Caso Beatriz: mistério, pressão, poucas respostas e muita expectativa

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O que realmente teria acontecido naquela trágica noite de 10 de dezembro de 2015 em que uma criança de apenas 7 anos de idade, pura e inocente, foi assassinada de forma bárbara e covarde? A quem interessaria a morte da menina e com que finalidade? Magia negra, vingança, fatalidade? O que motivou esse crime? São muitas perguntas e poucas respostas.

O pior é que o sentimento de impunidade perturba a paz das famílias da região, pois os assassinos, que premeditaram, pensaram em detalhes o crime, estão soltos e quem sabe planejando novos ataques semelhantes. Essa é uma possibilidade que atormenta a todos.

Daí, em busca de punição aos criminosos e, consequentemente, o restabelecimento da tranquilidade aos pais de alunos que continuam temerosos, é que várias manifestações já foram realizadas na cidade. A pressão tem surtido efeito, cobrando cada vez mais das autoridades e não permitindo que o caso caia no esquecimento.

Passados seis meses do ocorrido, uma nova luz apareceu no fim do túnel. A divulgação da existência de um vídeo em que um homem, não identificado, segue a menina Beatriz Angélica, segundos após ela ter ido ao bebedouro, e retornado minutos depois sem que a menina fosse mais vista, está sendo considerada como um pista importantíssima para o trabalho de elucidação do crime por parte da polícia.

Em audiência pública realizada nesta quarta-feira (15), na Câmara Municipal de Petrolina, o delegado responsável pelo caso foi mais vez cobrado pela população para dar uma resposta a sociedade sobre a autoria do assassinato que chocou o país. Dr. Marceone Ferreira disse que o trabalho da polícia é incessante e que infelizmente não pode compartilhar com a população o desenrolar das investigações.

Por outra lado, também nesta quarta-feira (15), o Procurador Geral de Justiça do Estado de Pernambuco, Dr. Carlos Augusto Arruda Guerra de Holanda, apresentou o grupo de trabalho do Ministério Público, constituído por seis promotores, para acompanhar mais de perto as investigações. Inclusive, a força tarefa manteve ontem mesmo a primeira conversa com os pais de Beatriz, Sandro Romilton e Lúcia Mota, que podem ter repassando informações  impostantes e detalhes que devem ser levadas em consideração nas investigações.

Portanto, os último acontecimentos reforçam a expectativa da população à cerca da elucidação do crime, o trabalho conjunto entre promotores e a polícia pode ser fundamental para identificação dos assassinos. Evidente que a contribuição das pessoas, fornecendo novas filmagens e depoimentos continuam em cogitação, pois um pequeno detalhe pode desvendar todo esse mistério.

MPPE fala sobre a atuação do grupo de trabalho no caso Beatriz

MPPE

Procurador Geral de Justiça de Pernambuco, Carlos Augusto Arruda Guerra de Holanda, apresenta grupo de trabalho conjunto que vai reforçar a atuação do MPPE no caso Beatriz

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) falou, nesta quarta-feira, 15 de junho, sobre a atuação em conjunto dos seis promotores de Justiça designados, por meio da Portaria POR-PGJ n°1542/2016, para o caso da criança Beatriz Angélica Mota Ferreira da Silva, Petrolina. Na ocasião, o procurador-geral de Justiça, Carlos Guerra de Holanda acompanhou os seis promotores de Justiça na conversa com a imprensa e os pais de Beatriz, Lucinha Mota e professor Sandro Romildo.

“O grupo vem para reforçar a atuação do MPPE nesse caso emblemático. E acredito e confio nos colegas de Petrolina para somar nesse processo”, destacou o procurador-geral de Justiça. O grupo de trabalho está sob a coordenação do promotor de Justiça Carlan Carlo, que desde o início vem acompanhando o caso. Além do coordenador, vão atuar os promotores Ana Rúbia Torres de Carvalho, Júlio César Soares Lira, Lauriney Reis Lopes, Bruno de Brito Veiga e Rosane Moreira Cavalcanti.

O promotor de Justiça Júlio César Soares de Lira explicou, na entrevista coletiva, que por o caso se revelar de difícil elucidação e de grande demanda para um só promotor de Justiça atuar em colaboração com a polícia judiciária, além de grande comoção social, fez-se necessário unir forças com o promotor de Justiça Carlan Carlo para alcançar o objetivo, que é elucidar a(s) autoria(s) do crime.

Segundo o promotor de Justiça Júlio César, a primeira ação do grupo de trabalho será uniformizar o conhecimento das provas entre os membros do grupo. Em seguida, o grupo vai convidar os pais da criança Beatriz para ouvi-los e receber suas contribuições. Um outra ação inicial será reafirmar a parceria junto com polícia judiciária, com a finalidade de contribuir da melhor forma possível com a investigação. Por fim, o MPPE vai continuar e incrementar a participação efetiva nas diligências.

Durante a entrevista coletiva, ocorrida na sede das Promotorias de Justiça de Petrolina, os pais solicitaram uma primeira conversa com o procurador-geral de Justiça e o grupo de trabalho, o que foram atendidos no momento, sem prejuízo de um novo contato posterior.

Caso Beatriz: em defesa do Colégio Maria Auxiliadora Dr. Augusto Coelho questiona foco das manifestações

Carta Augusto Coelho

“O colégio é a segunda maior vitima, depois de Beatriz, e não são justas as críticas e imprecações contra uma instituição que só merece gratidão, solidariedade e reconhecimento”, afirma Dr. Augiusto

Em carta aberta a sociedade de Petrolina o médico e ex-prefeito, Augusto de Souza Coelho, comenta pela primeira vez o caso do crime da menina Beatriz Angélica, assassinada no dia 10 de dezembro do ano passado. Dr. Augusto afirma, nas entrelinhas, que o Colégio Maria Auxiliadora, local onde ocorreu o crime, está sendo vítima de uma campanha insidiosa e injusta, e questiona por que a manifestação vai para a frente do Colégio, e não para a frente da Delegacia de Polícia?

Confira a íntegra do texto:

Causa-me indignação a campanha insidiosa e injusta contra o Colégio Maria Auxiliadora e a tentativa de desviar o eixo das buscas. Não se fala do facínora e cobra-se dos “suspeitos” a prova da inocência, quando se deviam apresentar as provas da culpa.

Enquanto isso, teima-se em perturbar a vida da comunidade regional interrompendo a ponte. E a polícia, o que tem feito? Por que a manifestação vai para a frente do Colégio, e não para a frente da Delegacia de Polícia?

O colégio é a segunda maior vitima, depois de Beatriz, e não são justas as críticas e imprecações contra uma instituição que só merece gratidão, solidariedade e reconhecimento.

Vamos fazer um esforço para restabelecer o bom senso, serenar as paixões e buscar apenas a verdade.

Ninguém tem o direito de ignorar o sofrimento da família, mas não se pode estimular sentimentos distorcidos pelo sofrimento, propiciando atitudes injustas e improprias para uma situação como essa.

Deus permita que os fatos se esclareçam e os ânimos arrefeçam.

Outra pergunta que não quer calar: depois de seis meses, a quadra esportiva do colégio permanece interditada, prejudicando as atividades da instituição. Para nada. E até quando?

Augusto de Souza Coelho/Médico e ex-prefeito de Petrolina

Caso Beatriz: confira primeira parte da entrevista com os pais da menina

Nesta primeira parte da entrevista concedida com exclusividade ao Blog Waldiney Passos pelos pais de Beatriz Angélica, Sandro Romilton e Lúcia Mota, o casal comenta as falhas de segurança ocorridas no dia do crime e Lúcia reafirma que a direção do colégio Maria Auxiliadora não oficializou o evento aos órgãos de segurança (Polícia Militar, Ordem Pública e Corpo de Bombeiros), conforme denúncia feita recentemente através de vídeo postado nas redes sociais.

Caso Beatriz: novos fatos serão apresentados em coletiva à imprensa nesta quarta-feira

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Estarão presentes à coletiva o procurador-geral de Justiça do Estado, Carlos Guerra de Holanda, e os seis promotores que integram a força-tarefa do MPPE

Após a divulgação da informação da existência de um vídeo contendo imagens comprometedoras que, possivelmente, possam levar ao elucidação do assassino da menina Beatriz, crime ocorrido no dia 10 de dezembro, nas dependências do Colégio Maria Auxiliadora, em Petrolina, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) convocou a imprensa da região para uma entrevista coletiva nesta quarta-feira (15), onde serão apresentados os detalhes da força-tarefa realizada para investigar e tentar solucionar o caso.

Estarão presentes à coletiva, que ocorrerá às 15hrs, o procurador-geral de Justiça do Estado, Carlos Guerra de Holanda, e os seis promotores do grupo de trabalho.

Reviravolta no caso Beatriz: Vídeo mostra momento exato em que homem estranho seguiu a menina

Caso-beatriz, Marceone

Polícia encontra novo suspeito no caso Beatriz

Um novo suspeito para o caso Beatriz Angélica Mota. Após seis meses do crime que chocou o Estado e gerou diversas manifestações de moradores de Petrolina, no Sertão, e Juazeiro, na Bahia, continua sem elucidação. No entanto, uma nova prova vem ajudando nas investigações conduzidas pela Polícia Civil. Um vídeo amador que mostra a parte interna da quadra do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora revela a presença de outro desconhecido próximo ao bebedouro onde ela foi vista pela última vez. Completados seis meses de investigação, nenhum suspeito pelo crime foi preso, além disso, nenhuma autoria do assassinato foi apontada pela polícia.

O delegado responsável pelo caso, Marceone Ferreira, confirmou ontem em coletiva à Imprensa a existência da filmagem, mas não quis detalhar o conteúdo. Porém, em entrevista à Folha de Pernambuco, o pai de Bia, como era carinhosamente apelidada, revelou nuances que apontam o passo a passo dela antes de sumir e a presença de um homem que frequentou o mesmo local.

Segundo Sandro Romildo, a filmagem feita por uma pessoa que pediu anonimato identificou a hora exata em que Beatriz desce para o bebedouro e em seguida um desconhecido também segue o acesso para o local. “Bia desceu as escadas para o acesso ao bebedouro aproximadamente às 22h20. Dois funcionários da escola permitiram o acesso dela ao local, mesmo a passagem estando bloqueada, pelo fato de que uma diretora da escola estava vendendo água na festa. Dezenove segundos após, um homem desconhecido também desceu os degraus. Minutos depois, ele sobe, mas Bia não sobe mais”, revelou o pai.

Sandro diz que esse trecho do vídeo foi um dos poucos a que ele teve acesso. “O vídeo surgiu quando uma pessoa nos procurou. Marcamos com essa pessoa, mas ela não foi. A polícia teve posse do conteúdo e tive acesso a alguns trechos”, comentou. A Folha procurou o delegado Marceone Ferreira para repercutir sobre a existência de um novo suspeito, porém o investigador não retornou as ligações.

Anteriormente, ele havia dito que o retrato falado de um suspeito de participação no crime, divulgado em fevereiro, está sendo reavaliado e poderá sofrer modificações. “Durante as investigações, novas testemunhas oculares apareceram. Portanto, o retrato falado pode sofrer modificações em suas características. Mas, isso ainda está sendo avaliado”, disse Ferreira, que colheu mais de 130 depoimentos até o momento.

Com informações da FolhaPE.

Caso Beatriz:em coletiva delegado afirma que este é o caso número 1 do Estado

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A polícia tem um vídeo que mostra o momento que Beatriz desceu para o bebedouro e mostra quem desceu e subiu na mesma ocasião.

Nesta manhã, o delegado Marceone Ferreira, que conduz as investigações sobre o caso Beatriz, falou com a imprensa sobre o assassinato ocorrido no dia 10 de dezembro de 2015 no interior do colégio Maria Auxiliadora em Petrolina, Sertão pernambucano.

Até o momento nenhuma novidade relevante capaz de elucidar ao caso foi trazida pela polícia. O delegado afirma que este caso é o número um do Estado que a polícia não parou com as investigações, muito pelo contrário, continuam dia e noite. Sobre os cinco suspeitos que faziam parte do corpo de funcionários da escola, as investigações seguem, sem descartar nenhum dos possíveis envolvidos.

Em respostas a questionamentos sobre possíveis reformas na escola, assegurou que qualquer reforma na instituição só deve ser feita com autorização da polícia, se por ventura ficar comprovado que durante este período foram feitas reformas, em áreas isoladas e sem autorização, isto colocaria a instituição diretamente envolvida no crime, fato que a polícia não quer acreditar.

Sobre os últimos vídeos postados nas redes sociais pela mãe de Beartiz, Lucinha Mota, foi cauteloso afirmando:”Temos que ter cuidado em afirmar que falta de documentação da escola e falha na segurança pode ter motivado o crime. Esse é um questionamento que temos que fazer, e qualquer decisão deste tipo será na esfera cível e não criminal”.

Quanto ao disk denúncias as ligações já ultrapassam a casa de 100, e destas 90% foram averiguadas.

O retrato falado segundo o Chefe das Investigações, continua sendo aperfeiçoado de acordo com as informações que estão sendo colhidas.

 

Caso Beatriz: Colégio Auxiliadora contesta denúncias de irregularidades feitas por mãe da menina

Em resposta ao vídeo postado por este blog em que Lúcia Mota, mãe de Beatriz Angélica Mota, indignada cita várias irregularidades, inclusive fiscais do Colégio Maria Auxiliadora, local onde a garota foi brutalmente assassinada na noite de 10 de dezembro de 2015. Ao tomar conhecimento do conteúdo a direção da instituição emitiu uma nota em que presta esclarecimentos acerca das acusações apresentadas.

Confira na íntegra:

Colégio Auxiliadora esclarece denúncias contra a instituição

O colégio Nossa Senhora Auxiliadora de Petrolina reforça, junto à comunidade do Vale do São Francisco e especialmente a família da ex-aluna Beatriz Mota, o seu comprometimento com a busca por justiça e punição do criminoso ou criminosos que ceifaram a vida da criança numa ação brutal e desumana. Contudo, em respeito aos alunos, funcionários e toda sociedade, a unidade escolar se vale do seu direito de ampla defesa para esclarecer algumas informações que circulam nas mídias sociais e veículos de comunicação com acusações contundentes sobre a instituição, corroboradas pela apresentação de documentos que compõem o inquérito policial que investiga o caso.

No dia 10 de dezembro de 2015 foi realizado na unidade de ensino um evento acadêmico que marcou o encerramento do ano letivo de turmas do 3° ano do ensino médio. Na ocasião 192 alunos participaram da solenidade que teve início às 19h20 e encerrou-se às 22h30. O ato é uma atividade  do calendário letivo da instituição e acontece há quase uma década, seguindo um rito que se repete anualmente. A organização da cerimônia, intitulada Aula da Saudade, estima que cerca de 1500 pessoas prestigiaram o evento. O ato aconteceu nas dependências da escola e eventos desta natureza dispensam a presença de Polícia Militar ou órgãos de segurança pública.           O deslocamento de        agentes da PM para policiamento em eventos particulares impacta na cobertura de segurança em regiões vulneráveis e pode ser caracterizado como desvio de finalidade. Naquela noite atuavam na segurança funcionários da instituição e profissionais da empresa de vigilância contratada pela unidade de ensino.

Licença Corpo de Bombeiros

Acerca da liberação do Corpo de Bombeiros, é importante destacar que até o ano de 2015 o colégio recebeu a anuência do órgão. Porém, com modificações na legislação que rege sobre as normas de segurança e prevenção contra incêndios, foram realizadas inspeções na escola que indicaram adequações que deveriam ser feitas na unidade para se ajustar as novas diretrizes. Em setembro de 2015 o projeto com as devidas redefinições foi apresentado e protocolado junto ao batalhão de Petrolina, que até o momento não expediu o parecer favorável ou improcedente.

Alvará

O Colégio Auxiliadora foi acusado equivocadamente de ter cometido prática de sonegação de imposto, o que é uma informação falaciosa, uma vez que o alvará de funcionamento, expedido pela Prefeitura de Petrolina, não se enquadra como imposto, mas uma autorização de exercício de uma atividade aberta ao público. Por se tratar de uma entidade filantrópica e imune, a escola é isenta de impostos e tributos, pagando um valor fixo, anualmente, para a renovação do Alvará.
Atitudes que violam os valores, sustentados pela identidade e conduta religiosa são inadmissíveis e a postura que norteia a instituição é de honrar as leis, respeitando todos os processos e regimentos exigidos.

Ameaças e atentados
No vídeo que está sendo divulgado amplamente, questiona-se sobre a existência de atentados e ameaças contra a escola, neste sentido pontua-se que no mês de agosto vândalos invadiram a unidade de ensino e atearam fogo no depósito de materiais esportivos. Na ocasião foi registrado um boletim de ocorrência, relatando o fato e solicitando investigação policial para apurar suas motivações.
Posteriormente, no mês de outubro, uma ação semelhante foi contida por funcionários do Colégio, quando foram detidos dois ex-alunos tentando invadir a escola. Uma nova ocorrência foi aberta pela instituição, denunciando as ações e mais uma vez solicitando averiguações. Até o momento não foram apresentadas conclusões sobre o inquérito policial.
Ao longo dos 90 anos de história o colégio preserva valores que são imutáveis, como a fé, ética, respeito e compromisso com ensino e com a sociedade. Em um momento de comoção e de clamor por justiça, como o vivenciado, a escola entende que dever haver união e discernimento entre todos que estão imbuídos neste mesmo sentimento. Assim como os pais, amigos, familiares e toda a sociedade, é desejo do colégio que este crime seja elucidado o mais breve possível e para isto está empenhando todos os esforços para contribuir com as autoridades responsáveis pela investigação.

Caso Beatriz: novo protesto é marcado

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Está marcado para o próximo dia 04 de Junho, o protesto “Marcha para a justiça”, pedindo solução para o caso da menina Beatriz Mota, assassinada a facadas em um evento do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, em dezembro do ano passado.

O caso, que é repercussão nacional, tem mobilizado a população de Petrolina, no Sertão de Pernambuco e Juazeiro, Norte da Bahia, em constantes manifestações, para que o caso tenha finalmente uma resposta.

Desta vez, o protesto sairá das cidades irmãs ao mesmo tempo, e se encontrarão no elo de acesso entre ambas: a ponte Presidente Dutra. O manifesto está marcado para sair às 08h da praça do Banco do Brasil, em Juazeiro e da Godoy Veículos, em Petrolina.

Com o pedido “A paz não é um pedido a ser feito apenas em silêncio” os organizadores pedem o comparecimento da população do Vale do São Francisco.

MPPE emite nota de esclarecimento sobre informações dadas pelo promotor do caso Beatriz

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Diferentemente do que se percebe por alguns títulos das matérias veiculadas sobre o caso Beatriz, de Petrolina, com base em pronunciamento de membro do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), incumbe esclarecer que a colocação do promotor de Justiça responsável pelo caso, foi no sentido de que nenhuma linha de investigação deva ser, nesse momento, descartada.

Ciente da possibilidade de diversas interpretações quanto ao conteúdo das declarações do órgão ministerial, o MPPE deixa clara:

1. a inexistência de acusação voltada a qualquer tipo de religião ou credo;
2. que a responsabilização pela(s) conduta(s) homicidas que levaram à morte uma criança de forma tão estúpida e violenta devam ser imputadas individualmente a seu(s) autor(es) e não a qualquer religião ou credo e;
3. que as investigações ainda estão em curso, portanto nada conclusivo pode ser apontado como causa do homicídio, que sensibilizou o município, Estado e País;
4. que as falhas eventualmente apontadas no procedimento investigatório dizem respeito, em sua maioria, à própria estrutura deficitária e ao método/modelo de investigação consolidada na prática policial em nosso País, não dizendo respeito a atuação individual de seus componentes.

As instituições componentes do aparato de justiça e segurança estão envidando esforços para encontrar a solução do caso, prestando, assim, satisfação à população que clama pela Justiça, neste sentido, prudência e cautela devem pautar a propagação de informações sobre o caso neste momento.

Com informações MPPE

Deputado Adalberto Cavalcanti leva o Caso Beatriz para a Câmara Federal

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“Pernambuco precisa rever as suas políticas de segurança. Precisamos de mais policiais nos batalhões e nas cidades. O povo de Petrolina e de Juazeiro anda aterrorizado pela falta de segurança na cidade e no campo” afirma Adalberto Cavalcanti (PTB)

Na tarde desta quarta-feira(04) em pronunciamento no plenário da Câmara Federal, o Deputado Adalberto Cavalcanti proferiu um contundente discurso, denunciando a violência em Petrolina e registrando entre outros fatos, o episódio do assassinato da garota Beatriz, que até o momento a polícia ainda não conseguiu desvendar.

“A cidade cobra. As pessoas criaram vários grupos de apoio ao caso Beatriz em Petrolina. Já entrou delegada, já saiu delegado, já trouxeram perito especial, já promoveram reuniões com a imprensa, mas não há nada concreto”, salientou.

Adalberto disse que Petrolina vive um caos na violência e que Paulo Câmara perdeu o controle da segurança em Pernambuco. “Já estive com o Governador, Paulo Câmara, pedindo-lhe mais celeridade no caso da menina Beatriz. Pedi mais policiamento para o sertão, porque as famílias lá estão assustadas. O número de crime aumenta a toda hora. O pacto pela vida deu lugar agora ao pacto pela morte. E eu pergunto: até quando isso?”, questionou.

Para o parlamentar Pernambuco precisa rever as suas políticas de segurança, necessita de mais policiais nos batalhões e nas cidades.

“Faço um apelo ao Governador, Paulo Câmara. Estou preocupado com a segurança do Estado de Pernambuco. Na minha cidade mesmo, Afrânio, cuja Prefeita é minha esposa, o banco está fechado há 2 meses porque agência nenhuma quer botar mais banco nas cidades”, registrou.

Protesto Buzinaço organizado pelo grupo “Beatriz Clama Por Justiça” segue para Petrolina

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A carreata passou pelas principais vias da cidade baiana e está indo em direção a Ponte presidente Dutra. / Foto Cleilma Silva 

O protesto marcado para a manhã deste sábado (30), pedindo justiça pelo caso da menina Beatriz Angélica Mota, assassinada em dezembro do ano passado, está saindo de Juazeiro em direção à Petrolina, cidade Pernambucana.

A carreata passou pelas principais vias da cidade baiana e está indo em direção a Ponte presidente Dutra. O ato promete parar o trânsito das cidades irmãs. O primeiro ponto de parada em Petrolina é em frente ao Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, local do crime. Em seguida, os manifestantes devem ir até a sede do Ministério Público de Pernambuco e continuar o ‘buzinaço’.

 

Adesivaço pelo caso da menina Beatriz acontece durante todo o dia

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Está sendo realizado na manhã desta quinta-feira (14), ato para que o caso da menina Beatriz mota, permaneça vivo na memória dos habitantes do Vale do São Francisco. Desde às 07h da manhã, membros do grupo “Beatriz Clama por Justiça”, promovem o “adesivaço” na Avenida Guararapes, em frente a Prefeitura Municipal de Petrolina, no Sertão de Pernambuco.

 Durante todo o dia, pessoas que passarem pela avenida podem receber um adesivo para ser colocado no veículo, pedindo por justiça e que o caso seja solucionado. No total, 1500 adesivos serão distribuídos até às 19h de hoje.

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Relembre o caso:

Beatriz Angélica Mota foi morta com golpes de faca, no último dia 10 de dezembro, durante uma festa de formatura no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora. O pai da menina é professor na instituição. Na data, a irmã mais velha de Bia, concluía o Ensino Médio.  Após quatro meses, o caso permanece sem solução.

 

 

Caso Beatriz: vereador do Recife cobra uma posição da Secretaria de Defesa Social

Vereador Henrique Leite

Vereador Henrique Leite (PT)

O caso do assassinato da menina Beatriz Angélica Mota, assassinada com vários golpes de faca, durante uma solenidade de formatura do Colégio Nossa Senhora Maria Auxiliadora, no centro de Petrolina, repercutiu também na Câmara Municipal de Recife-PE.

Na sessão desta quarta-feira (6) o vereador Henrique Leite (PT) cobrou uma solução. “Beatriz foi assassinada com 42 facadas e a polícia mais uma vez não dá uma informação concreta nem para família, amigos moradores e população do estado do Brasil. Foi um crime bárbaro e não podemos ficar calados”.

O vereador pediu uma posição da Secretaria de Defesa Social. “Fazendo uma comparação com o esporte, quando um técnico está perdendo os jogos ele é substituído. A mesma coisa é um delegado. Estão pedindo até peritos de fora para concluir o caso. O caso de Tarsila e Maria Eduarda até hoje foi um crime com dúvidas sobre quem matou as meninas. Quem não sabe fazer tem que ter hombridade e entregar o caso. E esse é meu apelo ao secretário de Defesa Social e ao governo do estado que estude a possibilidade de substituir o delegado e que dê o resultado imediato à população pernambucana e à família”.

Após pressão de pais de alunos, colégio afasta 7 pessoas

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Depois da entrevista concedida pelo promotor Carlan Carlo, do caso Beatriz ao nosso Blog e a coletiva com delegado Marceone Ferreira e o perito Gilmário Lima, os pais de alunos do Colégio Nossa Senhora Auxiliador se mostram mais inseguros e temerosos sobre a segurança dos filhos na instituição. Isto, por ter sido levantada a informação da possibilidade de suspeitos de cometerem o crime brutal, ainda fazerem parte do quadro de funcionários da escola.

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Diante disso, pais e responsáveis  resolveram se mobilizarem e exigirem uma posição da escola com relação a possíveis riscos que os filhos possam estar expostos.

Antes mesmo da mobilização ocorrer, o colégio convocou uma reunião com os responsáveis por crianças que estudam na instituição nesta manhã, que teve a participação de Glaílson Ribeiro de Fortaleza, no Ceará, um dos advogados da escola.

O blog Waldiney Passos obteve a informação que foi afirmado aos pais e responsáveis presentes que 7 pessoas foram afastadas da instituição, como medida preventiva.

A assessoria de comunicação do colégio  informou ao Blog ainda, que o advogado irá conceder entrevista logo mais à tarde.