Vereadores aliados em Petrolina direcionam críticas ao governador Paulo Câmara

CAMARA DE VEREADORES DE PETROLINA

Na última sessão de 2015 da Câmara Municipal de Petrolina (PE), realizada nesta terça-feira, 29, dois vereadores aliados do governador Paulo Câmara, PSB, não pouparam nenhum pouco o chefe do poder executivo estadual. As mudanças no programa de abastecimento de água através de carros pipa continuam rendendo e a responsável pelos lamentos foi a vereadora do PSB, Maria Elena Alencar. O fogo amigo continuou e quem destinou toda a indignação com o governador foi o vereador Adalberto Bruno Filho Betão, PSL.

Betão lamentou a publicação do decreto de Paulo Câmara isentando de imposto do combustível os veículos que fazem o transporte público na Região Metropolitana do Recife. O parlamentar exigiu o mesmo tratamento para Petrolina. “Ele não governa para o sertão, comando o estado de costas para Petrolina. Desfaz de nossa cidade. Peço essa isenção na alíquota do combustível também para a nossa cidade”, enfatizou Betão.

A situação é de calamidade pública, disse Maria Elena, sobre a falta de água em comunidades da zona rural de Petrolina e o motivo ela colocou a nova forma de abastecimento feito pelo governado estadual através do carro pipa. Aliada de Paulo Câmara, a vereadora não se fez de rogada em tecer severas críticas ao governador no tocante a esse novo modelo que ela frisou, tem deixado o povo com sede na zonar rural de Petrolina. A redução significativa no número de veículos, de pouco mais de 70 para apenas 17 carros pipa, deixou o povo do interior de Petrolina passando sede.

“A muito grave. Está faltando água para o básico. Essa política de 17 carros pipa é errada. Antes era mais caminhões, com a administração do IPA e funcionava. Hoje não tem água, as pessoas têm que comprar água. Quem cria tem sofrido com essa política. Vamos exigir e continuar cobrando mudança nesse novo formato do programa de carros pipa do estado”, concluiu Maria Elena.

Forte discussão marca encerramento dos trabalhos na Casa Plínio Amorim

Tinha tudo para ser mais uma sessão tranquila, mas ao discutirem alguns projetos que estavam em pauta para votação na plenária desta terça-feira (29) os vereadores Ronaldo Cancão e Zé Batista revidaram a insinuações proferidas pelo colega de bancada Pérsio Antunes. A discussão foi forte e a turma de deixa pra lá teve que agir para evitar um atrito ainda maior entre os parlamentares. Confira vídeo.

Educação da Primeira Infância e obrigatoriedade de plantação de árvores por empresas de veículos, na pauta desta terça na Câmara

CAMARA DE VEREADORES DE PETROLINA

Na sessão da Câmara de Vereadores de Petrolina, desta terça-feira, 29, às 18h, dois projetos serão discutidos, analisados e votados pelos edis, o primeiro Projeto de Lei (PL) versa sobre a política da Educação da Primeira Infância de autoria do poder executivo, com pareceres favoráveis das comissões competentes.

O segundo projeto de autoria do vereador Paraíba (PMDB), diz respeito a preservação do meio ambiente e obriga as concessionárias de automóveis ou motocicletas a plantarem árvores para redução do efeito estufa por uma Petrolina mais verde.

“Não vejo dificuldade de construir um entendimento com aquele que estiver disposto a se unir conosco”, diz Odacy Amorim

Odacy Amorim coletiva a imprensa foto - Jean Brito

Durante encontro com a imprensa em um momento de confraternização no Bodódromo em Petrolina (PE) nesta segunda, 28, o deputado estadual Odacy Amorim (PT) evitou avaliar diretamente a atual gestão municipal, mas deixou claro que quando esteve administrando o município a receita do Palácio Guararapes era inferior ao montante recebido pela gestão do prefeito Julio Lossio (PMDB) e que dá para fazer mais pela cidade, basta querer.

O parlamentar avaliou o ano de 2015 como positivo no que tange algumas questões pontuais de seu mandato na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), porém ele lembrou que, “ tivemos um resultado especial na eleição do ano passado e agora a gente vai construindo, desprendido sem vaidade, mas com vontade de ter novamente o mandato de prefeito”.

Questionado sobre a mudança de legenda para PDT, PTB ou PSB, ventilado nos bastidores políticos petrolinense para disputar a Prefeitura de Petrolina, Amorim saiu pela tangente e destacou que “não tem nenhuma indicação de Fernando Bezerra numa mudança de partido o que já houve foi algumas conversas na possibilidade de entendimentos políticos para 2016. Não vejo nenhuma dificuldade de construir um entendimento com aquele que estiver disposto a se unir conosco na condição de um projeto político pensando no futuro de Petrolina”, afirmou o deputado.

Para Odacy Amorim, caso concretize seu sonho como candidato cabeça de chapa e vença a disputa, ele pretende, “buscar a saúde básica de Petrolina, acompanhar de perto o cotidiano do Hospital Universitário que tem vivido um grande drama, de garantir a maternidade infantil municipal. Então, tem muita coisa para fazer e aí é importante as conjunturas e alianças políticas para poder pensar em um mandato em 2017”.

Deputado Federal Adalberto Cavalcanti prestigia São Gonçalo no Sítio Favela

Deputado Adalberto 1

No domingo, 28, o deputado federal Adalberto Cavalcanti esteve presente na tradicional festa de São Gonçalo realizada no Sítio Favela, zona rural de Petrolina (PE). A festa que reúne às famílias acontece há 4 anos na comunidade, organizada pelo empresário José Alcione e sua esposa Luzinete.

Antes das rodas com violeiros e muita gente dançando, o padre e reitor interino do Curso de Teologia de Petrolina no Recife, Erivan Nuto, celebrou uma missa de ação de graças em homenagem ao santo católico.

O idealizador da festa de São Gonçalo no Sítio Favela, José Alcione, destaca a importância do evento que reúne pessoas do interior e cidade, “faço essa homenagem ao santo para reunir a família os amigos e também para agradecer a São Gonçalo pelas graças alcançadas em minha vida”, disse.

Paulo Câmara diz que impeachment não tem legitimidade

PAULO CÂMARA

Governador Paulo Câmara diz que impeachment não tem legitimidade já que a forma como está sendo conduzido pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, se iniciou na base da chantagem e assim não tem legitimidade para conduzir o impeachment. O partido (PSB) não deu não deu uma opinião formal, mas nosso entendimento é que o pedido é constitucional. Impeachment não é golpe.

A comissão especial do impeachment do PSB é formada inclusive por dois pernambucanos: o deputado petrolinense Fernando Filho e Tadeu Alencar. O governador afirma se tratar de um processo político e depois de uma reunião com a executiva nacional e membros da comissão seguirá o que os deputados orientarem. Da maneira como o processo está sendo levado pelo Eduardo Cunha ele está fadado a não ter legitimidade, enfatizou.

Em cima da notícia, a coluna mais esperada da semana

Réveillon à moda da casa

20111229084716A prefeitura de Petrolina ainda não entendeu a importância de uma festa de réveillon à altura de nossa cidade e insiste em não colocar na programação oficial atrações de peso, sem desmerecer, é claro, a  prata da casa. O momento seria propício para contratação de grandes nomes sem gastar milhões de reais como acontece nas festas de São João. A iniciativa poderia atrair um números maior de pessoas de outros municípios e movimentar ainda mais nossa economia. Tem muita gente da região que se desloca para outras cidades justamente por falta de opção, por não ter aqui uma festa mais atrativa. Seria então, uma cartada certeira se não predominasse apenas o pensamento eleitoreiro em detrimento de uma política séria de lazer na terra dos impossíveis.

2016 está chegando

E vem carregado de boas intenções, principalmente entre os jovens deputados Miguel Coelho e Lucas Ramos, ambos do PSB. Boas intenções quando se trata de puxar a sardinha para o seu lado.  Cada um joga com a elegância de grandes profissionais, trocando figurinhas e sempre que necessário, alfinetando com palavras sutis, mas com endereço certo, o que realmente querem para o ano novo. Orientados por mestres da política, os dois pessebistas trocam farpas sem perder a postura, ocupando cada vez mais espaço na corrida pela sucessão municipal.  Uma coisa já é praticamente certa, dificilmente os dois remarão no mesmo barco ano que vem.

2015 está partindo

OSVALDO COELHO E WALDINEY PASSOSE levando uma parte da história de Petrolina. Este ano perdemos um dos nossos maiores políticos o eterno deputado Osvaldo Coelho. Homem de pensamento futurista, visionário que contribuiu para a transformação dessa região. Sempre pensativo, olhando para frente, bem à nossa frente. Queria sempre mais, poderia ter sido o político que ajudou a trazer a irrigação, mola mestra de nossa economia e se contentar com isso, mas não, lutou e conseguiu trazer a tão sonhada universidade federal para o Sertão do São Francisco e morreu sem ver o sonho do canal do sertão concretizado, mas também envidou esforços neste sentido. Fica o legado e o exemplo de vida a ser seguido daqui por diante.

Renovação que assombra

A esperança é a última que morre. Enquanto houver vida há esperança. São adágios que servem para traduzir o sentimento que permeia os bastidores da política quando se trata de renovação de mandato de vereador na eleição de 2016. Há quem acredite em um percentual altíssimo como ocorreu nos dois último pleitos, uns apostam em mais em 90% de renovação, outros entre 70% e 80%. Pode ser que sim e pode ser que não, este percentual deverá cair e muito levando-se em consideração o aumento do número de cadeiras na Casa passando de 19 para 23, é um fator que ser avaliado, pois deverá beneficiar quem já tem mandato.

De galho em galho

Como ficaria a situação de muitos puladores de galho se o grupo e Fernando Bezerra ganhar as eleições de 2016?

Tem tanta gente hoje imprensada no grupo de Júlio Lossio e que se beneficiou de gestões passadas, inclusive participando diretamente de campanhas contrárias a gestão que aí está, mas que não tiveram forças para ficar fora do poder e correram para os braços do rei sem olhar para trás. Como ficaria então essa gente em caso de derrota do atual prefeito?

Agora vai

A pisadinha é esta, agora a coisa vai, arrumamos a casa agora o trabalho vem. 2016 para muitos gestores da região é o ano do trabalho, sem conseguir satisfazer aos anseios da sociedade, com baixa popularidade, os prefeitos aproveitam o ano eleitoral para despertar na população o sentimento de dever cumprido, muitos prestam contas de que não foi feito e tome-lhe promessa para justificar tamanha incompetência. resta ao eleitor abrir o olho porque ano que vem obra iniciada é o que não faltar na região. Passada a eleição máquinas são retiradas, obras paralisadas e  povo outra vez fica a ver navios.

Waldiney Passos, radialista e blogueiro

PSB e a dúvida cruel: apoiar ou não o impeachment de Dilma

Partido rompeu com Dilma e o PT em 2013 para lançar Eduardo Campos, candidato a presidente

Único grande partido de oposição à presidente Dilma Rousseff que ainda não se definiu em relação ao impeachment, o PSB, que conta com uma bancada de 36 deputados federais, viu sua divisão interna se agravar com o início do acolhimento do processo de afastamento da petista no Congresso. Enquanto a bancada na Câmara apoia majoritariamente a petição de impedimento assinada pelos juristas Miguel Reale Jr. e Hélio Bicudo, a maioria dos governadores, senadores e dirigentes da legenda que atuam em movimentos sociais se posiciona contra a medida.

O PSB esteve na área de influência do PT até 2013, quando rompeu com a presidente Dilma Rousseff e lançou o então governador de Pernambuco, Eduardo Campos, como candidato à Presidência. Após a morte dele no ano passado em um acidente aéreo durante a campanha presidencial e, na sequência, a derrota da ex-ministra Marina Silva, sua sucessora, no 1.º turno da disputa, a legenda deu apoio ao senador tucano Aécio Neves (MG) no 2.º turno.

Mesmo sem uma liderança nacional, líderes do PSB afirmam que a legenda não quer mais ser linha auxiliar porque hoje o partido busca protagonismo como terceira via à polarização entre PT e PSDB. Por isso, a legenda resiste em embarcar no discurso pró-impeachment capitaneado pelo PSDB de Aécio. A mesma razão faz com que parte do partido se negue também a apoiar o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), em seu projeto presidencial.

O tucano paulista recebeu a sinalização de que poderia contar com a sigla caso não consiga se lançar candidato ao Palácio do Planalto pelo PSDB. Diante do impasse sobre o afastamento de Dilma, o presidente do PSB, Carlos Siqueira, costurou um acordo pelo qual a palavra final sobre o impeachment será da direção nacional executiva do partido, que está dividida ao meio.

“O debate está em suspenso. Fechamos o ano sem uma definição clara. Há uma certa simpatia na Câmara, mas no Senado (o impeachment) encontra resistência”, avaliou Siqueira. Os quatro deputados indicados pelo PSB para a Comissão Especial que avaliará o impedimento após o recesso parlamentar, em fevereiro, se comprometeram a acatar a decisão do comando partidário. São eles Fernando Bezerra Filho (PE), Tadeu Alencar (PE), Danilo Fortes (CE) e Bebeto (BA).

Segundo cálculo da cúpula socialista, 28 dos 36 deputados apoiam o pedido de afastamento da presidente que tramita na Câmara. Os que se posicionam contra – caso da deputada Luiza Erundina, por exemplo – integram a ala mais “à esquerda” do PSB. Em caráter reservado, parlamentares pró-impeachment alegam que estão sendo pressionados por suas bases e temem não eleger seus aliados em 2016 ou renovar o próprio mandato em 2018.

O mesmo levantamento informal prevê que pelo menos 5 dos 7 sete senadores do PSB rechaçam a tese do impedimento de Dilma Rousseff. A bancada chegou a discutir pelo WhatsApp a ideia de lançar um documento com o argumento de que a impopularidade não justifica o impedimento.

Governadores

Já entre os três governadores do PSB – Rodrigo Rollemberg (DF), Ricardo Coutinho (PB) e Paulo Câmara (PE) –, há consenso contra o impeachment. “Da maneira como o processo está sendo levado pelo Eduardo Cunha (presidente da Câmara dos Deputados), ele está fadado a não ter legitimidade”, disse ao Estado, o governador Paulo Câmara.

Crítico enfático do movimento pelo impeachment, Coutinho reconhece que o PSB vive hoje um dilema. “O PSB, como os demais partidos do Brasil, passa por uma crise de rumo”, afirmou o governador da Paraíba.

Paulo Câmara e Coutinho também criticam a estratégia da oposição na Câmara, sobretudo do PSDB, ao longo de 2015. “A oposição não construiu um norte. A população não reconhece a devida legitimidade na oposição”, declarou Coutinho em entrevista recente à TV Estadão.

Com Blog Gilvandro Filho-Do Estadão Conteúdo

Enteada de Eduardo Cunha posta provocação na web: “Te vejo em Cuba”

cunha

Ghabriela Amorim, enteada de Eduardo Cunha, postou, neste sábado, em seu perfil oficial no Instagram, uma foto com um gesto obsceno e a legenda provocativa: “See you in Cuba” (Vejo você em Cuba)”.
enteada cuba
De acordo com o colunista Lauro Jardim, do O Globo, o presidente da Câmara dos Deputados embarcaria neste domingo para Havana, onde passaria a virada do ano com a família. Não demorou muito e Cunha desmentiu a informação, por meio do Twitter: “Para os idiotas desinformados que plantam notícias falsas. Estou no Rio e segunda a tarde estarei em Brasília”, escreveu o peemedebista.

Os seguidores da jovem aproveitaram para fazer comentários como “Filha de corrupto, corrupto é”, postou um, e “Quero ver ir pra Cuba sem dinheiro roubado, trabalhando”, escreveu outro.

Confira as principais propostas aprovadas pela Câmara dos Deputados em 2015

camara deputados federal

Em 2015, a Câmara dos Deputados aprovou vários projetos que já viraram lei, como a correção do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) pelo índice da poupança, a regulamentação dos direitos dos empregados domésticos e a regularização de recursos no exterior.

Temas polêmicos também foram votados em Plenário, como as propostas do ajuste fiscal do governo, a regulamentação do serviço terceirizado e as propostas de emenda à Constituição da reforma política e da redução da maioridade penal. Os deputados votaram ainda uma minirreforma eleitoral, com diminuição do tempo de propaganda eleitoral e definição do teto de doações e de gastos com campanhas.

Pacto federativo
Uma das propostas do novo pacto federativo foi aprovada pela Câmara dos Deputados para proibir lei federal de impor ou transferir aos estados, ao Distrito Federal ou aos municípios qualquer encargo ou a prestação de serviços sem a previsão de repasses financeiros necessários ao seu custeio.

Dívidas de clubes

A Câmara aprovou também uma espécie de Lei de Responsabilidade do Futebol, que vincula o parcelamento de dívidas dos clubes desportivos com a União a práticas de gestão mais transparentes, como conselho fiscal independente e limite para a reeleição de dirigentes.

Novo cônjuge

Entre os projetos aprovados em caráter conclusivo pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) destaca-se o que protege da penhora judicial o patrimônio do novo cônjuge ou companheiro de um devedor de pensão alimentícia. A matéria também já virou lei.

Segurança

Na área de segurança, os deputados aprovaram a criminalização da venda ou entrega de bebidas alcoólicas a menores de 18 anos, com detenção e multa.

Já aquele que corromper ou facilitar a corrupção de menor de 18 anos para a prática de crimes terá pena maior se o crime for hediondo.

Para coibir as explosões de caixas automáticos em bancos, os deputados aumentaram a pena pelo uso de explosivos no furto qualificado.

Orçamento impositivo

Depois de dois anos de tramitação, a Câmara aprovou a PEC do orçamento impositivo, que obriga a execução das emendas individuais ao orçamento da União até o limite de 1,2% da receita corrente líquida (RCL) realizada no ano anterior.

Aposentadoria compulsória

Para todo o serviço público, a Câmara aprovou a possibilidade de aposentadoria compulsória por idade aos 75 anos. O limite atual é de 70 anos. (Agência Câmara Notícias)

Parecer do BC pode levar a segunda denúncia contra Cunha

cunha

O parecer do Banco Central apontando que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e sua mulher, Claudia Cruz, não declararam às autoridades brasileiras contas no exterior por 14 anos deve reforçar os indícios levantados pela Procuradoria-Geral da República para oferecer uma segunda denúncia contra o deputado ao STF (Supremo Tribunal Federal).

Investigadores da Lava Jato avaliam que o levantamento da autoridade monetária indicando crime de evasão de divisas por parte do deputado fortalece os documentos enviados pelo Ministério Público da Suíça que motivaram a abertura do segundo inquérito no Supremo que investiga Cunha, a mulher e uma filha pela movimentação no exterior.

Procuradores acreditam que já reúnem elementos para oferecer denúncia por lavagem de dinheiro e evasão de divisas. No inquérito aberto pelo ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato, o deputado é investigado ainda por corrupção.

LEIA MAIS

Troca de líderes pode influenciar processo de impeachment

(Foto: Luis Macedo – Câmara dos Deputados)

A troca de cadeiras nas lideranças de partidos na Câmara dos Deputados pode levar a novos desdobramentos no processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, que acabou ficando para 2016. Em alguns partidos, a tendência é que os novos líderes sigam a mesma linha de seus antecessores. É o caso, por exemplo, do DEM, que tem como nome mais cotado para assumir a bancada o de Pauderney Avelino (AM) que deve seguir as indicações feitas pelo atual líder Mendonça Filho (PE).

O mesmo deve ocorrer no PSDB, que já oficializou a substituição do atual líder Carlos Sampaio (SP) por Antônio Imbassahy (BA) a partir de fevereiro. Já os partidos da base governista não devem alterar as composições, exceto o PMDB, onde um racha entre integrantes aliados e de oposição ao governo ficou publicamente oficializado desde que Leonardo Picciani (RJ) indicou os nomes para a comissão especial que vai analisar o processo de impeachment.

O retorno do parlamentar fluminense à liderança foi conseguido depois que três deputados manifestaram mudança de opinião – Jéssica Sales (AC), Vitor Valim (CE) e Lindomar Garçon (RO) – e pelo retorno à bancada de alguns filiados que ocupavam cargos executivos no estado do Rio de Janeiro, entre eles, Marco Antonio Cabral, que era secretário de Estado de Esporte, Lazer e Juventude, e Pedro Paulo Carvalho, que era secretário municipal da Casa Civil do Rio de Janeiro.

Insatisfeitos com os nomes apresentados pelo líder, uma ala do partido reuniu assinaturas de 35 parlamentares para tirar o parlamentar do cargo e conseguiu manter na liderança, durante oito dias, o deputado Leonardo Quintão (MG). O grupo acusava Picciani de formular uma lista com base em orientação do Palácio do Planalto. Em uma reviravolta nas últimas semanas de trabalho legislativo, Picciani conseguiu o apoio dos 36 deputados do PMDB e foi reconduzido ao cargo.

Mas alguns acreditam que Picciani pode não resistir à uma nova votação. Ele teria que conseguir o apoio de dois terços da bancada, com 69 deputados. Em entrevista à Agência Brasil, Picciani confirmou que vai disputar a recondução e se mostrou otimista em relação ao apoio da legenda. “Estando na liderança, vou levar em consideração os diversos pensamentos. Isto demonstra que tem posições divergentes no partido e que devem ser consideradas”, afirmou. (Fonte: EBC)

Para manter compromissos, governo corre risco de aumentar endividamento das famílias

Há quase um ano, Dilma Rousseff proferia o discurso de posse do segundo mandato como presidente da República. Apesar de indicadores econômicos e sociais apontarem que os meses seguintes seriam críticos para o país, ela fez declarações e promessas ousadas, a exemplo das que manteve durante a campanha à reeleição, mas o que se viu ocorrer no resto do ano deixou os eleitores confusos. A chefe do Executivo prometeu unir esforços para formar uma pátria educadora, mas a pasta de Educação foi uma das que sofreu mais cortes em 2015. Dilma reafirmou o compromisso de fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS), no entanto, além do Mais Médicos, nenhuma mudança significativa pôde ser verificada. Na tentativa de manter compromissos sociais, o governo corre o risco de contribuir para aumentar o endividamento das famílias. E, para piorar o quadro, a dificuldade de diálogo com o Congresso ameaça até mesmo tirar Dilma do cargo, com o processo de impeachment recém-instaurado na Câmara dos Deputados. Confira quais foram os compromissos firmados pela presidente no discurso de posse e o que realmente foi cumprido no primeiro ano de mandato.

EDUCAÇÃO

Ensino saiu do foco

» “Gostaria de anunciar agora o novo lema do meu governo. Ele é simples, é direto e é mobilizador. Reflete com clareza qual será a nossa grande prioridade e sinaliza para qual setor deve convergir o esforço de todas as áreas do governo. Nosso lema será: Brasil, pátria educadora!”

O governo da presidente Dilma Rousseff precisará avançar muito na educação para fazer jus ao lema escolhido para o mandato no discurso de posse. Em apenas um ano, a “pátria educadora” teve três ministros à frente da pasta da Educação. Cid Gomes, hoje filiado ao PDT-CE, perdeu o cargo já no primeiro trimestre, após tentativa desastrosa de tentar explicar, perante o plenário da Câmara, o motivo de ter chamado os deputados federais de achacadores e entrar em embate direto com o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Com a queda de Cid, o professor de ética e filosofia política da Universidade de São Paulo (USP) Renato Janine Ribeiro assumiu o ministério e deu uma ponta de esperança de que o governo levaria a sério a proposta de colocar a educação como uma das pautas prioritárias. No entanto, teve apenas cinco meses de uma gestão apagada à frente da pasta, marcada principalmente por problemas na renovação de contratos e limitação no número de bolsas ofertadas pelo Programa de Financiamento Estudantil (Fies). Janine foi uma das vítimas da reforma ministerial de setembro e deu lugar a Aloizio Mercadante (PT), que voltou ao cargo depois de passar pela Casa Civil e ser um dos pivôs da crise entre governo e Câmara.

O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), bastante citado pela presidente durante a campanha, deverá oferecer 12 milhões de vagas até 2018. Neste ano, o programa registrou 1,1 milhão de novas matrículas, além das 1,2 milhão mantidas dos anos anteriores. Segundo levantamento da organização Contas Abertas, de janeiro a novembro deste ano, o governo aplicou R$ 2,7 bilhões no Pronatec, contra R$ 4,5 bilhões no mesmo período do ano passado. O investimento no Fies também apresentou recuo: foram R$ 14,6 bilhões em 2014, que caíram para R$ 12 bilhões neste ano.

Priscila Cruz, diretora-executiva do movimento independente Todos pela Educação, defende que áreas como a educação e a saúde não deveriam ser atingidas pela restrição orçamentária – no Ministério da Educação, houve redução de R$ 7 bilhões no orçamento. “Não deveríamos sofrer cortes, e, sim, melhorar a eficiência. Há bons projetos, mas, na hora da aplicação, eles não vão para frente. Os cortes são um erro, porque, assim, reduzimos a possibilidade de crescer no futuro”, lamenta.

A meta de universalização da educação de crianças entre 4 e 5 anos até 2016, proposta por Dilma, também está longe de ser cumprida. Pouco mais de 12% delas ainda estão fora da escola, de acordo com dados do Observatório do PNE de 2013. “E não é só a educação básica que é prejudicada, mas também o ensino superior. Essa é uma conta que vamos pagar no futuro.”

 (Beto Novaes/EM/D.A Press )

SAÚDE

SUS abandonado

» “Na saúde, reafirmo nosso compromisso de fortalecer o SUS. Sem dúvida, a marca mais forte do meu governo, no primeiro mandato, foi a implantação do Mais Médicos, que levou o atendimento básico de saúde a mais de 50 milhões de brasileiros, nas áreas mais vulneráveis do nosso país”

Em relação à saúde, o presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), Gastão Wagner de Sousa Campos, acredita que pouca coisa mudou se comparado a anos anteriores. Para ele, o melhor programa do governo na área continua sendo o Mais Médicos, mas o Sistema Único de Saúde (SUS) e a rede pública em geral não foram prioridades do governo no primeiro ano deste segundo mandato da presidente Dilma Rousseff. “Temos um problema crônico de financiamento. O conjunto do orçamento público é insuficiente, temos uma estimativa de que precisaria quase que dobrar o volume de recursos”, afirma.

Campos acrescenta ainda que uma série de problemas do SUS não foram enfrentados. O principal deles é a integração do sistema nas esferas federal, estadual e municipal. “O sistema se chama único, mas é muito descoordenado. Exemplo disso é o combate ao Aedes aegypti”, comenta. A maior preocupação dele é com relação à capacidade operacional da rede de lidar com uma possível epidemia do zika vírus.

De acordo com o especialista, de 40% a 50% da fila no SUS se deve à má gestão e à falta de integração. “O SUS continua com duplo comando em cada cidade, metade é da rede municipal e a outra metade, da estadual.  Campos critica ainda as indicações para cargos de chefia no sistema, que são todos de confiança e, portanto, mais sujeitos a influências político-partidárias. “Isso prejudica muito, pois não se consegue dar continuidade aos programas”, avalia.

 (Beto Novaes/EM/D.A Press )

INFRAESTRUTURA/ÁREA SOCIAL

Vítimas do ajuste fiscal

» “Assim como provamos que é possível crescer e distribuir renda, vamos provar que se pode fazer ajustes na economia sem revogar direitos conquistados ou trair compromissos sociais assumidos”

Com o passar dos meses, esse não foi o cenário observado. As verbas para o Programa Minha casa, minha vida, carro-chefe da reeleição, sofreram retração de R$ 5,1 bilhões entre 2014 e 2015, redução real de R$ 6,6 bilhões, segundo a ONG Contas Abertas. O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), sobretudo ligado a obras de infraestrutura, viu o orçamento despencar de R$ 53,9 bilhões durante os 11 primeiros meses de 2014 para R$ 34,9 bilhões no mesmo intervalo de 2015. “São justos os benefícios sociais? Sim. Só que a preocupação em manter esses benefícios acaba penalizando os investimentos em infraestrutura”, afirma o economista Otto Nogami. Ele entende que o ajuste fiscal que ceifa os orçamentos de diversos setores é consequência de uma crise que já se anunciava. “Na medida em que o próprio governo criou uma condição artificial na economia, estimulando as pessoas a consumirem mais, elas se endividaram, e isso tem impacto na economia. O desemprego, por exemplo, vem do plano econômico do passado.” Somente em novembro, foram fechados 130.629 postos de trabalho, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho. (Diário de Pernambuco)

Dilma assina decreto que pode perdoar penas de Dirceu e Delúbio

jose-dirceu1-533x400

O decreto assinado pela presidente Dilma Rousseff nesta quinta-feira (24), que concede o chamado indulto natalino, perdão a presos de todo o país que se enquadrem em critérios pré-estabelecidos pelo Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, poderá com o perdão da pena alguns dos condenados no processo do mensalão do PT, que estão presos desde o fim de 2013, como o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares.

De acordo com o decreto, quem obtém o indulto fica livre de cumprir o restante da pena e não tem nenhuma restrição, como se apresentar à Justiça periodicamente. O benefício está previsto na Constituição como uma atribuição do presidente da República e, tradicionalmente, é concedido na época do Natal.

Também poderão ser beneficiados com o decreto os ex-deputados Valdemar Costa Neto, João Paulo Cunha, Pedro Henry eRoberto Jefferson. Segundo alguns advogados e juízes eles já preenchem os requisitos para pleitear o indulto.

Isso porque o decreto prevê o perdão para condenados que estejam em regime aberto, cujas penas remanescentes não sejam superiores a oito anos, se não reincidentes, e seis anos, se reincidentes, desde que tenham cumprido um quarto da pena. Dirceu, Delúbio e os ex-deputados condenados no mensalão tiveram penas totais menores do que oito anos, estão em regime aberto e já cumpriram cada um mais de dois anos de pena.

Para ser concedido, o indulto tem de ser requerido à Justiça pela defesa do preso, que vai analisar se os requisitos estão preenchidos. No caso dos condenados do mensalão, esse pedido é remetido ao ministro Luís Roberto Barroso, relator no Supremo Tribunal Federal (STF) das execuções das penas do mensalão. (Fonte: G1)

Comentário meu:

A matéria supracitada nos incita a fazer a seguinte reflexão. Num em que a roubalheira predomina, que os grandes corruptos, esses de colarinho branco, não são punidos severamente como deveriam ser, em que a justiça é morosa e que às vezes não recorre ao mesmo peso para julgar ricos e pobres, em que o “Poder” fala mais alto que a Razão”. Sinceramente, você acredita então que sua excelência o ministro Barroso venha a negar esses pedidos? é espera para ver!