nesta quinta-feira (4) aos ministérios da Defesa e da Justiça que avaliem o ofício recebido do prefeito de Porto Alegre (RS), Nelson Marchezan Júnior (PSDB), pelo qual ele solicitou tropas da Força Nacional e do Exército para o dia 24 de janeiro, quando o TRF (Tribunal Regional Federal) deverá julgar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Na carta enviada a Temer nesta quarta-feira (3), Marchezan Júnior afirmou que há “ameaça de ocupação de espaços públicos municipais pelos diversos movimentos sociais que manifestaram-se publicamente nesse sentido” e que teria ocorrido “menção à desobediência civil e luta propugnadas nas redes sociais por alguns políticos, inclusive senadores da República”.

Ele solicitou tropas da FN e do Exército “para auxiliar na segurança da população e proteção dos próprios prédios públicos municipais, em razão do iminente perigo à ordem pública e à integridade dos cidadãos porto-alegrenses”.

Segundo a Presidência, caberá aos dois órgãos avaliar a legalidade e a possibilidade de atendimento ao pedido. Depois de uma resposta dos dois ministérios, o tema deverá ser discutido entre ministros e o presidente Michel Temer.

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse que “pessoalmente” não vê a “possibilidade de emprego das Forças Armadas (nesse caso)”. “Se consultado, reafirmarei a desnecessidade”, disse o ministro.

Jungmann informou que, até as 15h40, o pedido ainda não havia chegado ao ministério, e ponderou que normalmente pedidos de operações de GLO (Garantia da Lei e da Ordem) partem dos governadores de Estado, não de prefeitos, por força da Constituição. O Rio Grande do Sul é governado por José Ivo Sartori (PMDB).

No Ministério da Justiça, a assessoria informou que já existem 200 homens da Força Nacional em atividade no Rio Grande do Sul desde agosto de 2016. Segundo assessoria, caberia ao governo do Estado manejar esse contingente, caso necessário, para outras atribuições. Mas um eventual pedido de ampliação do número de soldados também poderia ser levantado pelo governador.

Com informações da Folha de Pernambuco.

Lula diz que irá a Porto Alegre acompanhar o julgamento que pode torná-lo inelegível

(Foto: internet)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva comunicou a dirigentes do PT que vai comparecer ao julgamento que pode torná-lo inelegível, no Tribunal Regional da 4ª Região (TRF-4), dia 24, em Porto Alegre (RS).

Oficialmente, a assessoria do Instituto Lula não confirma que o ex-presidente vá a Porto Alegre, mas informou que, a defesa do petista solicitou ao TRF-4 que o ex-presidente seja ouvido durante o julgamento.

O pedido ainda não foi apreciado pelos desembargadores do tribunal. A expectativa de Lula é que o pedido seja acatado. Caso contrário o ex-presidente disse a petistas que pretende ir mesmo assim para Porto Alegre.

Ele deve chegar à capital gaúcha no dia 22 ou 23 e participar das manifestações preparadas pelo PT. Um outro ato, que está sendo preparado em São Paulo, para receber Lula após o resultado do júri, deve ser o ponto alto das mobilizações organizadas pelo PT e movimentos sociais que defendem o direito de o ex-presidente ser candidato.

Lula foi condenado, em primeira instância, a 9 anos e 6 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no caso do triplex do Guarujá (SP). Se a condenação for confirmada, o ex-presidente pode ser impedido de disputar a eleição presidencial.

Com informações do Estadão.

Se condenado em segunda instância, Lula deve ser preso

(Foto: Internet)

Em entrevista ao UOL, o procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava Jato, declarou que se o TRF-4 confirmar a sentença em que Sergio Moro impôs nove anos e meio de cadeia a Lula, a prisão do ex-presidente petista “é uma decorrência natural da condenação em segundo grau”.

Segundo Dallagnol, caso o tribunal não requeira a prisão do ex-presidente, o Ministério Público Federal poderá solicitá-la. “A determinação da prisão como uma consequência do julgamento de segundo grau é algo que vai competir ao TRF da 4ª Região. Eventualmente, o Ministério Público Federal pode até pedir [a prisão]. O tribunal pode determinar a prisão de ofício, sem nenhuma solicitação. Mas o Ministério Público pode, sim, pedir”.

Questionado sobre a possibilidade de Lula não poder concorrer às eleições presidenciais, o procurador afirmou que não olha para o processo pela perspectiva eleitoral, mas tão somente criminal. “Vejo com os olhos de quem acredita que a lei vale para todos. Observo com a preocupação de que, no Brasil, todos sejam verdadeiramente iguais debaixo da lei. Não vejo razão para distinguir entre Francisco e Chico. A lei vale para todos”.

O fato é que, caso a condenação em segunda instância se confirme, o ex-presidente deve realmente ser preso, após a apuração dos recursos pelo tribunal. Lula foi condenado em primeira instância a cumprir 9 anos e seis meses de prisão pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Na oportunidade, o juiz Sérgio Moro não decretou a prisão do ex-presidente.

STJ já discute condenação de Lula

(Foto: Arquivo)

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) já discute a possibilidade de condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no próximo dia 24, pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).

De acordo com a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, nos bastidores, ministros do STJ acreditam que um veredicto negativo por 3 a 0 “será fatal para o petista”, e dificultaria a possibilidade de concessão de liminar pelo STJ, permitindo que Lula leve adiante uma candidatura presidencial.

Na hipótese de haver um voto divergente da condenação, Lula ganharia fôlego e poderia apresentar mais de um recurso para tentar reverter a condenação em segunda instância. Segundo a colunista, o palpite, entre magistrados, é o de que o próprio TRF-4 evitaria acelerar o processo, evitando atropelar a candidatura do ex-presidente.

O PT tem afirmado que a candidatura de Lula será registrada independentemente da decisão do TRF-4 e que há vários mecanismos jurídicos que permitem ao ex-presidente fazer campanha até próximo das eleições.

Justiça proíbe acampamento do MST durante julgamento de Lula em Porto Alegre

(Foto: internet)

O juiz federal Osório Ávila Neto determinou que seja estabelecida uma área onde os manifestantes deverão ficar nas imediações do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre, no dia do julgamento do recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em segunda instância, em 24 de janeiro de 2018.

O magistrado ainda citou que deverá haver um isolamento para o trânsito nas vias próximas ao prédio.

A ação civil pública foi protocolada pelo Ministério Público Federal (MPF) e solicitava que o Parque Maurício Sirotski Sobrinho, situado em frente ao TRF4, fosse interditado, para evitar protestos no local. O pedido foi atendido parcialmente pelo juiz.

No despacho, publicado na quinta-feira (28) à noite, Neto proibiu a instalação de acampamento do Movimento de Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) na área do parque e nos terrenos vizinhos, até três dias após o julgamento. Mas os manifestantes poderão acessar a área.

A decisão provocou reações do Partido dos Trabalhadores e do MST. Em 15 de dezembro, o movimento no Rio Grande do Sul definiu que montaria um acampamento na capital gaúcha no mês de janeiro, devido ao julgamento de Lula.

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PT pretende relançar a candidatura de Lula após o julgamento do ex-presidente

(Foto: internet)

Mesmo que a justiça confirme a condenação emitida pelo juiz Sérgio Moro no caso do tríplex do Guarujá, em São Paulo, o PT vai fazer um relançamento da candidatura do o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O julgamento de Lula em segunda instância, está marcado para o dia 24 de janeiro, no Tribunal Regional Eleitoral da 4ª Região (TRF4). De acordo com informações do Jornal a Folha de São Paulo, o partido planeja realizar uma reunião ampliada da executiva do PT, onde a candidatura de Lula será relançada independe da decisão do Tribunal.

O ato, que deve contar com presença de deputados, senadores, governadores e outros convidados, é visto como um gesto de resistência.

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Lula atinge o ápice de aprovação, segundo pesquisa

Em diferentes cenários, o petista aparece com pelo menos 35% das intenções de voto. (Foto: Internet)

Pesquisa realizada pelo Barômetro Político Estadão-Ipsos revelou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) atingiu o ápice de aprovação na série histórica do levantamento. O petista chega a 45%, mas ele ainda é desaprovado por 54% dos entrevistados.

O deputado Jair Bolsonaro, tem 21% de aprovação e 62% de desaprovação. Vale destacar que o Estadão-Ipsos não mede as chances eleitorais dos presidenciáveis. As informações são do Estado de S. Paulo para o Estadão.