Medalhista olímpico morre após sofrer acidente doméstico aos 57 anos

O medalhista de bronze na esgrima por equipes nas Olimpíadas de Sydney em 2000, Carlos Alberto Pedroso, faleceu na última quarta-feira, 25, aos 57 anos, em Cienfuegos, Cuba, após sofrer graves queimaduras em um acidente doméstico.

A informação foi confirmada pelo Instituto Nacional de Esporte, Educação Física e Recreação (INDER) de Cuba, que lamentou profundamente a perda do esportista que marcou a história olímpica do país.

Segundo o INDER, o acidente causou danos irreparáveis ao medalhista. A imprensa local repercutiu rapidamente o ocorrido. “É uma perda incalculável para o esporte cubano e para todos que admiravam sua trajetória,” destacou uma publicação oficial.

Carlos Pedroso fez história no esporte por sua atuação nos Jogos Olímpicos de Sydney, onde conquistou a medalha de bronze ao lado dos colegas de equipe Nelson Loyola e Iván Trebejo. A conquista foi histórica para Cuba, marcando um dos momentos mais memoráveis da esgrima cubana.

A equipe cubana chegou às semifinais após superar adversários de peso, mas acabou sendo derrotada pela França, que avançou à final. O bronze veio em uma emocionante disputa contra a Coreia do Sul, consolidando o lugar de Carlos Pedroso no pódio olímpico e no coração dos fãs do esporte. “Foi uma batalha de determinação e coragem,” comentou um analista esportivo à época.

A Tarde

Brasil inicia Jogos Paralímpicos em busca de campanha histórica

O Brasil inicia a disputa dos Jogos Paralímpicos de Paris (França) com a meta de realizar a campanha mais vitoriosa de sua história. Para isto, o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) enviou para a capital francesa a maior delegação brasileira da história da competição: o total de 280 atletas, sendo 255 com deficiência, 19 atletas guia (18 para o atletismo e 1 para o triatlo), três calheiros da bocha, dois goleiros do futebol de cegos e um timoneiro do remo.

“Temos, no nosso plano estratégico, formulado em 2017, a meta de conquistar entre 70 e 90 medalhas e de ficar entre os oito primeiros. Mas a nossa real expectativa é de que o Brasil possa fazer em Paris a melhor campanha de todos os tempos”, declarou o presidente do CPB, Mizael Conrado, sobre a expectativa de campanha do Brasil nos Jogos de Paris, que serão realizados entre a esta quarta-feira (28) e o dia 8 de setembro.

O objetivo é ultrapassar as campanhas dos Jogos do Rio (2016) e de Tóquio (2020), nos quais, em cada, o Brasil conquistou o total de 72 medalhas. Porém, foi no Japão que o país estabeleceu o recorde de ouros, 22, superando a marca dos Jogos de Londres (2012), quando 21 brasileiros subiram ao lugar mais alto do pódio. Em 2016 foram conquistados 14 ouros.

E as possibilidades de cumprir uma campanha inesquecível na capital francesa serão inúmeras, pois o Brasil estará representado em 20 das 22 modalidades: atletismo, badminton, bocha, canoagem, ciclismo, esgrima em cadeira de rodas, futebol de cegos, goalball, hipismo, halterofilismo, judô, natação, remo, tênis em cadeira de rodas, taekwondo, tênis de mesa, tiro com arco, tiro esportivo, triatlo e vôlei sentado. Só não haverá brasileiros no basquete em cadeira de rodas e no rúgbi em cadeira de rodas.

Em busca da medalha 400
Na história dos Jogos Paralímpicos, que teve sua primeira edição em Roma (1960), o Brasil tem um total de 373 medalhas (109 ouros, 132 pratas e 132 bronzes). Assim, faltam 27 pódios para a conquista de número 400.

A Cerimônia de Abertura dos Jogos de Paris será realizada a partir das 15h (horário de Brasília) desta quarta. O evento será realizado de maneira inédita fora de um estádio, com o desfile dos atletas partindo da parte inferior da avenida Champs-Elysées se estendendo pelo coração da capital francesa até a icônica Place de la Concorde.

Agência Brasil

Lula recebe atletas olímpicos no Palácio do Planalto

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu na tarde desta segunda-feira, no Palácio do Planalto, um grupo de 35 atletas que disputaram as Olimpíadas de Paris-2024. Ao lado da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, Lula posou para fotos com os beneficiários do Bolsa Atleta, programa do governo federal.

Entre os atletas presentes, estavam os medalhistas Caio Bonfim, prata na marcha atlética; Beatriz Souza, ouro e bronze no Judô; Júlia Soares, bronze na ginástica por equipes; Edival Pontes, o Netinho, bronze no taekwondo; Augusto Akio, o Japinha, bronze no skate.

Pouco antes do início das Olimpíadas, Lula anunciou o reajuste de 10,86% no Bolsa Atleta. O benefício já existe há 20 anos e há 14 não recebe reajuste.

Os ministros Alexandre Padilha (Relações Institucionais), José Múcio (Defesa), André Fufuca (Esporte), Márcio Macêdo (Secretaria-Geral) e Anielle Franco (Igualdade Racial) também estavam na cerimônia.

Agência O Globo

Jogos Paralímpicos: Pernambuco tem os dois maiores medalhistas brasileiros de cada gênero

Pernambuco tem historicamente a tradição de buscar o protagonismo, seja na política, na cultura ou até mesmo nos esportes. Nas Paralímpiadas de Paris não será diferente, vem daqui do Estado os brasileiros com mais medalhas paralímpicas da delegação de 2024, Phelipe Rodrigues e Carol Santiago, ambos atletas da natação. Além dos nadadores, outros seis atletas também serão nossos representantes. Nonato, estrela do futebol de cegos; Moniza Lima, atleta do goalball; Andreza Vitória e Evani Calado; atletas da bocha; e Gabriel Mendes e Erik Lima, do remo.

Protagonistas 

Maior medalhista em Jogos Paralímpicos da atual delegação brasileira, Phelipe Rodrigues carrega em seu pescoço oito medalhas conquistadas em quatro edições diferentes. O nadador compete na classe s10, para pessoas com limitações físico-motoras. Aos 34 anos, o pernambucano disputou as paralimpíadas de Pequim 2008, Londres 2012, Rio 2016 e Tóquio 2021.

Para a edição na capital francesa, Phelipe talvez tenha a última oportunidade de buscar a única medalha que lhe falta, a de ouro paralímpica. Em resumo, são cinco de prata e três de bronze, conquistas que são motivo de orgulho para o atleta. “Ser o atleta do Brasil com mais medalhas nessa edição me faz acreditar que todo o esforço nos últimos anos valeram a pena e que olhando para trás e vendo a minha trajetória eu fico extremamente feliz de poder estar contribuindo com o nosso país da melhor forma”, contou o pernambucano para o Comitê Paralímpico do Brasil.

Um dos grandes destaques da Paralímpiada de Tóquio, Carol Santiago conquistou cinco medalhas ainda na sua primeira edição do evento. Para este ciclo, a pernambucana se preparou para nadar sete provas em Paris e contou com exclusividade para Folha de Pernambuco como se sente sendo uma das principais esperanças brasileiras de medalha.

“Quando tens excelentes resultados, você passa a ser visto por isso. Eu não sou mais a Carol que foi à Paralimpíadas, eu sou a Carol que foi e voltou com cinco medalhas. Agora as pessoas já esperam um resultado, não tem uma entrevista que não me perguntem sobre medalha de ouro”, começou.

“Isso foi uma coisa que eu consegui trabalhar muito bem na terapia, na minha preparação, que isso não fosse um estresse a mais. Na verdade, é uma responsabilidade, querendo ou não, tem os atletas mais novos que se espelham em você, tem todas as marcas que nos apoiam, as expectativas dos torcedores, mas eu vejo isso como um incentivo a ser melhor”, contou Carol.

Pertencimento 

Por onde ande no mundo, o pernambucano mostra orgulho de representar as cores da sua bandeira e afirmar que pertence a essa terra. Com os atletas paralímpicos não poderiam ser diferente. Carregando consigo muita sede de vitória, eles fazem questão de valorizar suas origens.

“Sempre fiz muita questão, desde o início, de não esquecer de onde eu vim. Hoje eu moro em São Paulo, mas não queria esquecer de forma alguma que vim de Recife, isso para mim é muito valioso”, declarou Carol Santiago.

Dono de três medalhas de ouro e um dos grandes destaques da Seleção Brasileira de futebol de cegos, Nonato é natural de Orocó, sertão pernambucano, e demonstra o orgulho de representar a amarelinha. “Eu me sinto muito honrado em fazer parte dessa Seleção tão vitoriosa. Acredito que foi um propósito de Deus eu sair de uma cidade pequena sem tantas oportunidades no esporte e poder fazer o que mais gosto, que é jogar futebol, servindo o meu país”, contou.

Mesmo não sendo nascidas em Pernambuco, mais duas atletas escolheram adotar nossa bandeira. Fernanda Yara e Samira Brito, ambas do atletismo, têm Petrolina como casa e foi na cidade que fica na margem do São Francisco, que descobriram o esporte.

Folha PE

Visibilidade e influência: atletas olímpicos celebram o pós-Olimpíada

Os Jogos Olímpicos de Paris acabaram há duas semanas e, para os atletas que se destacaram nas competições, é hora de desfrutar das medalhas ou dos resultados. A Beatriz Souza, que levou o ouro na categoria acima de 78 quilos do judô, diz que a vida mudou completamente. Não só pelo reconhecimento esportivo e pela promessa de novos patrocínios, mas pela fama e carinho que passou a receber nas redes sociais.

“Tá tudo uma loucura. Não consegui parar desde que eu competi na Olimpíada. Muito diferente esse novo mundo. Um dia eu acordei e estava com três milhões de seguidores. Eu até brinco que eu nem sei o que eu vou mostrar para a galera, porque eu não era muito ativa em redes sociais. Mas prometo trabalhar isso agora”, disse a Bia. ““Eu não tenho dimensão nenhuma ainda do que é ser campeã olímpica. É tudo muito novo. Incrível poder receber todo esse carinho”.

A judoca entende que com toda essa visibilidade, vem também uma responsabilidade coletiva com o futuro do esporte no país. “Foi um dia mágico o que ganhei a medalha. Vivi e continuo vivendo essa magia olímpica. E espero poder continuar sendo uma inspiração para todos. E que venham muitos judocas e atletas de outras modalidades. O Brasil é cheio de talentos e a gente tem que trabalhar ao máximo para essa criançada crescer e trazer muitas medalhas”.

Beatriz Souza e outros nove atletas participaram de um evento do Time Petrobras no Centro do Rio de Janeiro. A presidente da companhia, Magda Chambriard, disse que o incentivo aos atletas será renovado para o próximo ciclo, que se destina aos Jogos Olímpicos de Los Angeles 2028. O contrato de patrocínio deve ser assinado em breve.

Hugo Calderano não conseguiu trazer uma medalha em Paris no tênis de mesa, mas trouxe resultados expressivos e inéditos para o país. No individual, terminou na quarta colocação: foi a primeira vez que um mesatenista das Américas chegou em uma semifinal olímpica. Na disputa por equipes, ajudou o Brasil a igualar a melhor campanha, chegando às quartas de final.

“Tênis de mesa é dominado há muitos anos por chineses. Depois japoneses, coreanos e europeus. Seria muito difícil a gente pensar que poderia ter um brasileiro chegando tão longe. Mas isso é fruto de muito trabalho e anos de dedicação. Eu acreditei que seria possível chegar entre os melhores do mundo”, disse Calderano.

O atleta voltou a ocupar o terceiro lugar do ranking mundial depois de Paris. E comemora o fato de o desempenho estar inspirando outras pessoas a praticarem o esporte. “Muito legal ver o tênis de mesa ser mais conhecido no Brasil. Ouço muita gente falando que começou a jogar na mesa de casa, na mesa de jantar, que o filho vai começar a praticar. E esse sempre foi um dos meus grandes objetivos: tornar o esporte mais popular no Brasil”, disse Calderano.

Dono de cinco medalhas olímpicas, a última foi a prata conquistada em Paris na categoria C1 1.000m, Isaquias Queiroz também entende que a missão dele vai além dos resultados individuais. Ele quer usar toda a experiência acumulada até aqui para ajudar outros atletas brasileiros da modalidade.

“Conseguir me tornar um dos maiores atletas do Brasil, com cinco medalhas olímpicas, é um sonho que nem eu imaginaria alcançar na minha carreira. Eu fico feliz de poder continuar fazendo história, de ter trazido uma medalha e continuar ajudando a molecada a crescer ainda mais no cenário internacional”, disse Isaquias.

Agência Brasil

Deputada quer proibir participação de atletas trans em competições

A deputada federal Missionária Michele Collins (PP-PE) protocolou na segunda-feira (19/8) um Projeto de Lei que proíbe a participação de atletas transexuais em competições esportivas apoiadas pelo Poder Público.

De acordo com o texto da deputada, o pedido envolveria atletas “cujo gênero seja identificado em contrariedade ao sexo biológico de seu nascimento” e seria em competições com participação direta e indireta do Poder Público.

O PL 3218/2024 prevê ainda multa para organizadoras dos eventos que descumprirem a lei, entre R$ 10 mil e R$ 100 mil, a depender das circunstâncias da infração e das condições financeiras do infrator. Na justificativa do projeto, a deputada destacou que o objetivo é ” garantir às mulheres a possibilidade de competir em igualdade de condições com outras mulheres nas competições esportivas”.

“Recentemente temos visto as competições sendo realizadas com a participação de pessoas trans, a exemplo de homens que se sentem mulheres em equipes femininas, uma desvantagem quando consideramos o aspecto fisiológico”, argumentou a deputada.

Ao final do texto, Michele Collins salientou que o texto “não tem o objetivo de afrontar os movimentos LGBTI+” e que busca “resguardar as mulheres, visto que todas as atletas biologicamente do sexo feminino devem competir em status de igualdade”.

Diário de Pernambuco

Nadadora brasileira é expulsa da delegação em Paris após indisciplina

O Comitê Olímpico do Brasil (COB) decidiu desligar a nadadora Ana Carolina Vieira da delegação brasileira na Olimpíada de Paris após dois episódios de indisciplina comunicados pela comissão técnica da modalidade. Ela já retorna ao país neste domingo (28).

O chefe de equipe da natação, Gustavo Otsuka, relatou que, primeiramente, Ana Carolina Vieira e o namorado Gabriel Santos, que também é atleta da natação, saíram da Vila Olímpica sem autorização na sexta-feira (26). Os dois publicaram fotos nas redes sociais na capital francesa fora da vila. Segundo Otsuka, toda saída da vila dos atletas deve ser previamente comunicada, por motivos de segurança.

No entanto, o que causou a exclusão de Ana Vieira da delegação não foi este episódio. No sábado (27), a atleta fez parte do revezamento 4x100m livre feminino, que acabou eliminado antes da final. Vieira teria contestado de forma veemente a mudança na escalação do revezamento, que nadou sem Mafê Costa, poupada. O comunicado da CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos) diz que a decisão técnica foi contestada “de forma desrespeitosa e agressiva”.

Ainda segundo o comunicado publicado em conjunto por COB e CBDA, a definição pela exclusão de Ana Vieira foi em comum acordo entre membros da comissão técnica, o chefe Otsuka e a direção da confederação da modalidade. Ana Vieira ainda poderia atuar no revezamento 4×100 medley misto.

Gabriel Santos, que participou do revezamento 4×100 livre masculino e não tinha mais provas a nadar, foi punido apenas com uma advertência. O clube Pinheiros, onde ambos os atletas atuam, publicou nota oficial sobre o caso.

“O Esporte Clube Pinheiros tomou conhecimento da punição aos atletas Ana Carolina Vieira e Gabriel Santos, da Natação, e do desligamento da atleta da delegação brasileira nos Jogos Olímpicos de Paris. O Clube vai aguardar o retorno de Ana ao Brasil para conversar com ela e apurar os fatos com os envolvidos. O Pinheiros segue confiante na participação de seus atletas nos Jogos Olímpicos e em sua contribuição para o esporte  brasileiro.”.
Até o momento, nenhum dos dois nadadores se manifestou sobre as punições.

Agência Brasil