Ex-Ministro Guido Mantega é preso em nova fase da Operação Lava Jato

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Mantega é suspeito de atuar para arrecadar propinas para o PT em 2012. (Foto: Internet)

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira, 22, a Arquivo X, 34ª fase da Operação Lava Jato. O ex-ministro de Lula e Dilma, Guido Mantega, foi preso temporariamente. Ele não estava em sua residência, alvo de busca e apreensão. Mantega estava no Hospital Albert Einstein, onde acompanhava a mulher em uma cirurgia. Mantega é suspeito de atuar para arrecadar propinas para o PT em 2012 em contratos de duas plataformas, P67 e P70.

A Polícia Federal cumpre mandados em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Bahia e Distrito Federal. Em São Paulo, há 7 mandados de busca e apreensão, sendo um em Sorocaba, e dois de prisão. As equipes policiais estão cumprindo 49 ordens judiciais, sendo 33 mandados de busca e apreensão, 08 mandados de prisão temporária e 08 mandados de condução coercitiva.

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Moro aceita denúncia da Lava Jato contra Lula, Marisa e mais seis acusados

(Foto: Internet)

Também foram denunciados pelo MPF o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, e o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro, além de Agenor Franklin Magalhães Medeiros, Paulo Roberto Valente Gordilho, Fábio Hori Yonamine e Roberto Moreira Ferreira. (Foto: Internet)

O juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, Sérgio Moro, aceitou hoje (20) denúncia apresentada pela força-tarefa da Operação Lava Jato contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a mulher dele, Marisa Letícia da Silva, e outras seis pessoas. Com a decisão, todos viram réus nas investigações.

Na denúncia, apresentada na semana passada, o procurador da República Deltan Dallagnol, chefe da força-tarefa, disse que Lula era o “comandante máximo do esquema de corrupção identificado na [Operação] Lava Jato”. O ex-presidente foi denunciado à Justiça Federal por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

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Após confusão, Câmara desiste de tentar anistiar alvos da Lava Jato

(Foto: Internet)

A maioria dos deputados dizia não saber o que seria votado e muitos fizeram questionamentos à Mesa. (Foto: Internet)

O plenário da Câmara dos Deputados tentou votar de surpresa, na noite desta segunda-feira (19), um projeto que tem como objetivo principal abrir uma brecha para anistiar políticos que estão sendo alvos da Operação Lava Jato. O texto do projeto estabelece uma mudança na legislação com punição específica e direta para o crime de caixa dois eleitoral, que é o uso de dinheiro nas campanhas sem declaração à Justiça.

Deputados que articularam a manobra almejavam dois objetivos: conseguir a anistia por prática de caixa dois cometida até agora, com base no princípio de que lei não retroage para prejudicar o réu; e inibir a atual inclinação da força-tarefa da Lava Jato — e do juiz federal Sérgio Moro — de tratar como corrupção pura e simples o recebimento de dinheiro que não esteja na contabilidade eleitoral.

Em resumo, a intenção era essa: aprovada a lei, os casos seriam enquadrados na nova legislação sobre o caixa dois —e não como corrupção ou outro crime com pena mais severa —, mas só haveria punição daqui pra frente. Curiosamento o projeto entrou em pauta de votações sem a convocação explícita dos deputados para analisar o tema e sem apresentação prévia do texto.

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Decisão de Moro sobre denúncia contra Lula deve ser publicada segunda-feira

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É a primeira vez que o ex-presidente é denunciado à Justiça Federal no âmbito da Lava Jato

A denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF) contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva já está com o juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal Criminal, em Curitiba. Moro tem até cinco dias para decidir se acata a denúncia dos procuradores que integram a força-tarefa do MPF na Operação Lava Jato. A assessoria de imprensa da Justiça Federal do Paraná informou que o despacho com a decisão deverá ser publicado na próxima segunda-feira.

Caso a denúncia seja acolhida por Moro, Lula se tornará réu no processo, bem como os outros denunciados: a mulher do ex-presidente, Marisa Letícia da Silva; o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamoto; o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro; e quatro pessoas ligadas à empreiteira, Agenor Franklin Magalhães Medeiros, Paulo Roberto Valente Gordilho, Fábio Hori Yonamine e Roberto Moreira Ferreira.

É a primeira vez que o ex-presidente é denunciado à Justiça Federal no âmbito da Lava Jato.

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FHC diz que é preciso cautela antes de comentar denúncias contra Lula

FHC disse que não cabe a ele contestar as declarações do petista e lamentou o momento difícil por que passa Lula./ Foto: Internet

FHC disse que não cabe a ele contestar as declarações do petista e lamentou o momento difícil por que passa Lula./ Foto: Internet

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) disse que é preciso cautela antes de comentar as denúncias feita pelos procuradores da Operação Lava Jato contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “É preciso ver o que Judiciário diz. Uma coisa são as acusações e outra coisa é verificar o que é certo e o que é errado”, declarou FHC hoje (15) em evento no Rio de Janeiro. “Fico apenas como espectador, não tenho opinião sobre o assunto”.

FHC concedeu entrevista a jornalistas,  ao lado do senador Aécio Neves (PSDB), após almoço com o candidato do PSDB à prefeitura do Rio, Carlos Roberto Osório.

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Lava Jato faz primeira denúncia por cartel de empreiteiras na Petrobras

Lava Jato

A força-tarefa de procuradores da Operação Lava Jato denunciou hoje (13) oito pessoas ligadas às empreiteiras Queiroz Galvão e Iesa Óleo e Gás pelos crimes de cartel e fraude em licitação. É a primeira denúncia envolvendo integrantes do cartel de empresas que fraudava licitações na estatal.

Na ação, o Ministério Público Federal pede ressarcimento pelos desvios no valor de R$ 105 milhões e US$ 12 milhões para os denunciados ligados à Queiroz Galvão e de R$ 47 milhões, além de US$ 2 milhões, no caso dos envolvidos da Iesa.

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Lava Jato age com independência e estímulo do governo, diz Padilha

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A declaração do ministro rebate acusações feitas pelo ex-chefe da Advocacia-Geral da União, Fábio Medina Osório, demitido na última sexta-feira./ Foto: internet

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, negou hoje (12) que o governo está tentando abafar a Operação Lava Jato. “Os principais atores da Lava Jato, a Polícia Federal, a Procuradoria-Geral da República e Poder Judiciário agem na plenitude, absoluta independência e estímulo do governo”, disse ao participar do evento Os desafios do Brasil, promovido pela Consulting House, na capital paulista.

A declaração do ministro rebate acusações feitas pelo ex-chefe da Advocacia-Geral da União, Fábio Medina Osório, demitido na última sexta-feira (9). Em entrevistas à imprensa após a demissão, Fábio Medina disse que foi afastado do cargo por ter tomado iniciativas dentro da Lava Jato e acusou o governo de colocar obstáculos para tentar abafar as investigações.

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Relator da Lava Jato no STF afirma que Lula tenta ‘embaraçar apurações’

O ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal. (Foto: Internet)

O ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal. (Foto: Internet)

Relator dos processos relacionados à Operação Lava Jato no STF (Supremo Tribunal Federal), o ministro Teori Zavascki negou o pedido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que se retire do juiz Sergio Moro os inquéritos abertos para investigar o petista.

Em despacho assinado na terça (5), disponibilizado no sistema do Supremo nesta quinta-feira, Teori afirma que o recurso apresentado por Lula “constitui mais uma das diversas tentativas da defesa de embaraçar as apurações”.

Os advogados argumentam que não cabe à 13ª Vara Federal em Curitiba, da qual Moro é o juiz titular, a tramitação dos procedimentos envolvendo Lula. Dizem que há investigações idênticas correndo no STF e, por isso, deveriam ficar a cargo, exclusivamente, da instância superior.

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Lula, Marisa e mais três são indiciados em processo da Lava Jato pela PF

(Foto: Internet)

Lula será investigado pela prática de crimes como corrupção passiva, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. (Foto: Internet)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sua esposa Marisa Letícia e mais três pessoas foram indiciados por corrupção ativa, passiva e lavagem de dinheiro por suspeita de irregularidades na aquisição e na reforma de um apartamento tríplex do Edifício Solaris, em Guarujá, litoral de São Paulo, e no depósito de bens do ex-presidente  pela Polícia Federal (PF) nesta sexta-feira (26).

Além de Lula e Marisa, o ex-presidente da OAS, José Adelmario Pinheiro Filho (conhecido como Léo Pinheiro); o arquiteto Paulo Gordilho; e o presidente do Instituto Lula Paulo Okamotto, também foram indiciados.

Lula será investigado pela prática de crimes como corrupção passiva, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. Sua esposa, Marisa Letícia, será investigada por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

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Juízes acusam Gilmar Mendes de agir contra a lava-jato

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O presidente da Associação, João Ricardo Costa, fez diversas insinuações contra Mendes. (Foto: Internet)

A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) enviou uma nota de repúdio contra o ministro do STF, Gilmar Mendes. A AMB acusou o ministro de se aproveitar de um “momento fundamental para a democracia para buscar espaço midiático”.

“É lamentável que um ministro do STF, em período de grave crise no País, milite contra as investigações da Operação Lava Jato, com a intenção de decretar o seu fim, e utilize como pauta a remuneração da magistratura. O ministro defende financiamento empresarial de campanha e busca descredibilizar as propostas anticorrupção que tramitam no Congresso Nacional, ao invés de colaborar para o seu aprimoramento”, diz a nota da AMB.

Mendes também criticou os procuradores do Ministério Público e o pacote das dez medidas anticorrupção.

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Procuradoria acusa mulher de Cunha de integrar esquema na Petrobras

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A defesa argumenta que os fatos atribuídos a Cláudia não têm ligação com os crimes investigados na Lava Jato. (Foto: Internet)

O Ministério Público Federal em Curitiba acusou Cláudia Cruz, mulher do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de fazer parte do esquema criminoso que desviou verbas de contratos da Petrobras.

A acusação consta da manifestação dos procuradores, assinada na sexta-feira (19), em resposta a uma ação dos advogados de Cláudia, que pedem que o processo contra ela saia das mãos do juiz Sergio Moro, em Curitiba, e passe para a Justiça Federal do Rio de Janeiro.

A defesa argumenta que os fatos atribuídos a Cláudia não têm ligação com os crimes investigados na Lava Jato e, portanto, não devem ser apurados fora do local onde supostamente foram cometidos.

Cláudia Cruz é do Rio de Janeiro e é acusada de lavagem de dinheiro e evasão de divisas, o que ela nega.

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PF indicia funcionários da Mossack Fonseca e dona de triplex em Guarujá

(Foto: Divulgação PF)

(Foto: Divulgação PF)

A Polícia Federal indiciou sete investigados na Operação Triplo X, um dos desdobramentos da Lava Jato. Entre os acusados estão funcionários da Mossack Fonseca, empresa panamenha especialista na gestão de offshores, e a publicitária Nelci Warken, dona de um triplex no Edifício Solaris, em Guarujá (SP). Ela vai responder pelos crimes de lavagem de dinheiro, fraude e falsidade ideológica.

Na operação, o Ministério Público Federal (MPF) investigou se proprietários dos apartamentos usaram nome de terceiros para ocultar patrimônio. O apartamento de Nelci foi registrado pela empresa offshore Murray Holdings, sediada em Las Vegas, nos Estados Unidos.

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Laudo da PF destaca divergência de valores no registro de compra de sítio

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Para os investigadores da Lava Jato, o sítio foi registrado em nome de terceiros, mas pertenceria ao ex-presidente Lula. (Foto: Internet)

Um novo laudo da Polícia Federal aponta que os valores de registros dos dois terrenos que compõem o Sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP) – que a Operação Lava Jato suspeita ser do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva – são distintos dos valores pagos. Enquanto o de maior valor de mercado foi registrado R$ 655 mil abaixo do preço pago, o de menor valor foi declarado como R$ 655 mil acima.

Com 180 mil metros quadrados de área e composto por duas propriedades com matrículas distintas (19.729 e 55.422), o Sítio Santa Bárbara foi comprado no fim de 2010, no mesmo dia, pelo valor total de R$ 1,5 milhão. O laudo diz que o valor informado pelo antigo dono e pelo compradores é compatível com o preço de mercado.

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Delator da Lava Jato vai cumprir prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica

Operação Lava Jato

O empresário Zwi Skornicki, réu nas investigações da Operação Lava Jato, deixou hoje (12) a prisão em Curitiba após ter assinado acordo de delação premiada. Ele foi preso em fevereiro na 23ª fase da Lava Jato, chamada de Operação Acarajé. A partir de agora, Skornicki cumprirá prisão domiciliar e será monitorado por meio de tornozeleira eletrônica.

Em um dos processos da Lava Jato, o empresário foi acusado de operar uma contaoffshore na Suíça, por meio da qual o casal de marqueteiros João Santana e Mônica Moura recebeu US$ 4,5 milhões, valor referente a uma dívida por serviços de marketing político prestados ao PT durante a campanha da presidenta Dilma Rousseff em 2010. O recebimento foi confirmado pelo casal.

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Sergio Moro critica foro privilegiado e diz que medida sobrecarregou Supremo

(Foto: Internet)

Moro fez elogios ao Congresso Nacional por dar início à tramitação do projeto anticorrupção (Foto: Internet)

Beneficiário de foro privilegiado, o juiz Sergio Moro, responsável pela Operação Lava Jato na primeira instância da Justiça Federal no Paraná, afirmou hoje (4), que este é um tema complicado e que, se a lei permitisse, abriria mão dessa salvaguarda especial.

Ao participar da primeira audiência pública da comissão especial criada para analisar o projeto anticorrupção, Moro disse que o foro, pelo qual autoridades só podem ser julgadas por Cortes superiores, “fere a ideia básica da democracia de que todos devem ser tratados como iguais. Não existe razão para salvaguardas”.

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