Manifestantes fazem atos contra impeachment em diversas capitais

Foto: Edson Mota/ JC

Movimentos sociais, partidos políticos ligados às frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo e simpatizantes do governo federal promovemprotestos em defesa do mandato da presidente Dilma Rousseff em 22 cidades brasileiras nesta quarta-feira (16) e pelo afastamento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), denunciado na Operação Lava Jato por corrupção e lavagem de dinheiro e alvo de um processo no Conselho de Ética da Casa. O movimento também reivindica mudanças na política econômica do governo federal.

Em São Paulo, os manifestantes se concentraram na Av. Paulista. De acordo com Guilherme Boulos, do MTST, o número de participantes chegou a 70 mil. Já o comando da Polícia Militar estimou em 40 mil.

No Rio, os organizadores calcularam que cerca de 5.000 pessoas participaram do protesto realizado no centro carioca. Os manifestantes saíram em passeata do Palácio Tiradentes, sede da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), em direção à Cinelândia, também no centro. Em frente ao prédio em que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), tem escritório, um homem jogou para o ar dezenas de notas falsas de dólar com o rosto do deputado. A Polícia Militar (PM) não divulgou estimativa do público presente ao protesto. Funcionários da CET-Rio, calcularam que na passeata havia cerca de 300 pessoas. Manifestantes usavam camisas de grupos como o batizado Levante Popular da Juventude e também da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Havia bandeira de partidos políticos, especialmente do PT e do PC do B.

Em Fortaleza, quatro mil manifestantes, segundo os organizadores, e 1,5 mil conforme a Polícia Militar (PM), saíram pelas ruas centrais no final da tarde no movimento “Fica Dilma e Fora Cunha”. O ato teve concentração na Praça da Bandeira, em frente à Faculdade de Direito da Universidade Federal do Ceará (UFC) e seguiu pelas ruas General Sampaio, Duque de Caxias, Barão do Rio Branco, Major Facundo, Praça do Ferreira, Floriano Peixoto, São Paulo e Conde D’Eu até chegar à Praça da Sé, em frente à Catedral Metropolitana.

Em Goiânia, vestidos de camisetas vermelhas, empunhando bandeiras, e unidos por palavras de ordem e alto-falantes, cerca de mil pessoas, segundo os organizadores do evento, saíram em defesa do mandato da presidente Dilma Rousseff, na Praça do Bandeirante. A Policia Militar estimou em cerca de 250 manifestantes. (Fonte: NE10)

Supremo começa a definir hoje rito do processo de impeachment

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O Supremo Tribunal Federal (STF) começa a julgar hoje (15) a validade da Lei 1.079/50, que regulamentou as normas de processo e julgamento do impeachment, e alguns artigos do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. As normas foram utilizadas pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para dar andamento às etapas iniciais do processo, que foi suspenso pelo ministro Edson Fachin, relator da ação que trata do assunto, a pedido do PCdoB, até decisão do plenário.

A sessão está prevista para começar às 14h, pela leitura do relatório da ação. Em seguida, será aberto prazo de 15 minutos para que cada uma das partes do processo, incluindo a Câmara, o Senado, a Procuradoria-Geral da República (PGR) e a presidenta Dilma Rousseff, por meio da Advocacia-Geral da União (AGU), possa se manifestar. O PT, PSDB, DEM, PSOL, a Rede, o PP e a União Nacional dos Estudantes (UNE) terão que dividir uma hora para sustentação oral.

Após as manifestações, Fachin e os demais ministros começam a votar. O voto do ministro tem cerca de 100 páginas. A previsão é que o julgamento não termine hoje e seja retomado amanhã (17).

As principais regras que serão discutidas pelos ministros são a defesa prévia da presidenta Dilma Rousseff antes da decisão de Eduardo Cunha que deflagrou o procedimento de impeachment, a votação secreta para a eleição da comissão especial do impeachment pelo plenário da Casa, a eleição da chapa avulsa para composição da comissão e a prerrogativa do Senado de arquivar o processo de impeachment mesmo se a Câmara decidir, por dois terços dos deputados (342 votos), aceitar o julgamento do crime de responsabilidade.

Para instruir a ação, Edson Fachin pediu que a PGR, a Câmara, o Senado e a Presidência da República, órgãos envolvidos no processo, se manifestem sobre o rito adotado por Cunha. Cada um se posicionou sobre cada questão:

Pesquisa Ibope/CNI: 65% dos entrevistados acham que restante de mandato de Dilma será ruim ou péssimo

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As expectativas da população com relação à continuidade do governo da presidente Dilma Rousseff oscilou negativamente de setembro para cá, de acordo com pesquisa realizada pelo Ibope sob encomenda da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Para 65% dos entrevistados, o restante do mandato da presidente será ruim ou péssimo – em setembro eram 63%.

A porcentagem dos que esperam que o restante do atual mandato seja ótimo ou bom oscilou de 11% para 9%, enquanto a parcela dos que esperam um governo regular até o fim de 2018 oscilou de 21% para 20%. Não souberam ou não responderam 5%.

A pesquisa mostra um aumento na desaprovação da política do governo no combate ao desemprego. Em setembro, 83% desaprovavam o governo nessa área, hoje são 87%. Também aumentou a desaprovação das políticas do governo no combate à fome e à pobreza (de 68% para 71%), na educação (de 73% para 76%), na segurança pública (de 82% para 85%) e no meio ambiente (de 65% para 74%). De setembro para cá, a taxa de desemprego aumentou e houve o rompimento da barragem da Samarco, considerado o maior desastre ambiental da história do País.

A pesquisa mostra ainda que a parcela dos entrevistados que percebe o noticiário mais desfavorável ao governo subiu de 66% para 75%, enquanto aqueles que veem o noticiário mais favorável se mantiveram em 9%. O porcentual dos que enxergam o noticiário nem favorável nem desfavorável ao governo caiu de 14% para 11%.

As notícias sobre o governo mais lembradas pela população são o impeachment da presidente Dilma Rousseff, aceito no dia 2 dezembro pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), com 50% das menções, e aquelas relacionadas à Operação Lava Jato, citadas por 13% dos entrevistados.

A pesquisa, realizada entre 4 e 7 deste mês, ouviu 2.002 pessoas em 143 municípios. A margem de erro máxima é de 2 pontos porcentuais e o grau de confiança da pesquisa é de 95%. (Agência Estado)

Manifestações pró-impeachment de Dilma são registradas em vinte e dois estados e no DF

FOTO MOVIMENTO IMPEACHMENTA maioria dos participantes vestiu roupas com as cores da bandeira do Brasil, como já tinham feito nos protestos anteriores. Brasília é a capital que, até o momento, reuniu o maior número de manifestantes, segundo as estimativas das PMs. Foram cerca de 6 mil pessoas na capital federal.

Lá, no gramado em frente ao Congresso Nacional, os manifestantes conduziram um caixão com uma caricatura de Dilma e uma bandeira do PT. Foi o que eles chamaram de enterro do PT. Após a encenação, colocaram fogo no caixão, que era emprestado. Os organizadores levaram também um boneco gigante de Dilma com o nariz semelhante ao do personagem Pinóquio.

Em muitas cidades, houve manifestação de apoio ao juiz Sérgio Moro, que está à frente das investigações da Lava-Jato.

No Rio, manifestantes ocuparam a Orla de Copacabana e levaram uma imensa bandeira verde e amarela onde se lia a palavra “impeachment”. Houve um momento de tensão quando um policial apontou a arma de bala de borracha para um grupo de skatistas. A PM não divulgou números de quantos manifestantes foram à orla.

Em São Paulo, os manifestantes levaram os bonecos infláveis Pixuleco e Dilma. Os grupos organizadores – Vem pra Rua, Revoltados Online, Endireita Brasil e Movimento Brasil Livre – levaram sete carros de som para a Avenida Paulista, que tem ficado lotada aos domingos desde que começou a ser fechada ao trânsito e usada a lazer pelos paulistanos. Alguns participantes do ato fizeram um panelaço.

Hélio Bicudo, um dos autores do pedido de impeachment, subiu no carro do Vem na Rua na Avenida Paulista e leu um discurso:

– Exigimos o impeachment da doutora Dilma. Nesta avenida, nas ruas e praças de todo o Brasil, nossos corações transbordam uma só palavra: impeachment.

Do alto de um caminhão de som na Avenida Paulista, Rogério Chequer, líder do Vem para Rua, anunciou que a próxima manifestação a favor do impeachment vai acontecer somente no dia 13 de março. Chequer não justificou a escolha da data, daqui a três meses.

Rogério Chequer, líder do movimento Vem Pra Rua, reconheceu que o protesto deste domingo na Avenida Paulista reuniu menos gente do que os outros três realizados este ano.

— Acredito que tinha 100 mil pessoas. Tivemos menos tempo de mobilização. Não significa esvaziamento da bandeira junto à população – disse Chequer. A Polícia Militar ainda não divulgou o balanço de quantas pessoas foram às ruas em SP.

Em Belo Horizonte, foram cerca de 3 mil pessoas que se concentraram em duas preças, de acordo com a PM. Um homem foi detido durante a manifestação pró-impeachment na Praça da Liberdade. Ele seria um morador de rua que tentou furar o boneco inflável do ex-presidente Lula.

Em Belém, a polícia informou que o ato reuniu 1,2 mil. No ato da capital paraense, defensores do governo Dilma discursaram em um carro de som da Central Única dos Trabalhadores (CUT), o que gerou vaias entre os manifestantes que pediam a saída da presidente. A Polícia Militar fez um cordão de isolamento para acalmar os ânimos.

No Recife, 400 pessoas participaram da manifestação, de acordo com os organizadores. A PM não fez a contagem. Manifestantes, que seguraram uma grande faixa verde e amarela, se concentram no Marco Zero, principal ponto turístico da capital pernambucana. Havia um boneco gigante do juiz Sérgio Moro numa demonstração de apoio a ele.

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Em Salvador, a estimativa da PM é que a manifestação reuniu 500 pessoas. Manifestantes levaram cartazes contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin. Ele suspendeu até o dia 16 a tramitação do pedido de impeachment da presidente Dilma.

Em Macapá, a organização informou que 85 participantes foram ao ato. Não houve a presença da polícia.

Nas redes sociais, o #foradilma hoje é 88% menor do que foi em março, mostra o colunista Lauro Jardim. (Com informações de O Globo)

Dez estados e DF registram atos pró-impeachment

MANISFETAÇÕES PRÓ IMPEACHMENT

Atos em favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff já foram registrados em dez estados e o Distrito Federal. A maioria dos participantes vestiu roupas com as cores da bandeira do Brasil, como já haviam feito nos protestos anteriores. Brasília é a capital que, até o momento, reuniu o maior número de manifestantes, segundo as estimativas das PMs. Foram cerca de 6 mil pessoas na capital federal.

Lá, no gramado em frente ao Congresso Nacional, os manifestantes conduziram um caixão com uma caricatura de Dilma e uma bandeira do PT. Foi o que eles chamaram de enterro do PT. Após a encenação, colocaram fogo no caixão, que era emprestado. Os organizadores levaram também um boneco gigante de Dilma com o nariz semelhante ao do personagem Pinóquio.

No Rio, manifestantes ocuparam a Orla de Copacabana e levaram uma imensa bandeira verde e amarela onde se lia a palavra “impeachment”. Houve um momento de tensão quando um policial apontou a arma de bala de borracha para um grupo de skatistas.

Em São Paulo, os manifestantes levaram os bonecos infláveis Pixuleco e Dilma. Os grupos organizadores – Vem pra Rua, Revoltados Online, Endireita Brasil e Movimento Brasil Livre – levaram sete carros de som para a Avenida Paulista, que tem ficado lotada aos domingos desde que começou a ser fechada ao trânsito e usada a lazer pelos paulistanos. Alguns participantes do ato fizeram um panelaço.

Em Belo Horizonte, foram cerca de 330 pessoas que se concentraram em duas preças, de acordo com a PM. Em Belém, a polícia informou que o ato reuniu 1,2 mil. No ato da capital paraense, defensores do governo Dilma discursaram em um carro de som da Central Única dos Trabalhadores (CUT), o que gerou vaias entre os manifestantes que pediam a saída da presidente. A Polícia Militar fez um cordão de isolamento para acalmar os ânimos.

No Recife, 400 pessoas participaram da manifestação, de acordo com os organizadores. A PM não fez a contagem. Manifestantes, que seguraram uma grande faixa verde e amarela, se concentram no Marco Zero, principal ponto turístico da capital pernambucana. Havia um boneco gigante do juiz Sérgio Moro, que está à frente das investigações da Lava-Jato, numa demonstração de apoio a ele.

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Em Salvador, a estimativa da PM é que a manifestação reuniu 500 pessoas. Manifestantes levaram cartazes contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin. Ele suspendeu até o dia 16 a tramitação do pedido de impeachment da presidente Dilma.

Em Macapá, a organização informou que 85 participantes foram ao ato. Não houve a presença da polícia.

Nas redes sociais, o #foradilma hoje é 88% menor do que foi em março, mostra o colunista Lauro Jardim. (Fonte: O Globo)

Governo Dilma deve se reaproximar da esquerda, afirma coluna da Folha

O governo Dilma deve se reaproximar da esquerda, caso a presidente consiga sobreviver ao processo de impeachment. Este é, pelo menos, o desejo no Palácio do Planalto. De acordo com a coluna Painel, da Folha de S. Paulo, este projeto vem sendo chamado internamente de “suave correção de rota”. Um ministro assegura, entretanto, que a reaproximação de Dilma não será com a “esquerda irresponsável e expansionista”. A cobrança maior de um governo mais afinado com a tendência de esquerda vem do PT e do ex-presidente Lula, como forma de retribuição àqueles que, nos momentos difíceis, vão para as ruas defender o mandato de Dilma.

Manifestações contra e pró impeachment nas ruas do Recife

bfec72d0c1c2b8ddf23f16e24dce0196Em meio ao turbilhão que está Brasília, com a instalação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, movimentos sociais se articulam em todo o País para atos contrários e a favor da manutenção do mandato da presidente. Neste domingo (13), o Vem pra Rua fará um ato a partir das 10h no Marco Zero, no Recife, pedindo o impedimento. Já na próxima quarta (16), será a vez da Frente Brasil Popular, que reúne centrais sindicais e movimentos sociais, a ocupar as ruas do Centro em prol da petista.

Pela primeira vez, o Vem pra Rua fará uma manifestação fora da praia de Boa Viagem. “Atendemos a um apelo dos participantes, que pediram para ser no Marco Zero”, explicou o porta-voz do movimento no Recife, Gustavo Gesteira. Segundo ele, não é possível precisar quantas pessoas comparecerão ao ato. “Acreditamos que terá uma adesão menor, pois marcamos muito em cima da data”, explicou.

A manifestação foi programada na quinta-feira da semana passada, após o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ter aceitado o pedido de impeachment. “O pedido tem muita densidade. De forma clara, os argumentos dão ensejo ao impeachment. Qualquer parlamentar que estivesse na presidência da Câmara teria o dever de ter aceito o pedido”, argumentou Gesteira.

Ainda segundo o porta-voz, o ato é apenas para pedir o impeachment de Dilma e não citará Cunha, suspeito de envolvimento em esquemas de corrupção. “O Vem pra Rua defende o afastamento de Eduardo Cunha, mas o foco será o impeachment”, disse. Além do Recife, o ato será realizado em diversas cidades do País.

DILMA FICAPor outro lado, na defesa de Dilma, movimentos sociais e centrais sindicais marcaram para o dia 16 uma manifestação de apoio à petista, também seguindo um movimento nacional. O grupo sairá às 15h da Praça Oswaldo Cruz, na Boa Vista, em direção à Rua da Aurora, onde haverá um ato no monumento Tortura Nunca Mais.

“Sabemos que é um dia de semana, das dificuldades, mas esperamos uma boa adesão”, disse Carlos Veras, presidente da CUT-PE, que também não quis estimar o público no ato. “Vamos reunir todos que defendem a democracia, tem muita gente consciente do que está em jogo. Ela (Dilma) já foi condenada sem julgamento”, advertiu Veras. O sindicalista disse, ainda, que o ato pedirá o afastamento de Cunha.

Do JC On Line

Dilma exonera aliado de Cunha que administrava loterias federais

A presidente Dilma Rousseff exonerou Fábio Ferreira Cleto do cargo de vice-presidente da Caixa Econômica Federal, responsável exclusivamente pela administração ou operacionalização das loterias federais e dos fundos instituídos pelo governo federal. Cleto é aliado do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Segundo apurou o jornal O Estado de S. Paulo, a notícia deve ser recebida com surpresa, pois ainda nesta quarta-feira, 9, Cleto participava de jantar de fim de ano da Caixa.

Cunha chegou a trabalhar neste ano para que Cleto fosse nomeado gestor do comitê que decide os aportes milionários do FI-FGTS. O vice-presidente já participava do comitê de investimento do FI-FGTS, mas apenas como representante da Caixa. A tentativa de Cunha ocorreu durante a tramitação do projeto da correção do FGTS na Câmara, proposta que teve o apoio do presidente da Câmara e preocupa o governo.

Dilma e Temer decidem manter uma relação proveitosa

A presidenta da República, Dilma Rousseff, ontem à noite (09), por meio de nota divulgada pelo Palácio do Planalto, que ela e o vice-presidente Michel Temer decidiram ter  “uma relação extremamente profícua, tanto pessoal quanto institucionalmente”.

“Na nossa conversa, eu e o vice-presidente Michel Temer decidimos que teremos uma relação extremamente profícua, tanto pessoal quanto institucionalmente, sempre considerando os maiores interesses do país”.

Um pouco antes, ao sair da reunião, o vice-presidente disse aos jornalistas que na conversa com Dilma ficou acertado que os dois terão “uma relação pessoal, institucional que seja a mais fértil possível”.

“Combinamos, eu e a presidenta Dilma, que nós teremos uma relação pessoal, institucional que seja a mais fértil possível”, afirmou Temer.

Dilma e Temer se reuniram no começo da noite, no Palácio do Planalto. Desde a semana passada, os dois não se encontravam pessoalmente. Na segunda-feira (7), Temer enviou carta à presidenta em que aponta “fatos reveladores” da desconfiança que o governo tem em relação a ele e ao PMDB.

No documento, entregue no fim da tarde no Palácio do Planalto,  o vice “rememorou fatos ocorridos nesses últimos cinco anos, mas somente sob a ótica do debate da confiança que deve permear a relação entre agentes públicos responsáveis pelo país”.

De acordo com a assessoria de imprensa da Vice-Presidência, a decisão de Temer de escrever a carta foi tomada após a presidenta informar, durante entrevista coletiva à imprensa, na manhã de segunda-feira, que procuraria o vice para conversar.

O encontro desta noite com Michel Temer ficou definido após o chefe da Casa Civil, Jaques Vagner, a pedido de Dilma, ter ligado para o vice-presidente marcando a reunião, que ocorreu após a presidenta voiltar de Roraima, onde cumpriu uma agenda de entrega de moradias do Programa Minha Casa, Minha Vida.

Lula afirma na Alemanha que vai as ruas defender o mandato de Dilma

LULA

“aventura golpista” foi assim que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou o pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff de nesta quarta-feira (9) em discurso na Alemanha. Lula prometeu ir às ruas para defender o mandato de sua sucessora.

“Vou falar do Brasil, porque não posso vir aqui e fingir que nada está acontecendo no meu pais”, afirmou Lula, durante a conferência internacional do SPD (Partido Social­-Democrata da Alemanha), em Berlim,  acrescentando: “Nós vamos pra rua para defender o mandato legitimamente eleito da nossa presidente”. O ex-presidente afirmou ainda que, se a cada crise econômica houvesse motivo para impeachment, “não haveria nenhum [líder] governando nenhum país no mundo hoje”. “Achamos que é uma anomalia o que está acontecendo no Brasil, sem negar que existe uma crise econômica e política, sem negar que existe uma denúncia de corrupção no meu país”, disse.

Em seguida, Lula afirmou que a atual crise só está acontece porque o governo criou instrumentos de transparência e autonomia para as investigações. “Só tem um jeito de você não ser investigado no Brasil: é não fazer nada errado”.

 

Socialistas poderão dar sim ao impeachment de Dilma

FERNANDO FILHO

Apesar de não ter citado explicitamente, o deputado federal Fernando Bezerra Coelho (PSB), líder da bancada socialista na Câmara, deu a entender que a legenda votará a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), na comissão formada para analisar a saída da petista do governo. Além de Fernando Filho, compõem a comissão Tadeu Alencar (PE), Danilo Forte (CE) e Bebeto (BA).

“Evidente que a nossa participação numa chapa alternativa é um indicativo de um posicionamento da maioria da bancada”, afirmou Fernando Filho em entrevista à Rádio Jornal na manhã desta quarta (9). O posicionamento da legenda será definida em reunião marcada para o dia 17.

O parlamentar não quis antecipar qual seria o seu voto. “Tenho opinião formada a respeito do tema, mas como líder e o compromisso assumido entre os membros da bancada é que a posição que será manifestada pelos quatro membros do PSB na comissão, não será a posição pessoal, será a posição da maioria do colegiado”, declarou.

Nessa terça (8), em reunião com outros governadores em Brasília com a presidente Dilma Rousseff, o governador Paulo Câmara assinou uma carta em que se manifestou contrário ao impedimento da petista. Fernando Filho também deixou no ar que a opinião do gestor pernambucano poderá ser atropelada, caso a bancada socialista decida votar a favor do impedimento.

“O que eu posso dizer é que o governador ele tem direito a manifestação da opinião dele. Ele tem os interesses do Estado e eu tenho a obrigação, na posição de líder, de defender a posição da bancada. E assim o farei”, disse o deputado.

Fernando Filho prevê uma discussão dentro da legenda, já que há parlamentares favoráveis ao governo. “Evidentemente sempre falamos que no partido há uma divergência, isso não é segredo de ninguém. Pessoas, parlamentares e direções estaduais que têm uma ligação maior com o governo, isso foi anunciado ao longo desse ano de 2015, muito fruto também dessa posição de independência que o partido tomou ao longo desse ano para manter a unidade do partido”, completou. (JC)

 

 

Paulo Câmara muda de postura e assina carta em defesa de Dilma

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Nesta terça-feira (8), a presidente Dilma Rousseff recebeu o apoio de governadores de 16 Estados que assinaram uma carta contra o impeachment e dessa vez, o governador de Pernambuco Paulo Câmara (PSB) também assinou o documento.

Endossaram o documento, além do socialista, os gestores do Acre, Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Roraima, Santa Catarina e Sergipe também estão solidários com a líder petista.

Leia a carta na íntegra:

“CARTA PELA LEGALIDADE
Os Governadores estaduais vêm, por meio desta nota, manifestar-se contrariamente ao acolhimento do pedido de abertura de processo de impeachment contra a Presidenta da República.

A história brasileira ressente-se das diversas rupturas autoritárias e golpes de estado que impediram a consolidação da nossa democracia de forma mais duradoura. Tanto é assim que este é o período mais longo de normalidade institucional de nossa história, conquistado após a luta de amplos setores da sociedade. Nesse sentido, é dever de todos zelar pelo respeito à Constituição e ao Estado Democrático de Direito.

Entendemos que o mecanismo de impeachment, previsto no nosso ordenamento jurídico, é um recurso de extrema gravidade que só deve ser empregado quando houver comprovação clara e inquestionável de atos praticados dolosamente pelo chefe de governo que atentem contra a Constituição.

O processo de impeachment, aberto na última quarta-feira, 02/12, carece desta fundamentação. Não está configurado qualquer ato da Presidenta da República que possa ser tipificado como crime de responsabilidade.

Compreendemos as dificuldades pelas quais o país atravessa e lutamos para superá-las. Todavia, acreditamos que as saídas para a crise não podem passar ao largo das nossas instituições e do respeito à legalidade. Por isso, ciosos do nosso papel institucional, conclamamos o país ao diálogo e à construção conjunta de alternativas para que o Brasil possa retomar o crescimento econômico com distribuição de renda.

Brasília, 08 de dezembro de 2015. “

Sobre Impeachment de Dilma deputado Fernando Filho afirma que posição será do partido, não pessoal

FERNANDO FILHO

A bancada do PSB na Câmara dos Deputados definiu, ontem, os nomes dos quatro deputados federais que integrarão a comissão especial que analisará o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Os escolhidos foram Fernando Filho (PE), líder do partido, Tadeu Alencar (PE), Danilo Forte (CE) e Bebeto (BA).

Também foram eleitos os suplentes do PSB na comissão. São eles: José Luiz Stédile (RS), Paulo Foletto (ES), João Fernando Coutinho (PE) e Luiza Erundina (SP). Os indicados por cada um dos partidos ainda serão aprovados pelo Plenário da Câmara, em votação programada para esta segunda.

Na próxima quarta-feira, a Executiva Nacional do PSB se reúne às 9h, na sede do partido, em Brasília, para definir a posição sobre o processo de impeachment. O líder do PSB na Câmara disse que a bancada votará unida na comissão especial e seguirá a decisão do partido. “As posições na comissão não serão pessoais. Todo mundo tem consciência de que será definida pelo colegiado”, disse Fernando Filho.

Gonzaga defende cassação de Cunha. Quanto a Dilma, ouvirá “partido e as ruas”

download1O Deputado Gonzaga Patriota participou hoje de reunião da bancada do PSB que analisa a situação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. A decisão dos deputados socialistas será anunciada após a reunião da executiva do Partido Socialista que acontecerá na próxima quarta feira dia 09.

A decisão tomada na última quinta-feira (03) pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), no sentido de aceitar o processo de impeachment contra a presidente da República, Dilma Rousseff, já produz efeitos no posicionamento das lideranças políticas Do país.

“Eduardo Cunha arquivou 19 processos idênticos, dizendo que não caberia impeachment e agora, por causa das desavenças particulares, aceitou abrir o processo? O fato de usar sua posição de presidente da Câmara para tomar essa decisão, no momento em que membros do PT se manifestaram contra ele, na Comissão de Ética da Câmara é usar um cargo público para benefício próprio e isso é lamentável”, afirmou Patriota.

Em relação ao impeachment de Dilma Rousseff, Gonzaga Patriota (PSB/PE) informou que estudará a situação com cautela e escutará a posição da bancada, do partido e, em particular, das ruas, para declarar seu voto.

“Independentemente de vivermos em um país presidencialista e, que o diploma legal conferido pelo voto popular democraticamente à Presidente Dilma, deve ser respeitado, entendo, também, que todo e qualquer ato ilícito deve ser investigado e, havendo comprovação, severamente punido, com isso, se a comissão que será instalada amanhã comprovar qualquer ato de corrupção praticado pela presidente Dilma, não vejo outra saída senão afastá-la imediatamente da presidência da república, como fizemos com o então presidente Fernando Collor de Melo, em 1992”, opinou patriota.

Quanto ao afastamento de Eduardo Cunha, o deputado Gonzaga Patriota foi bastante incisivo: “Os parlamentares devem dar exemplo de decoro e de ética. Eduardo Cunha não tem feito isso. A posição atual de Cunha é “indefensável”, são sérias as acusações contra ele e acredito que nós deputados vamos conseguir tirá-lo da presidência da Casa, face à gravidade dessas acusações”, defendeu.