A maioria dos participantes vestiu roupas com as cores da bandeira do Brasil, como já tinham feito nos protestos anteriores. Brasília é a capital que, até o momento, reuniu o maior número de manifestantes, segundo as estimativas das PMs. Foram cerca de 6 mil pessoas na capital federal.
Lá, no gramado em frente ao Congresso Nacional, os manifestantes conduziram um caixão com uma caricatura de Dilma e uma bandeira do PT. Foi o que eles chamaram de enterro do PT. Após a encenação, colocaram fogo no caixão, que era emprestado. Os organizadores levaram também um boneco gigante de Dilma com o nariz semelhante ao do personagem Pinóquio.
Em muitas cidades, houve manifestação de apoio ao juiz Sérgio Moro, que está à frente das investigações da Lava-Jato.
No Rio, manifestantes ocuparam a Orla de Copacabana e levaram uma imensa bandeira verde e amarela onde se lia a palavra “impeachment”. Houve um momento de tensão quando um policial apontou a arma de bala de borracha para um grupo de skatistas. A PM não divulgou números de quantos manifestantes foram à orla.
Em São Paulo, os manifestantes levaram os bonecos infláveis Pixuleco e Dilma. Os grupos organizadores – Vem pra Rua, Revoltados Online, Endireita Brasil e Movimento Brasil Livre – levaram sete carros de som para a Avenida Paulista, que tem ficado lotada aos domingos desde que começou a ser fechada ao trânsito e usada a lazer pelos paulistanos. Alguns participantes do ato fizeram um panelaço.
Hélio Bicudo, um dos autores do pedido de impeachment, subiu no carro do Vem na Rua na Avenida Paulista e leu um discurso:
– Exigimos o impeachment da doutora Dilma. Nesta avenida, nas ruas e praças de todo o Brasil, nossos corações transbordam uma só palavra: impeachment.
Do alto de um caminhão de som na Avenida Paulista, Rogério Chequer, líder do Vem para Rua, anunciou que a próxima manifestação a favor do impeachment vai acontecer somente no dia 13 de março. Chequer não justificou a escolha da data, daqui a três meses.
Rogério Chequer, líder do movimento Vem Pra Rua, reconheceu que o protesto deste domingo na Avenida Paulista reuniu menos gente do que os outros três realizados este ano.
— Acredito que tinha 100 mil pessoas. Tivemos menos tempo de mobilização. Não significa esvaziamento da bandeira junto à população – disse Chequer. A Polícia Militar ainda não divulgou o balanço de quantas pessoas foram às ruas em SP.
Em Belo Horizonte, foram cerca de 3 mil pessoas que se concentraram em duas preças, de acordo com a PM. Um homem foi detido durante a manifestação pró-impeachment na Praça da Liberdade. Ele seria um morador de rua que tentou furar o boneco inflável do ex-presidente Lula.
Em Belém, a polícia informou que o ato reuniu 1,2 mil. No ato da capital paraense, defensores do governo Dilma discursaram em um carro de som da Central Única dos Trabalhadores (CUT), o que gerou vaias entre os manifestantes que pediam a saída da presidente. A Polícia Militar fez um cordão de isolamento para acalmar os ânimos.
No Recife, 400 pessoas participaram da manifestação, de acordo com os organizadores. A PM não fez a contagem. Manifestantes, que seguraram uma grande faixa verde e amarela, se concentram no Marco Zero, principal ponto turístico da capital pernambucana. Havia um boneco gigante do juiz Sérgio Moro numa demonstração de apoio a ele.
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Em Salvador, a estimativa da PM é que a manifestação reuniu 500 pessoas. Manifestantes levaram cartazes contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin. Ele suspendeu até o dia 16 a tramitação do pedido de impeachment da presidente Dilma.
Em Macapá, a organização informou que 85 participantes foram ao ato. Não houve a presença da polícia.
Nas redes sociais, o #foradilma hoje é 88% menor do que foi em março, mostra o colunista Lauro Jardim. (Com informações de O Globo)