Relatório fixa cota para mulheres no legislativo

O relator do projeto do novo Código Eleitoral, senador Marcelo Castro (MDB/PI), apresentou na análise da matéria, no início deste mês, uma complementação de voto fixando cota para mulheres nas casas legislativas a 20%, no mínimo.

“Mantivemos a obrigatoriedade da reserva de candidaturas no art. 145, mas estabelecemos que, no período de 20 anos após a edição da lei que ora se pretende aprovar, durante o qual vigorará a reserva de vagas, os partidos não serão penalizados com o indeferimento da chapa caso não consigam preencher o percentual mínimo de candidaturas, desde que as vagas remanescentes fiquem vazias”, defendeu Marcelo Castro em seu relatório.

A complementação do voto define ainda que, a cada duas eleições gerais, será avaliada a reserva de vagas para mulheres, “com o fim se verificar a efetividade da política de ação afirmativa e a necessidade de aumento do percentual de vagas reservadas para mulheres”. A senadora Augusta Brito (PT/CE) disse que é preciso estudar se as mudanças representam, ou não, um retrocesso. “No momento, ainda tenho dúvidas se o que está no relatório não é um retrocesso em relação à participação feminina, ou se é um avanço”, comentou.

Urnas e fake news

O projeto de lei estabelece ainda que compete ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) disciplinar as etapas para a votação, garantindo o direito de fiscalização “aos partidos políticos, às coligações, aos candidatos, ao Ministério Público, à Ordem dos Advogados do Brasil, à Defensoria Pública e à sociedade civil organizada que se fizerem presentes ou representados”. Prevê também a participação das Forças Armadas na fiscalização.

O título III do projeto estabelece os crimes de divulgação de fatos inverídicos, as chamadas fake news, com prisão de 1 a 4 anos, mais multa, aos candidatos que divulgarem ou compartilharem “fatos sabendo ou devendo saber serem inverídicos”.

A proposta ainda proíbe o disparo em massa de conteúdos nas plataformas digitais. “A utilização de disparos em massa para divulgar posicionamento pessoal ou conteúdo político-eleitoral não constitui livre manifestação democrática”, define a proposta. O projeto, no entanto, permite o impulsionamento para divulgação de candidatos a partir do início do ano eleitoral “com valor limitado a 10% do limite de gastos do cargo pretendido”.

Quarentena e inelegibilidade 

A proposta ainda disciplina o prazo para agentes públicos deixarem suas funções para se candidatarem, fixando em 2 de abril do ano da eleição para ministros de Estado, governadores e prefeitos, entre outros cargos.  No caso de magistrados ou membros do Ministério Público, policiais federais e civis e militares, tanto da União como dos estados, o prazo da quarentena é fixado em 4 anos antes da eleição que pretende concorrer.

A proposta ainda fixa o prazo máximo de inelegibilidade para cargos políticos em 8 anos, o que inclui aqueles condenados com base na Lei da Ficha Limpa. “Em quaisquer das hipóteses previstas neste artigo, a inelegibilidade não ultrapassará o prazo de 8 (oito) anos”, define o texto. Atualmente, o prazo varia de acordo com decisão do Poder Judiciário.

Agência Brasil

UNEB divulga cronograma de validação de cotas e matrícula para aprovados em 2ª chamada do Sisu 2025

A UNEB divulgou ontem (21), o cronograma das convocatórias, do processo de validação ao sistema de cotas e da matrícula dos candidatos classificados em 2ª chamada nos processos seletivos do Sisu, para ingresso no primeiro semestre letivo deste ano, nos cursos de graduação, na modalidade presencial, ofertados pela Universidade.

Os candidatos cotistas aprovados em 2ª chamada devem ficar atentos ao cronograma. A entrega da documentação para validação do acesso ao sistema de cotas deve ser realizada nos dias 24 e 25 de fevereiro, através do sistema de heteroidentificação, conforme orientações do edital de matrícula. O estudante cotista também deverá estar atento para as orientações de submissão da documentação para os procedimentos de heteroidentificação fenotípica, disponibilizado no edital.

Após período para recursos, o resultado final do processo de validação do acesso ao sistema de cotas será no dia 17 de março, com a matrícula dos aprovados sendo efetivada entre nos dias 18 e 19 do mesmo mês. O procedimento de matrícula é obrigatório para todos os estudantes, cotistas e ampla concorrência.

É importante lembrar que o cronograma para efetivação da matrícula na UNEB é diferente do calendário proposto pelo Sisu, e que está disponibilizado no www.sisu.uneb.br.

Portal UNEB: https://agenciadecomunicacao.uneb.br/uneb-divulga-cronograma-de-validacao-de-cotas-e-matricula-para-aprovados-em-2a-chamada-do-sisu-2025/

Ascom

Fies terá cotas pela primeira vez e inscrições abrem nesta quinta

As inscrições para o Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) do segundo semestre de 2024 vão abrir nesta quinta-feira (22). Esta será a primeira edição do programa com reserva de vagas para candidatos pretos, pardos, indígenas e quilombolas, além de pessoas com deficiência.

O programa do MEC (Ministério da Educação) financia, de forma escalonada, estudantes de cursos de graduação em instituições de educação superior privadas. Os interessados terão de quinta a próxima terça (27) para se inscrever.

O MEC divulgou nesta quarta-feira (21) o edital com as regras desse processo seletivo, que vale para o ingresso no segundo semestre. A abertura das inscrições estava atrasada, o que gerou reclamação de estudantes. A pasta não informou quantos contratos estarão disponíveis nesse processo seletivo. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo portal do programa.

Assim como no processo seletivo do primeiro semestre, há reserva para alunos pobres, no que foi chamado de Fies Social. Metade das vagas são destinadas a pessoas com renda familiar per capita de até meio salário mínimo, inscritos no Cadúnico, o cadastro do governo para acesso em programas sociais. Para essas pessoas, também será possível pedir o financiamento de até 100% dos encargos educacionais.

Mas a partir desta edição também há cotas. A divisão de contratos deverá respeitar a proporção, registrada no estado de cada instituição de ensino, de pretos, pardos, indígenas e quilombolas, além de pessoas com deficiência. No processo seletivo, o candidato deverá selecionar até três opções de curso, indicando a ordem de preferência entre elas. O resultado será divulgado em 9 de setembro e a complementação da inscrição por parte dos pré-selecionados ocorrerá de 10 a 12 de setembro.

O financiamento de 100% das mensalidades foi retomado pelo governo Lula (PT) em fevereiro deste ano, como uma tentativa de turbinar o Fies. O programa vem sendo enxugado ao menos desde 2015, no governo Dilma Rousseff (PT), após descontrole de gastos com o programa. No ano passado, primeiro ano do governo Lula, o número de financiamentos foi menor do que no fim da gestão Jair Bolsonaro (PL).

Depois da etapa de inscrições, o MEC poderá fazer novas convocações por meio da lista de espera para preenchimento de vagas que eventualmente não tenham sido ocupadas. Essa chamada está prevista para ocorrer entre 16 de setembro e 29 de outubro.

Na página do Fies, a complementação da inscrição dos pré-selecionados em lista de espera deve ser feita em até três dias úteis após a convocação. A apresentação de informações ou documentos falsos implicará na reprovação do candidato no processo seletivo do Fies.

Bahia Notícias

Eleições 2024 congresso reduz cota de recursos para candidatos negros no Brasil

O Congresso promulga nesta quinta-feita (22) a nova proposta de emenda à Constituição (PEC) que, dentre elas, reduz os recursos destinados para impulsionar as candidaturas de pessoas negras no Brasil.

O que diz a PEC da Anistia
De acordo com o Congresso Nacional, a proposta zera as multas dos partidos que descumpriram os repasses mínimos paras as candidaturas de pessoas negras. Além disso, a PEC isenta outras irregularidades das siglas. A proposta reduz de 50% para 30% os recursos eleitorais destinados para partidos com intuito de incentivar a candidatura de pessoas negras.

Na última eleição, por exemplo, em 2022 (50,27%) e este ano (52,73%) os candidatos foram maioria em candidatura nas eleições.

JC Online