Cade aprova com condições a compra do HSBC Brasil pelo Bradesco

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O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou nesta quarta-feira, por unanimidade, a compra do HSBC Brasil pelo Bradesco, mediante condições acordadas incluindo restrição para o Bradesco comprar outras instituições financeiras no país nos próximos 30 meses.

Em seu voto, o relator do caso no Cade, conselheiro João Paulo de Resende, explicou ter incluído a restrição no Acordo em Controle de Concentração (ACC) para fazer frente ao impacto da operação no grau de concentração do setor bancário.

Resende explicou, porém, que existem algumas exceções ao veto, como a de uma eventual determinação do Banco Central.

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Senador Fernando Bezerra defende que Bacen reduza ganho dos bancos e diminua custo do crédito no Brasil

Na avaliação de Fernando Bezerra Coelho, a confirmação de Ilan Goldfajn à presidência do Banco Central “cria uma expectativa muito positiva de que o Brasil vai se reencontrar com a trajetória de crescimento”/Foto:Assessoria

Na avaliação de FBC, a confirmação de Ilan Goldfajn à presidência do Banco Central “cria uma expectativa muito positiva de que o Brasil vai se reencontrar com a trajetória de crescimento”/Foto:Assessoria

Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) defendeu nesta terça-feira (7), na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, a redução da margem de lucro dos bancos nas operações de crédito, tecnicamente denominada “spread bancário”. A reflexão do senador, que sugeriu a revisão do marco regulatório deste segmento, ocorreu durante a sabatina do economista Ilan Goldfajn à presidência do Banco Central (Bacen), aprovado ao cargo por 19 parlamentares que integram a CAE e participaram da reunião desta terça (foram oito votos contrários).

Spread bancário é a diferença entre o que as instituições pagam na captação de recursos e o que elas cobram ao conceder um empréstimo para uma pessoa física ou jurídica. Conforme destacou Fernando Bezerra, o Brasil possui um dos maiores spreads do mundo. “Atualmente, os bancos comerciais brasileiros captam recursos a taxas médias de 14,25% ao ano (índice alinhado à Taxa Selic) e emprestam a taxas anuais de aproximadamente 150% para empréstimo pessoal, 300% para cheque especial e 400% para cartão de crédito”, observou.

Para ilustrar os altos índices de juros captados pelos bancos, o senador demonstrou que uma fatura de cartão de crédito no valor atual de R$ 2 mil, por exemplo, pode ser transformar em uma “dívida impagável” no decorrer de quatro anos, quando terá ultrapassado R$ 1 milhão. “Enquanto que uma pessoa que aplicar os mesmos R$ 2 mil alcançará pouco mais de R$ 3 mil, no mesmo período; e isso numa aplicação de boa rentabilidade”, comparou o socialista pernambucano. “Fica claro, deste modo, o lucro excepcional obtido pelas instituições bancárias sobre os brasileiros, tanto na ponta da captação quanto no empréstimo de recursos”, acrescentou Fernando Bezerra.

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Mercado considera que inflação fechará o ano em 7%

A estimativa para a queda do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, foi alterada de 3,89% para 3,86%/Imagem ilustrativa

A estimativa para a queda do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, foi alterada de 3,89% para 3,86%/Imagem ilustrativa

A projeção de instituições financeiras para a inflação este ano voltou a ser elevada com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passando de 6,94% para 7%. Para 2017, a estimativa foi reduzida de 5,72% para 5,62%, no quinto ajuste consecutivo.

Os números são do Boletim Focus, divulgado às segundas-feiras pelo Banco Central (BC). Ele traz projeções de instituições financeiras consultadas semanalmente sobre os principais indicadores da economia.

Mesmo com as reduções, os cálculos estão acima do centro da meta de 4,5%. O limite superior da meta de inflação é 6,5%, este ano e 6%, em 2017.

Para a taxa básica de juros (Selic), um dos instrumentos do Banco Central para conter a inflação, a projeção das instituições financeiras, ao final de 2016, foi reduzida de 13,25% para 13% ao ano. Para o fim de 2017, a expectativa continua em 11,75% ao ano. Atualmente, a Selic está em 14,25% ao ano.

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Parecer do BC pode levar a segunda denúncia contra Cunha

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O parecer do Banco Central apontando que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e sua mulher, Claudia Cruz, não declararam às autoridades brasileiras contas no exterior por 14 anos deve reforçar os indícios levantados pela Procuradoria-Geral da República para oferecer uma segunda denúncia contra o deputado ao STF (Supremo Tribunal Federal).

Investigadores da Lava Jato avaliam que o levantamento da autoridade monetária indicando crime de evasão de divisas por parte do deputado fortalece os documentos enviados pelo Ministério Público da Suíça que motivaram a abertura do segundo inquérito no Supremo que investiga Cunha, a mulher e uma filha pela movimentação no exterior.

Procuradores acreditam que já reúnem elementos para oferecer denúncia por lavagem de dinheiro e evasão de divisas. No inquérito aberto pelo ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato, o deputado é investigado ainda por corrupção.

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