Governo exclui quase 1 milhão de famílias do Bolsa Família; entenda o impacto

Nos últimos meses, cerca de 980 mil famílias unipessoais foram excluídas do Bolsa Família, um movimento que gerou grande preocupação em várias regiões do Brasil. Essa reestruturação faz parte de um ajuste promovido pelo governo federal desde o retorno do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2023, visando melhorar a distribuição do auxílio.

O impacto das novas regras do programa no número de beneficiários

A reavaliação dos cadastros resultou na exclusão de 1,3 milhão de famílias, das quais a maioria era composta por indivíduos que vivem sozinhos. O número de famílias unipessoais que recebiam o benefício passou de 4,9 milhões em 2023 para 3,9 milhões em fevereiro de 2024. A mudança afetou diretamente muitas pessoas que dependem do programa para garantir sua subsistência.

Como o governo está ajustando a distribuição do Bolsa Família?

O objetivo da reestruturação é garantir que o auxílio chegue a quem realmente precisa, focando em famílias com maior vulnerabilidade social. O governo agora aplica um limite de até 16% das vagas do programa para pessoas que vivem sozinhas, uma estratégia que busca equilibrar a distribuição de recursos entre os diferentes grupos sociais.

Quais são as críticas às novas diretrizes do programa?

Embora o governo defenda que as mudanças são necessárias para melhorar a eficácia do Bolsa Família, há críticas sobre o impacto que elas podem ter nas famílias unipessoais. Muitas dessas famílias, apesar de atenderem aos critérios de renda, acabaram sendo excluídas do benefício. Esse ajuste gerou debates sobre como equilibrar a distribuição de recursos de forma justa.

Como se adaptar às novas regras do Bolsa Família

Para continuar recebendo o benefício, as famílias precisam manter suas informações atualizadas no Cadastro Único. Além disso, é fundamental entender os critérios de elegibilidade e como as novas regras afetam a concessão do Bolsa Família. O governo continua monitorando o programa e fazendo ajustes para garantir que os recursos cheguem a quem mais precisa.

IA deve eliminar empregos, mas impacto pode ser atenuado com abordagem inclusiva

Enquanto avança rapidamente em múltiplos setores da economia, a inteligência artificial deixa um rastro de incerteza sobre o impacto no mercado de trabalho. A tecnologia eliminará vagas de emprego? A resposta é complexa e provavelmente afirmativa, mas economistas e líderes políticos propõem evoluir o debate a uma nova fase, que busque soluções para garantir que os benefícios sejam distribuídos de maneira equânime entre toda a cadeia social.

Nos corredores da Global Labor Market Conference (GLMC), que aconteceu na semana passada em Riad, na Arábia Saudita, termos como “upskilling” e “reskilling” se sobrepuseram à discussão sobre quais postos de trabalho desaparecerão no futuro (leia abaixo). A ideia central é a de que governos e o setor privado devem trabalhar juntos para investir no treinamento das habilidades que serão mais demandadas nesta nova revolução digital.

O glossário do novo mercado de trabalho:

Termo Explicação – Upskilling Aperfeiçoamento de habilidades já desenvolvidas na função atual do trabalhador, sem a necessidade de uma guinada brusca na carreira.

Reskilling – Treinamento em novas habilidades para substituir aquelas já existentes. O objetivo é capacitar o trabalhador para funções novas que serão demandas no futuro.

Foreverskilling – Termo introduzido durante a Global Labor Market Conference, refere-se à ideia de desenvolver um treinamento adaptável que prepare o trabalhador para qualquer tipo de demanda que eventualmente surja no futuro do mercado de trabalho

“Não acho que haja uma receita clara para isso, mas precisamos começar uma conversa sobre como tornar a IA amigável ao trabalhador, como tornar as pessoas mais produtivas, ao invés desse foco obsessivo em substituir as pessoas por máquinas”, defendeu o professor James Robinson, da Universidade de Chicago, vencedor do Nobel de Economia do ano passado com um trabalho sobre a prosperidade das nações, em conjunto com os professores Simon Johnson e Daron Acemoglu, ambos da Massachusetts Institute of Technology (MIT).

Na palestra mais disputada do evento, o economista e cientista político projetou que a IA transformará a economia ainda mais rapidamente do que a Revolução Industrial do século XVII. A cada nova evolução tecnológica, a disseminação ocorre de forma mais veloz que os estágios anteriores. O Twitter (hoje X) demorou quase 2 anos para alcançar a marca de 1 milhão de usuários. “Já o ChatGPT demorou alguns dias”, compara Robinson.

O ritmo das transformações é a principal fonte de angústia de trabalhadores no mundo todo, conforme mostrou pesquisa conduzida pelos organizadores da conferência e amplamente discutida na ocasião. Entre os 14 mil participantes da força de trabalho consultados pelo estudo, as mudanças tecnológicas foram citadas como fator mais importante para definir estratégias de qualificação profissional.

Desafios antigos

A pesquisa, porém, mostrou que a nova era tecnológica esbarra em problemas econômicos antigos. Boa parte dos participantes citaram limitações financeiras como obstáculos para obter a formação tecnológica necessária, principalmente no Brasil, Jordânia, Nigéria, África do Sul e Vietnã. A disparidade reflete, em parte, a renda disponível menor nessas economias que em locais como Estados Unidos e União Europeia, onde a questão do acesso financeiro apareceu com menor relevância no estudo.

Para contornar esses desafios, será necessário adotar uma estratégia robusta que envolverá diferentes entes da sociedade, disse ao Broadcast o ex-ministro do Trabalho da Itália Enrico Giovannini. “A única maneira de tentar reduzir não apenas o desemprego, mas também as desigualdades é a partir de políticas sociais e econômicas que não deixem nenhum grupo para trás, com base na Agenda 2030 da ONU”, defendeu, em conversa às margens da conferência em Riad.

Professor na Universidade de Roma, Giovannini argumenta que as autoridades deveriam pensar em programas que redirecionem a força de trabalho para as necessidades do futuro. Iniciativas podem, por exemplo, preparar trabalhadores para adaptar as cidades à realidade das mudanças climáticas. Mas o ex-ministro também acredita que será preciso avaliar o cenário com base em novas métricas, para além de indicadores econômicos clássicos. “Senão, estaremos olhando apenas para a aceleração do carro sem observar o aumento da temperatura do motor e outras coisas”, afirmou.

Na mesma linha, o Diretor do Instituto de Pesquisa de Emprego da Universidade de Warwick, Christopher Warhurst, ressaltou que, sozinha, a IA não será capaz de produzir os ganhos de produtividade esperado. Será necessário, sobretudo, engajamento humano. “Para que novas tecnologias entreguem os ganhos de produtividade, elas precisam ser adequadamente geridas, com trabalhadores envolvidos na introdução, uso e distribuição”, defendeu, também durante a GLMC.

Estadão Conteúdo

Sicredi Vale do São Francisco divulga pesquisa destacando impacto das cooperativas de crédito na economia nacional

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O cooperativismo de crédito incrementa o Produto Interno Bruto (PIB) per capita dos municípios em 5,6%, cria 6,2% mais vagas de trabalho formal e aumenta o número de estabelecimentos comerciais em 15,7%, estimulando o empreendedorismo local. Essas foram as principais conclusões da pesquisa ‘Benefícios Econômicos do Cooperativismo de Crédito na Economia Brasileira’, realizada pelo Sistema Sicredi em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

Os resultados do estudo inédito, que avaliou dados econômicos de todas as cidades brasileiras com e sem cooperativas de crédito entre 1994 e 2017, e cruzou informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foram recebidos com entusiasmo  pelo Sicredi Vale do São Francisco. “Os principais municípios cobertos por nossa cooperativa de crédito (Petrolina – PE, Juazeiro e Senhor do Bonfim, na Bahia) estão entre os 1,4 mil cidades que obtiveram bom desempenho econômico durante o período da pesquisa”, ressaltou o presidente do Conselho de Administração da entidade, Antônio Vinícius Ramalho Leite.

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Antonio Coelho destaca impacto positivo do auxílio emergencial no sustento dos pernambucanos

Entre as medidas que estão sendo aprovadas para ajudar o Brasil a enfrentar a crise causada pela pandemia do coronavírus, o auxílio emergencial de R$ 600,00 – pago à população mais vulnerável – é a medida mais positiva adotada pelo Governo Federal. A avaliação foi feita pelo deputado estadual Antonio Coelho (DEM) durante transmissão em rede social com o deputado federal Fernando Filho (DEM-PE) nesta quarta-feira (6). Como exemplo de sucesso da ampliação da proteção social, o parlamentar do Estado apontou o aumento do número de famílias cadastradas no programa Bolsa Família, garantindo o sustento a mais pernambucanos nesse tempo de crise.

“Em Pernambuco, 72 mil novas famílias foram cadastradas no Bolsa Família e passaram a receber o benefício em abril devido ao auxílio emergencial implantado pela União. Isso mostra o empenho em assistir as famílias pernambucanas durante esse momento delicado no qual nos encontramos. É um benefício essencial para assegurar a dignidade das pessoas e garantir um alento para a economia do nosso Estado”, destacou Antonio Coelho, ressaltando que o auxílio emergencial levou a uma injeção extraordinária na economia local em mais de R$ 1 bilhão.

“É o programa de maior impacto na economia e mais presente na vida dos brasileiros, principalmente os mais vulneráveis”, reforçou Fernando Filho.

Os democratas também ressaltaram o esforço que vem sendo feito para ajudar estados e municípios, seja para repor as perdas com a arrecadação de impostos seja para ajudar a área da saúde a combater o coronavírus. No caso de Pernambuco, a gestão estadual deve receber quase R$ 1,5 bilhão e os governos municipais cerca de R$ 1 bilhão para que possam manter as engrenagens funcionando. “Os recursos buscam dar condições para que eles possam honrar os seus compromissos e para que possam manter em dia os serviços essenciais”, pontuou o deputado federal.

ESTADO – No âmbito estadual, Antonio Coelho reafirmou que a Assembleia Legislativa tem se esforçado para garantir à gestão estadual os instrumentos e a flexibilidade para enfrentar os desafios dessa pandemia. O parlamentar citou o remanejamento das emendas parlamentares para a área da saúde bem como a autorização para o Estado realocar recursos de financiamento junto ao BIRD para a saúde, no valor aproximado de R$ 95 milhões.

Petrobras espera impacto indireto de eleições americanas

petrobras

o mercado de petróleo e gás foi um dos temas citados com frequência por Trump (imagem ilustrativa)

O presidente da Petrobras, Pedro Parente, prevê que a vitória do republicano Donald Trump na eleição presidencial dos Estados Unidos não deve ter impacto direto para o Brasil e para a Petrobras. Em sua campanha, o mercado de petróleo e gás foi um dos temas citados com frequência por Trump.
Se cumpridas, promessas como remover regulações ambientais para a exploração nos EUA, reduzir importações, peitar o cartel dos exportadores de petróleo e renegociar o acordo nuclear com o Irã, poderiam ter impacto nos preços do petróleo.
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Câmara aprova urgência para tramitação do reajuste do Judiciário

O projeto foi negociado pelo governo e o Judiciário como opção ao reajuste de até 78% –índice vetado pela presidente Dilma/Foto: internet

O projeto foi negociado pelo governo e o Judiciário como opção ao reajuste de até 78% –índice vetado pela presidente Dilma/Foto: internet

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira (28) por 277 votos a 4 a tramitação em regime de urgência do reajuste dos servidores do Judiciário Federal, cujos contracheques terão elevação de 41% até 2019.

O impacto previsto é de R$ 6,9 bilhões nos próximos anos.

O projeto foi negociado pelo governo e o Judiciário como opção ao reajuste de até 78% –índice vetado pela presidente Dilma.

Não há data prevista para que o texto vá a votação na Câmara.

Apesar da ampla margem na aprovação da urgência, deputados criticaram a medida afirmando que ela deveria ser analisada apenas após o provável afastamento de Dilma e a consequente chegada de Michel Temer.

Com informações do Portal UOL