
“O colégio é a segunda maior vitima, depois de Beatriz, e não são justas as críticas e imprecações contra uma instituição que só merece gratidão, solidariedade e reconhecimento”, afirma Dr. Augiusto
Em carta aberta a sociedade de Petrolina o médico e ex-prefeito, Augusto de Souza Coelho, comenta pela primeira vez o caso do crime da menina Beatriz Angélica, assassinada no dia 10 de dezembro do ano passado. Dr. Augusto afirma, nas entrelinhas, que o Colégio Maria Auxiliadora, local onde ocorreu o crime, está sendo vítima de uma campanha insidiosa e injusta, e questiona por que a manifestação vai para a frente do Colégio, e não para a frente da Delegacia de Polícia?
Confira a íntegra do texto:
Causa-me indignação a campanha insidiosa e injusta contra o Colégio Maria Auxiliadora e a tentativa de desviar o eixo das buscas. Não se fala do facínora e cobra-se dos “suspeitos” a prova da inocência, quando se deviam apresentar as provas da culpa.
Enquanto isso, teima-se em perturbar a vida da comunidade regional interrompendo a ponte. E a polícia, o que tem feito? Por que a manifestação vai para a frente do Colégio, e não para a frente da Delegacia de Polícia?
O colégio é a segunda maior vitima, depois de Beatriz, e não são justas as críticas e imprecações contra uma instituição que só merece gratidão, solidariedade e reconhecimento.
Vamos fazer um esforço para restabelecer o bom senso, serenar as paixões e buscar apenas a verdade.
Ninguém tem o direito de ignorar o sofrimento da família, mas não se pode estimular sentimentos distorcidos pelo sofrimento, propiciando atitudes injustas e improprias para uma situação como essa.
Deus permita que os fatos se esclareçam e os ânimos arrefeçam.
Outra pergunta que não quer calar: depois de seis meses, a quadra esportiva do colégio permanece interditada, prejudicando as atividades da instituição. Para nada. E até quando?
Augusto de Souza Coelho/Médico e ex-prefeito de Petrolina