Brasil e Argentina estudam criar moeda única para trocas comerciais

As equipes econômicas de Brasil e Argentina trabalharão em uma proposta de criação de uma moeda comum que possa ser usada nos fluxos comerciais e financeiros. O objetivo seria reduzir custos operacionais e a dependência de moedas estrangeiras.

Em declaração hoje (23), em Buenos Aires, na Argentina, Lula disse que isso será feito “com muito debate e muitas reuniões”. “É o que vai acontecer”, disse ele. “Se dependesse se mim, a gente teria comércio exterior sempre nas moedas dos outros países, para não precisássemos ficar dependendo do dólar”, argumentou o presidente.

Segundo Lula, muitos países têm dificuldade de adquirir dólar, e isso impede que acordos aconteçam. “Deus queira que nossos ministros e presidente de bancos centrais tenham a inteligência, a competência e a sensatez necessária para que a gente dê um salto de qualidade nas nossas relações comerciais e financeiras”, completou o presidente.

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Lula sobre novo comandante do Exército: “Ele pensa exatamente como o que tenho falado”

Em entrevista em Buenos Aires, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva elogiou o nome do general Tomás Miguel Ribeiro Paiva, que desde sábado (21) comanda o Exército. Ao lado de Alberto Fernandez, presidente da Argentina, Lula afirmou que eles estão em sintonia:

Escolhi um comandante do Exército que não foi possível dar certo, escolhi outro, que tive boa conversa e ele pensa exatamente com tudo que eu tenho falado sobre as Forças Armadas, as Forças Armadas não servem a um político, não existe para atender a um político. Existem para garantir a soberania do nosso país, sobretudo a possíveis inimigos externos e para garantir a seguridade do povo brasileiro. está claro na constituição“, afirmou

Lula voltou a criticar o ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmando que, “não sabe como”, ele conseguiu a maioria “em todas as forças militares, na polícia nos estados, na polícia rodoviária, uma parte da polícia militar e uma parte das Forças Armadas”:

O que aconteceu é que Bolsonaro não respeitou a Constituição e não respeitou as Forças Armadas, tenho certeza que vamos colocar as coisas no lugar. O Brasil voltará a normalidade, as Forças vão cumprir seu papel, poder executivo, legislativo também cumprirão e o Brasil ficará bem“, disse.

Lula define valor do salário mínimo até maio de 2023

Diante das dificuldades orçamentárias, o presidente Lula (PT) e o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, confirmaram que o valor do salário mínimo em 2023 ficará sendo o que estava previsto no Orçamento estipulado ainda no governo Bolsonaro (PL), pelo menos até o mês de maio.

Nesta quarta-feira (18), Lula esteve reunido com Marinho e integrantes de centrais sindicais para discutir a valorização do mínimo e outras questões trabalhistas cobradas ao novo governo.

Segundo Marinho, Lula acertou que o valor do salário mínimo, atualmente em R$ 1.302, não será reajustado antes de maio.

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Lula acusa gente das Forças Armadas de conivência com invasão: “A porta do Palácio foi aberta”

Manifestantes invadem Congresso, STF e Palácio do Planalto.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva acusou nesta quinta-feira (12) “gente das Forças Armadas” de ter sido conivente com a invasão do Palácio do Planalto no último domingo e afirmou estar convencido de que as portas foram abertas.

Eu ainda não conversei com as pessoas a respeito disso. Eu estou esperando a poeira baixar. Quero ver todas as fitas gravadas dentro da Suprema Corte, dentro do palácio. Teve muito gente conivente. Teve muita gente da PM conivente. Muita gente das Forças Armadas aqui dentro conivente. Eu estou convencido que a porta do Palácio do Planalto foi aberta para essa gente entrar porque não tem porta quebrada. Ou seja, alguém facilitou a entrada deles aqui, disse Lula, durante café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto“, disse.

Antes de responder às perguntas dos jornalistas, Lula fez uma fala inicial. Logo no início, o presidente revelou que está sendo feito um trabalho para tirar os bolsonaristas que estavam lotados no Planalto do Planalto.

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Lula promete começar a inaugurar obras públicas ainda este mês

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta quinta-feira (12), que o governo vai construir e inaugurar moradias e obras que ficaram paradas na gestão da ex-presidente Dilma Rousseff. Lula disse ter conversado sobre o assunto em reuniões com os ministros das Cidades (Jader Filho), dos Transportes (Renan Filho) e do Desenvolvimento Regional (Waldez Góez).

“Se preparem, porque ainda este mês a gente vai ter muitas coisas para inaugurar nesse país. A gente vai ter muitas casas que começaram ainda no governo da Dilma. Das mesma forma, muitas obras de infraestrutura, também começadas nos governos do PT, vamos voltar a inaugurar”, afirmou Lula.

Ao lado da primeira dama, Janja da Silva, e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, Lula estava na cerimônia de posse da nova presidente da Caixa Econômica Federal, Rita Serrano. Mais cedo, no Palácio do Planalto, o presidente participou do anúncio de medidas econômicas anunciadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

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Lula: atos terroristas foram ação de aloprados que serão punidos

O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva recebeu nesta quarta-feira (11) no Palácio do Planalto um grupo de parlamentares, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), e o primeiro vice-presidente do Senado, Veneziano Vital do Rego (MDB), que fizeram a entrega simbólica do decreto de intervenção na área da segurança pública no Distrito Federal.

O decreto editado no domingo por Lula, após os atos golpistas cometidos por bolsonaristas inconformados com o resultado das eleições de 2022, foi chancelado pelas duas Casas do Legislativo. A Câmara votou o texto na segunda-feira e o Senado, ontem.

No encontro, Lula agradeceu a aprovação rápida pelos parlamentares do decreto de intervenção e a cobertura da imprensa. Lula disse que os atos terroristas foram ação de um grupo de “aloprados” que não quer aceitar a urna eletrônica.

Governo federal fará levantamento de obras e ações prioritárias

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comandou nesta sexta-feira (5), no Palácio do Planalto, a primeira reunião ministerial de seu governo. Estiveram presentes todos os 37 ministros da nova gestão. O encontro começou por volta das 10 h, com um discurso do presidente, transmitido ao vivo, e depois a conversa seguiu a portas fechadas, com duração de quase cinco horas.

Ao final do encontro, por volta das 15h, o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, concedeu uma entrevista coletiva para falar sobre os principais pontos da reunião. Entre as deliberações, está um levantamento de obras e ações prioritárias que possam ter entregas ao longo das próximas semanas e meses, além de agendas com a presença do presidente.

O presidente da República encerrou a reunião falando do seu otimismo e a determinação de, nos próximos dias, ele já fazer agenda nos estados, fazendo entregas, ações concretas de cada pasta. Já a partir da terça-feira [10], nós estaremos, pela Casa Civil, visitando cada ministério, para recepcionar as sugestões e prioridades dos ministros, e das ações que podem e devem ser tratadas com metas para os 100 dias de governo“, disse Costa. Ele não informou quais estados o presidente visitará, o que está em processo de definição. A lista de obras e ações prioritárias deve ser concluída em duas semanas.

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Quem fizer algo errado será convidado a deixar o governo, diz Lula

No início de sua primeira reunião com toda a equipe de governo, nesta sexta-feira (6), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que seu governo não tem um “pensamento único”.

Entretanto, apesar de divergências, para o presidente, todos da equipe devem trabalhar para o bem comum. “Não somos um governo de pensamento único, de filosofia única, de apenas pessoas iguais. Somos um governo de pessoas diferentes. O que é importante é a gente, pensando diferente, fazer um esforço para que no processo de reconstrução desse país, pensemos igual”.

Sobre sua relação com os ministros, Lula prometeu lealdade e que vai agir como um irmão mais velho ou um pai. “Não deixarei nenhum de vocês pela estrada“, disse aos ministros.

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Novo governo Lula repete erros de Dilma, diz Henrique Meirelles

“É uma ilusão acreditar que pode se repetir os erros e ter resultado diferente”, afirma ele ao Radar Econômico

Ministro da Fazenda que instituiu o teto de gastos e fomentou a discussão de uma reforma da Previdência durante o governo de Michel Temer, Henrique Meirelles está preocupado com as recentes falas de ministros do governo de Luiz Inácio Lula da Silva em relação à regra fiscal e às alterações previdenciárias.

Em entrevista ao Radar Econômico, Meirelles afirmou que as tendências expressas pela nova gestão repetem o governo de Dilma Rousseff. “As mesmas pessoas que participaram ou têm linha de pensamento similar predominando. A tendência é seguir o aumento dos gastos, o uso de estatais, o controle de preços. O resultado do governo Dilma nós conhecemos, provocando a maior recessão da história do Brasil. É uma ilusão acreditar que pode se repetir os erros e ter resultado diferente”, afirma ele.

Meirelles diz que o governo age mal ao criticar as reações negativas do mercado. “Há um entendimento equivocado sobre o que é o mercado. O mercado são os agentes econômicos. O padeiro do interior da Bahia também é mercado, que compra mais trigo se acredita que vai vender mais pão. Se ele acha que vai cair, contém despesas e demite funcionário”, afirma. “Não adianta dizer que há nervosismo do mercado e tentar ignorar as reações dos agentes produtivos às medidas anunciadas”, critica.

Em relação à fala recente do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, sobre rever a reforma da Previdência, Meirelles afirma que, se a reforma não tivesse sido aprovada em 2019, 80% do Orçamento da União seria utilizado, hoje, para pagar aposentadorias. “O Brasil, como a maioria dos países, teve aumento de expectativa de vida — o que faz aumentar o tempo que as pessoas ficam aposentadas. Em 2017, quando apresentamos a primeira proposta da reforma da Previdência, havia um aumento insustentável. Se a reforma não tivesse sido aprovada, 80% do Orçamento seria usado para pagar aposentadorias”, diz.

VÍDEO: Presidente é recebido aos gritos de ‘Lula ladrão’ no velório de Pelé

O presidente Lula foi xingado na Vila Belmiro durante visita para se despedir de Pelé. O corpo do jogador foi velado no estádio do Santos, time que consagrou o Rei do Futebol.

Na parte externa do estádio, manifestantes gritaram palavras de ordem contra o petista e entoaram o verso “Lula ladrão, seu lugar é na prisão”.

Durante a visita, Lula esteve acompanhado da primeira-dama, Janja. O presidente cumprimentou familiares de Pelé e saiu sem falar com a imprensa.

No Twitter, uma publicação de Lula também gerou discussão.

O petista postou uma foto que mostra Pelé, incluindo o rosto do jogador, dentro do caixão. Internautas classificaram a foto como “desnecessária” e “desrespeitosa”.

Primeiro dia útil do governo Lula derruba Bovespa e provoca alta do dólar

O primeiro dia útil do governo Lula não foi positivo para o mercado financeiro brasileiro.

A Bovespa, bolsa de valores do Brasil, despencou 3,06%.

O índice foi puxado pela queda do valor das ações da Petrobras, que registrou desvalorização de 6,45% da PETR4 e de 6,46% da PETR3.

O Banco do Brasil, o mais eficiente do País, que sinaliza lucro de R$32 bilhões em 2022, com 60% dos dividendos sendo pagos ao próprio governo federal, somente ontem perdeu 4.2% do seu valor.

Enquanto a Bovespa registrou queda, o dólar operou em alta de 1,51%, cotado a R$ 5,36.

Em grande revogação, Lula suspende novos registros de CACs e de clubes de tiro

Após ser empossado, Lula já tomou seu primeiro ato como presidente e assinou um “revogaço”. Ele também liberou o pagamento do Auxílio Brasil e deu posse aos seus 37 ministros. O petista havia se comprometido a controlar mais as armas no país e iniciou a reestruturação hoje (02).

Além disso, o novo presidente mirou os sigilos impostos por Jair Bolsonaro e despachou para que a Controladoria-Geral da União reavalie os sigilos impostos pelo ex-presidente – o prazo de análise é de 30 dias.

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Morador de Afrânio pedala mais de dois mil quilômetros para acompanhar posse de Lula em Brasília

Um auxiliar de pedreiro morador de Afrânio (PE) chamou a atenção nas redes sociais após afirmar que pedalou mais de dois mil quilômetros para poder acompanhar a posse do presidente Lula (PT) em Brasília (DF), nesse domingo (1°).

Em um vídeo, Gilmar Luís Lacerda, de 46 anos, diz que pedalou 45 dias para chegar ao local, precisando dormir em postos de combustível para completar o percurso. Ele afirmou, ainda, que pedalava cerca de 120 km por dia.

O caso chamou a atenção das pessoas que escutaram e gravaram sua história de persistência para completar a jornada.

Em Caruaru, homem com arma em vídeo ameaçando matar Lula diz que gravou “por brincadeira”

Um homem que aparece em um vídeo que circulou nas redes sociais, na quinta-feira (29), com um suposto rifle e citando ameaças de morte ao presidente eleito Lula na cerimônia de posse marcada para o próximo domingo (1º), em Brasília, se apresentou espontaneamente na sede da Polícia Federal (PF) em Caruaru, no Agreste de Pernambuco. Aos policiais, ele afirmou que gravou o vídeo “por brincadeira” e que “não tinha a intenção de publicá-lo”.

Ainda no depoimento, o homem disse que “acabou postando de maneira não intencional nos stories do seu WhatsApp”. O vídeo, segundo ele, ficou 10 minutos no ar – na gravação que viralizou é possível ver que alguém gravou a tela do celular.

Declarou ainda que não teve a intenção de ameaçar o presidente Lula e que o vídeo foi feito de forma jocosa, não sendo as ameaças concretas ou verdadeiras“, disse a PF, em nota.

Na gravação, o homem aparece portando uma arma de pressão por ação de ar comprimido, popularmente conhecida como espingarda de chumbinho – e profere ameaças de morte a Lula.

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Tebet diz a Lula que ‘trabalhará junto’ com Haddad, e presidente eleito afirma: ‘Qualquer coisa eu decido’

Em reunião com Lula, a futura ministra do Planejamento Simone Tebet (MDB) disse que “trabalhará junto” de Fernando Haddad (Fazenda). “Não vai ter nenhum tipo de exposição. Vamos resolver juntos os problemas”, afirmou ela ao presidente eleito, ao lado de Haddad.

Ao que Lula respondeu: “Sei das diferenças de visão sobre a economia e isso pra mim não é um problema. Sei que você é equilibrada e qualquer divergência eu decido”.

O “qualquer diferença eu decido” indica o grau de envolvimento que o presidente eleito pretende ter com os assuntos econômicos, embora confie muito em Fernando Haddad.

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