Julgamento da prestação de contas de Lóssio referente a 2016 acontece nesta terça-feira na Câmara de Petrolina

Foto: Ascom CMP

As contas do ex-prefeito de Petrolina, Julio Lóssio estarão em destaque na Câmara de Vereadores de Petrolina na sessão desta terça-feira (18). Consta na pauta de amanhã a votação da prestação de contas do antigo gestor, referente ao ano de 2016.

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Conforme o projeto de decreto legislativo n° 034/2023, elaborado pela Comissão de Finanças e Orçamento da Casa, “fica mantido o Parecer Prévio do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco o qual concluiu pela aprovação com ressalvas”.

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Raquel Lyra fará giro pelo interior de Pernambuco na próxima semana

Raquel Lyra (PSDB) fará um giro pelo interior de Pernambuco na próxima semana. A informação é do Blog do Edmar Lyra. A governadora visitará Caruaru, seu reduto eleitoral, além de Arcoverde, Sertânia e Serra Talhada.

Na agenda estão a visita a obras da adutora do Agreste. Os compromissos na região foram programados para atender aliados da governadora, segundo o Blog. Não há informações sobre uma agenda no Sertão do São Francisco para os próximos dias.

Vereadores aprovam de reajuste salarial dos servidores municipais de Petrolina

Vereadores aprovaram projetos por unanimidade (Foto: Nilzete Brito/Ascom CMP)

A Câmara de Vereadores de Petrolina aprovou nesta terça-feira (11) o reajuste salarial dos servidores municipais. O projeto de lei n° 010/2023 foi encaminhado pelo Poder Executivo e debatido em duas votações durante amanhã, sendo aprovado por 19 votos a zero.

A matéria prevê reajuste da seguinte forma aos servidores públicos:

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Raquel destaca ações na habitação no balanço de 100 dias de governo

Governadora fez balanço dos primeiros 100 dias de governo

O governo de Raquel Lyra (PSDB) chegou aos seus 100 primeiros dias. E nesta segunda-feira (10), a governadora de Pernambuco fez um balanço das ações da sua equipe. Em coletiva de imprensa, Raquel lembrou dos recursos injetados e na entrega de títulos de propriedade.

Ao lado da vice-governadora, Priscila Krause (Cidadania), ela apresentou o Relatório de Diagnóstico da Situação do Governo de Pernambuco, elaborado pelo novo governo nesse primeiro trimestre de gestão. O documento conta com 820 páginas e será entregue aos presidentes do Ministério Público do Estado de Pernambuco (MPPE), do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE) e da Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco (Alepe) ainda nessa segunda-feira.

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Reajuste de servidores municipais será votado na Câmara de Vereadores de Petrolina amanhã

Foto: Ascom CMP

Após a pausa do feriado da Semana Santa, os vereadores de Petrolina terão uma terça-feira (11) de muito trabalho. Na pauta da sessão (confira aqui) constam vários projetos em votação, dois deles do Poder Executivo. O PL n° 010/2023 dispõe sobre o reajuste salarial dos servidores municiais.

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Cem dias de governo: Lula reúne ministros para marcar data e iniciar nova fase da gestão

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai realizar na manhã desta segunda-feira (10) uma reunião ministerial para marcar os primeiros cem dias de seu terceiro governo à frente do país. O petista quer que a data sirva como pontapé para uma nova fase da gestão com o anúncio de novos programas.

Até agora, a prioridade do governo foi o relançamento de programas antigos, implantados em gestões petistas anteriores, como o Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida e Mais Médicos, sem uma nova marca. Lula tem cobrado os ministérios por entregas e criatividade na apresentação de projetos.

De acordo um ministro ouvido pelo Globo, a reunião desta segunda-feira não terá um tom solene de celebração, mas de balanço do que foi feito até agora e os próximos passos da gestão.

Mas apesar de querer evitar dar grande destaque à data, Lula fez postagens nas redes sociais sobre o tema e publicou um artigo no jornal Correio Braziliense no qual tem batido na tecla de que a primeira etapa do seu mandato serviu como “reconstrução” do que havia sido destruído pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.

Aliados também têm destacado em postagens o discurso que Lula fará no início da reunião com os ministros, às 10h, que terá transmissão pelos canais oficiais. O encontro continuará depois a portas fechadas. Não estão previstas falas de todos ministros.

No artigo publicado ontem, Lula diz que 100 dias é um período curto se comparado comparado aos 1.460 dias de mandato que terá. “ Ainda assim, 100 dias foram suficientes para revertermos um cenário estarrecedor, identificado pelos quase mil especialistas dos nossos grupos de transição. Os problemas herdados eram tantos e em tantas frentes que o termo ‘reconstrução’ foi incorporado ao slogan do governo federal, precedido de outra palavra-chave: ‘união’”.

Como já havia feito no primeiro discurso após vencer a eleição do ano passado, Lula reafirmou que não existem “dois Brasis”, para enfatizar que não faz distinção entre os seus eleitores e os de Jair Bolsonaro (PL). “Nestes primeiros 100 dias, priorizamos o que era inadiável. Começando pelo necessário, para fazer o possível e alcançar sonhos que hoje podem parecer impossíveis”, afirma.

Os 100 primeiros dias do terceiro mandato de Lula também foram marcados pelas invasões das sedes dos três Poderes, no dia 8 de janeiro, por apoiadores de Bolsonaro.

Fonte – Folha PE

Governadora Raquel Lyra se reúne com secretários para apresentar balanço dos 100 dias de Governo

A governadora Raquel Lyra e sua vice, Priscila Krause, se reúnem nesta segunda (10), a partir das 9h, com todo o secretariado para apresentar um balanço dos 100 dias de Governo. No encontro a chefe do Executivo irá também apresentar um amplo relatório de diagnóstico da situação atual de Pernambuco.
 
A imprensa terá acesso ao início da reunião para realizar imagens.
 
Horário: 9h
Local: Palácio do Campo das Princesas – Praça da República, s/n, Santo Antônio, Recife/PE

Lula viaja à China, nesta terça (11), em busca de papel para o Brasil no processo de paz na Ucrânia

Depois de adiar a visita oficial à China devido a uma pneumonia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva viajará na terça-feira (11) a Pequim com o objetivo de retomar o protagonismo internacional do Brasil e discutir propostas de paz para a Ucrânia.

O presidente, de 77 anos, que a princípio deveria ter visitado a China de 25 a 31 de março, prometeu colocar novamente o Brasil na geopolítica mundial, após o isolacionismo de seu antecessor Jair Bolsonaro.

Lula se reunirá na sexta-feira, 14, em Pequim com o presidente chinês Xi Jinping, com quem abordará a questão da guerra na Ucrânia, antecipou o chanceler Mauro Vieira à AFP e outras agências internacionais de notícias.

O governante de esquerda se recusou a enviar munição para a Ucrânia em nome da paz e propõe a criação de um grupo de países mediadores. “Estou confiante que quando voltar da China e você me fizer essa pergunta (sobre a guerra), eu vou dizer que está criado o grupo que vai discutir a paz”, declarou em um encontro com jornalistas durante a semana.

O presidente russo Vladimir “Putin não pode ficar com o terreno da Ucrânia”, ao mesmo tempo que o presidente ucraniano Volodimir Zelensky “não pode querer tudo”, afirmou Lula na quinta-feira, ao sugerir que Kiev renuncie à península da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014.

O governo da Ucrânia descartou a ideia.

“Não há razão legal, política nem moral que justifique abandonar um só centímetro de território ucraniano”, afirmou o porta-voz da diplomacia ucraniana, Oleg Nikolenko, que acrescentou, no entanto, apreciar “os esforços do presidente brasileiro para encontrar uma maneira de deter a agressão russa”.

– Reunião em Moscou –

A China, maior parceiro comercial do Brasil, promove uma proposta de 12 pontos para uma resolução política, que pede o fim das hostilidades e diálogo.

“São condições básicas para a paz”, disse o ministro Vieira, que considerou “muita positiva” a abordagem de Pequim.

Xi Jinping se comprometeu na sexta-feira a “apoiar qualquer esforço a favor de um retorno à paz à Ucrânia”, em uma declaração conjunta com o presidente francês, Emmanuel Macron, que também visitou Pequim.

A Rússia, no entanto, descarta a possibilidade de mediação da China e rejeita no momento “uma perspectiva de solução política” para o conflito na Ucrânia.

Os esforços do Brasil para fazer parte de solução ao conflito também ficaram refletidos no encontro de 25 de março, na capital russa, entre Celso Amorim, ex-chanceler e principal conselheiro de Lula para assuntos internacionais, e Vladimir Putin.

“Dizer que as portas estão abertas (para a negociação de paz) seria exagero, mas dizer que estão totalmente fechadas também não é verdade”, declarou Amorim ao canal CNN Brasil.

Amorim, ministro das Relações Exteriores de Lula durante seus dois primeiros mandatos (2003-2010), também se reuniu com o chanceler russo, Sergei Lavrov, que visitará o Brasil no dia 17 de abril.

Lula também visitará Xangai na quinta-feira (13) para a cerimônia de posse da ex-presidente Dilma Rousseff (2011-2016) no comando do New Development Bank, o banco dos BRICS.

O Grupo, que o Brasil integra ao lado de Rússia, Índia, China e África do Sul, foi criado em 2006, durante o primeiro governo de Lula.

A viagem à China, no momento em que completa 100 dias de retorno ao poder, ressalta o interesse de Lula para recompor os laços diplomáticos com países estratégicos, depois de visitar outras capitas como Buenos Aires e Washington. Com uma comitiva que inclui deputados e senadores, a agenda do presidente será especialmente política, depois que o potencial econômico da relação com Pequim foi avaliado na semana passada.

Um fórum empresarial recebeu quase 500 empresários brasileiros – principalmente do agronegócio – e chineses. Mais de 20 acordos de cooperação foram assinados, incluindo um que permitirá transações comerciais em reais e yuans, sem a necessidade do dólar.

A China é a principal parceira comercial do Brasil: o comércio bilateral registrou o recorde 150,5 bilhões de dólares (760 bilhões de dólares) em 2022. O Brasil, maior economia regional, é o principal destino de investimentos chineses na América Latina (48%), com 70,3 bilhões de dólares (R$ 356 bilhões no câmbio atual) entre 2007 e 2020, de acordo com o Conselho Empresarial Brasil-China.

Antes de retornar ao Brasil, Lula fará uma escala nos Emirados Árabes Unidos em 15 de abril para uma visita de um dia.

Prioridade para Lula, combate à fome foi alvo de várias ações

Em seu discurso de posse no Congresso Nacional, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, destacou que o combate à fome seria uma das prioridades de seu governo. Segundo o presidente, as primeiras ações de seu governo visariam, entre outros objetivos, resgatar da fome 33 milhões de brasileiros.

E nesses poucos mais de três meses de gestão, o governo federal anunciou várias medidas cujo foco é atacar a insegurança alimentar da população brasileira. Uma das primeiras ações nesse sentido foi a recriação, em 28 de fevereiro, do Conselho Nacional de Segurança Alimentar (Consea), extinto em 2019.

Pesquisador da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Renato Maluf aprova as primeiras medidas de Lula e sua equipe. “O início do governo eu avalio como muito positivo, com várias iniciativas. Talvez a mais representativa seja a recriação do Consea. O Conselho já está em pleno funcionamento. Ontem e hoje [dias 5 e 6 de abril], já realizou sua segunda plenária. E já na linha de estabelecer eixos prioritários e começar a desenhar a 6ª Conferência Nacional que, a princípio, está convocada para a primeira semana de dezembro”.

O Consea tem a função de assessorar a Presidência da República em assuntos ligados à insegurança alimentar. A pesquisadora Juliana Lignani, do Instituto de Nutrição da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), é outra a aprovar a volta do conselho.

“A retomada do Consea é um ato importantíssimo porque ele é uma arena de debate, é onde a sociedade civil consegue propor diversas ações e onde a gente tem um assessoramento direto da Presidência da República, para que a gente consiga desenvolver efetivamente a política de segurança alimentar e nutricional. A gente ter esse espaço de diálogo e debate é essencial para que o combate à fome aconteça”.

Bolsa Família

Dois dias depois, o governo editou a Medida Provisória 1.164, que reformula o programa Bolsa Família, de transferência de renda para famílias mais pobres.

Na nova versão do programa, além dos R$ 600 por família que tenha renda per capita mensal de até R$ 218, serão garantidos R$ 150 adicionais para cada criança com até seis anos e R$ 50 adicionais para dependentes com sete a 17 anos e para gestantes.

“A reconfiguração do Bolsa Família e sua implementação foi até que rápida, o que é uma excelente notícia, já que isso tem um impacto imediato no enorme contingente de pessoas que convivem com a fome no Brasil”, afirma Maluf, que também é ex-coordenador da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Penssan).

Em 10 de março, foi a vez de anunciar o reajuste repassado a estados e municípios para a compra de merenda nas escolas. Em média, os valores do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) foram aumentados em 39%, depois de seis anos sem reajustes.

“O reajuste do PNAE possibilita que as crianças, adolescentes e adultos que estão frequentando a escola consigam ter minimamente acesso a duas, três refeições diárias”, explica Juliana.

Segundo Maluf, o reajuste dos valores corrigiu a grande defasagem provocada pela inflação dos alimentos. “Com os valores congelados e os preços dos alimentos se elevando, a reação dos gestores era obviamente comprar o que fosse possível”, afirmou.

Outra política no campo da segurança alimentar é o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), relançado em 22 de março. Ele havia sido criado originalmente em 2003 e substituído, em 2021, pelo programa Alimenta Brasil. O PAA consiste em compras governamentais de alimentos de agricultores familiares e pequenos produtores para seus projetos de alimentação.

“Com a retomada do PAA, a gente consegue tanto reduzir a fome tanto de quem vai receber esses alimentos, quanto melhorar a condição do próprio produtor do alimento, que sabe que vai ter um destino final para sua safra”, explica Juliana.

Segundo o presidente do Conselho da organização não governamental Ação da Cidadania, Daniel Souza, percebe-se pela primeira vez desde 2017 uma vontade política de combater a fome. “A gente viveu um desmonte nas políticas públicas desde 2017, que se agravou no último governo e piorou com a pandemia. Agora a gente entende que é prioridade do governo Lula o combate à fome. A gente entende que tem muita coisa a ser feita ainda, mas que a gente está no caminho certo”, disse Souza.

Qualidade dos Alimentos

Juliana Lignani considera que os 100 primeiros dias foram de “muitas conquistas”, mas diz que é preciso também se preocupar com a qualidade da produção da comida que é oferecida aos brasileiros.

“O que a gente precisa ver ainda, e não sei se em tão pouco tempo isso seria possível, são as questões da própria produção de alimentos, ou seja, o uso de agrotóxicos, a liberação de transgênicos, o papel da indústria dentro das ações. Essas são coisas que a gente precisa ainda ver como vai ficar daqui para a frente”.

O Ministério do Desenvolvimento Agrário já anunciou que deve lançar em maio um programa para estimular a produção de alimentos saudáveis no país.

Para Renato Maluf, é preciso fortalecer a agricultura de base familiar e agroecológica para garantir o fornecimento desses alimentos saudáveis. Mas, além isso, ele avalia ser importante planejar uma política nacional de abastecimento, para que esses produtos também cheguem a moradores de áreas mais periféricas.

“Não é a visão convencional de abastecimento que defende o agronegócio, das milhões de toneladas. É uma visão de abastecimento que faça a mediação entre a produção de alimentos saudáveis com o acesso a esses alimentos, em particular por parte das populações de menor renda ou que moram em periferias que são pouco servidas por equipamentos que comercializam comida de verdade. Essas feiras que a gente tem pelo país de agricultura familiar, agroecológica e orgânica são majoritariamente frequentadas por uma população de melhor renda”.

Agência Brasil

Movimentos sociais ganham assento em comitê voltado à população de rua

Os movimentos em prol da população em situação de rua terão representatividade no Comitê Intersetorial de Acompanhamento e Monitoramento da Política Nacional para a População em Situação de Rua (CIAMP-Rua). O comitê, instalado em 2009, é coordenado pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC). A ampliação da participação da sociedade civil, agora, com 11 membros, foi autorizada pelo Decreto nº 11.472, publicado no Diário Oficial da União (DOU) de quinta-feira (6).

A partir do decreto, a composição do comitê também deve observar a paridade de gênero e étnico-racial. Por isso, é obrigatória a indicação de, no mínimo, uma mulher e uma pessoa autodeclarada preta, parda ou indígena, entre titular e suplente. A nova regra vale para todos os órgãos, entidades e movimento social participantes do CIAMP-Rua.

A atual legislação revoga o Decreto nº 9.894/2019, que, na época, reduziu o número de representantes da sociedade civil no comitê. A secretária Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos do MDHC, Isadora Brandão, comemora o fortalecimento da política. “Essas mudanças são um importante avanço na garantia da participação e controle social no acompanhamento das políticas públicas para a população em situação de rua e garantem o necessário protagonismo desse grupo nesse processo”.

A fundadora e diretora executiva da Associação BSB Invisível, Marie Baqui, considera a mudança de representação um avanço. “São essas pessoas, responsáveis por organizações que lidam pessoalmente com a população em situação de vulnerabilidade social, que entendem quais são as principais queixas, as principais faltas. Devido à discriminação e pelo próprio preconceito com a população de rua, somos nós – organizações da sociedade civil – que, muitas vezes, somos ouvidos. Porque se essas pessoas sozinhas fossem lutar e suplicar por voz, elas não teriam”.

Fonte – Agência Brasil –

A análise dos cientistas políticos dos primeiros 100 dias do Governo Lula

Antes mesmo de assumir o cargo, o presidente Lula buscou se mobilizar para, entre outras coisas, aprovar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que o ajudasse a cumprir algumas promessas de campanha dele e do antecessor,Jair Bolsonaro (PL). Foi o primeiro teste do Executivo com o Legislativo. De janeiro para cá, houve algumas turbulências somadas à pressa em reestruturar e relançar programas que marcaram as outras duas gestões petistas. O cientista político Sérgio Ferraz avalia que o contexto do País que Lula pegou ao suceder o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em 2003, é totalmente diferente do Governo Bolsonaro, em 2023. Para ele, o petista conseguiu realizações positivas como a “reconstrução do estado” e reestabelecimento do diálogo e pontes com outros países. As críticas de Ferraz são reservadas às desavenças de setores do PT com o ministro da Fazenda,Fernando Haddad.

“Haddad tem um plano, uma sequência de medidas, mas não vê solidariedade do partido. Se o PT, principal partido da coalização, não apoia, como a gente pode esperar que o resto da base se alie às propostas do Haddad no campo da economia?”, indagou. relação com o Congresso Outro problema listado por ele é a relação com o Congresso a partir de nomeações aos ministérios. Segundo ele, há partidos que “não estão conseguindo mobilizar bancadas do partido para apoiar o governo”.

“Na montagem de ministérios, há ajustes importantes a serem feitos”, disse. Ricci lista pelo menos três questões que impedem o atual governo avançar. A primeira é a heterogeneidade extrema ocasionada pela coalização, que desagua nos ministérios. Para ele, cada pauta mais complexa que atinge uma gama de interesses difusos gera um mal estar e negociações intermináveis. O segundo entrave é a figura do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), que, para ele, tem um poder que nos dois governos Lula anteriores o presidente da Câmara não possuía. “O que Arthur Lira trouxe foi um desconfiguração da política e das orientações do orçamento público, principalmente com o orçamento secreto”, explicou.

A terceira questão é a mobilização dos bolsonaristas. No dia 8 de janeiro deste ano, manifestantes invadiram a Praça dos Três Poderes e depredaram equipamentos públicos. Para o especialista, uma nova mobilização  pode levar a forças não alinhadas com a gestão a vislumbrar novos acordos com o governo. “Essa possibilidade de uma nova tentativa de mobilização popular pela extrema direita leva tanto as forças não alinhadas ao PT que estão no governo como o Arthur Lira a perceber oportunidade de renegociação de acordos com o governo”, acrescentou.

Busca por uma marca Para o cientista político Rudá Ricci, Lula ainda não conseguiu encaixar uma marca, como nas duas primeiras gestões, quando superou a imagem de um sindicalista que apostava no confronto para um gestor com grande preocupação social com a superação das mazelas. “Ele ainda não conseguiu encaixar uma marca, como nas suas primeiras gestões, quando conseguiu reduzir o número de brasileiros que passavam fome e superou a imagem de sindicalista que apostava no confronto para um gestor com grande preocupação social”, avaliou.

Fonte – Folha PE

Ministro do Trabalho participará de reunião com deputados na próxima semana

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, participará de uma audiência pública na Câmara dos Deputados na próxima semana. O encontro está marcado para a quarta-feira (10), para um debate com os integrantes da Comissão de Trabalho da Casa.

O encontro serve para apresentação do plano de trabalho da pasta para este ano. A audiência foi solicitada pelo próprio ministro.

À PF, Bolsonaro diz que mobilização para resgatar joias visava evitar crise diplomática

O ex-presidente Jair Bolsonaro prestou depoimento à Polícia Federal ontem, durante três horas, sobre o caso das joias sauditas que entraram ilegalmente no Brasil. O ex-chefe do Executivo sustentou, na oitiva, que soube apenas no ano passado sobre a apreensão do conjunto em diamantes, destinado à então primeira-dama Michelle Bolsonaro e avaliado em R$ 16,5 milhões.
Conforme fontes na PF, ouvidas pelo Correio, o ex-presidente também negou a intenção de ficar com as peças para aumentar o patrimônio pessoal. Disse, ainda, que a mobilização para resgatar o conjunto teve a intenção de evitar problemas diplomáticos com o governo da Arábia Saudita.
Na versão de Bolsonaro, caso chegasse ao país asiático a informação de que os presentes não chegaram às mãos de quem deveria recebê-los, a imagem do Brasil seria prejudicada no exterior. Ficaria a impressão de que o governo brasileiro não tem autoridade.
As investigações apontam que as tentativas de reaver as joias começaram ainda no dia da apreensão, em 26 de outubro de 2021, no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. As peças estavam na mochila de Marcos André Soeiro, assessor do então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.
Após ter os itens barrados na alfândega, Albuquerque teria voltado e tentado liberar o colar e os brincos cravejados de diamantes. Ele chegou a dizer que eram presente do governo saudita para Michelle Bolsonaro.
Também conforme as apurações, as tentativas de retomar o conjunto de joias se intensificaram no fim do ano passado, quando a gestão de Bolsonaro estava prestes a acabar. Foram acionados militares das Forças Armadas e a cúpula da Receita Federal. Nesse período, foi constatado o envolvimento pessoal do ex-presidente.
Um dos enviados para recuperar o kit, o então ajudante de ordens da Presidência, Mauro Cid, também prestou depoimento, ao mesmo tempo em que o ex-presidente. A oitiva dele, porém, ocorreu em São Paulo.
Mauro Cid confirmou que recebeu de Bolsonaro uma ordem para que fosse à alfândega verificar a situação das joias. No entanto, alegou que não ouviu determinação direta para que tentasse destravar a liberação do material.
Ele destacou que por ser ajudante de ordens tinha como atribuição resolver assuntos para Bolsonaro. Assim, não achou anormal a solicitação para que tratasse do assunto. Declarou, ainda, que não considera ter agido ilegalmente, apenas cumprido as funções que lhe cabiam.
O inquérito apura se Bolsonaro cometeu crime de peculato. Caso seja considerado culpado, pode receber sentença de dois a 12 anos de prisão.
Fonte/Diário de Pernambuco

Após ataque a creche, governo federal vai criar grupo de trabalho para discutir combate à violência

Quatro crianças, entre 4 e 7 anos morreram no ataque

O governo federal criará um grupo de trabalho entre os ministérios, para discutir ações de promoção à cultura de paz e de combate à violência na cidade. O anúncio foi feito pelo secretário de Comunicação Social da Presidência (Secom) nesta quarta-feira (5), após o ataque a uma creche em Blumenau (SC).

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Prefeitura de Juazeiro encaminha PL para criação de Carteira de Identificação da Pessoa com Autismo

A Prefeitura de Juazeiro encaminhou um projeto de lei à Câmara de Vereadores, sobre a criação da Carceira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (CIPTEA). A matéria foi enviada na semana em que se celebra o Dia Mundial do Autismo.

O objetivo do PL é “garantir atenção integral, pronto atendimento e prioridade no acesso aos serviços públicos e privados, especialmente nas áreas de saúde, educação e assistência social”.

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