Professores da UFPE iniciam greve da categoria nesta segunda-feira

Na manhã desta segunda-feira (22), professores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) deram início ao movimento grevista a partir das 7h, com café da manhã e panfletagem para os docentes, na entrada do Campus Recife, na Cidade Universitária.

A presidenta da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Pernambuco (Adufepe), professora Teresa Lopes, convidou os colegas a aderirem e fortalecerem o movimento. “Estamos convocando todos os professores a participarem da greve, é muito importante a participação de todos”, afirmou a professora.

Nesta manhã, seguindo a agenda de atividades de mobilização programadas para esta segunda-feira (22), os docentes levaram uma Carta Aberta para a Reitoria da UFPE – documento elaborado pelo Comando Local de Greve (CLG), que reafirma a pauta de reivindicações.

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Com remuneração de até R$ 6 mil, UFPE divulga edital de processo seletivo para professor substituto

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) divulgou nessa quinta-feira (8) o edital de processo seletivo para professor substituto. Ao todo, serão ofertadas 17 vagas distribuídas nos campi de Recife, Caruaru e Vitória de Santo Antão, além do Colégio de Aplicação (CAp).

As inscrições vão do dia 15 ao dia 25 deste mês e podem ser realizadas na aba “Concursos” do site do Sistema Integrado de Gestão de Recursos Humanos (SigRH).

As vagas estão distribuídas em 13 para ampla concorrência, três para pessoas pretas e pardas e uma para pessoa com deficiência (PCD). O regime de trabalho é de 20 ou 40 horas semanais e a remuneração varia de R$ 1.401,62 até R$ 6.356,02.

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UFPE investe em biofábrica de mosca que consome lixo e transforma em ração animal

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) está criando uma biofábrica para produzir um tipo de inseto que pode ajudar o meio ambiente consumindo lixo e produzindo insumos para rações animais. A unidade deve estar em funcionamento até o final do ano.

O inseto em questão é o hermetia ilucens, uma mosca de espécie diferente das que são encontradas em residências. Ela é popularmente conhecida como mosca soldado negra. Ao invés de transmitir doenças, a soldado negra é uma aliada no ciclo de sustentabilidade. Primeiro, ela combate o desperdício de alimentos, consumindo restos de comida que vão para o lixo. Depois, ela produz larvas nas quais os pesquisadores encontram uma proteína de alta qualidade para a produção de ração animal.

Das larvas, também pode ser extraído um óleo que atende à indústria farmacêutica. “Na natureza, essas larvas comem esses restos de comida, de resíduos sólidos, de frutas, agindo como descontaminantes ambientais”, explica o professor Simão Vasconcelos, do Departamento de Zoologia da UFPE.

Hoje, a universidade já possui uma colônia capaz de produzir um quilo de larvas por semana em laboratório. Depois que o espaço passar por uma reforma, deve chegar a produzir esse volume em um dia.

“Nessa primeira fase, vamos fazer um teste de aceitação. Para entender se os clientes estão satisfeitos com o produto, seja ele in natura ou processado”, explica Gabriela Steindorff, doutoranda em Biologia Animal da UFPE. Como a ração costuma ser vendida em pacotes pequenos, que têm entre 200 e 300 gramas, o volume será suficiente para fazer testes e entender se é viável produzir numa escala maior.

Numa etapa posterior, a fábrica poderá colocar quatro tipo de produtos no mercado:
1 – As larvas in natura, para serem consumidas por répteis ou aves;
2 – Uma farinha feita a partir da parte seca, que pode ser dada a outros tipos de animais;
3 – Óleo para uso industrial;
4 – Farinha para ser usada em produtos processados, como biscoitos para animais domésticos.

A ração feita a partir da soldado negra alimenta animais de corte, como os bois, como um insumo mais sustentável, já que os insetos consomem menos alimento e água do que a maioria das rações animais.

O biólogo Flávio Leal faz parte do grupo de ex-alunos que decidiram investir na produção industrial do inseto. A ideia, que surgiu na graduação, se tornou uma start up, modelo de empresa em fase inicial, e vai funcionar dentro da UFPE. Segundo Leal, o grupo já tem parcerias com fornecedores de restos de alimentos, que iriam virar lixo e serão insumo para a biofábrica.

Também já foram procurados por criadores que têm interesse em oferecer a farinha como ração para seus animais. “Já tem pessoas interessadas em comprar a nossa raçãozinha para o pet. Já já, se tudo der certo, vai estar nas prateleiras”, afirmou Leal.

G1 Pernambuco