Novo modelo de I.A. vai ajudar pessoas que não se comunicam pela fala a interagirem em tempo real

Um novo modelo de inteligência artificial generativa (I.A. generativa) promete ajudar pessoas que não se comunicam pela fala a interagirem de forma mais ágil. A tecnologia, denominada JandaIA, está sendo desenvolvida por uma empresa pernambucana e será incorporada ao Livox – primeiro aplicativo a usar I.A. para facilitar a comunicação de pessoas com deficiência, para tornar mais eficiente as interações.

A iniciativa foi aprovada no programa de aceleração em tecnologias digitais da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep ) para receber R$ 5,8 milhões, a fundo perdido, do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). Criado em 2010, o Livox é usado por cerca de 25 mil pessoas, em 24 países. Ele é capaz de conversar em 25 idiomas e tem ajudado pessoas com deficiência e com o Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Cerca de 80% dos usuários utilizam a plataforma gratuitamente, com grande participação de estudantes de escolas públicas e instituições de apoio à pessoa com deficiência. No Livox, a interação se dá com cartões acionados por meio do olhar, de um gesto, ou do toque numa tela, para perguntar, responder ou formar frases. O uso do JandaIA vai permitir, em larga escala, mais agilidade na exibição das cartelas e na formação de respostas completas.

A incorporação da I.A. generativa vai permitir o treinamento do sistema, com base em hábitos e padrão de utilização dos usuários.
Segundo Paulo Henrique Rodrigues, sócio da “Agora Eu Consigo Tecnologias de Inclusão Social”, o objetivo é possibilitar que pessoas com dificuldade de se comunicar por meio oral possam interagir em tempo real.

“Hoje em dia, pessoas que não têm capacidade de comunicação oral têm uma dificuldade no tempo de resposta, para interagir em tempo real. O JandaIA aprimora esse intervalo, que hoje consiste em compreender uma questão, escolher uma resposta entre as oferecidas, ou digitar essa resposta”, explicou Rodrigues. Na prática, o que a inteligência artificial generativa faz é entender os padrões de rotina, uso da plataforma e possíveis respostas do usuário, para que a interação aconteça como numa conversa falada, de forma mais humanizada.

“Lembro de ter lido que o físico Stephen Hawking muitas vezes se sentia solitário porque as pessoas tinham ‘medo’ de falar com ele, porque não tinham paciência de esperar o tempo que ele demorava para compor as frases numa conversa. O JandaIA vai diminuir esse tempo, que a gente chama de lacuna de reciprocidade. Na comunicação alternativa essa lacuna é muito grande. Através dos modelos de I.A., a lacuna foi reduzida drasticamente e ainda pode melhorar muito”, argumentou Rodrigues.

O JandaIA está sendo desenvolvido pela empresa pernambucana “Agora Eu Consigo Tecnologias de Inclusão Social”, em parceria com a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e com a Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro (Softex Recife). Uma equipe de 15 pesquisadores trabalha para que a ferramenta de tecnologia social esteja totalmente concluída até 2029.

G1 Pernambuco

Criminosos usam de Lula a Nikolas Ferreira para enganar população

Golpistas estão utilizando Inteligência Artificial (IA) para criar vídeos falsos envolvendo personalidades de diferentes campos da política brasileira, desde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) até um de seus principais opositores, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL). As imagens manipuladas são divulgadas como propaganda no Instagram e promovem uma falsa indenização do Governo Federal, supostamente para compensar um vazamento de dados pessoais de brasileiros.

Um dos vídeos mostra um deepfake de Lula afirmando que os cidadãos poderiam receber até R$ 7 mil de indenização, direcionando os espectadores para um link suspeito. Outra versão da fraude usa a imagem de Nikolas Ferreira, que aparece anunciando um programa falso no qual o valor do benefício dependeria do número final do CPF (contemplando absolutamente todos). As imagens também envolvem o jornalista César Tralli e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, simulando recomendações em que eles supostamente divulgam a existência do benefício.

Golpe – Os vídeos patrocinados no Instagram levam os usuários a clicar em um link para “consultar” o valor disponível para saque. Ao acessar a página, que utiliza ilegalmente a identidade visual do governo federal, os internautas são induzidos a inserir seus dados pessoais, especialmente o CPF. Essas informações podem ser usadas para criar cadastros falsos, solicitar créditos em nome das vítimas ou realizar outras fraudes financeiras.

A Secretaria de Comunicação do governo federal já desmentiu a existência do benefício e alertou para o risco do golpe. O deputado Nikolas Ferreira também se manifestou, publicando um aviso em suas redes sociais informando que a gravação é falsa. “Nos meus perfis, eu só divulgo meus livros e cursos. Qualquer coisa fora disso é golpe”, alertou.

Deepfake – O uso de deepfakes tem crescido significativamente como ferramenta de fraude. Com avanços na inteligência artificial, criminosos conseguem criar vídeos extremamente realistas, manipulando voz e imagem de figuras públicas para dá-los credibilidade. A ferramenta Hive AI Detector, especializada na identificação desse tipo de manipulação, apontou uma probabilidade de 99,4% de que os vídeos utilizados pelos golpistas tenham sido gerados por IA. Este golpe não é um caso isolado. Deepfakes semelhantes já foram utilizados para espalhar desinformação e fraudes em outros momentos, sempre explorando a imagem de figuras conhecidas para atrair vítimas.

Proteção – Diante do avanço dessas fraudes, especialistas recomendam que os usuários sigam algumas precauções para evitar cair em golpes semelhantes: Desconfie de promessas de dinheiro fácil: O governo não concede indenizações sem um processo oficial, amplamente divulgado pelos canais oficiais; verifique a origem das informações:

Antes de clicar em links suspeitos, cheque se a notícia foi divulgada por portais confiáveis; analise o site: Sites oficiais do governo têm endereços que terminam em “.gov.br”. Se o link tiver domínios diferentes, é provável que seja uma fraude;  denuncie vídeos suspeitos: Caso veja propagandas falsas no Instagram, denuncie à plataforma para que o conteúdo seja removido; proteja seus dados pessoais: Nunca informe CPF, senhas ou outras informações sensíveis em sites de procedência duvidosa.

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Folha PE

IA deve eliminar empregos, mas impacto pode ser atenuado com abordagem inclusiva

Enquanto avança rapidamente em múltiplos setores da economia, a inteligência artificial deixa um rastro de incerteza sobre o impacto no mercado de trabalho. A tecnologia eliminará vagas de emprego? A resposta é complexa e provavelmente afirmativa, mas economistas e líderes políticos propõem evoluir o debate a uma nova fase, que busque soluções para garantir que os benefícios sejam distribuídos de maneira equânime entre toda a cadeia social.

Nos corredores da Global Labor Market Conference (GLMC), que aconteceu na semana passada em Riad, na Arábia Saudita, termos como “upskilling” e “reskilling” se sobrepuseram à discussão sobre quais postos de trabalho desaparecerão no futuro (leia abaixo). A ideia central é a de que governos e o setor privado devem trabalhar juntos para investir no treinamento das habilidades que serão mais demandadas nesta nova revolução digital.

O glossário do novo mercado de trabalho:

Termo Explicação – Upskilling Aperfeiçoamento de habilidades já desenvolvidas na função atual do trabalhador, sem a necessidade de uma guinada brusca na carreira.

Reskilling – Treinamento em novas habilidades para substituir aquelas já existentes. O objetivo é capacitar o trabalhador para funções novas que serão demandas no futuro.

Foreverskilling – Termo introduzido durante a Global Labor Market Conference, refere-se à ideia de desenvolver um treinamento adaptável que prepare o trabalhador para qualquer tipo de demanda que eventualmente surja no futuro do mercado de trabalho

“Não acho que haja uma receita clara para isso, mas precisamos começar uma conversa sobre como tornar a IA amigável ao trabalhador, como tornar as pessoas mais produtivas, ao invés desse foco obsessivo em substituir as pessoas por máquinas”, defendeu o professor James Robinson, da Universidade de Chicago, vencedor do Nobel de Economia do ano passado com um trabalho sobre a prosperidade das nações, em conjunto com os professores Simon Johnson e Daron Acemoglu, ambos da Massachusetts Institute of Technology (MIT).

Na palestra mais disputada do evento, o economista e cientista político projetou que a IA transformará a economia ainda mais rapidamente do que a Revolução Industrial do século XVII. A cada nova evolução tecnológica, a disseminação ocorre de forma mais veloz que os estágios anteriores. O Twitter (hoje X) demorou quase 2 anos para alcançar a marca de 1 milhão de usuários. “Já o ChatGPT demorou alguns dias”, compara Robinson.

O ritmo das transformações é a principal fonte de angústia de trabalhadores no mundo todo, conforme mostrou pesquisa conduzida pelos organizadores da conferência e amplamente discutida na ocasião. Entre os 14 mil participantes da força de trabalho consultados pelo estudo, as mudanças tecnológicas foram citadas como fator mais importante para definir estratégias de qualificação profissional.

Desafios antigos

A pesquisa, porém, mostrou que a nova era tecnológica esbarra em problemas econômicos antigos. Boa parte dos participantes citaram limitações financeiras como obstáculos para obter a formação tecnológica necessária, principalmente no Brasil, Jordânia, Nigéria, África do Sul e Vietnã. A disparidade reflete, em parte, a renda disponível menor nessas economias que em locais como Estados Unidos e União Europeia, onde a questão do acesso financeiro apareceu com menor relevância no estudo.

Para contornar esses desafios, será necessário adotar uma estratégia robusta que envolverá diferentes entes da sociedade, disse ao Broadcast o ex-ministro do Trabalho da Itália Enrico Giovannini. “A única maneira de tentar reduzir não apenas o desemprego, mas também as desigualdades é a partir de políticas sociais e econômicas que não deixem nenhum grupo para trás, com base na Agenda 2030 da ONU”, defendeu, em conversa às margens da conferência em Riad.

Professor na Universidade de Roma, Giovannini argumenta que as autoridades deveriam pensar em programas que redirecionem a força de trabalho para as necessidades do futuro. Iniciativas podem, por exemplo, preparar trabalhadores para adaptar as cidades à realidade das mudanças climáticas. Mas o ex-ministro também acredita que será preciso avaliar o cenário com base em novas métricas, para além de indicadores econômicos clássicos. “Senão, estaremos olhando apenas para a aceleração do carro sem observar o aumento da temperatura do motor e outras coisas”, afirmou.

Na mesma linha, o Diretor do Instituto de Pesquisa de Emprego da Universidade de Warwick, Christopher Warhurst, ressaltou que, sozinha, a IA não será capaz de produzir os ganhos de produtividade esperado. Será necessário, sobretudo, engajamento humano. “Para que novas tecnologias entreguem os ganhos de produtividade, elas precisam ser adequadamente geridas, com trabalhadores envolvidos na introdução, uso e distribuição”, defendeu, também durante a GLMC.

Estadão Conteúdo

Google apresentará prévia de IA que assume o controle de computadores, diz jornal

O Google está se preparando para apresentar uma tecnologia de inteligência artificial que pode assumir o controle de navegadores de internet para realizar tarefas como pesquisa e compras, de acordo com o jornal “Information”.

A expectativa é que a empresa revele o produto em dezembro durante o lançamento da próxima geração do Gemini, seu modelo de linguagem de IA. O esforço é conhecido como ‘Project Jarvis’ e visa a facilitar a automação de tarefas no navegador, potencialmente transformando a interação com o ambiente digital.

Procurada pela Bloomberg, a empresa optou por não comentar sobre “especulações”, embora os planos sejam ainda preliminares e sujeitos a mudanças.

O Globo

Fecomércio-PE promove Fórum de Debates sobre Inteligência Artificial em Petrolina

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Pernambuco (Fecomércio-PE), por meio do Instituto Fecomércio-PE, realiza nesta sexta-feira (23), das 18h às 22h, no Senac Petrolina, o Fórum de Debates. O evento tem inscrições gratuitas e vagas limitadas. A temática central é como a Inteligência Artificial pode ser aliada dos empreendedores.

Durante o evento o consultor de Marketing e Inovação para o Varejo, Alexandre Guimarães, ministrará a palestra “IA em Ação: Soluções Práticas para o Seu Negócio”. “Tem se falado muito em Inteligência Artificial em diversos lugares. Desejo contribuir com o meu conhecimento para que os empreendedores entendam mais sobre a IA e possam aplicá-la aos seus negócios”, ressaltou Guimarães.

O evento conta com o apoio do Sebrae/PE, TV Grande Rio, Sindlojas Petrolina e Cartão do Empresário. “Levar essas discussões sobre a Inteligência Artificial aos empresários é uma iniciativa do Instituto Fecomércio para motivar os empresários a utilizarem essa tecnologia em seu benefício. Isso reflete nosso compromisso em capacitar os empresários locais com as mais recentes inovações tecnológicas, proporcionando percepções valiosas e estratégias práticas para enfrentar os desafios do mercado atual”, destacou Ricardo Santos, superintendente do Instituto Fecomércio Pernambuco.

Serviço:

Fórum de Debates em Petrolina

Tema: IA em Ação: Soluções Práticas para o Seu Negócio

Data: 23 de agosto

Horário: das 18 às 22h

Local: Senac Petrolina

Link para inscrições: https://eventos.fecomercio-pe.com.br/2024/forum-de-debates/petrolina

 

Fabiano Barros/Ascom