Brasil se posiciona e condena ataque dos EUA ao Irã

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), se posicionou e condenou, neste domingo, 6, o ataque dos Estados Unidos e Israel a instalações nucleares do Irã. Em nota divulgada pelo Itamaraty, a gestão Lula afirmou que ataques a centros de desenvolvimento nuclear são uma transgressão às normas das Nações Unidas (ONU) e uma violação do direito internacional.

“Ações armadas contra instalações nucleares representam uma grave ameaça à vida e à saúde de populações civis”, disse a nota, afirmando que há risco de contaminação radioativa e a desastres ambientais de larga escala após os ataques. A diplomacia brasileira criticou ainda os ataques recíprocos contra áreas densamente povoadas, que têm provocado mortes e destruição de infraestrutura, como instalações hospitalares.

A nota, aponta a posição brasileira histórica em favor do uso da energia nuclear para fins pacíficos, pede contenção de todas as partes envolvidas no conflito. “Brasil ressalta a urgente necessidade de solução diplomática que interrompa esse ciclo de violência e abra uma oportunidade para negociações de paz.”, disse o governo brasileiro.

A Tarde

 

Otan condena ataques russos e reafirma compromisso de reforçar defesa da Ucrânia

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) reafirmou nesta quarta-feira (28) o seu compromisso em reforçar as capacidades de defesa da Ucrânia, após uma onda de bombardeios russos atingir infraestruturas energéticas ucranianas na segunda e terça-feira.

O Conselho Otan-Ucrânia se reuniu hoje para analisar a situação após o incidente afetar o fornecimento de eletricidade nas cidades ucranianas. Em comunicado, a aliança militar sinalizou que os integrantes do Conselho “condenaram veementemente os ataques indiscriminados da Rússia e reafirmaram seu compromisso de reforçar ainda mais as defesas da Ucrânia”.

Em nota, o secretário-geral da Otan, Jens Soltenberg, afirmou que Kiev segue interceptando mísseis diariamente, mas que manter esta capacidade “requer um fornecimento maior e mais apoio”. Por isso, declarou, “devemos continuar proporcionando à Ucrânia o equipamento e as munições necessárias para se defender da invasão russa. Isto é vital para que a Ucrânia possa se manter na luta”.

A Otan informou ainda que a reunião desta quarta-feira ocorreu a nível de embaixadores “e foi convocada a pedido da Ucrânia”. O ministro da Defesa ucraniano, Rustem Umerov, participou através de videoconferência e apresentou informações sobre a situação atual de segurança e as “necessidades prioritárias” em relação às capacidades.

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, pediu às forças aéreas europeias que ajudassem o seu país a adquirir a capacidade de interceptar drones e mísseis russos. “Em várias regiões da Ucrânia poderíamos fazer muito mais para proteger vidas se a aviação dos nossos vizinhos europeus trabalhasse em conjunto com os nossos [caças] F-16 e a nossa defesa aérea”, disse Zelensky.

Os ataques russos de segunda e terça-feira estiveram entre os mais importantes das últimas semanas: 15 regiões ucranianas foram atacadas por um total de 236 mísseis e drones, dos quais o governo ucraniano afirmou ter atingido 201. Os bombardeios causaram pelo menos quatro mortes e forçaram as autoridades ucranianas a impor cortes de energia emergenciais. Na terça, vários bairros da capital Kiev ficaram sem eletricidade.

AFP