Escolas da rede municipal de ensino de Juazeiro serão premiadas nesta quinta-feira em etapas  estadual e nacional do projeto “MPT na Escola”

Estudantes da rede municipal de ensino de Juazeiro participarão, nesta quinta-feira (1), das cerimônias estadual e nacional de premiação do projeto MPT na Escola, desenvolvido pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). A iniciativa aborda o tema “A Escola no Combate ao Trabalho Infantil”, através das categorias, conto, desenho, música e poesia e participam da premiação as escolas municipais 15 de Julho e de Pontal, esta última pela segunda vez consecutiva.

A cerimônia de premiação à nível estadual será realizada pela manhã, na sede da Procuradoria do MPT de Juazeiro, onde os alunos Arthur Leôncio Lôla e Daniel Leôncio Lôla (Escola Municipal de Pontal) e a estudante Raina Taisla Xavier dos Santos (Escola Municipal 15 de Julho) serão premiados, respectivamente, nas categorias música e conto.

Já o momento de premiação nacional será realizado no período da tarde, no auditório da Secretaria de Educação e Juventude (Seduc), onde os irmãos Leôncio Lôla disputarão, pela segunda vez consecutiva na mesma categoria, uma das três posições na etapa nacional.

MPT na Escola

O ‘MPT na Escola’ é uma iniciativa da Coordenadoria Nacional de Combate à Exploração da Criança e do Adolescente (Coordinfância), do Ministério Público do Trabalho (MPT), que visa combater o trabalho infantil e proteger os adolescentes trabalhadores. O projeto é desenvolvido com alunos matriculados do 4º ao 7º ano do Ensino Fundamental, da rede pública municipal de ensino, que produzem contos, músicas, poesias e desenhos com a tema “A Escola no combate ao trabalho infantil”.

 

Brena Souza – Ascom/Seduc/PMJ

TRÁFICO DE PESSOAS: Com mais de 100 denúncias de tráfico humano em Pernambuco, MPT lança campanha

Atraídas por boas propostas de emprego e melhores condições de vida, mais de 100 pessoas teriam sido vítimas de tráfico humano em Pernambuco nos últimos anos. É o que aponta o levantamento do Disque 100 divulgado, nesta terça-feira (29), pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). Cerca de 62% das denúncias são de trabalho escravo, mas há também casos de vítimas de exploração sexual e até de adoção ilegal.

Os números mais atualizados são referentes às denúncias registradas entre os anos de 2012 e 2019. Outra informação chama a atenção: a maior parte (38%) são de vítimas aliciadas nos municípios do Recife e do Jaboatão dos Guararapes. O número de crianças e adolescentes que teriam sido vítimas de tráfico humano no Estado é ainda maior. Foram registradas 177 denúncias entre 2012 e 2019. Desse total, 75% apontaram para o trabalho escravo e 25% para a exploração sexual e comercial.

“Quando pensamos em tráfico de pessoas, logo vem à cabeça a ideia de pessoas sendo levadas para outros países, em um avião, para exploração sexual ou remoção de órgãos. Ocorrências como essas existem, mas não podemos esquecer que há casos intermunicipais e interestaduais. O tráfico de pessoas está mais próximo do que pensamos”, afirmou a procuradora do Trabalho e coordenadora regional de combate a erradicação do trabalho escravo e enfrentamento ao tráfico de pessoas (Conaete), Débora Tito.

Campanha contra o tráfico humano em Pernambuco

Diante do alto número de denúncias, o MPT em Pernambuco, em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação, a Empresa Pernambucana de Transporte Intermunicipal e o Grande Recife Consórcio de Transporte, está lançando uma campanha estadual de combate ao tráfico de pessoas. A iniciativa chama atenção da sociedade para casos próximos, que podem ocorrer entre os municípios e nas áreas limítrofes do Estado.

Na primeira fase da campanha, cartazes informativos serão distribuídos nos 66 terminais de transporte intermunicipal do estado e nos 2.316 veículos da frota de ônibus que circulam na Região Metropolitana do Recife.

As peças lembram a importância de estar atentos a propostas de trabalho tentadoras; alertam que casos de tráfico de pessoas não sugerem tratar-se de um crime à primeira vista; e advertem sobre a importância de tomar todos os cuidados necessários ao viajar para assumir uma proposta de emprego em outra cidade.

“Qualquer sinal estranho, que possa configurar uma relação abusiva, precisa ser informado imediatamente às autoridades. A sociedade precisa estar ciente de que o tráfico de pessoas existe e esta ação criminosa está mais próxima do que imaginamos”, declarou o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Tomé Franca.

Como denunciar o tráfico humano

“A denúncia, muitas vezes, é o ponto de partida para que as instituições competentes desenvolvam o seu trabalho e realizem o resgate de vítimas do tráfico de pessoas. Toda a sociedade deve estar atenta. Combater esse crime deve ser um esforço de todos”, disse Débora Tito.

Denúncias podem ser feitas ao Disque Direitos Humanos (Disque 100) ou também à Polícia Federal. Pessoas que tenham sido abordadas com propostas de sair do Estado, ou que saibam de abordagens parecidas, por exemplo, podem entrar em contato pelo número: (81) 9.9603.0384 ou pelo e-mail: [email protected].

Fonte: JC Online