China anuncia tarifa de 84% sobre produtos dos EUA em resposta a medidas americanas

A China anunciou, nesta quarta-feira (9), um novo aumento nas tarifas sobre produtos importados dos Estados Unidos, aprofundando ainda mais a disputa comercial com o governo de Donald Trump. Segundo o Ministério das Finanças chinês, a alíquota total sobre os produtos norte-americanos poderá chegar a até 104% a partir desta quinta-feira (10).

A nova medida inclui uma tarifa adicional de 50%, em retaliação às sanções anteriores impostas por Washington. O total soma-se aos 20% já em vigor desde o início do ano e aos 34% aplicados na semana passada.

O percentual anunciado hoje representa um salto significativo frente à última rodada de tarifas e marca um novo capítulo nas tensões entre as duas maiores economias do planeta.

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Trump ameaça aumentar tarifas contra a China em 50% e suspender negociações

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a escalar as tensões da guerra comercial com a China ao anunciar, nesta segunda-feira (7), que pretende aumentar em mais 50% as tarifas aplicadas sobre produtos chineses a partir do dia 9 de abril, caso Pequim continue com as medidas de retaliação.

Além disso, o presidente americano afirmou que as negociações comerciais com a China estão suspensas. “Todas as negociações com a China sobre suas reuniões solicitadas serão suspensas”, destacou. Em contrapartida, Trump garantiu que o governo americano continuará as tratativas com outros países que também buscam acordos comerciais com os EUA.

A ameaça de escalada nas tarifas ocorre em meio a um clima de insegurança nos mercados globais, com bolsas em queda e temores de que o conflito comercial possa afetar o crescimento da economia mundial.

Vaticano atualiza boletim médico do papa Francisco: “Dormiu bem”

O Vaticano divulgou, nesta quinta-feira (27), um novo boletim sobre o estado de saúde do papa Francisco. De acordo com o comunicado, o pontífice “dormiu bem à noite e agora descansa”.

Internado desde o dia 14 de fevereiro na Policlínica Gemelli, em Roma, o papa segue recebendo tratamento para um quadro inflamatório pulmonar. O boletim médico da noite anterior já havia destacado uma “leve melhora”, confirmada por uma tomografia computadorizada de tórax, que indicou evolução positiva do quadro.

Francisco continua em oxigenoterapia de alto fluxo e fisioterapia respiratória, enquanto a equipe médica mantém um prognóstico cauteloso. A nota mais recente do Vaticano já não classifica o estado de saúde do pontífice como “crítico”, um termo utilizado nos informes da última semana. Mesmo com a melhora, o papa segue sob monitoramento constante.

Papa Francisco segue internado em estado crítico, mas estável

No 12º dia de internação do Papa Francisco , o Vaticano divulgou um novo boletim médico informando que o quadro de saúde do Pontífice permanece crítico, mas estável, sem novos episódios de ocorrências agudas.

Segundo o comunicado oficial, divulgado nesta terça-feira (25), não houve piora no estado clínico e nos parâmetros hemodinâmicos resultados resultantes. O Papa, de 88 anos , passou por uma tomografia computadorizada programada para monitorar a evolução da pneumonia bilateral.

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Jornal Britânico afirma que quadro de saúde do Papa Francisco é mais grave do que o divulgado

O Papa Francisco, de 88 anos, está internado desde sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025, no Hospital Gemelli, em Roma, devido a uma pneumonia bilateral.

Apesar da gravidade do quadro, o Vaticano informou que o pontífice apresentou uma “leve melhora” nos índices inflamatórios, conforme apontaram os exames de sangue mais recentes. Além disso, Francisco permanece “alerta e se alimentando”, tendo passado uma noite tranquila e tomado café da manhã sentado em uma poltrona.

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, visitou o Papa no hospital e relatou que ele estava “alerta e receptivo”, mantendo seu habitual senso de humor.

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Papa Francisco passou noite tranquila no hospital, diz diretor de comunicação do Vaticano

O Papa Francisco passou uma noite tranquila no Hospital Gemelli , em Roma, segundo informou o diretor de comunicação do Vaticano, Matteo Bruni, nesta terça-feira (18).

A internação do Pontífice, iniciada na sexta-feira, ocorre devido a uma infecção polimicrobiana das vias respiratórias, e seu quadro clínico continua sendo acompanhado de perto pelos médicos.

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IA deve eliminar empregos, mas impacto pode ser atenuado com abordagem inclusiva

Enquanto avança rapidamente em múltiplos setores da economia, a inteligência artificial deixa um rastro de incerteza sobre o impacto no mercado de trabalho. A tecnologia eliminará vagas de emprego? A resposta é complexa e provavelmente afirmativa, mas economistas e líderes políticos propõem evoluir o debate a uma nova fase, que busque soluções para garantir que os benefícios sejam distribuídos de maneira equânime entre toda a cadeia social.

Nos corredores da Global Labor Market Conference (GLMC), que aconteceu na semana passada em Riad, na Arábia Saudita, termos como “upskilling” e “reskilling” se sobrepuseram à discussão sobre quais postos de trabalho desaparecerão no futuro (leia abaixo). A ideia central é a de que governos e o setor privado devem trabalhar juntos para investir no treinamento das habilidades que serão mais demandadas nesta nova revolução digital.

O glossário do novo mercado de trabalho:

Termo Explicação – Upskilling Aperfeiçoamento de habilidades já desenvolvidas na função atual do trabalhador, sem a necessidade de uma guinada brusca na carreira.

Reskilling – Treinamento em novas habilidades para substituir aquelas já existentes. O objetivo é capacitar o trabalhador para funções novas que serão demandas no futuro.

Foreverskilling – Termo introduzido durante a Global Labor Market Conference, refere-se à ideia de desenvolver um treinamento adaptável que prepare o trabalhador para qualquer tipo de demanda que eventualmente surja no futuro do mercado de trabalho

“Não acho que haja uma receita clara para isso, mas precisamos começar uma conversa sobre como tornar a IA amigável ao trabalhador, como tornar as pessoas mais produtivas, ao invés desse foco obsessivo em substituir as pessoas por máquinas”, defendeu o professor James Robinson, da Universidade de Chicago, vencedor do Nobel de Economia do ano passado com um trabalho sobre a prosperidade das nações, em conjunto com os professores Simon Johnson e Daron Acemoglu, ambos da Massachusetts Institute of Technology (MIT).

Na palestra mais disputada do evento, o economista e cientista político projetou que a IA transformará a economia ainda mais rapidamente do que a Revolução Industrial do século XVII. A cada nova evolução tecnológica, a disseminação ocorre de forma mais veloz que os estágios anteriores. O Twitter (hoje X) demorou quase 2 anos para alcançar a marca de 1 milhão de usuários. “Já o ChatGPT demorou alguns dias”, compara Robinson.

O ritmo das transformações é a principal fonte de angústia de trabalhadores no mundo todo, conforme mostrou pesquisa conduzida pelos organizadores da conferência e amplamente discutida na ocasião. Entre os 14 mil participantes da força de trabalho consultados pelo estudo, as mudanças tecnológicas foram citadas como fator mais importante para definir estratégias de qualificação profissional.

Desafios antigos

A pesquisa, porém, mostrou que a nova era tecnológica esbarra em problemas econômicos antigos. Boa parte dos participantes citaram limitações financeiras como obstáculos para obter a formação tecnológica necessária, principalmente no Brasil, Jordânia, Nigéria, África do Sul e Vietnã. A disparidade reflete, em parte, a renda disponível menor nessas economias que em locais como Estados Unidos e União Europeia, onde a questão do acesso financeiro apareceu com menor relevância no estudo.

Para contornar esses desafios, será necessário adotar uma estratégia robusta que envolverá diferentes entes da sociedade, disse ao Broadcast o ex-ministro do Trabalho da Itália Enrico Giovannini. “A única maneira de tentar reduzir não apenas o desemprego, mas também as desigualdades é a partir de políticas sociais e econômicas que não deixem nenhum grupo para trás, com base na Agenda 2030 da ONU”, defendeu, em conversa às margens da conferência em Riad.

Professor na Universidade de Roma, Giovannini argumenta que as autoridades deveriam pensar em programas que redirecionem a força de trabalho para as necessidades do futuro. Iniciativas podem, por exemplo, preparar trabalhadores para adaptar as cidades à realidade das mudanças climáticas. Mas o ex-ministro também acredita que será preciso avaliar o cenário com base em novas métricas, para além de indicadores econômicos clássicos. “Senão, estaremos olhando apenas para a aceleração do carro sem observar o aumento da temperatura do motor e outras coisas”, afirmou.

Na mesma linha, o Diretor do Instituto de Pesquisa de Emprego da Universidade de Warwick, Christopher Warhurst, ressaltou que, sozinha, a IA não será capaz de produzir os ganhos de produtividade esperado. Será necessário, sobretudo, engajamento humano. “Para que novas tecnologias entreguem os ganhos de produtividade, elas precisam ser adequadamente geridas, com trabalhadores envolvidos na introdução, uso e distribuição”, defendeu, também durante a GLMC.

Estadão Conteúdo

Nascidos a partir de 2025 farão parte da Geração Beta

A Geração Alpha, formada por crianças nascidas entre 2010 e 2024, está prestes a dar lugar à chamada Geração Beta, composta por pessoas que nascerão entre 2025 e 2039. Essa transição marca o início de uma era em que a tecnologia desempenhará papéis centrais na formação de valores e comportamentos.

O termo Geração Beta foi cunhado pelo demógrafo, pesquisador social e futurista Mark McCrindle, conhecido por sua contribuição na definição dos rótulos geracionais. De acordo com o especialista, a nova geração de crianças “herdará um mundo lutando com grandes desafios sociais”

“Com as mudanças climáticas, as mudanças populacionais globais e a rápida urbanização em primeiro plano, a sustentabilidade não será apenas uma preferência, mas uma expectativa”, escreveu McCrindle em uma postagem no seu blog.

Diário de Pernambuco

Advogada de Petrolina é destaque internacional com artigo científico apresentado em congresso de renome em Coimbra, Portugal

A advogada Ivy Alves, especialista em Direito Médico e da Saúde, acaba de conquistar um marco importante para sua carreira. A profissional desembarcou em solo lusitano para participar do tão prestigiado Congresso Intercontinental de Direito Civil, realizado em Coimbra, Portugal, um dos eventos mais conceituados e tradicionais do meio jurídico internacional.

Seu artigo, selecionado entre inúmeros trabalhos de estudiosos e profissionais, aborda o uso da Inteligência Artificial no contexto dos contratos civis, discutindo como os princípios do Código Civil podem ser aplicados de maneira responsável à mediação digital desses contratos.

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Jogador de futebol morre após ser atingido por raio em partida no Peru

Um jogador de futebol do time Familia Chocca, que disputa uma liga local no Peru, foi morto por um raio neste domingo (3) durante uma partida em Huancayo, segundo a agência de notícias estatal peruana Andina.

A partida foi suspensa devido a uma tempestade, mas enquanto os jogadores saíam do campo, um raio atingiu o jogador Hugo de la Cruz Meza, de 39 anos, ferindo também outros quatro jogadores, disse a Andina.

Os jogadores lesionados foram transportados para um hospital próximo, um deles em estado crítico devido a queimaduras graves.

Fonte CNN

Corpo de turista americana é encontrado dentro de tubarão na Indonésia

O corpo de Colleen Monfore, uma turista americana de 68 anos que desapareceu durante um mergulho na Indonésia, foi encontrado dentro de um tubarão fisgado por um pescador local.

O incidente ocorreu após Colleen ter sido arrastada por fortes correntes enquanto mergulhava nas proximidades da ilha de Pulau Reong no dia 26 de setembro.

A americana estava em férias com amigos quando desapareceu, e apesar dos esforços do guia do barco para resgatá-la, ela não conseguiu ser puxada de volta, sendo dada como desaparecida.

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Turistas fazem primeira caminhada espacial de missão privada

Dois tripulantes do programa Polaris Dawn da SpaceX realizaram uma caminhada histórica espacial na manhã desta quinta-feira (12). Essa foi a primeira vez que uma empresa privada levou civis para caminhar no espaço.

Jared Isaacman, o bilionário que financiou a viagem, foi o primeiro a sair da nave Crew Dragon às 7h52 (horário de Brasília), seguido pela engenheira de operações espaciais da SpaceX, Sarah Gillis, às 8h05. Ambos retornaram à nave por volta das 8h19, após sobrevoarem uma região entre a Austrália e a Antártida a cerca de 700 km da Terra.

Isaacman expressou sua admiração pela visão da Terra durante uma caminhada: “Em casa temos muito trabalho para fazer, mas daqui a Terra parece um mundo perfeito”.

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Pessoa mais velha do mundo, espanhola María Branyas, morre aos 117 anos

A pessoa mais velha do mundo, a espanhola María Branyas Morera, morreu aos 117 anos, após sobreviver a guerras e pandemias, informou sua família nesta terça-feira (20). “María Branyas nos deixou”, escreveu a família na conta da idosa na rede social X. “Morreu como desejava: enquanto dormia, tranquila e sem dor”.

“Há alguns dias nos dizia: um dia irei embora. Não voltarei a provar o café, nem tomar iogurte (…) Deixarei de existir neste corpo. Um dia que desconheço, mas que está muito perto, está longa viagem terá acabado”, contou a família em sua mensagem.

“Será sempre lembrada por seus conselhos e bondade”, concluiu sua família. Na mesma conta, Branyas antecipou na segunda-feira que o momento da morte estava próximo. “Me sinto fraca. Está chegando a hora. Não chorem, não gosto de lágrimas. E, principalmente, não sofram por mim. Onde estiver, estarei feliz”, afirmou a mulher.

Branyas era a pessoa mais velha do mundo, segundo o  Grupo de Investigação Gerontológica de Estados Unidos (US Gerontology Research Group) e o livro Guinness dos recordes. Ela substitui a francesa Lucile Randon, que morreu aos 118 anos em janeiro de 2023. Após a morte de Branyas, a pessoa mais idosa é a japonesa Tomiko Itooka, que nasceu em 23 de maio de 1908 e tem 116 anos, segundo o Grupo de Investigação Gerontológica dos Estados Unidos.

Nascida em 1907

Branyas sobreviveu à pandemia de gripe de 1918 (também chamada gripe espanhola), a duas guerras mundiais, à guerra civil espanhola e a covid, que contraiu pouco depois de completar 113 anos em 2020, e da qual se recuperou totalmente em poucos dias. A mulher vivia na casa de repouso de Santa Maria del Tura, na cidade catalã de Olot, no nordeste da Espanha, há mais de 20 anos.

Ela nasceu em São Francisco em 4 de março de 1907, pouco depois que sua família catalã se mudou do México para os Estados Unidos. A família decidiu retornar à Espanha em 1915, em plena Primeira Guerra Mundial, o que dificultou a viagem de navio através do Atlântico.  A travessia também foi marcada por uma tragédia: seu pai morreu de tuberculose no final da viagem e seu caixão foi jogado no mar. Branyas e sua mãe se mudaram para Barcelona.

Em 1931, cinco anos antes do início da guerra civil na Espanha, casou-se com um médico. O casal viveu junto por quatro décadas até que seu marido morreu ao 72 anos. Teve três filhos – um deles já falecido-, 11 netos e vários bisnetos. Sua filha mais nova, Rosa Moret, já octogenária, disse à televisão local catalã que a mãe “nunca foi ao hospital e nunca sofre uma fratura”.

Uma equipe da Universidade de Barcelona estudou seu DNA para tentar determinar as causas de sua longevidade. Em uma entrevista publicada em outubro de 2023 pelo jornal espanhol ABC, um dos pesquisadores, Manel Esteller, se surpreendeu com a saúde da mulher.

“Estava completamente lúcida. Lembrava nitidamente de episódios de quando tinha apenas quatro anos, e não apresentava nenhuma doença cardiovascular, habitual das pessoas de idade avançada. Seus únicos problemas eram de mobilidade e de ouvido. É inacreditável”, explicou o acadêmico de Genética.

A pessoa mais velha já registrada foi a francesa Jeanne Calment, que viveu 122 anos e 164 dias, e morreu em 1997.

AFP

Mpox: nova cepa é até 10 vezes mais letal

A disseminação de uma nova cepa mais letal e transmissível da mpox preocupa autoridades de saúde. A mpox, infecção viral semelhante à varíola humana erradicada em 1980, é dividida em duas linhagens principais: Clado 1 e Clado 2. A cepa responsável pela emergência de saúde decretada em 2022 foi a Clado 2, que é mais branda.

Sua maior transmissão foi associada à aquisição da capacidade de se disseminar via relações sexuais, numa mutação que recebeu o nome de Clado 2b. No fim do ano passado, porém, a OMS identificou uma nova versão do Clado 1, linhagem cuja mortalidade é maior e que circulava principalmente na República Democrática do Congo (RDC), que também passou a se disseminar via redes de transmissão sexual.

Essa nova variante foi nomeada de Clado 1b e ligada a uma explosão de casos e mortes no país neste ano. Em artigo publicado no site The Conversation, a professora de Biossegurança Global no Instituto Kirby, unidade especializada no combate a agentes infecciosos da Universidade de Nova Gales do Sul, em Sydney, na Austrália, Raina MacIntyre, explica que o Clado 1, “tem uma taxa de mortalidade de até 10% (até um em cada dez morre)”.

Para fator de comparação, o Clado 2, “tem uma taxa de fatalidade de até 1% (em outras palavras, espera-se que aproximadamente uma em cada 100 pessoas morra dessa doença)” e a variante Ômicron da Covid, tem uma letalidade de 0,7%, segundo ela. Ou seja, a cepa que está se disseminando atualmente é até dez vezes mais letal que a que provocou o surto de 2022. Essa cepa também é bastante transmissível.

Quatro países vizinhos da RDC, que nunca haviam lidado com infecções pela mpox, já registraram mais de cem casos atualmente. São eles: Burundi, Quênia, Ruanda e Uganda. Fora do continente africano, casos da nova linhagem já foram identificados na Suécia.

MacIntyre explica que o Clado 1b, que está circulando agora, “não só tem uma taxa de fatalidade mais alta, como também tem novas mutações que aumentam a disseminação entre as pessoas”. Ela ainda alerta que “essas alterações e a falta global de imunidade ao mpox tornam a população mundial vulnerável ao vírus”.

O Globo

Unesco inclui locais relacionados a Mandela na África do Sul à lista de Patrimônios Mundiais

A Unesco acrescentou em sua lista de Patrimônios Mundiais, neste sábado (27), o local onde ocorreu um massacre do apartheid e um povoado onde Nelson Mandela cresceu, além de outros pontos sul-africanos fundamentais na luta que pôs fim ao domínio da minoria branca.

Nelson Mandela, que morreu em 2013 com 95 anos, foi o primeiro presidente negro da África do Sul, quatro anos após a sua libertação. O líder ficou preso por 27 anos, especialmente em Robben Island, em frente à Cidade do Cabo.

Um dos lugares incluídos na lista fica em Sharpeville, na província de Transvaal, onde em 1960 a polícia matou 69 manifestantes negros, incluindo crianças, um acontecimento que levou o governo do apartheid a proibir o Congresso Nacional Africano (ANC), atualmente no poder.

A aldeia isolada de Mqhekezweni, onde Mandela passou grande parte de sua infância e juventude, na província do Cabo Oriental, também entrou na lista da Unesco. Na sua autobiografia “A Long Walk to Freedom”, ele explica que ali nasceu seu ativismo político.

Os 14 lugares foram reagrupados sob o título “Direitos Humanos, Libertação e Reconciliação: locais de memória de Nelson Mandela”. Na lista, também está incluída a Universidade de Fort Hare (Cabo Oriental), onde Mandela estudou, e os Edifícios da União, situados em Pretória, capital do país, onde tomou posse como o primeiro presidente eleito pelo sufrágio universal, em 1994.

“Felicito a África do Sul pela inscrição destes locais de memória que testemunharam não só a luta contra o apartheid, mas também a contribuição de Nelson Mandela para a liberdade, os direitos e a paz”, declarou a diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay.

“Vinte e cinco anos após a inscrição de Robben Island na Lista como Patrimônio Mundial da Unesco, esta nova inclusão garante que a herança da libertação da África do Sul e os valores que ela incorpora serão transmitidos às gerações futuras”, acrescentou Azoulay.

A inclusão destes lugares foi decidida durante a reunião que a Unesco realiza em Nova Délhi, onde também foi aprovada a inclusão de três locais sul-africanos importantes para a compreensão das origens da humanidade.

Situados nas províncias de Cabo Ocidental e KwaZulu-Natal, estes lugares “abrigam registros mais variados e melhores conservados sobre o desenvolvimento do comportamento humano moderno, que remontam a 162 mil anos”, segundo a Unesco.

AFP

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