Anvisa aprova primeira insulina semanal para tratar diabetes 1 e 2

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a primeira insulina semanal do mundo para o tratamento de pacientes adultos com diabetes tipo 1 e 2 no Brasil. Trata-se da medicação Awiqli, produzida pela farmacêutica Novo Nordisk. Apesar da aprovação, não há data prevista para lançamento no país.

Em nota, o fabricante informou que a aprovação foi baseada em resultados do programa de ensaios clínicos Onwards, que demonstrou a eficácia do remédio no controle dos níveis de glicose em pacientes com diabetes tipo 1, alcançando controle glicêmico comparável ao da insulina basal de aplicação diária.

“Pacientes que utilizaram icodeca mantiveram níveis adequados de glicemia ao longo da semana com uma única injeção.”
Ainda de acordo com os estudos, a insulina icodeca também demonstrou segurança e controle glicêmico eficaz, comparável ao das insulinas basais diárias em pacientes com diabetes tipo 2.

“A insulina icodeca permitiu um controle estável da glicemia ao longo da semana com uma única injeção semanal, sendo eficaz em pacientes com diferentes perfis, incluindo aqueles com disfunção renal. Em ambos os casos, a segurança foi um fator determinante e Awiqli não demonstrou aumento significativo de eventos adversos graves, incluindo hipoglicemia.”

Segundo a Novo Nordisk, a insulina semanal icodeca já foi aprovada para adultos com diabetes tipo 1 e 2 pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) e em países como Austrália, Suíça, Alemanha, Japão e Canadá. Na China, a medicação foi aprovada para o tratamento de diabetes tipo 2 em adultos.

“Os pedidos também já foram submetidos ao FDA [Food and Drugs Adminstration, agência reguladora norte-americana] para avaliação”.
“Todos os medicamentos da Novo Nordisk devem ser vendidos sob prescrição e o tratamento deve sempre ser indicado e acompanhado por um médico habilitado. Não há data prevista de lançamento do produto no Brasil”, concluiu a farmacêutica no comunicado.

Agência Brasil

Brasil inaugura fábrica de medicamentos para diabetes e obesidade

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra da Saúde, Nísia Trindade, participaram nesta sexta-feira (23) da inauguração de fábrica de polipeptídeo sintético, em Hortolândia (SP), voltada para a produção de medicamentos para diabetes e obesidade.

Em nota, o ministério informou que a fábrica vai produzir a liraglutida sintética, “produto inovador que foi submetido para registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e está na fila prioritária para avaliação”.

Operada pela farmacêutica EMS, a fábrica também deve produzir a semaglutida, insumo do medicamento Ozempic, cuja patente vigora até março de 2026 e cujo pedido de registro já foi submetido à Anvisa. “Com um investimento de R$ 60 milhões, o espaço representa um marco histórico, pois é considerado o primeiro do tipo no país e faz parte das iniciativas do governo federal relacionadas ao Complexo Econômico-Industrial da Saúde”, avaliou o ministério, em nota.

Durante a inauguração, Nísia destacou benefícios para pacientes com diabetes. “É o primeiro medicamento produzido no país para tratamento de diabetes e obesidade, de forma inovadora, utilizando peptídeos, a liraglutida e também a semaglutida”. “É motivo de muito orgulho e de muita expectativa”, disse.

“A produção de polipetídeos sintéticos vai reduzir os efeitos colaterais para pacientes e também o custo, além de garantir avanço na autonomia do nosso país”, completou. Em sua fala, a ministra citou a importância de “esforços conjugados” e avaliou a inauguração da nova fábrica como “o encontro da competência e da qualidade do setor privado com as políticas públicas do governo federal”.

Durante a cerimônia, Lula avaliou o momento como “auspicioso” para a saúde no Brasil. “Muito me alegra voltar a esse complexo industrial 17 anos depois da primeira visita”, disse, ao citar o poder de compra do Estado como “fator muito importante para o desenvolvimento da indústria nacional”.

“Estamos convencidos de que o poder de compra do SUS vai permitir que a gente tenha uma indústria farmacêutica capaz de competir com qualquer uma do mundo. O Brasil cansou de ser pequeno, de ser um país em vias de desenvolvimento, de dizer que somos o país do futuro. Não.Queremos ser grandes. Pra nós, o futuro não é amanhã, começa agora. E essa fábrica é o exemplo de que o futuro já chegou na área da saúde.”

Entenda
A inauguração da fábrica atende às diretrizes da estratégia nacional para o desenvolvimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde, lançada em setembro de 2023 e com previsão de investimento de R$ 57,4 bilhões do setor público e da iniciativa privada até 2026.

A proposta é expandir a produção nacional de itens classificados como prioritários para o Sistema Único de Saúde (SUS), além de reduzir a dependência do Brasil no que diz respeito a insumos, medicamentos, vacinas e outros produtos estrangeiros.

Na matriz de desafios produtivos e tecnológicos em saúde, o diabetes, segundo o ministério, foi identificado como prioridade, tornando a inovação e o desenvolvimento tecnológico de plataformas e produtos relacionados a essa condição relevantes no âmbito do complexo.

Agência Brasil

UPAE Petrolina alerta para importância da prevenção e do controle do diabetes

Foto: Hélia Scheppa/SEI

A Unidade de Pronto Atendimento e Atenção Especializada de Petrolina (UPAE) alerta, por mais um ano, para a importância da prevenção e controle do diabetes, doença crônica que afeta milhões de pessoas no mundo.

O Dia Mundial do Diabetes, comemorado em 14 de novembro, tem como tema para 2023 “Educar para proteger o futuro“. A data tem como objetivo conscientizar a população sobre a doença e suas complicações, que podem levar a problemas graves de saúde, como cegueira, insuficiência renal, infarto e AVC.

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Diabetes afeta mais de 400 milhões de pessoas no mundo

Hoje, dia 14 de novembro, é celebrado o Dia Mundial de Prevenção ao Diabetes, doença que afeta mais de 400 milhões de pessoas no mundo, segundo a Federação Internacional de Diabetes (IDF).

O Diabetes Mellitus é uma doença crônica que há a elevação da glicose no sangue, podendo ser causada por uma deficiência na produção de insulina pelo pâncreas (Tipo 1), ou por uma resistência à ação da insulina (Tipo 2).

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Pernambuco recebe mais de 11 mil insulinas de ação rápida para pacientes com diabetes tipo 1

A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) informou que recebeu do Ministério da Saúde uma remessa de 11.040 canetas de insulina análoga de ação rápida, em canetas, para pacientes diagnosticados com diabetes mellitus tipo 1. Segundo a instituição, ao longo deste mês, o medicamento será distribuído para 3,5 mil pessoas nas unidades da Farmácia de Pernambuco.

De acordo com a SES-PE, os produtos estarão disponíveis a partir de segunda (3) na Farmácia Metropolitana, localizada no bairro da Boa Vista, Centro do Recife. A secretaria informou ainda que a direção da unidade está finalizando o plano de logística para encaminhar os medicamentos às regiões do estado. A lista dos locais onde há farmácias do estado pode ser consultada na internet.

 

Falta de insulina no SUS

A insulina de ação rápida foi incorporada no SUS em fevereiro de 2017. Mas os pregões realizados em agosto de 2022 e fevereiro de 2023 não tiveram sucesso e as compras não foram realizadas. As empresas participantes alegavam que o preço de referência para o produto estava defasado e não conseguiam vendê-las pelo preço máximo previsto pela licitação. Em março, o Tribunal de Contas da União (TCU) apontou um alto risco desabastecimento do produto já a partir de maio, quando o governo federal anunciou a aquisição emergencial para distribuir entre os estados.

A medicação é fundamental no controle da diabetes mellitus tipo 1. A doença acarreta a falha na produção de insulina, que precisa ser viabilizada de maneira artificial. A falta de insulina causa a elevação dos níveis de glicose no sangue, a hiperglicemia. Este cenário, a longo prazo, pode levar a uma série de problemas, como alterações renais, oftalmológicas e circulatórias.

Desde o início do ano, o Sistema Único de Saúde (SUS) registrava uma baixa nos estoques de insulina de ação rápida, correndo um risco de desabastecimento. Em maio, durante visita a Goiana, na Zona da Mata Norte do estado, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, confirmou que fez uma compra emergencial dessas medicações.

G1 Pernambuco