Governo registra 105 mil denúncias de violência contra a mulher

A maioria das denúncias tem como vítimas mulheres declaradas como de cor parda

O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) divulgou neste domingo (7) o balanço de dados sobre a violência contra a mulher recebidos pelos canais de denúncia do governo federal. Ao todo, em 2020, foram registradas 105.671 denúncias de violência contra a mulher, tanto do Ligue 180 (central de atendimento à mulher) e do Disque 100 (direitos humanos).

Do total de registros, 72% (75.753 denúncias) são referentes à violência doméstica e familiar contra a mulher, informou a pasta. De acordo com a Lei Maria da Penha, esse tipo de violência é caracterizado pela ação ou omissão que cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico da mulher. Ainda estão na lista danos morais ou patrimoniais a mulheres.

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Projeto de Petrolina se destaca no combate à violência contra a mulher

(Foto: Jonas Santos)

Petrolina ganhou um prêmio entregue pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. O município ficou em primeiro lugar em Pernambuco e entre as 10 melhores políticas públicas à juventude do Nordeste.

“Força da Mulher: Jovens Protetoras” foi o projeto premiado. Ele foi coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, com foco no enfrentamento da violência de gênero através da formação de mulheres entre 15 e 29 anos no combate à violência. “É mais uma conquista para a gestão e para Petrolina. O prêmio nos motiva a trabalhar mais em busca de ações para fortalecer as políticas sociais desenvolvidas em nossa cidade”, celebrou o prefeito Miguel Coelho (MDB).

Petrolina é pioneira no Sertão, sendo a primeira cidade da região a ter uma Patrulha da Mulher, resultado de uma lei municipal proposta pela vereadora Cristina Costa (PT). Ações como essa fortalecem o combate à violência de gênero no município, garantindo mais segurança a elas.

Inspirado no “Eu Escolhi Esperar”, Governo Federal estuda programa para retardar início da vida sexual dos jovens

Damares Alves quer adotar essa política no país (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O Governo Federal está pensando em adotar um programa que estimule os jovens brasileiros a não fazer sexo ou adiar o início da vida sexual. A busca do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos é prevenir a gravidez na adolescência.

A secretária nacional de família, Angela Gandra Martins disse à Folha de São Paulo que a pasta avalia atualmente modelos de políticas com foco no adiamento da vida sexual.”É conscientizar mais do que dizer apenas ‘faça, vá em frente’, e mostrar que uma relação é algo que toca o núcleo das pessoas, não é só algo físico“, destacou.

A pasta comandada pela ministra Damares Alves também destacou que os contraceptivos não são 100% eficazes. A proposta do ministério se baseia nos movimentos religiosos como o Eu Escolhi Esperar, que defende que jovens cristãos esperem o casamento para terem relações sexuais.

O assunto avança nos bastidores e uma reunião nessa semana deve analisar a implantação do programa. Ainda não há informações sobre os recurso a ser utilizados em uma eventual adesão da iniciativa.