Bombardeios russos deixam 14 mortos e 37 feridos na Ucrânia

Ao menos 11 pessoas morreram e outras 37 ficaram feridas, incluindo crianças, durante os bombardeios russos na madrugada deste sábado na Ucrânia. O Ministério do Interior ucraniano informou que as forças russas atacaram Dobropillia com mísseis balísticos, múltiplos foguetes e drones, danificando oito prédios de vários andares e 30 carros.

“Enquanto combatia o incêndio, os ocupantes atacaram novamente, danificando o caminhão de bombeiros”, disse o ministério no Telegram. Dobropillia, com cerca de 28 mil habitantes antes da guerra, está na região de Donetsk, no leste da Ucrânia, a 22 quilômetros da linha de frente ao norte do importante hub de Pokrovsk, que as tropas russas têm atacado há semanas.

O exército ucraniano informou que a Rússia atacou a Ucrânia durante a noite com dois mísseis balísticos Iskander-M e um míssil de cruzeiro Iskander-K, além de 145 drones. Eles disseram que as forças aéreas derrubaram um míssil de cruzeiro e 79 drones. O exército acrescentou ainda que outros 54 drones não atingiram seus alvos.

A Tarde

 

Exército israelense intensifica bombardeios no Líbano

Israel intensificou os seus bombardeios aéreos no Líbano neste domingo (13), dentro e fora dos redutos do movimento islamista libanês Hezbollah, com o qual trava combates por terra em setores próximos da fronteira no sul do país.  O Hezbollah indicou que repeliu neste domingo duas tentativas de infiltração de tropas israelenses.

Segundo a milícia pró-iraniana, os seus combatentes detonaram dispositivos explosivos contra soldados israelenses que “os confrontaram quando tentaram se infiltrar” perto da cidade libanesa de Ramia. Afirmou também que atacou soldados israelenses em Marun al Ras, alguns quilômetros a leste, e que bombardeou uma base militar israelense ao sul da cidade de Haifa. Além disso, pela primeira vez, o movimento relatou combate corpo a corpo com soldados israelenses em uma aldeia no sul do Líbano.

Por sua vez, o Exército israelense relatou uma operação “seletiva e limitada” no sul, assim como um “combate corpo a corpo” com o Hezbollah. Também anunciou ter capturado um combatente da milícia em um túnel, “destruído [sua] infraestrutura ao longo da fronteira” e matado “dezenas” de combatentes.

O Hezbollah abriu uma frente contra Israel em outubro de 2023 para apoiar o seu aliado, o Hamas, na guerra na Faixa de Gaza, desencadeada após o ataque mortal do movimento islamista palestino em solo israelense em 7 de outubro daquele ano.

Depois de enfraquecer o Hamas em Gaza, Israel transferiu a maior parte das suas operações para a frente libanesa em setembro, com o objetivo de afastar o Hezbollah das zonas fronteiriças e permitir o retorno de cerca de 60.000 israelenses que tiveram que abandonar as suas casas no norte de Israel, devido ao lançamento de foguetes do grupo xiita. Mas neste domingo, o Exército disse ter interceptado cinco projéteis vindos do Líbano.

Mesquita destruída

Israel intensificou os seus bombardeios aéreos desde a meia-noite passada, segundo a agência de notícias oficial libanesa Ani, assim como os disparos contra cidades do sul do país, um reduto tradicional do Hezbollah.  Um bombardeio “por volta das 03h45” (horário local) destruiu “completamente” uma antiga mesquita no centro da aldeia de Kfar Tibnit, acrescentou.

A Cruz Vermelha libanesa informou que vários dos seus socorristas ficaram feridos neste domingo em um bombardeio de uma casa no sul, para onde foram enviados “em coordenação” com a força de paz da ONU no Líbano (Unifil).  A frente que o Hezbollah abriu contra Israel há um ano transformou-se em uma guerra aberta em 23 de setembro, com intensos bombardeios israelenses contra redutos do Hezbollah no Líbano, que mataram o líder do movimento, Hassan Nasrallah.

Ofensiva em Jabaliya

Depois de mais de um ano de combates, Israel continua a sua ofensiva em Gaza, território governado pelo Hamas.  O Exército bombardeia principalmente a região de Jabaliya, no norte, onde acusa o Hamas de reorganizar as suas forças. Neste domingo, o Exército indicou que eliminou “dezenas de terroristas” neste setor e atacou “40 alvos terroristas”.

O ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023 em solo israelense causou a morte de 1.206 pessoas, a maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em números oficiais israelenses e que inclui reféns mortos ou assassinados em cativeiro em Gaza.  Ao menos 42.227 palestinos, a maioria civis, morreram na ofensiva israelense no território, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza, considerados confiáveis pela ONU.

AFP

Bombardeio israelense mata 18 pessoas no centro de Gaza neste sábado (17)

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Um ataque israelense no centro da Faixa de Gaza neste sábado (17), matou pelo menos 18 pessoas, todas da mesma família, incluindo menores de idade. O bombardeio ocorre um dia após Estados Unidos, Catar e Egito, os mediadores para um cessar-fogo no enclave, expressarem otimismo por um acordo iminente entre Israel e grupo terrorista Hamas.

O ataque aéreo atingiu uma casa e um depósito adjacente que abrigava pessoas deslocadas na entrada da cidade de Zawaida, de acordo com o Hospital Mártires de Al-Aqsa em Deir al-Balah, para onde as vítimas foram levadas.

Entre os mortos estava Sami Jawad al-Ejlah, um atacadista que coordenava com o exército israelense para levar carne e peixe a Gaza. Os mortos também incluíam suas duas esposas, 11 de seus filhos com idades entre 2 e 22 anos, a avó das crianças e outros três parentes, segundo uma lista fornecida pelo hospital.

“Ele era um homem pacífico”, disse Abu Ahmed, um vizinho que ficou levemente ferido. Mais de 40 civis estavam abrigados na casa e no depósito no momento, disse. Imagens da AP mostraram escavadeiras removendo escombros do depósito gravemente danificado.

Outro deslocamento em massa foi ordenado para partes do centro de Gaza. Em um post no X, o porta-voz do exército israelense, Avichay Adraee, disse que os palestinos em áreas dentro e ao redor do campo de refugiados urbanos de Maghazi deveriam sair. Ele afirmou que as forças israelenses irão operar nessas áreas em resposta ao disparo de foguetes palestinos.

Negociações em andamento

Na sexta-feira (15), uma declaração conjunta dos mediadores afirmou que foi apresentada uma proposta para superar as divergências entre Israel e Hamas, e esperavam trabalhar nos detalhes de como implementar o possível acordo na próxima semana, no Cairo.

Os esforços de mediação visam não apenas garantir a libertação de dezenas de reféns israelenses e interromper os combates que devastaram Gaza, onde trabalhadores humanitários temem um possível surto de poliomielite, mas também acalmar as tensões regionais que ameaçam se transformar em uma guerra mais ampla, caso o Irã e o Hezbollah no ataquem Israel em retaliação pelas recentes mortes de líderes dos grupos terroristas.

Em um sinal de confiança, os mediadores começaram a preparar a implementação da proposta de cessar-fogo, mesmo antes de sua aprovação, disse um oficial americano, que falou sob condição de anonimato em conformidade com as regras da Casa Branca. O oficial disse que uma “célula de implementação” estava sendo estabelecida no Cairo para se concentrar na logística – incluindo a libertação dos reféns, fornecimento de ajuda humanitária para Gaza e garantia de que os termos do acordo sejam cumpridos.

No entanto, o Hamas lançou dúvidas sobre a proximidade de um acordo, dizendo que a última proposta divergia significativamente de uma versão anterior que eles haviam aceitado em princípio. Ambos os lados concordaram em princípio com um plano anunciado em 31 de maio pelo presidente dos EUA, Joe Biden.

O Hamas propôs emendas e Israel sugeriu esclarecimentos, levando cada lado a acusar o outro de tentar bloquear um acordo. O oficial dos EUA disse que a última proposta é a mesma de Biden, com alguns esclarecimentos baseados em negociações em andamento. A forma como está estruturada não representa risco à segurança de Israel, mas a fortalece, acrescentou.

Estadão Conteúdo