‘Eu só queria brincar o carnaval’: mulher denuncia agressão de policiais militares em Olinda

A publicitária Leila Perci denunciou ter sido agredida por policiais militares durante o desfile do bloco Homem da Meia-Noite, na madrugada do domingo (2), em Olinda. Ela afirma que foi empurrada e atingida com um cassetete na cabeça, costas e braços após entrar sem perceber no cordão de isolamento do bloco.

Leila registou boletim de ocorrência na Delegacia do Varadouro e passou por um exame de corpo de delito no Instituto de Medicina Legal (IML) de Santo Amaro, no Recife. “A polícia, que deveria me proteger, me agrediu”. A publicitária conta que estava aproveitando o bloco quando, sem perceber, acabou entrando no cordão de isolamento. Ao notar que estava dentro da área restrita, foi abordada de forma agressiva.

“Eu estava no meio do bloco, já dentro do cordão de isolamento, e um policial veio até mim, me empurrou e foi extremamente grosso. Eu falei, ‘calma, meu amigo’. Quando meu amigo tentou intervir, três policiais começaram a bater nele com cassetetes”, conta Leila. Ela continua: “Quando vi o que estava acontecendo, fui até eles pedindo para pararem, e foi quando me agrediram. Eles me empurraram, me bateram com o cassetete na cabeça, nas costas, nos braços”.

Leila levou três pontos na testa. “Olhei no espelho e vi meu ombro roxo e as minhas costas com a marca de cassetete. O policial que me atendeu na delegacia até me disse que eles são orientados a não bater na cabeça, porque é muito perigoso. Mas o que me atingiu fez isso sem hesitar”, afirma. Além das marcas físicas, Leila diz que a agressão a deixou emocionalmente abalada. “Estava saindo de um tratamento contra a depressão e, agora, sinto que voltei à estaca zero”.

Ela também afirma que seu amigo, que tentou defendê-la, está machucado, mas ainda não registou boletim de ocorrência. Apesar da violência, Leila recebeu apoio imediato dos paramédicos da Prefeitura de Olinda. “Os paramédicos me deram toda a atenção, enfaixaram minha cabeça e me levaram para a UPA. Hoje (4), entraram em contato comigo oferecendo suporte psicológico através da ONG Livre de Assédio”, explica.

Leila cobra justiça e afirma que o episódio vai além da sua própria dor. “O que aconteceu comigo foi uma violência gratuita. A policia deveria estar lá para nos proteger, mas agiu com brutalidade.”, concluiu.

O que diz a Polícia Militar

O g1 procurou a Polícia Militar de Pernambuco, que se pronunciou em nota, afirmando que:  O efetivo empregado no carnaval é orientado a atuar dentro da legalidade, respeitando os cidadãos e garantindo a segurança de quem está nos polos de animação; Não há registro de denúncia formal sobre o caso; Vítimas podem formalizar a queixa junto à Corregedoria da PM, presencialmente, na Avenida Conde da Boa Vista, 428, no bairro da Boa Vista, pelo e-mail [email protected] e pelo pelo telefone (81) 3184-2772.

G1 Pernambuco

 

Bloco Olodum Mirim homenageia Bob Marley em desfile no Pelourinho

O Bloco Olodum Mirim desfilou mais uma vez pelas ruas do Pelourinho no Carnaval 2025. Este ano, o tema escolhido para o desfile foi uma homenagem ao cantor jamaicano Bob Marley. A apresentação destacou a conexão entre a cultura afro-brasileira e o reggae, reforçando a influência do artista no movimento musical e na luta por igualdade racial.

O cortejo reuniu 130 percussionistas e 30 bailarinas, sob a regência do mestre Geraldo Marques e da maestrina Tainara Meliane.

O bloco, formado por jovens integrantes da Escola Olodum, trouxe elementos visuais e sonoros inspirados na estética e na mensagem de Marley. O desfile reafirma o compromisso do grupo com a formação cultural e musical de crianças e adolescentes.

A Tarde

Encontro dos Blocos Líricos emociona foliões no Marco Zero

O encontro dos tradicionais blocos líricos reuniu foliões de várias gerações nesta segunda-feira (3), no Marco Zero. Com trajes repletos de cores e muito brilho, os participantes das agremiações desfilaram e emocionaram o público, que relembrou os costumes dos antigos carnavais.

O início da programação da segunda de carnaval atraiu diversas famílias, que trouxeram as crianças para curtir a folia no Bairro do Recife. Esse foi o caso do servidor público Breno Ribeiro, de 46 anos, que estava acompanhado da esposa Daniela, dos filhos Artur, de três anos, e Pedro, de um ano e quatro meses. Eles viajaram de Caruaru, Agreste de Pernambuco, para passar o carnaval no Recife.

Além de elogiar a organização do carnaval do Recife, Breno destacou a importância cultural dos blocos líricos no carnaval pernambucano, que é passado de geração em geração. “O carnaval é alegria e a gente queria mostrar isso para os nossos filhos, incentivando a nossa cultura. O carnaval do Recife é tradicional e cada vez vem melhorando. Então a gente quer vivenciar isso com os nossos filhos e passar a tradição, que foi dos meus pais”, destacou.

Para a funcionária pública recifense Romilda Paes, de 66 anos, a tradição dos blocos líricos merece ainda mais apoio do pelo poder público para que a tradição se prolongue ao longo dos anos. “Eu sinto falta da população participar desse tipo de bloco, principalmente do público mais jovem. O sentimento é que talvez um dia essa essa cultura se acabe por conta da falta de valorização dos jovens de manter a tradição. Os governantes deveriam estimular esses blocos para que eles tenham condições ainda melhores para se apresentar”, declarou Romilda.

A foliã recifense estava acompanhada da amiga, Lourdes Tavares, de Limoeiro, Agreste de Pernambuco, de 69 anos, que veio ao Recife para curtir a folia. Ela destaca que o encontro dos blocos líricos traz lembranças dos carnavais da sua juventude. “Eu me sinto bem e recordo da minha infância e adolescência. Na minha época, a diversão era mais nos clubes, com bandas, todo mundo enfeitado e arrumado. As brincadeiras eram de molha molha, de talco e de lama e por aí vai”, relembrou Lourdes.

Diario de Pernambuco

Bloco ‘Os que ficaram’ celebra 25 anos de história e resistência no Carnaval de Petrolina

“De dezembro até fevereiro, eu tenho uma missão, trabalhar pela cultura do Carnaval pernambucano aqui em Petrolina”, é o que descreve o aposentado Domingos Manoel de Souza. Aos 66 anos, durante três meses, ele deixa o descanso de lado à serviço da folia, colocando o bloco ‘Os Que Ficaram’ para desfilar no Carnaval de Petrolina. O bloco celebra as bodas de prata neste Carnaval. São 25 anos de história e resistência.

“Eu me sinto muito feliz, porque eu acho que eu fui um herói da resistência. Para ter o carnaval de hoje, houve uma resistência dos pequenos blocos, mostramos ao poder público que existe carnaval em Petrolina. Foi nós que levantamos a bandeira para fazer o carnaval estar do tamanho que é hoje”. Domingos relembra que o bloco surgiu nos anos 2000, a partir de um brincadeira com os amigos que não tiveram como sair de Petrolina para curtir o festejo em outros lugares.

 “Antes eu viajava para outra cidade, mas eu fiquei em Petrolina. Uns pensaram em ‘Os Que Não Foram’, outros escolheram ‘Os Que Ficaram’. O nome foi sugestivo na hora. Então, ‘Os Que Ficaram’ foi aprovado por 25 pessoas, e a gente foi para uma manhã de sol no Sesc de Petrolina, que era o único lugar que tinha na cidade com movimento de Carnaval”.

A agremiação enfrentou desafios para se firmar na folia momesca, nem sempre teve apoio, mas resistiu ao anos em nome da paixão pelo Carnaval. “Então, a gente ficou, assim, forçadamente. No período de carnaval, a gente juntava turma e ia para a praça, fazia camisa. Teve um ano que nem batedor não tinha, isso foi em 2004. A gente saia de um bar da Orla e seguia para a Praça da 21 para terminar lá, porque não tinha carnaval em outro canto da cidade”.

De lá para cá, ‘Os que ficaram’ se enraizou no Carnaval de Petrolina e abriu caminho para o surgimento de novas agremiações. “Se em 2000, tinha dois ou três blocos, hoje se você catalogar os blocos de Petrolina, tem quase 30 bloquinhos. Então, isso cabe aos blocos que ficaram, ao Carranca Dourada, que foram a resistência e responsáveis pela continuação do carnaval de rua”.

G1 Petrolina

Sábado de Carnaval em Petrolina será repleto de shows, blocos, diversas atrações e cortejo afro


O Carnaval em Petrolina inicia nesse sábado (01) com muita animação e alegria. Nas ruas do Centro, blocos e cortejo afro irão animar diversos foliões petrolinenses e turistas. Os polos Táxi Lunar (Orla), Canta Coração (Praça 21 de Setembro) e Bicho de 7 Cabeças (Multicultural Matingueiros) também serão tomados por uma diversidade de ritmos e valorização dos artistas locais e nacionais.

A partir das 8h, a Feira da Cohab Massangano será tomada de muita alegria, com a Orquestra de frevo Velho Chico. Às 18h, o Bloco Vira Copos, com a Orquestra Bandinha do Chicão, tomará conta das Avenidas Souza Filho e Guararapes. Já às 19h é a vez da Orquestra Rebarba do Samba, seguindo com o bloco Cortejo Afro, que sai da Praça Maria Auxiliadora, seguirá em desfile pelas ruas do Centro. No mesmo horário desfila o bloco Os que Ficaram, a animação fica por conta da Orquestra Serpente Imperial. E fechando a noite os foliões vão contar com os blocos Abre Alas Tô Chegando e Derruba Cerca, embalados com a Orquestra Levanta Poeira. Todos os blocos seguem até a Praça 21 de Setembro.

No Polo Táxi Lunar (Orla), que concentra um maior número de pessoas, a festa será animada por Pagodança, Trio Granah, Luan Estilizado e Jonathan Araújo, a partir das 20h. Já no Canta Coração (Praça 21 de Setembro), as famílias vão dançar e brincar, a partir das 18h, ao som da banda Pôr do Samba, Mauro Lima e Banda e Dalmo Natan. No polo Bicho de 7 Cabeças (Multicultural Matingueiros), o primeiro dia será marcado pelo Samba da Beira, Tio Zé Bá, Edésio César & Banda, Coletivo Baile da Liberdade (Dj N4nd e Dj Aizen), com início às 19h. A programação completa do Carnaval 2025 pode ser conferida no site da prefeitura e no perfil oficial do Instagram, @prefeiturapetrolina.

Ascom