“Levei tapa, fui algemado, posto no camburão e levado para a delegacia”, afirma professor da Univasf agredido por PM

Professor Nilton Univasf 2

O Professor e doutor em história pela (UEFS) Nilton de Almeida, que integra o quadro de educadores da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) afirma ter sido abordado de forma violenta por policias militares. O caso aconteceu no final de semana em Juazeiro (BA). Abalado e se recompondo do trauma moral ele concedeu entrevista ao nosso blog sobre o ocorrido.

Segundo Almeida, às 10h da manhã do sábado (28), quando saía de casa,  e se deslocando ao dentista, marcado para 10h15, no caminho próximo a sua residência, virando a Rua 2 que dar acesso a rua 1 do bairro alto do Cruzeiro em Juazeiro, uma viatura da PM-BA, havia dado ordem para que o Professor parasse sua moto. Os militares estavam em uma calçada próximo da escola Municipal José Padilha de Souza. “Parei! Antes de tirar o capacete para que eles vissem meu rosto, ouvir outra ordem. Ponha suas mãos na cabeça! [disse o PM], pus. Começaram a me revistar. Completamente. Meus pertences foram jogados no chão. Chave, carteira, mp4, documentos da moto. Não resisti! Então, no processo de revista, um dos policiais militares segurava com uma das mãos, firmemente, minhas mãos. Primeiro junto à cabeça, depois fora da cabeça, do lado esquerdo. Segurando firme”, disse o professor Nilton de Almeida.

De acordo com o educador em meios aos argumentos da PM baiana em plena manhã de um sol escaldante o pior estava por vim: “Terminada a revista, comecei a recolher meus pertences no chão. – Cadê o documento da moto?, pergunta o policial. Respondi, estão aqui. E entrego. “Epa, sua licença aqui é de 2013!”, expliquei que estava pago, e disse que o recibo de 2015 estava na bolsa”. Ouvir então ele dizer que a moto estava apreendida. Tentei argumentar: Minha casa é logo ali, aquela amarela de andar, apontei para a minha residência”.

Nilton completou ainda que, tentou recomeçar um argumento com a PM, mas ao dizer bom dia, “levei um tapa no rosto tão rápido que meus óculos ficaram fora de lugar. Mantive a cabeça erguida. Muito erguida. Voz de prisão. Cabeça erguida. Algema. Cabeça erguida. Antes de o camburão chegar, com as mãos algemadas, pedi para um dos policiais, que pegasse na minha carteira um documento branco. Era minha identificação profissional da Universidade Federal do Vale do São Francisco. Fui posto no camburão”. Explicou o professor Universitário.

No domingo Nilton de Almeida foi convidado pelo Comando da CPRN para ir à corregedoria da corporação na segunda-feira (30), mas já pensava em dar início a um processo administrativo, e contribuir para que na polícia apenas a conduta legal prevaleça. O doutor em história revelou que também pretende buscar o Ministério Público. Pois, “Eu, como servidor público, civil, agredido por outro servidor público, militar, não posso ser conivente com tal tipo de procedimento”, pontuou.

Em solidariedade, alunos, amigos e colegas de trabalho postaram dezenas de mensagens de apoio ao Professor Nilton, entre elas destaque para a nota postada na pagina pessoal do reitor da Univasf Julianeli Tolentino que se segue nas próximas linhas abaixo.

“Infelizmente, uma triste ironia que, mais uma vez, nos deixa decepcionados com a sociedade em que vivemos! com a falta de amor, tolerância, respeito ao próximo! O nosso REPÚDIO a mais esse fato estarrecedor e que atinge frontalmente a Univasf através desse ato covarde, de puro racismo, ao nosso grande e respeitado Professor Nilton de Almeida Araújo e o pior, vindo de quem deveria nos dar proteção, segurança!

A comunidade acadêmica da Univasf não se omitirá diante de tão absurdo e abominável fato que, infelizmente, atinge, diariamente, milhares de “Niltons” em Juazeiro, Petrolina, em toda a nossa região e no Brasil!

O racismo pode não passar! Nem os racistas passarão! Mas nós continuaremos atentos e diligentes na luta para que tais atitudes sejam repreendidas com vigor, combatendo o racismo e a desigualdade no nosso país!”.Tod@s estamos contigo Nilton De Almeida Araújo!, Escreveu o reitor da Univasf, Julianeli Tolentino.

Até o fim dessa reportagem não conseguimos ouvir o comando da PM em Juazeiro, no decorrer do dia continuaremos tentando a resposta da versão militar, sobre o caso.

“A oposição Joga para platéia”, afirma vereador Juazeirense

Ver.-Anderson.-Juá

As últimas declarações  dos vereadores que integram o bloco de oposição em Juazeiro(BA), sobre a ausência de obras em distritos de Juazeiro e as deficiências na saúde, não foram bem digeridas pelo vereador Anderson da Iluminação, PP,  em seu discurso durante sessão itinerante da Câmara realizada na noite da quinta-feira (26), no Parque Lagoa de Calú, o vereador taxou de equivocadas tais declarações dos colegas de parlamento.

“Tem vereador que vai à imprensa, porque sente pouca atenção nas suas bases políticas, para falar de problemas nas suas comunidades. Jogam para a platéia, tentando chamar atenção e acabam falando sobre o que nem conhecem. Vou dar um exemplo: Em Juremal há vários beneficiados com o Garantia Safra. Lá foi realizada pela primeira vez, uma Feira de Caprinos e Ovinos, e agora em dezembro será realizado o 1º Festival do Doce de Leite. É pouco? – indagou e responde – “Pode ser pouco, mas é importante porque mostra o interesse do Prefeito na valorização das pessoas da comunidade e no respeito ao que produzem e criam”.

“A Vereadora [Neguinha da Santa Casa]  não sabia que o SAAE neste ano colocou hidrômetros em todas as casas da sede do Distrito e, a partir de então, não falta água para a população de Juremal. A escola está climatizada e a estrada de Juremal a Poções foi patrolada. A vereadora não sabe, mas desde 2014 tem uma antena telefônica que possibilita comunicação de Juremal com o mundo. E dois Sistemas de Abastecimento de Água foram inaugurados. Jogar para a platéia sem conhecer não dá”.

Por fim, o vereador do partido progressista ressaltou que “Compromisso se faz é com trabalho!”  , e acrescentou: “há carências, mas muitos avanços. O que não pode é criticar por criticar, jogar para a platéia e não mover um dedo para melhorar a vida das pessoas que representam”. Desabafou o vereador Anderson da Iluminação.

Mudanças climáticas é tema de palestra na Univasf nesta sexta

mudança climática

Será realizado nesta sexta-feira (27), na Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), colóquio sobre “Mudanças Climáticas: Mitos e Verdades”, a ser ministrado pelo professor do Colegiado de Engenharia Agrícola Mário de Miranda. O colóquio acontece a partir das 16h, na Sala do Núcleo Temático (sala 28), no Campus Juazeiro (BA). O evento é aberto ao público.

No colóquio, o palestrante irá mostrar que as variações climáticas ocorreram em diferentes períodos da humanidade. Também discutirá os problemas do Semiárido em relação à seca. “Fala-se muito em mudanças climáticas de forma sempre negativa. Isso não é sempre verdade. Vamos tratar desse assunto e discutir o que é verdade e o que é mito nesta área”, diz o professor Mário de Miranda sobre o tema da palestra.

O evento integra o projeto de extensão “Colóquios na Univasf”, coordenado pelo professor do Colegiado de Engenharia Elétrica e pró-reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação, Helinando de Oliveira. A iniciativa tem como objetivo trazer profissionais e docentes de diversas instituições para falar sobre avanços em ciência e tecnologia. (Ascom Univasf)

793794795