Dinheiro arrecadado com multas ambientais será utilizado na recuperação da bacia do Velho Chico

(Foto: Arquivo)

A bacia do Rio São Francisco será a primeira contemplada com o programa conversão de multas aplicadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recurso Naturais Renováveis (IBAMA). O anúncio foi feito pelo órgão ambiental na tarde dessa sexta-feira (16).

O programa do IBAMA consiste na aplicação de multas, que posteriormente serão convertidas em recurso para ser investido na recuperação ambiental. O órgão escolheu a bacia do Velho Chico por ser a mais degradada no país.

O programa foi publicado no Diário Oficial da União e para evitar interesses, o IBAMA em Brasília dará a palavra final sobre as punições. Segundo o portal UOL, o Instituto aplica anualmente oito mil multas, somando R$ 4 bilhões. A Petrobras é uma das principais empresas enquadradas pelo IBAMA.

Ainda segundo o UOL, de 2011 a 2016 as multas aplicadas totalizaram R$ 23 bilhões e somente 2,62% das multas foi quitado pelas empresas notificadas.

Projeto de recuperação de matas ciliares do Rio São Francisco já apresenta resultados

(Foto: ASCOM)

O bioma Caatinga é o único ecossistema integralmente brasileiro e está no mesmo patamar de importância da Amazônia e Pantanal. Nele existem pelo menos 4,5 mil espécies vegetais, embora se acredite que o número seja ainda maior.

Segundo o biólogo e professor da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf, Campus de Ciências Agrárias, Petrolina, PE), José Alves de Siqueira, 41% da região nunca foi investigada.

Apesar da relevância para a população local, a Caatinga sofre com invasões de espécies não nativas, desmatamento e degradação ambiental.

Com o objetivo de reflorestar o bioma, incluindo a recuperação das matas ciliares do Rio São Francisco, a Agrovale e o Centro de Referência para Recuperação de Áreas Degradadas da Caatinga (CRAD), da Univasf, iniciaram um projeto de parceria, em 2016, que já apresenta os primeiros os resultados.

“A invasão biológica da algaroba, por exemplo, é atualmente um dos maiores gargalos para a recuperação de matas ciliares do Velho Chico. Os esforços concentrados da Univasf com a Agrovale têm potencial para diminuir os impactos negativos da algaroba em nosso ecossistema”, diz José Alves de Siqueira, que é autor do livro ‘Flora das Caatingas do Rio São Francisco (2012)’ e vencedor do Prêmio Jabuti 2013 na categoria Ciências Naturais.

De acordo com a coordenadora da Agrovale, Thaisi Tavares, responsável pelo setor de Meio Ambiente e Qualidade da empresa, a ação conjunta tem efeitos práticos para os cidadãos de Petrolina (PE), Juazeiro (BA) e cidades vizinhas.

“Ao buscarmos a conservação das espécies e a reintrodução de espécies nativas, conseguimos um meio ambiente mais agradável, gerando oxigênio mais limpo e temperaturas mais equilibradas”, salienta.

A perspectiva de duração desta parceria é de cinco anos e envolve uma equipe multidisciplinar de biólogos e engenheiros agrônomos. Nesse período, será acompanhado o desenvolvimento de espécies típicas das matas ciliares como jatobá, ingazeira e o marizeiro, a partir do manejo dos locais invadidos pelas algarobas.

Ainda durante o trabalho, serão identificados os melhores modelos para a recuperação das áreas ribeirinhas do Velho Chico.

Manobra na Hidrelétrica de Xingó faz nível do Rio São Francisco aumentar e causa prejuízos em Alagoas

(Foto: internet)

Durante o fim de semana, o nível do Rio São Francisco aumentou 8 metros no entre o Estado da Bahia e Alagoas e causou inundações na cidade alagoana de Piranhas.

A inundação da orla fluvial da cidade foi provocada pelo aumento da vazão da Hidrelétrica de Xingó. A elevação provocou estragos nas residências e estabelecimentos comerciais próximos ao rio. Moradores, comerciantes e turistas de Piranhas foram surpreendidos. Com a elevação, embarcações de pescadores chegaram a afundar e foi registrada a morte de peixes.

Além dos prejuízos em Piranhas, que acabaram levando os turistas a deixarem o local antes do previsto, também foram relatados prejuízos na margem sergipana do rio. No final do dia, no entanto, o São Francisco já havia voltado para o leito.

Os moradores afirmaram que não houve nenhum aviso sobre o aumento da vazão do Rio São Francisco.

A Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf) informou, nesta terça-feira (9), que o aumento do Velho Chico no último fim de semana foi provocado pela abertura espontânea de uma das comportas da Usina Hidrelétrica de Xingó. O sistema estaria semiaberta e rompeu voluntariamente, sem ação humana.

“Tão logo detectamos o problema, providenciamos o fechamento de outra turbina”, informou o diretor de Operações, João Henrique de Araújo Franklin Neto. “Não houve tempo hábil para informar a população sobre essa operação solicitada pelo ONS [Operador Nacional do Sistema Elétrico]”, disse.

De acordo com o diretor da Chesf, a empresa recebeu uma solicitação do ONS na sexta-feira da semana passada para a elevação do nível do reservatório de Itaparica, em Pernambuco, com a entrada em operação de quatro geradores em Paulo Afonso e um outro em Xingó, a fim de suprir a deficiência na geração de energia eólica.

Fonte: Gazzetaweb

Barco é roubado em Juazeiro

(Foto: Divulgação)

Um barco foi roubado, este fim de semana (10), das margens do Rio São Francisco, próximo ao Condomínio Country Clube, nas imediações dos Bairros Quidé e Pedra do Lord, em Juazeiro.

A embarcação de cor verde mede 7 metros de comprimento por 0,60 centímetros de altura. O senhor Marcelo Bruno dos Santos, que usava o barco para trabalhar em uma empresa que tira areia do Rio São Francisco, disse a este blog, que o veículo ficava preso a uma corrente com cadeado, mesmo assim, os ladrões levaram a embarcação.

Caso alguém tenha alguma informação de onde ele está, pode ligar para os telefones: (74) 98832-0736  ou (74) 98835-2735.

Chove forte em regiões do leito do Rio São Francisco

(Foto: Internet)

As fotos mostram o Rio São Francisco na última sexta-feira (8) no Oeste da Bahia, região de Bom Jesus da Lapa. Mil quilômetros abaixo, no sul de Minas, a Serra da Canastra está jorrando água cristalina num volume espantoso, engrossando a nascente do Rio São Francisco. Logo abaixo, não muito distante da cascata Casca D`Anta, a lama começa a escorrer Rio adentro.

O assoreamento é uma constante nos últimos anos, porém neste final de ano de 2017, o que se configura é a imagem de um imenso desastre ambiental. A Embrapa Solos, responsável pelo monitoramento dos solos e movimentos geológicos, estima que o país esteja perdendo cinco bilhões de dólares por ano somente pela ação da erosão.

(Foto: Internet)

São 140 milhões de hectares degradados. Pior é a questão social. O Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), do Ministério da Agricultura, alerta que mais chuvas podem chegar sobre Minas, Bahia e Espirito Santo.

O Instituto Nacional de Meteorologia prevê que caiam sobre a região central do país mais de 200 mm nas próximas horas.

Esse volume inevitavelmente irá correr para o leito do Velho Chico que, praticamente, já não tem mais profundidade. Com o leito raso, a água tenderá a vazar pelas margens, onde, sem os antigos barrancos, poderá haver inundações no sertão da Bahia.

Em Petrolina, AMMA faz alerta a população sobre desprendimento de baronesas no Rio São Francisco

(Foto: Divulgação)

Nesta sexta-feira (08), alguns blocos da planta baronesa, presentes no Rio São Francisco, se desprenderam e estão descendo rio abaixo.  O deslocamento da vegetação ocorreu pela mudança de direção e velocidade dos ventos, além da queda da vazão da barragem de Sobradinho, que chega a marca de 550m³/s.

“Esse é um evento natural, que foi potencializado pela diminuição da vazão, Sobradinho nunca esteve numa vazão tão baixa. Por isso, deve-se redobrar a atenção, principalmente com a navegação, para que não ocorra nenhum acidente”, esclarece o diretor de Projetos da Agência Municipal do Meio Ambiente (AMMA), Victor Flores.

O diretor-presidente da pasta, Rafael Oliveira, explica que estão sendo tomadas todas as medidas possíveis para evitar algum incidente.  “Estamos monitorando os deslocamentos das baronesas através de barco e equipe de campo. Serão tomadas as medidas necessárias, para que se mantenha a segurança e para reforçar é necessário que a população que faz uso do rio tenha uma maior cautela nos próximos dias”, alerta.

Bispos católicos da Bacia do Rio São Francisco fazem nota em defesa do Velho Chico

Bispos da Bacia do Rio São Francisco. (Foto: ASCOM)

Os Bispos Católicos que trabalham em Dioceses que ficam situadas na Bacia do Rio São Francisco (que inclui os estados de Minas Gerais, Bahia, Pernambuco e Sergipe) lançam neste domingo (03) uma nota em defesa do Velho Chico.

A Nota surgiu de um encontro realizado entre os dias 21 e 23 de novembro em Bom Jesus da Lapa (BA), reunindo estudiosos, membros de pastorais e movimentos sociais que trabalham com o rio. No documento, os religiosos denunciam os problemas que ocasionam “processo de morte” do rio e sugerem ações para sua revitalização.

CARTA DA LAPA

Primeiro Encontro dos bispos da Bacia do Rio São Francisco

“Nas margens da torrente, de um lado e de outro, haverá toda espécie de árvores com frutos comestíveis, cujas folhas e frutos não se esgotarão. Essas árvores produzirão novos frutos de mês em mês, porque a água da torrente provém do santuário. Por isso, os frutos servirão de alimentos e as folhas de remédio” (Ez 47,12).

À luz do Evangelho, em comunhão com o Papa Francisco e inspirados pela carta encíclica “Laudato Sí”, nós, bispos da bacia do Rio São Francisco, representando onze das dezesseis dioceses, diante do processo de morte em que este Rio se encontra e das consequências que isto representa para a população que dele depende, assumimos de forma colegiada a defesa do Velho Chico, de seus afluentes e do povo que habita sua bacia.

Como pastores a serviço do rebanho que nos foi confiado, constatamos, com profunda dor: (a) o sumiço de inúmeras nascentes de pequenos subafluentes e, em consequência, o enfraquecimento dos afluentes que alimentam o São Francisco; (b) o aumento da demanda da água para a irrigação, indústria, consumo humano e outros usos econômicos, sem levar em conta a capacidade real dos rios de ceder água; (c) a destruição gradativa das matas ciliares expondo os rios ao assoreamento cada vez maior; (d) a decadência visual dos rios e da biodiversidade; (e) o aumento visível dos conflitos na disputa pela água em toda a região; (f) empresas sempre fazem prevalecer seus interesses e o Estado acaba por ser legitimador de um modelo predatório de desenvolvimento.

Tudo isso vem gerando a destruição lenta e cruel da biodiversidade do Velho Chico e, consequentemente, sua morte gradativa.

Diante dessa triste realidade, enquanto bispos da bacia do Rio São Francisco e pastores do rebanho que nos foi confiado, propomos:

  1. Sermos uma “Igreja em Saída”: Ir ao encontro do povo e, como pastores, convocar os cristãos e as pessoas sensíveis à causa, para juntos assumirmos o grande desafio de salvar o rio da morte e garantir a vida humana, da fauna e da flora que dele dependem;
  2. Sermos uma “Igreja Missionária”: Realizar visitas às nossas comunidades, missões, peregrinações, romarias e estabelecer um diálogo aberto com as pessoas para que entendam e assumam, à luz da fé, o cuidado com a “Casa Comum”, particularmente, a defesa do nosso Rio;
  3. Sermos uma “Igreja Profética”: Elaborar subsídios educativos sobre meio-ambiente e o modo de preservá-lo. Utilizar os meios de comunicação, rádios, periódicos diocesanos para levar ao maior número de pessoas a boa nova da preservação da vida;
  4. Sermos uma “Igreja Solidária”: Reforçar as iniciativas populares de recomposição florestal, recuperação de nascentes, revitalização de afluentes; incentivar a ética da responsabilidade socioambiental capaz de gerar um modo de vida sustentável de convivência com a caatinga, o cerrado e a mata atlântica; defender políticas públicas para implementação do saneamento básico, apoio à agricultura familiar, manutenção de áreas preservadas, a exemplo dos territórios das comunidades tradicionais de fundo e fecho de pasto, indígenas, quilombolas, ribeirinhos, pescadores, etc.
  5. Finalmente, declaramos nossa posição em defesa do “Repouso Sabático” para os nossos biomas a fim de que possam se reconstituir. Particularmente, uma moratória para o Cerrado, por um período de dez anos. Durante esse período não seria permitido nenhum projeto que desmate mais ainda o Cerrado, a Caatinga e a Mata Atlântica, biomas que alimentam o Rio São Francisco e dele também se alimentam.
  6. Nesse sentido chamamos as autoridades federais, os governadores, prefeitos, deputados, senadores, o Ministério Público, para que assumam sua responsabilidade constitucional na defesa do Velho Chico e do seu povo.

Que São Francisco, padroeiro da Ecologia e do Rio que traz o seu nome, nos inspire a cuidar da Criação. Que o Bom Jesus da Lapa, de cujo Santuário provém a água da torrente, abençoe e dê vida ao nosso Velho Chico e ao povo do qual ele é pai e mãe.

Bom Jesus da Lapa, 1º Domingo do Advento de 2017.

Bispos Participantes

 Dom José Moreira da Silva – Bispo de Januária (MG)

Dom José Roberto Silva Carvalho – Bispo de Caetité (BA)

Dom João Santos Cardoso – Bispo de Bom Jesus da Lapa (BA)

Dom Josafá Menezes da Silva – Bispo de Barreiras (BA)

Dom Luiz Flávio Cappio, OFM – Bispo de Barra (BA)

Dom Tommaso Cascianelli, CP – Bispo de Irecê (BA)

Dom Carlos Alberto Breis Pereira, OFM – Bispo de Juazeiro (BA)

Monsenhor Malan Carvalho – Administrador Diocesano de Petrolina (PE)

Dom Gabriele Marchesi – Bispo de Floresta (PE)

Dom Guido Zendron – Bispo de Paulo Afonso (BA)

Monsenhor Vitor Agnaldo de Menezes – Bispo eleito de Própria (SE)

Petrolina: homem supostamente embriagado cai com carro no rio e é multado pela AMMA

A multa de R$ 5 mil, entretanto, a depender da reincidência e da gravidade, prevê punição de até R$ 50 milhões. (Foto: ASCOM)

Um fato inusitado chamou a atenção nesta semana na Porta do Rio, em Petrolina (PE). Um condutor, supostamente embriagado, perdeu perdeu o controle do seu veículo e caiu dentro do Rio São Francisco. O homem, que se recusou a realizar o teste do bafômetro, foi multado pela Agência Municipal do Meio Ambiente (AMMA) em R$ 5 mil.

A Guarda Municipal foi acionada e prestou amplo apoio até a chegada da Polícia Militar. O motorista teve o carro rebocado pelo guincho da Autarquia Municipal de Mobilidade de Petrolina (AMMPLA).

Por entrar no rio com o carro, o motorista infringiu o artigo 61 que penaliza aquele que causar poluição de qualquer natureza, que possam resultar em danos à saúde humana, animal ou a biodiversidade. Além disso, foi enquadrado no inciso 5º do artigo 62, que pune quem lançar resíduos sólidos, líquidos, gasosos, sejam eles oleosos ou não que venham a causar danos ambientais. Ambos fazem parte do Decreto Federal 6.514 que regulamenta as infrações e sanções administrativas referentes ao meio ambiente.

A multa de R$ 5 mil, entretanto, a depender da reincidência e da gravidade, prevê punição de até R$ 50 milhões. De acordo com o diretor-presidente da AMMA, Rafael Oliveira, todo cidadão pode acionar a AMMA quando perceber algo errado.

“O Rio São Francisco é o nosso maior bem e precisamos, cada vez mais, termos consciência e cuidar dele. Quando um veículo entra no rio, está contribuindo para que a poluição, a sujeira e, principalmente, os óleos presentes nele, prejudiquem todo o ecossistema. Por isso, nós cidadãos também somos fiscais e devemos denunciar quando houver alguma irregularidade”, explica.

Para denúncias, as pessoas podem entrar em contato pelo telefone da Agência Municipal do Meio Ambiente 3861- 4382, da Guarda Municipal nos finais de semana, através do telefone 153, ou da Ouvidoria Municipal 156.

Com a abertura das comportas em Muquém, transposição chega a Floresta

O açude Muquém vai disponibilizar a água da transposição ao Riacho Vassoura, que a conduzirá até a barragem Barra do Juá. (Foto: Ilustração)

Nos próximos 30 dias, as águas da transposição do rio São Francisco poderão chegar aos moradores de Floresta. Com a abertura das comportas do reservatório Muquém, na sexta-feira (17), a expectativa é que o abastecimento atenda 30 mil pessoas do município.

Para chegar a Floresta, a água percorrerá 80 quilômetros. O açude Muquém vai disponibilizar a água da transposição ao Riacho Vassoura, que a conduzirá até a barragem Barra do Juá. De lá, o rio São Francisco irá perenizar o Riacho do Navio até chegar à cidade.

A chegada da água acontece oito meses após a inauguração desse trecho da obra. Apesar de cerca de 200 quilômetros de canais cortarem o Estado, até agora a única cidade atendida é Sertânia, onde 35 mil pessoas são beneficiadas. Na Paraíba, cerca de um milhão de pessoas são atendidas. Faltam obras complementares como o Ramal e a Adutora do Agreste.

Há ainda o eixo norte, o maior e com mais atrasos no serviço. Nele, a água é captada em Cabrobó e levada ao Ceará, passando por Rio Grande do Norte e Paraíba. Esse trecho, porém, ficou com obras paradas por um ano, após atrasos, porque a construtora deixou a obra e a licitação foi envolvida em um imbróglio judicial.

Pescador morre afogado em Casa Nova

(Foto: Ilustração)

Foi encontrado na manhã de hoje (17) o corpo de um pescador, que estava desaparecido desde a manhã de quarta-feira (15), nas proximidades da Ilha de Idalina, em Casa Nova.

Segundo informações, a vítima foi identificada como Feliciano José de Castro que estava desaparecido desde que seu barco naufragou nas proximidades da Ilha de Idalina. O acidente aconteceu quando Feliciano estava retirando sua rede de pesca do rio. Um sobrinho ainda tentou ajudar, mas não conseguiu.

Imagem aérea de reservatório do Rio Grande do Norte expõe tormento da seca no Nordeste

À esquerda, o Gargalheiras em 2011, quando ainda ocorria a sangria, a cascata artificial; à direita, nos dias atuais, sob a seca. (Foto: Canindé Soares e Anderson Barbosa/G1)

A imagem do Açude Marechal Eurico Gaspar Dutra, reservatório conhecido como Gargalheiras, localizado no Rio Grande do Norte, demonstra o tormento que a seca tem causado para o Nordeste.

O reservatório, que é um dos mais belos da região Seridó potiguar, está no volume morto depois de seis anos consecutivos de seca. Na condição de volume morto, a água se torna imprópria para o consumo humano em razão da mistura com a lama e demais dejetos que estão no fundo do leito.

Gargalheiras

Açude Gargalheiras é uma barragem/açude localizada no município de Acari, distante 210 quilômetros de Natal. Fica na bacia hidrográfica do Rio Piranhas-Açu, tendo sido inaugurado em 1959.

Rio São Francisco

O lago da Usina de Sobradinho, na Bahia, está operando com a menor vazão desde que iniciou suas atividades, em 1979. Diante da falta de chuvas na região, a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), que opera o equipamento, baixou de 600 m³/s para 580 m³/s o volume de água que continua seguindo o curso do rio São Francisco.

Igreja submersa é encontrada por mergulhadores em Petrolândia

(Foto: Reprodução/Samyr Oliveira/Arquivo pessoal)

Com a inundação causada pela construção da Usina Hidrelétrica Luiz Gonzaga a Igreja Matriz de São Francisco de Assis, ficou submersa nas águas do São Francisco. Após 29 anos, mergulhadores tiveram acesso a igreja.

O mergulhador e servidor público Samyr Oliveira, de 34 anos localizou as ruínas no final do mês de outubro. “Quando descemos, a 19 metros de profundidade, encontramos a igreja. Ela estava a 50 metros de onde ancoramos o barco”, disse Samyr.

(Foto: Reprodução/Samyr Oliveira/Arquivo pessoal)

Com informações do G1

Primeira etapa da recuperação da mata ciliar do Rio São Francisco será realizada na Orla de Petrolina

(Foto: ASCOM)

A recuperação de 12 hectares de solo e mata ciliar do Rio São Francisco será iniciada, nesta semana, em Petrolina. A ação integra o projeto socioambiental Orla Nossa realizada pela prefeitura, através da Agência Municipal do Meio Ambiente (AMMA).

Nesta primeira etapa será retirada a cobertura vegetal já existente e aplicada o processo de adubamento verde para correção das deficiências do solo. O diretor de projetos da AMMA, Victor Flores, explica que para o replantio da vegetação nativa, devem ser retiradas as algarobas que estão no local.

“Esta planta causa efeito alelopático no solo. Além de não ser nativa, ainda inviabiliza o uso da terra, já que suas raízes liberam substâncias que inibem o nascimento de outras plantas no mesmo lugar”, esclarece.

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Jovem morre afogada em trecho do Rio São Francisco, em Cabrobó

(Foto: Ilustração)

Na manhã de hoje (22) o corpo de Tailene da Silva Santos de 18 anos, foi encontrado por uma equipe do Corpo de Bombeiros, no Rio São Francisco, em Cabrobó. A jovem estava em uma embarcação que afundou durante passeio.

O acidente aconteceu no sábado (21), quando a jovem e seus familiares, que são de Barbalha (CE), estavam passeando em uma embarcação. Nove pessoas estavam no barco quando afundou.

Nenhum passageiro usava colete salva-vidas e apenas a vítima não conseguiu ser resgatada.

Baixa vazão do Rio São Francisco pode prejudicar travessia entre Petrolina e Juazeiro

(Foto: ASCOM)

A travessia feita por barcos entre as cidades de Petrolina (PE) e Juazeiro (BA) pode estar ameaçada. A seca que assola a região do Vale do São Francisco fez com que a vazão do rio baixasse muito, o que traz o risco das barcas encalharem.

Em Petrolina, a prefeitura realizou um procedimento para retirar parte da areia e sedimentos na margem do rio para facilitar a atracagem das embarcações, que já não conseguiam parar em local adequando para o desembarque dos passageiros.

Na última semana foi anunciada mais uma diminuição na vazão da barragem de Sobradinho (BA). Na oportunidade, a Agência Nacional de Águas (ANA) permitiu que a vazão chegue a 550 metros cúbicos por segundo, menos da metade do menor patamar histórico na maior barragem da bacia do rio São Francisco, em 2013, quando a vazão era de 1,3 mil metros cúbicos por segundo.