Editorial: “Cuidar do Velho Chico: A responsabilidade coletiva pela saúde do Rio São Francisco”

O Rio São Francisco, nosso “Velho Chico”, é uma dádiva que gerações atravessa, nutrindo e embelezando a vida em Petrolina e Juazeiro. É uma vitória que não só nos proporciona um cenário de lazer e diversão, mas também sustenta a economia, favorecendo a agricultura irrigada e gerando oportunidades para todos que aqui vivem.

Essa dádiva, porém, não tem recebido o respeito que merece de alguns dos próprios filhos e visitantes que, ao desfrutarem das margens e ilhas do rio, deixam para trás um rastro de descuido e destruição. Em vez de desfrutarem da beleza e da tranquilidade do “Velho Chico” de forma responsável, muitos esquecem o básico da convivência com a natureza: o cuidado com o que nos é dado.

Infelizmente, o que deveria ser um encontro de celebração com a natureza, transforma-se em poluição e degradação ambiental. Garrafas plásticas, copos descartáveis, sacolas, latas de cerveja e refrigerante, e até as mesmo garrafas de vidro são deixadas na margem e, muitas vezes, acabam no leito do rio, ameaçando a fauna, a flora e até a saúde de quem vive na região. Houve momentos em que mergulhadores encontraram verdadeiros absurdos no leito do rio, como pneus velhos, vasos sanitários e outros objetos. Esses achados revelam o total desrespeito de alguns com o nosso maior tesouro natural. É inadmissível que um rio tão fundamental para a vida e a economia de nossa região seja tratado com tamanha negligência, tornando-se vítima de ações que comprometem seu ecossistema.

Que queremos passar para quem visita Petrolina? Como os turistas se sentem ao se depararem com tanto descaso de alguns moradores e visitantes? É urgente que cada um tenha consciência de seu papel na preservação do rio, lembrando que o respeito e o cuidado com a natureza são responsabilidade de todos. Afinal, preservar o São Francisco é garantir que ele continue a ser fonte de vida, lazer e encantamento para as futuras gerações.

Waldiney Passos

Editorial: Petrolina: Um marco de crescimento e qualidade de vida

Nossa Petrolina, essa joia do Sertão pernambucano, deu um grande salto no cenário nacional ao avançar 23 posições no ranking das 100 melhores cidades brasileiras para viver, agora ocupando o 49º lugar. Esse feito é ainda mais significativo quando consideramos que a cidade ultrapassou importantes capitais e municípios de destaque, como Fortaleza, Cuiabá, Recife, Osasco e Guarulhos. 

Com base no Índice de Desafios da Gestão Municipal (IDGM), que avalia 15 indicadores fundamentais nas áreas de educação, saúde, segurança, saneamento e sustentabilidade, o levantamento coloca Petrolina em uma posição privilegiada entre as grandes cidades brasileiras.

O progresso de Petrolina não apenas demonstra um avanço em infraestrutura e serviços essenciais, mas também evidencia o trabalho consistente de políticas públicas que priorizam a qualidade de vida e a modernização da cidade. Ao estar entre as 100 cidades que concentram 38,5% da população brasileira e responde por 44,2% do PIB do país, Petrolina afirma seu papel como um pilar no desenvolvimento da região.

Com uma renda per capita que acompanha a média das cidades mais bem avaliadas, a cidade de Petrolina se destaca como um modelo de crescimento sustentável e inclusivo, além de gerar empregos e oportunidades, que se traduzem em 52,3% dos postos de trabalho dessas grandes cidades brasileiras. Esse cenário reafirma o compromisso de Petrolina com a inovação, o planejamento urbano e o atendimento aos desafios locais, abrindo caminhos para um futuro ainda mais próspero e uma referência para o sertão e o país.

O crescimento de Petrolina não é apenas numérico; é qualitativo e sustentável, demonstrando que uma cidade está preparada para atender às necessidades de seus cidadãos com uma infraestrutura robusta, serviços eficientes e uma visão de futuro. Ao priorizar áreas como saúde, educação, segurança e sustentabilidade, Petrolina reafirma seu compromisso de se tornar cada vez mais digna e promissora para as famílias que nela residem, projetando um futuro de oportunidades e qualidade de vida para todos.

Waldiney Passos

Editorial: Enfraquecimento da esquerda nas eleições e a estratégia de João Campos para conquistar o eleitorado de centro

As eleições municipais de 2024 consolidaram um cenário de enfraquecimento da esquerda e fortalecimento da centro-direita e extrema-direita em diversas cidades do Brasil. Este movimento reflete uma mudança importante no cenário político nacional, com o avanço de figuras alinhadas às pautas conservadoras e uma crítica cada vez mais aberta à gestão federal do presidente Lula. Em Pernambuco, a situação é particularmente interessante, com o prefeito reeleito do Recife, João Campos, já traçando seus próximos passos e sinalizando para um futuro em que ele provavelmente será candidato ao governo do estado em 2026.

João Campos, neto de Miguel Arraes e herdeiros de uma tradição política de esquerda, tem se distanciado gradativamente desse espectro ideológico. Em entrevistas recentes, ele fez críticas ao governo Lula, especialmente no que diz respeito à condução da economia e à falta de respostas concretas para questões que afetam diretamente os municípios. Em entrevista ao Roda Viva, prefeito do Recife disse que Lula cai em “armadilhas” que prejudicam a imagem do governo, como a visita de Maduro, em 2023. Esse posicionamento sugere uma tentativa de descolamento da esquerda, com vistas a ampliar seu eleitorado em 2026.

Campos, ao se afastar das pautas mais associadas ao PT e à esquerda tradicional, busca construir uma imagem mais ao centro, aproveitando a popularidade que acumulou em seu primeiro mandato no Recife. Ele sabe que, para vencer em 2026, precisará se diferenciar da atual gestão federal e conquistar o apoio de setores que, historicamente, se alinharam à centro-direita. Essa estratégia já está sendo testada e deverá ser refinada nos próximos anos, com Campos tentando se posicionar como uma alternativa moderada e pragmática.

Por outro lado, sua provável adversária, a governadora Raquel Lyra, ganhou força com a vitória de aliados estratégicos nas eleições municipais, como a prefeita eleita de Olinda Mirella Almeida. Raquel Lyra, que vem consolidando sua política de base no estado, desponta como um nome forte para a reeleição e também para manter a hegemonia da direita em Pernambuco. Sua gestão, embora discreta em alguns aspectos, tem sido suficiente para garantir vitórias em cidades importantes.

Essa disputa entre João Campos e Raquel Lyra deve se acirrar nos próximos dois anos, com ambos tentando atrair o eleitorado insatisfeito com o governo federal e ao mesmo tempo se distanciando das pautas mais polêmicas da esquerda. O debate não será apenas regional, mas terá reflexos no cenário nacional.

Enquanto isso, Lula e o PT enfrentam o desafio de manter sua base unida diante do avanço da direita e da extrema-direita. As eleições municipais realizadas que a esquerda precisa reinventar sua estratégia para reconquistar o eleitorado perdido, especialmente nos estados do Nordeste, onde antes tinha uma hegemonia quase inabalável. O distanciamento de João Campos é um sinal claro de que o cenário político está em transformação e que a esquerda, para sobreviver, precisará se adaptar rapidamente.

Waldiney Paasos

Editorial: “Rural FM: 62 anos de tradição, fé e comunicação a serviço do Vale do São Francisco”

A Emissora Rural AM 730, hoje transformada na Rural FM 103,1, celebra seus 62 anos de história com uma trajetória marcada por compromisso social, evangelização e jornalismo responsável. Fundada em 1962, sob a inspiração de Dom Avelar Brandão Vilela, a emissora sempre teve como objetivo principal ser uma voz do povo, levando informação, cultura e espiritualidade a Petrolina e toda a região do Vale do São Francisco.

Durante décadas, a Rural AM desempenhou um papel fundamental na comunicação regional, conectando comunidades e dando espaço para debates que abordam desde a política até temas de interesse cotidiano, como o desenvolvimento rural e questões sociais. A missão de evangelizar também sempre esteve no centro das suas atividades, em sintonia com a Igreja Católica e as necessidades espirituais da população.

Com o avanço tecnológico e as mudanças nos meios de comunicação, a migração para FM, concretizada em 2019, foi um marco significativo, garantindo a modernização e continuidade do trabalho iniciado há mais de seis décadas. A nova Rural FM mantém vivo o espírito pioneiro, adaptando-se às novas realidades e necessidades da audiência, mas sem perder suas raízes e o profundo respeito pela história construída.

Neste aniversário de 62 anos, é importante reconhecer a dedicação de todos os profissionais que passaram por seus estúdios, comunicadores como Edenevaldo Alves, Francisco José, Neya Gonçalves e tantos outros que contribuíram para manter viva a essência da emissora. Mais que uma rádio, a Rural FM é parte da história de Petrolina, um testemunho de como a comunicação pode ser instrumento de transformação e desenvolvimento local.

Que esta data inspire ainda mais anos de sucesso, levando sempre aos ouvintes aquilo que caracteriza a Rádio Rural: fé, informação e compromisso com a verdade. Parabéns à toda a equipe da Rural FM 103,1 e aos seus fiéis ouvintes, que fazem dessa emissora um ícone de tradição e modernidade!

Waldiney Passos

Editorial: “Omissão que custa vidas: A responsabilidade do Estado na violência crescente em Petrolina

A crescente onda de violência em Petrolina tem deixado a população em estado de alerta. Quase todos os dias, nos deparamos com notícias de assassinatos e crimes que aterrorizam a cidade. Essa situação nos leva a uma reflexão urgente sobre o papel do Estado na proteção dos cidadãos e a pergunta que fica no ar: onde está o governo do estado neste momento de crise? A ausência das autoridades estaduais tem sido notada, e o descaso com a segurança pública de Petrolina, a terceira maior cidade de Pernambuco, tornou-se insustentável.

Apesar da relevância econômica e populacional de Petrolina, o município não recebe do governo estadual o tratamento proporcional que merece. Há uma evidente falta de investimentos em segurança, e isso se reflete na insuficiência de viaturas, na carência de efeito policial e nas condições precárias de trabalho enfrentadas tanto pela Polícia Militar quanto pela Polícia Civil. Embora Petrolina contenha dois batalhões da Polícia Militar, é urgente que o Estado ofereça mais apoio, colocando mais policiais nas ruas e melhorando as condições de trabalho. Não vemos mais policiais patrulhando a cidade em duplas, como antigamente, o que aumenta a sensação de insegurança na população.

A Polícia Civil também está preocupada com investimentos e apoio. É inconcebível que uma cidade do porte de Petrolina não receba a atenção necessária para combater a criminalidade de forma eficiente. Precisamos de mais agentes, melhor infraestrutura e um reforço nas investigações criminais. Não se pode governar apenas com discursos bonitos e números que, na prática, não refletem a realidade que a população enfrenta diariamente. A sensação de segurança é inexistente quando a violência cresce e as ações do Estado não acompanham as necessidades do município. A falta de eficácia policial e de condições adequadas para o trabalho prejudica diretamente a eficiência das operações e investigações.

Enquanto o governo apresenta estatísticas que não refletem o verdadeiro impacto da criminalidade, a população continua sofrendo as consequências da ausência de ação efetiva. Não podemos mais aceitar essa distância entre os discursos oficiais e a realidade vívida nas ruas. O sofrimento causado pela violência crescente exige respostas imediatas e práticas, não apenas números que tentem mascarar o problema. A segurança pública deve ser uma prioridade constante, e não apenas uma promessa à distância. 

A população de Petrolina não pode continuar refém da insegurança enquanto analisa por soluções que parecem cada vez mais distantes. A cada dia que passa, o medo se intensifica, e as respostas do governo se mostram insuficientes. É preciso agir com urgência, não podemos permitir que uma cidade fique à mercê da violência, enquanto o Estado se limite a promessas que não se traduzem em ações.

Waldiney Passos

Editorial: Estado de saúde de Lula e os questionamentos sobre sua capacidade de liderar o Brasil

O recente acidente envolvendo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que sofreu uma queda no banheiro e precisou levar vários pontos na cabeça, reacendeu debates sobre sua saúde e capacidade de continuar comandando o Brasil. Aos 79 anos, Lula tem demonstrado sinais de cansaço e enfrentado episódios que evidenciam sua fragilidade física, algo que é natural com o avanço da idade. No entanto, esses incidentes começam a gerar questionamentos legítimos sobre sua condição para seguir governando e, mais importante, terá condições físicas de competir a um novo pleito em 2026. A frequência de episódios como quedas e sinais de cansaço, naturais com o avanço da idade, faz com que tanto a população quanto seus aliados e opositores reflitam sobre a capacidade de Lula de manter o ritmo necessário para conduzir o país. Embora seja inegável que sua experiência política e popularidade ainda lhe confira uma liderança significativa, o acúmulo de problemas de saúde pode comprometer sua eficiência à frente do país.

O exercício da presidência envolve uma agenda exaustiva, que inclui viagens nacionais e internacionais, encontros com líderes mundiais, além da responsabilidade de tomar decisões estratégicas em momentos críticos. Assim, surgem dúvidas se Lula, aos 79 anos e enfrentando problemas de saúde recorrentes, conseguirá cumprir esse papel com a capacitação necessária até o fim de seu mandato, ou, mais importante, se estará em condições físicas de lançamento em uma nova campanha presidencial aos 81 anos de idade.

A situação acendeu um alerta sobre a transparência em relação à saúde do presidente, que, como chefe de Estado, carrega a responsabilidade de liderar uma das maiores economias da América Latina. A continuidade dessa liderança eficaz dependerá, naturalmente, da sua capacidade física e mental de acompanhar o processo governamental de gestão.

Lula, ao longo de sua carreira, demonstrou resiliência e habilidade política, superando obstáculos complexos. No entanto, com a idade avançada, a preocupação é legítima. Manter o ritmo exigido pela carga de presidente envolve muito mais do que a experiência política — exige energia física, mental clara e um estado de saúde que permite enfrentar jornadas intensas. O desgaste físico é um fator que não pode ser ignorado, principalmente diante de sinais cada vez mais frequentes de cansaço e fragilidade apresentados por Lula. Embora o presidente ainda demonstre vigor em suas aparições públicas, os episódios recentes, como a queda no banheiro e outros momentos em que aparentou esgotamento, indicam que a idade pode estar cobrando seu preço.

A saúde de um presidente não é apenas um assunto pessoal; trata-se de uma questão de segurança e estabilidade para o país. A transparência e a honestidade sobre o estado de saúde de Lula são essenciais para manter a confiança da nação e garantir que o Brasil esteja sendo liderado por alguém apto a enfrentá-los.

Waldiney Passos

Editorial: Fim das Revistas Íntimas: Uma Vitória para os Direitos Humanos e a Dignidade no Brasil

O fim das revistas íntimas em presídios representa um avanço significativo para os direitos humanos, uma vez que essa prática há muito tempo era vista como degradante e humilhante. Relatos de pessoas que vivenciaram essas revistas, descrevem o desconforto extremo de serem obrigadas a se despir e realizar gestos constrangedores, como agachar, mesmo quando a revista era conduzida por policiais do mesmo gênero.

Esse tipo de procedimento não apenas desrespeitava a dignidade dos visitantes, mas também criava um ambiente de opressão e desconforto, gerando traumas e constrangimentos desnecessários. A prática das revistas íntimas transformava as visitas em um processo angustiante, onde muitas vezes os visitantes, que não cometeram crimes, foram tratados de forma aviltante. Esse tipo de abordagem vai contra os princípios de dignidade humana garantidos pela Constituição e pelos tratados internacionais.

A abolição dessa prática é um passo importante na direção de um tratamento mais humano e respeitoso, alinhado aos princípios fundamentais dos direitos humanos. No entanto, a preocupação com a segurança no sistema prisional permanece legítima. É fundamental que, ao mesmo tempo em que as revistas íntimas sejam eliminadas, sejam adotadas medidas mais eficazes e tecnológicas para garantir que drogas, bebidas alcoólicas, celulares e outros itens proibidos não entrem nos presídios. Scanner corporal, vigilância eletrônica e outros métodos modernos podem ser usados ​​sem que seja necessário submeter os visitantes a situações constrangedoras e humilhantes.

Ao considerar a violação de direitos que essa prática representava, o STF reafirma que a busca por segurança não pode se dar aos custos da dignidade humana. Além disso, a votação mostra um avanço em termos de consciência social, criando um ambiente em que a justiça e o respeito aos direitos caminham juntos, mesmo em contextos de alta vigilância como o sistema prisional. Esse avanço reflete uma mudança significativa na forma como a sociedade e o judiciário percebem a necessidade de proteger os direitos fundamentais, mesmo em situações em que o controle e a segurança são prioritários.

Ao eliminar essa prática, o Brasil se alinha aos padrões internacionais de direitos humanos, mostrando que o respeito à integridade física e emocional das pessoas deve ser preservado em todas as situações. Mesmo em um ambiente restritivo, como o sistema prisional, é fundamental que a justiça opere com base no equilíbrio entre segurança e humanidade.

Com isso, a votação representa não apenas uma vitória legal, mas também uma evolução da consciência social no Brasil, para mostrar que a proteção dos direitos fundamentais deve ser uma prioridade constante, independentemente das relações.

O desafio agora é equilibrar os direitos das pessoas que visitam os presídios com a necessidade de segurança nas unidades prisionais. Esse equilíbrio é essencial para garantir que as prisões sejam ambientes seguros, mas sem violar a dignidade de quem está lá para visitar seus familiares.

Editorial: “Primeiras chuvas chegam ao sertão pernambucano e renovam a esperança do homem do campo”

As primeiras chuvas chegaram ao Sertão pernambucano, e ontem nossa redação recebeu inúmeros vídeos de moradores registrando esse momento tão aguardado. A chuva traz alívio imediato ao calor escaldante que domina a região durante boa parte do ano, proporcionando um refresco não só para os moradores, mas também para a terra sedenta. Para o homem do campo, essa mudança no clima é motivo de celebração e renovação de esperanças. O início das chuvas desperta o sonho de fartura nas plantações de milho e feijão, culturas tradicionais que dependem das águas para prosperar e garantir o sustento das famílias.

Na região da fruticultura irrigada, as chuvas também são bem-vindas, especialmente para o fortalecimento de culturas como a manga e a goiaba, essenciais para a economia local e exportações. No entanto, nem todos os produtores compartilham da mesma tranquilidade. Aqueles que cultivam uvas veem as chuvas com certa apreensão, pois durante a fase de colheita, o excesso de umidade pode comprometer a qualidade dos frutos, trazendo prejuízos significativos.

Historicamente, as chuvas no Sertão são um fenômeno que sempre gerou emoções mistas. Por um lado, a alegria incontida pelo alívio ao clima e pelo potencial produtivo. Por outro, a incerteza quanto ao volume e à duração das precipitações, que nem sempre chegam de forma suficiente ou, em alguns casos, vêm em excesso, causando transtornos.

De forma geral, o sertanejo celebra cada gota que cai do céu, vendo nela a promessa de um futuro mais promissor, com a terra verdejante e o gado bem alimentado. É o ciclo da vida que se renova no Sertão, onde a água é sinônimo de sobrevivência e prosperidade. Que essas chuvas sejam o início de um período abençoado para todos.

Waldiney Passos

Editorial: Montagem de equipes e eleição de mesa diretora da Câmara marcam início das novas gestões

Com o fim das eleições municipais, os candidatos eleitos voltam agora suas atenções para os preparativos da posse e, especialmente, para a formação de suas equipes de trabalho. Para os novos gestores, o desafio inicial é montar um secretariado que seja capaz de implementar as promessas de campanha e garantir uma gestão eficiente. Este processo envolve não apenas a escolha de profissionais capacitados, mas também a articulação com aliados políticos, já que as cargas de confiança merecem atenção conjunta.

Para além das cargas de primeiro escalonamento, que são essenciais para a condução direta das políticas públicas, também será necessário avaliar as cargas de segundo escalão, onde as escolhas serão fundamentais para a operacionalização das ações planejadas. Esse é um momento delicado, onde o gestor precisa equilibrar a necessidade de manter a confiança da política de base e, ao mesmo tempo, garantir a qualidade dos serviços oferecidos a população.

No caso dos prefeitos reeleitos, o momento exige uma renovação estratégica. Embora muitos secretários devam ser mantidos, novos nomes certamente aparecerão para ocupar pastas importantes, garantindo uma “reoxigenação” necessária em governos que buscam dar continuidade ao trabalho, mas com novas ideias e dinâmicas.

Enquanto no executivo os preparativos se concentram na montagem das equipes, nenhuma legislação a corrida é pela presidência das câmaras municipais. Em Petrolina, por exemplo, o nome da Aero Cruz desponta com força para assumir novamente a presidência da Casa. Com o apoio declarado de figuras como o vereador Manoel da Acosap, o mais votado da história da cidade, Aero Cruz se torna o favorito para o comando da Casa Plinio Amorim nos próximos dois anos.

A oposição, por sua vez, mesmo tentando se movimentar, enfrenta uma bancada limitada e, nesse contexto, as disputas mais acirradas deverão ocorrer entre os aliados da situação. Ao que tudo indica, Aero Cruz caminha para ser o escolhido para mais um mandato à frente da presidência da Câmara de Vereadores, consolidando sua força.

Esse período de transição é crucial, tanto para o executivo quanto para o legislativo. As decisões tomadas agora moldarão os próximos anos de gestão e definirão os rumores das cidades. Espera-se que tanto os novos prefeitos quanto os reeleitos façam escolhas que priorizem o bem-estar da população e o desenvolvimento de suas comunidades, mantendo um equilíbrio entre a articulação política e a qualidade técnica de suas equipes.

Waldiney Passos 

Editorial: Homenagem ao Dia do Professor – O Pilar de uma Sociedade Transformadora

Hoje, 15 de outubro, celebramos uma das profissões mais nobres e fundamentais para o desenvolvimento de qualquer sociedade: o Dia do Professor. Este é o momento de consideração e exaltar aqueles que, com dedicação e paciência, plantam as sementes do conhecimento, abrindo portas para um futuro melhor para milhares de estudantes.

O professor é a Alicerce de todas as profissões. É na sala de aula que se formam médicos, engenheiros, advogados, artistas e tantos outros profissionais que constroem o nosso país. Mais do que transmitir conhecimento, o professor inspira, transforma vidas e molda cidadãos conscientes e críticos, capazes de enxergar o mundo com novos olhares e de construir soluções para os desafios da sociedade.

Em tempos de rápidas mudanças e grandes desafios, como os avanços tecnológicos e as profundas transformações sociais, os professores são os guias que ajudam a navegar pelas incertezas. Eles adaptaram suas metodologias, inovaram em suas práticas e, muitas vezes, superaram dificuldades estruturais e financeiras para garantir que seus alunos recebam uma educação de qualidade.

Neste Dia

A todos os professores, nosso mais sincero agradecimento. Que seu trabalho continue a iluminar o caminho de tantos jovens, e que as futuras gerações possam honrar o legado de aprendizado e sabedoria que vocês deixam. Que o respeito, a dignidade e o reconhecimento sejam realidades presentes em suas vidas, hoje e sempre. Parabéns pelo seu dia!

Waldiney Passos

Editorial: Virou bagunça o trânsito no Viaduto Barranqueiro

Na semana passada, a tão aguardada liberação do tráfego no viaduto da BR-407, em Petrolina, foi recebida com satisfação pela população. O novo fluxo viário promete trazer mais agilidade e segurança para quem circula pela região. No entanto, apesar dessa conquista, é necessário chamar a atenção das autoridades de trânsito para um problema grave que persiste na rotatória do viaduto Barranqueiro, especialmente nos horários do pico.

Diariamente, os motoristas que tentam acessar a ponte Presidente Dutra enfrentam uma verdadeira batalha. Muitos invadem a contramão à esquerda, bloqueando os condutores que se dirigem ao centro de Petrolina, transformando a área em um cenário caótico. A desorganização lembra o trânsito de cidades superpopulosas como a da Índia, onde as regras parecem inexistir. O resultado? Enormes engarrafamentos e transtornos para quem precisa utilizar essa trajetória,

Esse problema de trânsito exige uma ação urgente. Seja competência da Ampla, da PRF, ou de qualquer órgão responsável, é necessário que haja uma coordenação mais eficaz no local. A orientação dos condutores nos horários de pico, através de agentes de trânsito ou outros mecanismos, é essencial para evitar o caos e garantir

Se por um lado a liberação do viaduto na BR-407 representa um avanço significativo, por outro, a situação na rotatória do Barranqueiro continua sendo um gargalo que precisa de atenção imediata. As autoridades têm a responsabilidade de agir, garantindo não apenas infraestrutura de qualidade, mas também um trânsito seguro e organizado para todos os cidadãos.

Waldiney Passos

Editorial – Investimento estratégico: Governo federal repassa R$ 41,5 milhões para Pernambuco enfrentar a violência

O recente repasse de R$ 41,5 milhões do governo federal ao estado de Pernambuco para combater a violência reflete a urgência de uma ação mais eficaz diante da crescente criminalidade que afeta a população pernambucana. A iniciativa se insere no contexto de um cenário alarmante, onde o aumento de homicídios, assaltos, tráfico de drogas e outros crimes exige não apenas reforço no policiamento, mas também uma estratégia de segurança pública abrangente e articulada.

A aplicação desse montante deve ser criteriosa, com foco não apenas em ações de repressão imediata, mas, sobretudo, em uma abordagem de longo prazo que envolve inteligência, modernização das forças de segurança e medidas preventivas. A violência, afinal, não é uma questão isolada de segurança, mas um reflexo de problemas sociais profundos, como desigualdades econômicas, falta de oportunidades e ausência de políticas públicas específicas para a juventude. Esse grupo, em particular, muitas vezes se vê marginalizado, sem acesso à educação de qualidade, formação profissional e perspectivas de inserção no mercado de trabalho, o que o torna vulnerável ao aliciamento pelo crime.

A destinação dos recursos precisa contemplar tanto o fortalecimento das polícias civis e militares quanto o investimento em tecnologia, com o uso de monitoramento por câmeras, aprimoramento das investigações e ações mais ágeis no combate às quadrilhas organizadas. No entanto, é fundamental que esse investimento também se volte para áreas de vulnerabilidade social, com programas que integrem educação, cultura e lazer.

O desafio do governo estadual é garantir que esses R$ 41,5 milhões sejam utilizados de forma transparente e eficiente. A fiscalização do uso desse recurso deve ser rigorosa, garantindo que cada centavo seja aplicado com foco na redução da criminalidade e na proteção dos cidadãos. Além disso, é crucial que o governo federal e estadual trabalhem em conjunto para desenvolver uma política de segurança rigorosa, que não se limite a soluções imediatas.

A população pernambucana precisa sentir os efeitos concretos desse investimento, com a queda nos índices de violência e a melhoria da qualidade de vida nas cidades. Somente com um plano estratégico bem elaborado e executado será possível transformar o cenário atual e devolver aos pernambucanos a sensação de segurança e tranquilidade.

Waldiney Passos

Editorial: Os desafios da nova gestão do prefeito reeleito Simão Durando

A reeleição de Simão Durando como prefeito de Petrolina representa a continuidade de um projeto político que, ao longo dos últimos anos, trouxe avanços para a cidade. Entre as conquistas mais marcantes, podemos destacar o crescimento na área de infraestrutura, com a duplicação de avenidas importantes e a pavimentação de ruas em praticamente todos os bairros de Petrolina. Esses investimentos melhoraram a mobilidade urbana e trouxeram mais qualidade de vida aos moradores.

Esses avanços são reconhecidos pela população e foram determinantes para a reeleição de Simão Durando ainda no primeiro turno, uma clara demonstração de confiança no trabalho realizado pelo seu grupo político. O progresso de Petrolina, tanto na infraestrutura quanto na educação, é inegável. No entanto, a saúde, como em qualquer grande cidade, é um dos maiores desafios. A construção do Hospital Municipal foi um passo importante, mas é necessário avançar muito mais nessa área. 

Outro ponto crucial é a pavimentação de ruas, especialmente nas áreas periféricas da cidade. Se por um lado muitos bairros receberam melhorias, por outro, ainda há muito a ser feito em termos de calçamento e asfaltamento, sobretudo em regiões que mais sofrem com a falta de infraestrutura básica. A recuperação de ruas e avenidas em áreas já urbanizadas também precisa ser tratada com prioridade.

Já o saneamento básico é uma das questões mais urgentes. Em várias partes de Petrolina, a falta de um sistema adequado continua afetando a qualidade de vida dos moradores. É preciso chamar a Compesa à responsabilidade e buscar, junto com a governadora Raquel Lyra, esforços coordenados para resolver essa questão. O saneamento básico é fundamental para a saúde pública e para o desenvolvimento sustentável da cidade, e um alinhamento administrativo mais forte entre o município e o governo estadual será essencial para que essa questão seja resolvida.

Que essa nova gestão seja marcada por soluções criativas, diálogo com a comunidade e uma busca incansável por melhorias em todas as áreas que impactam a vida da população. Afinal, Petrolina já demonstrou sua força e potencial, mas ainda há muito trabalho pela frente para garantir que todos os cidadãos tenham acesso a uma cidade mais justa, saudável e próspera.

O futuro de Petrolina está em boas mãos, mas é preciso trabalho árduo e contínuo para garantir que cada desafio seja superado. A população de Petrolina confia e espera que esta nova fase seja marcada por um comprometimento ainda maior com o desenvolvimento sustentável, com foco em resolver os problemas mais urgentes e garantir um futuro próspero.

Waldiney Passos

EDITORIAL: A importância das pesquisas eleitorais no processo democrático

Waldiney Passos – Editor do Blog

Em tempos de eleições, as pesquisas eleitorais desempenham um papel crucial. Mesmo com a diversidade de resultados entre os diferentes institutos, elas são ferramentas valiosas para avaliar o sentimento da população em momentos específicos da campanha. As pesquisas não determinaram o resultado final, mas refletem a política da opinião pública, permitindo que os candidatos, partidos e eleições compreendam melhor os movimentos do eleitorado.

O debate sobre a validade e a precisão dessas pesquisas é natural, especialmente quando vemos resultados divergentes entre os institutos. Em Petrolina, por exemplo, nesta eleição, algumas pesquisas ficaram distantes do resultado oficial. No entanto, outras, como as realizadas pelo Blog Waldiney Passos, chegam muito próximos dos números divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Isso mostra que, quando bem conduzidos, as pesquisas reveladas, com fidelidade, as tendências do eleitorado.

Querer banir as pesquisas eleitorais do processo democrático é impedir a transparência e a liberdade de informação. Elas são parte essencial da democracia, pois ajudam a monitorar as mudanças de humor do eleitorado e a ajustar estratégias políticas. Ao invés de eliminarmos a divulgação dessas pesquisas, o caminho certo é aprimorar o sistema eleitoral e garantir que as regras para sua realização e divulgação sejam melhoradas.

O que precisamos é de maior rigor na fiscalização e na supervisão das pesquisas eleitorais, para que as distorções sejam minimizadas e os resultados reflitam de forma justa e equilibrada a realidade do cenário político. Controlar melhor os critérios e os métodos utilizados pelos institutos de pesquisa é um passo importante para fortalecer a democracia.

As pesquisas são importantes em qualquer eleição e, mesmo com suas limitações, não podemos abrir mão dessa ferramenta. Elas servem como uma dinâmica da democracia, orientando tanto a população quanto os próprios candidatos. É claro que há espaço para evolução, inclusive em relação aos mecanismos que regem as pesquisas, mas eliminar sua divulgação seria uma perda irreparável.

Assim, o debate sobre as pesquisas eleitorais deve ser pautado pelo aprimoramento, pela busca por mais transparência e precisão. Elas são parte fundamental de qualquer campanha e ajudam a manter viva a dinâmica democrática.

Waldiney Passos

EDITORIAL – A importância do voto consciente e o fortalecimento da democracia

Waldiney Passos – Editor do Blog

Hoje, 6 de outubro, é um dia de extrema relevância para nossa democracia. Estamos diante da oportunidade de escolher quem serão os prefeitos, vice-prefeitos e vereadores que orientarão o destino de nossas cidades nos próximos anos. O voto é um direito conquistado com muito esforço e sacrifício ao longo da história, e por isso, deve ser exercido com seriedade.

É fundamental que as eleições ocorram de forma tranquila e segura. Cada eleitor precisa ter a liberdade de exercer sua escolha de maneira consciente, sem pressão ou interferências. O ato de votar certo começa com a busca por informações sobre os candidatos, suas propostas, seu histórico e, principalmente, seu compromisso com o bem comum. Não podemos deixar levar por promessas ilusórias ou discursos vazios. Cada voto tem o poder de construir ou de impedir o progresso.

A democracia é o alicerce de uma sociedade justa, e ela se fortalece quando escolhemos líderes sérios, éticos e dedicados ao trabalho em prol da coletividade. Prefeitos e vereadores comprometidos fazem toda a diferença na gestão pública, sendo responsáveis ​​por políticas que afetam diretamente nosso cotidiano – como educação, saúde, segurança e infraestrutura. Portanto, é crucial eleger aqueles que realmente têm capacidade em dar respostas a essas demandas da sociedade.

Por outro lado, precisamos refletir sobre as consequências do voto errado. Vender o voto, por qualquer motivo, é abrir mão de sua voz e permitir que o futuro seja moldado por interesses alheios ao bem comum. O voto é um instrumento poderoso de mudança e não pode ser tratado como moeda de troca. As consequências de eleger candidatos despreparados, sem ética ou sem compromisso real com o povo, podem ser devastadoras. Isso resulta em má gestão, corrupção e retrocesso no desenvolvimento local.

Neste 6 de outubro, convidamos todos os participantes a fazerem uma escolha consciente, pensando no bem de sua cidade e no futuro de sua comunidade. Que cada voto seja um ato de esperança por um amanhã melhor, com lideranças que trabalhem com seriedade e dedicação.

Desejamos a todos um excelente exercício de cidadania. Que a democracia brilhe hoje nas urnas e que possamos, juntos, construir uma sociedade mais justa, próspera e comprometida com o bem-estar de todos.

Waldiney Passos

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