Estiagem: governo federal reconhece estado de emergência em quatro cidades de Pernambuco; veja quais

Portaria do governo federal publicada na edição desta terça-feira (17) do Diário Oficial da União (DOU) reconhece a situação de emergência por causa da estiagem em quatro municípios de Pernambuco.

As quatro cidades são: Afrânio; Caruaru; Jatobá; Petrolina. O texto é assinado pelo secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Wolf Barreiros. O decreto também reconhece situação de emergência pela estiagem em cidades de outros estados: Canapi, em Alagoas; Cajazeirinhas e Monteiro, na Paraíba; e Poço Redondo e Tobias Barreto, em Sergipe.

Com a publicação do reconhecimento federal, os municípios podem solicitar recursos para restabelecimento de serviços essenciais e reconstrução de infraestrutura danificada pelos desastres.

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Mais cinco cidades entram em situação de emergência devido à estiagem em Pernambuco

O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Defesa Civil Nacional, reconheceu, nessa quarta-feira (26), a situação de emergência em mais cinco cidades de Pernambuco que enfrentam a estiagem. Estão na lista as cidades de Ibimirim, Limoeiro e São Bento do Una, no Agreste, e Serrita e Trindade, no Sertão.

Com esses novos reconhecimentos, o número de municípios pernambucanos em situação de emergência devido a desastres é de 81. Em todo o País, são 1519. As cidades em situação de emergência ou estado de calamidade pública reconhecido pela Defesa Civil Nacional estão aptas a solicitar recursos do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional para atendimento à população afetada.

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ONS autoriza aumento da vazão na Barragem de Sobradinho

(Foto: André Schuler/Chesf)

A vazão da barragem de Sobradinho foi aumentada neste começo de setembro. O motivo é a transferência de energia entre os estados e foi autorizado pelo Operador Nacional de Sistema (ONS), já que há problemas na geração de energia no país.

Atualmente o reservatório está com menos de 50% da capacidade (exatamente 47,63%), tendo o menor índice do subsistema São Francisco. Mesmo assim, haverá mais água saindo do que chegando, porque a vazão foi aumentada para 1.300 m³/s, para ajudar a manter o nível mínimo da Reserva de Itaparica.

Governo da Bahia reconhece Situação de Emergência em Casa Nova por conta da estiagem

(Foto: Reprodução/Site da prefeitura de Casa Nova)

O governador da Bahia, Rui Costa (PT), reconheceu nessa quinta-feira (7) a Situação de Emergência no município de Casa Nova (BA), por conta da estiagem que afeta a cidade. O Decreto n° 19.680/2020 é válido por 150 dias, a contar de forma retroativa em 27 de abril.

Nessa data a Prefeitura decretou Situação de Emergência, agora reconhecida pelo Estado. Com isso, Casa Nova poderá receber ajuda estadual no enfrentamento à seca. O município não informou as localidades mais afetadas pela estiagem.

Garantia Safra: Prefeitura de Petrolina afirma que Estado atrasou repasse da última parcela

(Foto: Ascom/PMJ)

A última parcela do Garantia Safra está atrasada em Petrolina. Segundo nota enviada pela Prefeitura nessa segunda-feira (16), o Governo do Estado não depositou o valor ao município, deixando os agricultores contemplados com o benefício desassistidos.

De acordo com a gestão municipal o valor a ser pago nesse final de ano “não será depositado aos trabalhadores porque o governo estadual não efetuou o pagamento da última parcela, prejudicando assim, o repasse do benefício em todo o Sertão pernambucano”.

O benefício é pago a agricultores prejudicados com o período de estiagem. O Blog Waldiney Passos entrou em contato com o Governo de Pernambuco, através da Secretaria de Desenvolvimento Agrário, para saber o que aconteceu. Seguimos aguardando uma nota da pasta.

Devido à estiagem, Governo da Bahia decreta Situação de Emergência em Casa Nova

Governo reconhece Decreto Municipal publicado no final de outubro

O Diário Oficial da Bahia dessa quinta-feira (7) traz o Decreto n° 19.311,no qual fica reconhecida a Situação de Emergência em Casa Nova. O decreto foi sancionado pelo vice-governador e governador em exercício, João Leão.

No documento o Estado destaca que a estiagem tem afetado as atividades econômicas do município e coloca em risco a saúde da população. O decreto tem validade de 180 dias e será válido para as localidades apontadas pela Prefeitura de Casa Nova como de risco.

A gestão de Casa Nova lembrou ao Governo da Bahia que a estiagem prolongada comprometeu a colheita, mas também a pecuária – principal atividade econômica da cidade – ficaram comprometidas pela seca. O Blog entrou em contato com a Prefeitura para saber quais as áreas mais sensíveis e se o Governo da Bahia já enviou algum apoio ao local. Estamos aguardando uma resposta.

Petrolina e mais 53 municípios pernambucanos têm situação de emergência reconhecida devido à estiagem

O Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) reconheceu, nessa terça-feira (29), a situação de emergência em 54 municípios Pernambucanos por conta da estiagem. Petrolina é uma das cidades apontadas pela Portaria nº 2.530, publicada no Diário Oficial da União (DOU), que reconhece a situação dos municípios.

Com a medida publicada, os 54 municípios Pernambucanos poderão ter acesso a recursos federais para ações de socorro, assistência e restabelecimento de serviços essenciais.

O apoio emergencial por meio da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec), do MDR, é complementar à atuação dos governos estaduais e municipais. O auxílio pode ser solicitado sempre que necessário, inclusive em situações recorrentes, como é o caso de desastres ocasionados por seca ou chuvas intensas.

Governo Federal reconhece estado de seca e estiagem em Chorrochó e Paulistana

(Foto: Ilustração)

O Governo Federal decretou nessa sexta-feira (13) estado de emergência em 17 municípios. Entre as cidades estão Irecê e Chorrochó, na região norte do Estado. A Portaria n° 2.143/2019 também contempla Pernambuco e Piauí.

Anteriormente os municípios já haviam solicitado apoio aos estados e tiveram a estiagem ou seca reconhecida agora pelo Governo Federal.

Há duas classificações na Portaria: na seca o município passa mais tempo sem chuvas do que na estiagem. Com os decretos os municípios podem solicitar apoio da Operação Carro-pipa, coordenada pelo Exército, além de fazer compras necessárias sem exigência de licitação.

Além de Chorrochó, que é próximo a Petrolina (PE) e Juazeiro, Paulistana (PI) também teve seu estado de estiagem reconhecido pela União.

Governo Federal reconhece emergência e carros pipas continuam atuando em Casa Nova

(Foto: Ilustração)

Com 50 carros pipas administrados pelo Exército e mais 10 custeados pela Prefeitura, o município de Casa Nova (BA) recebeu, nessa quinta-feira (18), cópia do Dário Oficial da União, edição 136/2019, de 17/07/2019, com a Portaria 1721, datada de 16/07/2019 reconhecendo a “situação de emergência na área descrita no Formulário de Informações do Desastre – FIDE”, atendendo Decreto 540 de 09 de Maio de 2019.

O reconhecimento da situação de emergência capacita o Município de Casa Nova a continuar recebendo recursos para o abastecimento por carros pipa nas localidades que sofrem com estiagem e a receber recursos oriundos do Governo Federal e destinados a diminuir os danos causados pela seca.

Em Casa Nova os únicos recursos disponibilizados em função da seca são os destinados ao pagamento dos carros pipa. A informação foi prestada pelo coordenador adjunto de prevenção e preparação da Defesa Civil da Bahia, Vitor Alexandre Gantois.

Prefeitura de Remanso declara situação de emergência

(Foto: Internet)

O período de estiagem vivenciado pelo município de Remanso (BA) levou o prefeito Zé Filho a decretar Situação de Emergência. No Decreto n° 2.545/2019 o gestor justifica que há dois anos a cidade sofre com a falta de chuvas e que a situação se agravou nos últimos meses.

De acordo com a Prefeitura há relatórios comprovando “prejuízos das atividades produtivas do município, principalmente agricultura e pecuária, falta d’água e alimentos para consumo humano, para consumo animal” e paralisação das atividades produtivas.

O Decreto se estende da zona urbana à rural e terá validade de 180 dias. Nele também ficam determinadas ações da Defesa Civil, cujo objetivo é ajudar os moradores de localidades afetadas com a estiagem.

Especialista anuncia fim da estiagem prolongada no Nordeste durante palestra realizada em Petrolina 

(Foto: ASCOM)

Ao contrário do que diz a mídia sobre o aquecimento global produzido pelo homem, os controladores do clima (o sol e os oceanos) apontam para um resfriamento que deve durar até cerca de 2030, o que significa, entre outros fatores, o fim do ciclo da estiagem prolongada com a chegada de chuvas regulares no Nordeste.

Esta foi uma das boas novas anunciadas pelo professor e pesquisador da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Luiz Carlos Molion, durante palestra realizada na noite desta quarta-feira (24), em Petrolina (PE). Convidado pelo Sindicato dos Produtores Rurais do município, o PhD em Meteorologia e pós-doutor em Hidrologia de Florestas fez um diagnóstico dos últimos 180 dias com relação a produção agrícola regional e apresentou as perspectivas para o inverno 2018/2019.

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Volume útil de Sobradinho deve atingir 12% no segundo semestre, afirma Comitê

(Foto: Ilustração)

Um relatório divulgado pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) apontou que os reservatórios do Rio São Francisco no Sudeste e Nordeste devem continuar com baixo volume. O alerta vem mesmo em um ano no qual choveu acima da média.

“Independentemente da chuva nos próximos três, quatro meses, a situação do São Francisco continuará crítica”, afirma o coordenador-geral de Operações e Modelagens do Cemaden, o meteorologista Marcelo Seluchi.

Desde 2013 o Rio São Francisco está em estiagem, tendo em 2017 o Reservatório de Sobradinho atingido seu menor volume útil, abaixo de 2%.

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Estiagem pode levar a reajustes de mais de 10% para energia em 2018

Pelos cálculos da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), o déficit hidrológico médio de 2017 ficou em 79%. (Foto: Arquivo)

A falta de chuvas de 2017 vai pesar no bolso dos consumidores em 2018. Após um ano com um volume de afluências abaixo da média, que levou a um elevado consumo de energia a partir de usinas térmicas, mais caras, a tarifa de luz deve subir em um ritmo maior neste ano.

E isso mesmo considerando que o atual período chuvoso, iniciado em novembro, tem se mostrado mais favorável. As projeções variam, mas os reajustes das tarifas de energia devem superar os 10%, em média. Uma parcela significativa desse reajuste vem do aumento do custo da energia, pressionado pelo déficit hidrológico (GSF), estimam especialistas.

Pelos cálculos da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), o déficit hidrológico médio de 2017 ficou em 79%, o que significa que as hidrelétricas geraram 21% menos do que o volume de energia que tinham direito de comercializar. Para compensar a menor geração hídrica, foram acionadas termelétricas, que produzem uma energia mais cara, gerando custo adicional para o sistema.

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Esse custo deveria ser coberto pela receita proveniente das bandeiras tarifárias, mas tendo em vista o alto preço da energia de curto prazo registrado ao longo do ano, justamente pela geração térmica, o valor arrecadado não tem sido suficiente para fazer frente às necessidades.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) chegou a elevar o valor da cobrança adicional com o acionamento das bandeiras, a partir de novembro, e ainda liberou um recursos proveniente de um outro encargo, a Conta de Energia de Reserva (Coner), de maneira a reduzir o descompasso entre gastos e receitas. Ainda assim, a projeção é de déficit significativo.

Pelas regras do setor, quando a receita com as bandeiras tarifárias não é suficiente para cobrir os custos, as distribuidoras arcam com compromisso e, no momento do reajuste, o saldo dessa conta entra no cálculo da tarifa, de forma a zerar os passivos.

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Codevasf investe em projetos de convivência com o semiárido em municípios afetados pela seca

Diante de diversos estudos, a seca se tornou algo previsível e diante disso foi possível elaborar novas formas de sobrevivência. (Foto: Divulgação)

Este ano o Governo de Pernambuco decretou situação de emergência em 62 municípios afetados pela seca. Diante desta realidade a Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf) atua em ações de convivência com o semiárido para amenizar a dura realidade da estiagem prolongada.

“A seca não vai deixar de existir, mudou o paradigma. Agora deixamos de combater e passamos a conviver com a seca, estimulando, estruturando e capacitando as atividades agrícolas e pecuárias. Além da implantação de sistemas de abastecimento de água, para que essas comunidades permaneçam em suas casas e consigam manter o seu sustento”, afirma o gerente regional de revitalização, Maxwell Rodrigo Lima Tavares.

A Companhia atua nas regiões ribeirinhas dos rios São Francisco e Parnaíba, com projetos ligados a atividades agrícolas. Neste período de longa estiagem, a Codevasf opera com a garantia de água para consumo humano, reprodução agrícola, dessalinização animal e para a sobrevivência de pequenos cultivos que garantem a segurança alimentar de famílias inteiras.

Neste período de longa estiagem, a Codevasf opera com a garantia de água. (Foto: Divulgação)

“Nos últimos três anos, mais de R$ 1,2 bilhão, vem sendo executados pela Codevasf, que tem como missão promover o desenvolvimento e a revitalização das bacias do Rio São Francisco, Parnaíba e Rio Itapecuru-Mirim com a utilização sustentável de recursos naturais e estruturação de atividades produtivas para inclusão social e econômica em ações emergenciais que visam aliviar, para mais de 1,7 milhão de moradores rurais do semiárido brasileiro, os efeitos da longa estiagem, que já é considerada a mais severa do último século”, afirma Maxwell Rodrigo.

Diante de diversos estudos, a seca se tornou algo previsível e diante disso foi possível elaborar novas formas de sobrevivência, inclusive mudando o posicionamento de “combate à seca”, para “convivência com o semiárido”.

“Assim como outros países precisam saber lidar com nevascas e com o frio. O governo brasileiro trabalha hoje com essa mentalidade mudando o foco de ‘combate à seca’, para ‘convivência com o semiárido’. Essa mudança de foco pode ser facilitada pela capacidade de previsão do fenômeno da seca, por meio de informações meteorológicas e estudos climáticos”, explica Maxwell Rodrigo.

Centro de manejo e melhoramento genético de caprinos em Parnamirim

Com um investimento superior a R$ 500 mil, no âmbito das ações de inclusão produtiva do Plano Brasil sem Miséria, do governo federal, foi implantado em 2015. O projeto busca o melhoramento genético dos rebanhos da região.

“A Codevasf implantou em Parnamirim e fez a doação de reprodutores. Foram cinco ovinos e cinco caprinos, em Parnamirim. Uma equipe trabalha na capacitação dos produtores que procuram o centro de manejo”, diz o gerente regional.

Outros projetos são a ampliação e construção de adutoras, instalação de flutuantes, perfuração e montagem de poços modulares, limpeza de assoreamento de água, implantação de cisternas, entre outras demandas.

Em Petrolina, a Codevasf investiu R$ 65 milhões, na ampliação do esgotamento sanitário de que já está em operação. Além da doação de peixes para incentivo da cadeia produtiva.

Com 516 anos de exploração, Rio São Francisco enfrenta a mais grave crise hídrica

Rio São Francisco precisa urgentemente de revitalização. (Foto: Blog Waldiney Passos)

“Corre um boato na beira do rio, que o Velho Chico pode morrer, virar riacho e correr, ‘pro’ nada”. A poesia do Juazeirense Wilson Duarte, que tem parceria musical de Nilton Freitas e Wilson Freitas, leva consigo um pedido de socorro, carregado de sentimento, para o bem mais precioso que a população de Petrolina, Juazeiro e região tem: o rio São Francisco.

Com 516 anos de exploração por parte das civilizações que ocuparam o Brasil há mais de cinco séculos, o rio São Francisco está passando pela mais severa crise hídrica contemporânea. Hoje, o Velho Chico chegou aos menores níveis de reserva, o que afeta diretamente milhões de pessoas que dependem das suas águas.

No dia do santo padroeiro do rio, celebrado no dia 4 de outubro, a situação é crítica para as pessoas que dependem das suas águas para viver. Este é o caso do técnico em agropecuária José Cerqueira.

Morador da margem de Sobradinho em Sento Sé, ele vê com tristeza a situação do rio, que já foi o grande provedor de uma imensa região. “Não conseguimos mais produzir nosso alimento e muitas famílias passam fome”, disse, acrescentando que já chorou várias vezes, vendo a água diminuir a cada dia.

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