
Ainda segundo o advogado, o jovem não demonstrou arrependimento. (Foto: Divulgação)
O estudante João Victor Ribeiro de Oliveira, de 25 anos, foi encaminhado para o Centro de Observação Criminológica e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima. O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) solicitou a prisão preventiva dele e o pedido foi acatado pelo juiz Luiz Carlos Vieira.
Em depoimento, João Victor usou a tese de que consumiu bebida alcoólica, pegou o carro do pai escondido e não lembrava de mais nada. “Não lembra da colisão, de absolutamente nada e disse que apenas recobrou os sentidos quando chegou aqui na delegacia”, disse o delegado Ricardo Silveira.
De acordo com o advogado de acusação Carlos Queiroz, que também é amigo da família vítima do acidente, o estudante confessou que fez uso do medicamento Rivotril e que começou a beber por volta das 13h do domingo. “Na audiência ele confessou o fato e foi muito bem assistido, muito bem tratado. A partir de agora vai ser custodiado no Cotel e vai responder ao processo. Ele agora vai ser julgado dentro do devido processo legal que todos merecem, mas o fato é gravíssimo e ele tem que receber a reprimenda forte do Estado”, afirmou.
Ainda segundo o advogado, o jovem não demonstrou arrependimento. “Parecia frio e não demonstrou arrependimento. Em determinado momento disse que não teve consciência e em outro que teve. Acredito que seja uma estratégia de defesa”, comentou Queiroz.
Nota OAB Pernambuco
Em nota, a Ordem dos Advogados de Pernambuco (OAB-PE) lamentou a morte da advogada, Maria Emília Guimarães da Mota Silveira, 39 anos, uma das vítimas do acidente, que também teve como vítima fatal, Roseane Maria de Brito Souza, 35 anos.
Veja a nota na íntegra
“O acidente que se viu no Recife, nesse domingo (26), quando um motorista alcoolizado avançou o sinal vermelho no cruzamento de duas vias movimentadas e em horário de fluxo intenso (19h30) e acabou colidindo violentamente com um veículo que passava no local, é uma verdadeira tragédia. Um desastre que, até agora, tomou três vidas, considerando que uma das vítimas estava grávida, e deixou outras três em situação grave, incluindo duas crianças de sete e cinco anos.
É mais do que chegada a hora de refletir sobre as sanções penais aplicáveis às situações nas quais o (a) condutor(a) do veículo automotor assume o risco elevado de ceifar vidas humanas. Ao mesmo tempo em que nos indignamos diante da catástrofe familiar decorrida do acidente, solidarizamo-nos com o colega advogado Miguel Arruda da Motta Silveira Filho, rogando às autoridades responsáveis uma particular atenção ao caso.
Diretoria da OAB Pernambuco“
Com informações da Folha de Pernambuco