Bancos doaram R$ 6 milhões e suspenderam pagamento de dívidas de vítimas no RS, diz Febraban

A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) anunciou que a entidade e os bancos associados (Itaú, Bradesco, Santander, BTG Pactual, Banco do Brasil e Caixa) doaram até agora R$ 6 milhões para auxiliar no socorro aos moradores do Rio Grande do Sul, vítimas da enchente que assola o Estado.

Os bancos também adotaram várias iniciativas nos negócios para amenizar a situação de sofrimento na região, como pausa no pagamento e renegociação de dívidas, liberação do saque calamidade do FGTS, ações de auxílio para funcionários e familiares na região, abertura de agências para recebimento de doações e o reforço de orientações às equipes de seguros das instituições para o atendimento da população local também.

“A Febraban e seus bancos associados manifestam profundo pesar às vítimas das chuvas históricas que atingem o Rio Grande do Sul, se solidarizam com as famílias atingidas pela catástrofe e se somam aos esforços das autoridades para o atendimento emergencial da população”, escreve e a entidade. “Esse apoio se soma a outras doações do setor bancário às vítimas das enchentes do Rio Grande do Sul ocorridas em 2023, quando foram doados mais de R$ 4 milhões para auxílio no socorro aos moradores.”

Os bancos também possuem parcerias com entidades civis locais e estão mobilizando clientes e funcionários para doações às vítimas.

Estadão

Governo do Espírito Santo decreta situação de emergência após temporal

O governo do Espírito Santo decretou neste sábado (23) situação de emergência em decorrência das fortes chuvas que atingiram a região sul capixaba desde a noite de sexta-feira.O governador Renato Casagrande fez um sobrevoo na região e visitou o município de Mimoso do Sul, uma das cidades mais atingidas pela enxurrada.

O Decreto nº 501-S foi publicado em edição extra do Diário Oficial do Estado e abrange os municípios de Alegre, Alfredo Chaves, Apiacá, Atílio Vivacqua, Bom Jesus do Norte, Guaçuí, Jerônimo Monteiro, Mimoso do Sul, Muniz Freire, Muqui, Rio Novo do Sul, São José do Calçado e Vargem Alta. Ainda no sábado, Casagrande e o presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Santos, sobrevoaram as áreas mais afetadas e estiveram em Mimoso do Sul.

“Vimos em Mimoso do Sul uma situação caótica, porque a cidade está sem comunicação devido à falta de energia que precisou ser cortada. Infelizmente, já temos quatro óbitos confirmados e ainda pessoas desaparecidas. Nosso esforço é para que a gente possa retomar os serviços essenciais, além de resgatar as pessoas nas áreas alagadas e dar alimentação aos atingidos em todas as cidades. Toda a equipe de governo está envolvida neste trabalho de assistência”, afirmou o governador.

Agência Brasil

‘Emergência` de dengue no Brasil é presságio de crise sanitária nas Américas’, diz jornal dos EUA

O Brasil está enfrentando um enorme surto de dengue especialistas em saúde pública dizem que se trata do prenúncio de um aumento iminente de casos nas Américas. O Ministério da Saúde do Brasil alerta que espera mais de 4,2 milhões de casos este ano, superando os 4,1 milhões de casos registrados pela Organização Pan-Americana da Saúde para todos os 42 países da região no ano passado.

O Brasil enfrentaria um ano ruim de dengue – o número de casos do vírus normalmente aumenta e diminui em um ciclo de aproximadamente quatro anos – mas os especialistas dizem que uma série de fatores, incluindo o El Niño e as mudanças climáticas, amplificaram significativamente o problema este ano.

“O calor recorde no país e as chuvas acima da média desde o ano passado, antes mesmo do verão, aumentaram o número de criadouros do mosquito no Brasil, mesmo em regiões que tiveram poucos casos da doença”, disse a ministra da Saúde do Brasil, Nísia Trindade.

O número de casos de dengue já disparou na Argentina, Uruguai e Paraguai nos últimos meses, durante o verão do Hemisfério Sul, e o vírus avançará pelos continentes com as estações do ano. “Quando vemos ondas em um país, em geral elas se seguem para outros, é assim que estamos interconectados”, disse Albert Ko, especialista em dengue no Brasil e professor de saúde pública na Universidade de Yale.

A Organização Mundial de Saúde alertou que a dengue está para se tornar rapidamente num problema de saúde global urgente.

Nos Estados Unidos, Gabriela Paz-Bailey, chefe do departamento de dengue na divisão de infecções transmitidas por vetores dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças, disse que esperava altas taxas de infecção por dengue em Porto Rico este ano e que haveria mais casos também no território continental dos Estados Unidos, especialmente na Flórida, bem como no Texas, Arizona e sul da Califórnia.

A dengue é transmitida pelo Aedes aegypti , uma espécie de mosquito que está se estabelecendo em novas regiões, incluindo partes mais quentes e úmidas dos Estados Unidos, onde nunca tinha sido vista até os últimos anos.

Espera-se que os casos nos Estados Unidos ainda sejam relativamente poucos neste ano – na casa das centenas, não dos milhões – devido à alta prevalência do ar condicionado e das telas nas janelas. Mas Paz-Bailey alertou: “Quando se observam as tendências no número de casos nas Américas, é assustador. Há aumento de forma consistente ao redor.”

A Flórida relatou o maior número de casos adquiridos localmente no ano passado, 168, e a Califórnia relatou os primeiros casos desse tipo. Três quartos das pessoas infectadas com dengue não apresentam nenhum sintoma e, entre as que apresentam, a maioria dos casos se assemelha apenas a uma gripe leve. Mas algumas infecções por dengue são graves, causando dores de cabeça, vômitos, febre alta e dores nas articulações. Um caso grave de dengue pode deixar uma pessoa debilitada por semanas.

Cerca de 5% das pessoas que ficam doentes irão evoluir para o que é chamado de dengue grave, que faz com que o plasma, o componente fluido do sangue rico em proteínas, vaze dos vasos sanguíneos. Alguns pacientes podem entrar em choque, causando falência de órgãos .

Agencia O Globo

Maceió decreta estado de emergência por risco de colapso em mina

(Foto: Jonathan Lins/g1)

A prefeitura de Maceió (AL) decretou situação de emergência por 180 dias por causa do iminente colapso de uma mina de exploração de sal-gema da Braskem, que pode provocar o afundamento do solo em vários bairros. A área já está desocupada e a circulação de embarcações da população está restrita na região da Lagoa Mundaú, no bairro do Mutange, na capital.

O Gabinete de Crise criado emergencialmente pela prefeitura comunicou oficialmente os órgãos de controle e de segurança sobre o perigo do desastre, entre eles os comandos da Marinha e do Exército.

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Relógio no Cristo Redentor alerta sobre impactos das mudanças do clima, a partir deste sábado (22)

O Brasil vai receber neste sábado (22), quando é celebrado o Dia da Emergência Climática, o Relógio do Clima, ou Climate Clock. Criado por grupo internacional de cientistas e de ativistas, ele marca o prazo que resta para que seja mantido o aumento médio da temperatura terrestre em níveis minimamente seguros para a humanidade.

O relógio continuará regredindo no tempo e quando atingir a zero significará que todo o orçamento de carbono estará esgotado e a probabilidade de impactos climáticos globais devastadores será muito alta. A iniciativa surgiu a partir de eventos climáticos extremos que têm ocorrido com frequência cada vez maior ao redor do mundo.

“Quando o cálculo foi feito em 2015, a gente estava em um ritmo de emissões em que os cientistas falaram que a gente teria até 2030 para tentar ficar dentro do limite de 1,5°C. Agora é antes disso, a gente está falando em menos de seis anos”, disse à Agência Brasil, Natalie Unterstell, presidente do Instituto Talanoa, que é o responsável pela ação do Relógio do Clima no Brasil.

“A mensagem é essa. É tarde e a gente não tem tempo a perder. É hora de fazer um alinhamento total das políticas e das decisões privadas também com esse imperativo da redução das emissões [de carbono] e de garantir segurança climática para todos”, apontou a presidente.

Outros países
Depois de ter passado numa projeção digital de 24 metros na Union Square de Nova York, e em outros tamanhos em Londres, Roma, Seul, Tóquio e Pequim; o Relógio do Clima será projetado no monumento do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, entre 17h e 21h. “São ações grandes e de visibilidade para fazer as pessoas que sequer estão pensando neste assunto se darem conta desse tempo restante no relógio climático”.

A iniciativa conta ainda com relógios portáteis de ação entregues a líderes climáticos mundiais como Greta Thunberg e o primeiro-ministro das Bahamas, Phillip Davis. Aqui no Brasil, a ativista indígena Txai Suruí e Natalie Unterstell, foram presenteadas com exemplares. “O mais importante é que a mensagem do relógio ecoe para muitas pessoas. Ele significa que se a taxa de emissão continuar a aumentar ele vai acelerar, o relógio vai andar mais rápido. Por outro lado, se a gente conseguir reduzir as emissões esse relógio vai começar a marcar mais devagar”, explica Natalie.

“Literalmente a gente tem esse controle do tempo nesse relógio por conta das nossas emissões. Ele é um relógio climático, não é um relógio comum. Ele não marca que horas são”, disse Natalie Unterstell sobre o efeito do equipamento que ganhou.

Prazo
Na projeção no Cristo Redentor, será a primeira vez em que o Relógio do Clima marcará prazo menor que seis anos para zerar o orçamento de carbono. “A gente está encurtando o tempo para essa ação ocorrer. Acho que esse é o maior perigo. A humanidade não está se dando chance de limitar o aquecimento [global] em níveis seguros. A gente está avançando rumo ao abismo infelizmente. Aí a gente quer ilustrar que as soluções já existem para a gente resolver o problema. Então, junto com a marca do relógio que vai aparecer no Cristo, vão ter as soluções que vão desde controlar o desmatamento, fazer a transição para as energias renováveis e assim por diante”, revelou.

Natalie explica que em 2015 cientistas fizeram o cálculo de que precisaria manter o aquecimento global abaixo de 1,5ºC como limite mais seguro para a população mundial até 2030, mas isso vem se alterando. “A gente estava em um ritmo de emissões em que os cientistas falaram que a gente tem até 2030 para tentar ficar dentro do limite de 1,5ºC. Agora é antes disso, a gente está falando em menos de seis anos. A gente está encurtando o tempo para essa ação ocorrer. Acho que esse é o maior perigo. A humanidade não está se dando chance de limitar o aquecimento em níveis seguros. A gente está avançando rumo ao abismo infelizmente”, lamenta.

Brasil inserido
A presidente do instituto Talanoa destacou que o Brasil é o quinto maior emissor global de gases de efeito estufa. “Isso quer dizer que a gente tem essa responsabilidade. É um chamado para a gente olhar para as nossas emissões e nossas responsabilidades e tomar ações aqui também. É óbvio que tem países mais ricos e economias mais avançadas, que emitiram muito mais que a gente, como os Estados Unidos. A gente também tem que cobrar deles, mas que fique clara a nossa responsabilidade e que a gente ouça esse chamado também”, comentou, acrescentando que essa é a importância do Brasil fazer parte da iniciativa neste sábado.

Agência O Globo

Estragos causados pelas chuvas: rodovias e pontes são interditadas no sul da Bahia

Estradas e pontes foram interditadas no sul e no extremo sul da Bahia, devido a estragos causados pelas fortes chuvas que atingem a região desde sexta-feira (21). De acordo com a Secretaria de Infraestrutura da Bahia (Seinfra), foram registradas cinco ocorrências em rodovias baianas e quatro delas já foram liberadas.

As vias foram liberadas na BR-415, no Distrito de Banco da Vitória e na BA-262, em Uruçuca. Nos dois distritos de Ilhéus, árvores haviam caído durante o temporal de sexta-feira (21) e interditado parte das pistas.

Na BA-651, no distrito de Coaraci, em Itapitanga, a água do Rio Três Braços invadiu o desvio implantado para a obra de construção da ponte entre Coaraci e Itapitanga, na BA-651. O alagamento causou a interrupção do tráfego de veículos na sexta, mas neste sábado (22) o volume de água já diminuiu e o tráfego foi liberado.

Na BA-262, entre Firmino Alves e Santa Cruz da Vitória, um deslizamento de terra atrapalhou o trânsito na região de Santa Cruz da Vitória. A limpeza da via foi feita neste sábado e o tráfego, liberado.

Confira locais interditados:

BA-283, entre as cidades de Itabela e Guaratinga
Houve um rompimento de bueiro na BA-283, entre Itabela e Guaratinga na sexta-feira (21). A empresa responsável pela manutenção da rodovia já sinalizou o local e aguarda melhores condições climáticas para iniciar os reparos. A passagem de veículos está em meia pista.

Pontes em Santa Cruz Cabrália
As três pontes que passam sobre o Rio Yaya foram interditadas. Uma delas teve uma parte levada pela água, outra desabou e a terceira foi interditada por questões de segurança.

BR-367, trecho em Santa Cruz Cabrália
Parte da via foi interditada, após o acostamento ceder durante o temporal.

G1 Bahia

Governo reconhece situação de emergência em 53 municípios maranhenses

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O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Goés, informou que o governo federal reconheceu a situação de emergência de 53 dos 64 municípios que foram atingidos fortemente pelas chuvas no Maranhão. Neste domingo (9), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acompanhado de Góes e outros ministros, sobrevoou as áreas inundadas na região de Trizidela do Vale e Pedreira e visitou um abrigo em Bacabal.

“Estamos atuando desde o primeiro momento junto com as equipes das defesas civil estadual e municipais nos planos de trabalho e até assessorando os municípios nos decretos de situação de emergência”, disse Góes, em coletiva de imprensa.

Segundo ele, no primeiro momento, as autoridades estão prestando ajuda humanitária, com entrega de água, cestas básicas, colchões e material de higiene. “E já começamos a trabalhar nos planos de restabelecimento. No que for necessário reconstruir, de bem público que seja destruído pelo evento, é orientação do presidente Lula que a gente faça também”, explicou o ministro.

O governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSB), afirmou que não tem faltado apoio do governo federal e disse que já são mais de 7,5 mil famílias desabrigadas e 35 mil afetadas pelas inundações nos 64 municípios do estado em situação de emergência.

Desde março, seis mortes foram registradas por causa das fortes chuvas e comunidades inteiras estão isoladas. Em todo o estado, nove rios, além de riachos e açudes, transbordaram. Uma das cidades mais prejudicadas é Trizidela do Vale. A prefeitura antecipou as férias dos estudantes de julho para abril, porque cinco escolas estão alagadas e outras sete servem de abrigo no momento.

Fonte – Agência Brasil