
(Foto: Alan Alves/ G1)
Com participação de cerca de 60 mil pessoas de várias partes do mundo, segundo os organizadores, termina hoje (17) em Salvador, a 13ª edição do Fórum Social Mundial. O evento, que começou na última terça-feira (13), teve participação do ex-presidente Lula, além de lideranças de partidos políticos e centrais sindicais, ocorreu no estádio de Pituaçu. Várias entidades e organizações do Vale do São Francisco enviaram representantes.
Lula foi um dos palestrantes do Fórum. “Avançamos muito na democracia no nosso continente e essa é a razão por conta do golpe que sofremos. Não foi pouca coisa o que aconteceu no Brasil, na Argentina e na Bolívia. Aqui, me elegeram mesmo sendo metalúrgico, elegeram Dilma como a primeira mulher presidente. Então a democracia andou, mas é preciso retoma-lá porque está ameaçada”, disse Lula em seu discurso.

(Foto: Alan Alves/ G1)
O ex-presidente já participou de edições anteriores do Fórum Social Mundial em Porto Alegre, em 2002 e 2003, enquanto era presidente. E também em 2011, no Senegal.
Além do ex-presidente, estiveram presentes o governador da Bahia, Rui Costa, as senadoras Gleisi Hoffman e Lidice da Mata, entre outros políticos. Outros convidados que eram esperados não compareceram, como Dilma Rousseff, José Mujica (Uruguai), Cristina Kirchner (Argentina) e Fernando Lugo (Paraguai).
Na última quinta-feira (15), os participantes do evento fizeram homenagens à vereadora Marielle Franco (PSOL) e ao motorista dela, Anderson Gomes, assassinados, na quarta-feira (14), na Zona Norte do Rio de Janeiro, e também pedidos de justiça pelo crime.
Com o lema “Resistir é criar. Resistir é transformar”, os eixos principais do evento este ano foram a definição de estratégias de resistência às políticas neoliberais de desmonte dos direitos sociais e o enfrentamento aos golpes antidemocráticos ocorridos em diversos países.
Articulação de movimentos sociais, partidos e personalidades de referência mundial – com mais de 1500 coletivos, organizações e entidades cadastradas e cerca de 1300 atividades inscritas – o Fórum Social Mundial luta para promover a transformação do ser humano em busca de “Um outro mundo possível”.
O Fórum Social Mundial 2018 teve representantes de organizações políticas e sociais de países como Canadá, Marrocos, França, Alemanha, Tunísia, Guiné, Senegal, além dos países das Américas Latina, Central e do Norte.