Senado aprova substitutivo de Fernando Bezerra sobre licitações públicas e matéria vai à Câmara

O substitutivo de Fernando Bezerra Coelho foi bastante elogiado por diferentes senadores/Foto: Ana Volpe – Agência Senado

O Plenário do Senado aprovou ontem (13), em turno suplementar e definitivo, substitutivo do senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) a projeto de lei que atualiza e aprimora a legislação sobre licitações e contratos públicos. A matéria seguirá à Câmara dos Deputados.

Para aperfeiçoar ainda mais o substitutivo aprovado em primeiro turno pelo Senado na última quinta-feira (8), Fernando Bezerra acatou e adequou 13 emendas do total de contribuições (45) apresentadas pelos senadores José Aníbal (PSDB-SP), José Pimentel (PT-CE), Humberto Costa (PT-PE), Antonio Anastasia (PSDB-MG), Paulo Bauer (PSDB-SC), Jorge Viana (PT-AC), Hélio José (PMDB-DF), Kátia Abreu (PMDB-TO) e Lasier Martins (PDT-RS).

Considerado uma das pautas prioritárias da Casa, o substitutivo de Fernando Bezerra ao Projeto de Lei do Senado (PLS) nº 559/2013, moderniza e dá maior segurança jurídica às licitações e aos contratos na administração pública.

Durante mais de três anos, o Senado, por meio de comissão especial criada para analisar o PLS 559, vem aperfeiçoando a matéria com a contribuição de juristas e especialistas do setor privado – como a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic) – e do governo, como os ministérios do Planejamento, da Transparência e a Casa Civil da Presidência da República, além do Tribunal de Contas da União (TCU).

Antes de chegar ao Plenário do Senado, o substitutivo foi aprovado (no último dia 9 de novembro) pela Comissão Especial do Desenvolvimento Nacional (CEDN), onde tramitam as matérias da chamada “Agenda Brasil”. “É um texto sólido, que propõe colocar a legislação brasileira entre as mais avançadas do mundo”, destaca o senador Fernando Bezerra.

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Senador Fernando Bezerra esclarece respaldo à urgência do projeto anticorrupção

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“Se quer punir o exercício da autoridade ou do poder, e, sim os abusos praticados por autoridades públicas, sejam elas de quaisquer um dos Poderes da República”, afirmou FBC

Constando da relação dos que votaram a favor da urgência do pacote anticorrupção na sessão da última quarta-feira (30) no senado, o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) emitiu uma nota esclarecendo sua posição diante da tramitação da matéria.

Confira a íntegra da nota:

Sobre a votação do requerimento de urgência do PLC 80/2016, ocorrida ontem (30), tenho a dizer o seguinte:

Tramita, no Senado, o projeto de lei (PLS) 280/2016, cujo objetivo é substituir a Lei 4.898/65, que trata dos crimes de abuso de autoridade. Este projeto, do Senado, remonta aos trabalhos do Segundo Pacto Republicano e teve a participação de juristas de insuspeita reputação, como o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, e o então desembargador Rui Stoco.

O PLS 280/2016 vem tramitando de forma transparente no Senado, com a realização de audiências públicas e debates, a exemplo da sessão especial que ocorre hoje (1º), com a participação do ministro do STF, Gilmar Mendes, e os juízes federais Sérgio Moro e Sílvio da Rocha.

Assim como outros 32 projetos de lei, o PLS 280/2016 teve seu requerimento de urgência aprovado em 22/11/2016. E, nem por isso, ele foi votado naquela data.

É preciso esclarecer que os requerimentos de urgência têm a função de abreviar o rito legislativo de proposições que tenham relevância de tema, como é o caso do PLS 280/2016.

Outra questão que também precisa ser esclarecida é que o PLC 80/2016, da Câmara dos Deputados, trata das chamadas “medidas anticorrupção” e fora aprovado na Câmara dos Deputados com conteúdo conexo ao PLS 280/2016, do Senado; especialmente pela aprovação da Emenda 4 do Plenário da Câmara dos Deputados. Esta referida emenda incluiu no projeto de lei o tratamento de crimes de abuso de autoridade cometidos por magistrados e membros do Ministério Público.

Por consequência, seria lógica a tramitação de ambos os projetos sob o mesmo regime de tramitação legislativa (o regime de urgência) e sob os cuidados do mesmo relator: o senador Roberto Requião (PMDB-PR).

Evidentemente, isso não significa a aprovação do PLC 80/2016 tal como ele veio da Câmara dos Deputados. Pelo contrário, é preciso decidir qual dos textos deve prevalecer, já que um prejudica o outro.

Entendo que o PLC 80/2016 é meritório em diversos aspectos, mas não no todo. No meu entendimento, o tratamento do abuso de autoridade é feito com maior propriedade no PLS 280/2016. Daí, eu acreditar que a essência do texto oriundo do Senado Federal (PLS 280/2016) deve prevalecer sobre aquele que veio da Câmara dos Deputados. O projeto do Senado é, na minha avaliação, mais técnico e razoável.

Vivemos tempos em que a população clama pelos fins dos privilégios. Em um Estado de Direito onde não se pode conceber a existência de castas que não respondem pelos seus próprios atos e não estão sujeitas a qualquer controle.

Por tudo isso, é preciso deixar claro que não se quer punir o exercício da autoridade ou do poder, e, sim os abusos praticados por autoridades públicas, sejam elas de quaisquer um dos Poderes da República.

Fernando Bezerra Coelho/Senador da República pelo PSB

Fernando Bezerra diz que imputações de denúncia ao STF são “sem qualquer rastro de prova”

Fernando Bezerra

Defesa soltou nota dizendo que ainda não tem conhecimento total do conteúdo das acusações de Janot e que “delações que deram início às investigações não foram comprovadas”

Denunciado ao Supremo Tribunal Federal (STF) por supostamente participar de esquema de desvio de dinheiro da Refinaria Abreu e Lima para abastecer caixa 2 da campanha de reeleição de Eduardo Campos ao governo de Pernambuco (2010), o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB) repudiou as acusações feitas pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Por meio de nota, a defesa do político pernambucano disse desconhecer o conteúdo total da denúncia e que por isso “a defesa do senador não tecerá qualquer comentário sobre o conteúdo da mesma”.

Logo depois, porém, o texto do advogado André Luís Callegari ataca as acusações e descredencia delações que auxiliaram na composição da denúncia. Confira abaixo a íntegra da nota.

“A defesa do senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), na pessoa de seu advogado, André Luís Callegari, esclarece, inicialmente, que não tecerá qualquer comentário sobre o conteúdo da denúncia. Verifica-se, contudo, que os termos citados na imprensa reforçam o que a defesa já vem esclarecendo: são imputações absolutamente descabidas, baseadas em ilações e sem qualquer rastro de prova. Não houve qualquer recebimento de favores em troca de incentivos fiscais na construção da Refinaria do Nordeste ou Refinaria Abreu e Lima-RNEST. Reitera-se que as delações que deram início às investigações não foram comprovadas, são contraditórias e absolutamente infundadas. Por fim, o senador segue à disposição da Justiça, mantém sua confiança nas instituições democráticas e tem a certeza de que tais imputações serão rechaçadas ao longo da marcha processual.”

Os outros dois denunciados no mesmo processo são o ex-presidente da Copergás Aldo Guedes e o empresário Carlos Lyra, apontado como comprador do avião que caiu com o exgovernador Eduardo Campos durante a campanha presidencial de 2014.

A defesa de Aldo Guedes destacou que não teve acesso à denúncia, mas que não há provas concretas contra o seu cliente. Já o defensor de Carlos Lyra disse que só vai se manifestar sobre a acusação após ter acesso à íntegra da denúncia.

A DENÚNCIA CONTRA FERNANDO BEZERRA COELHO

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou ao Supremo Tribunal Federal (STF) o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB), o ex-presidente da Companhia Pernambucana de Gás e o empresário dono do avião que se acidentou com o então candidato à Presidência em 2014 Eduardo Campos (PSB) pelo recebimento de R$ 41,5 milhões em propinas de empreiteiras nas obras da Refinaria de Abreu e Lima, da Petrobras, em Pernambuco.

Com informações do NE10

Fernando Bezerra Coelho defende que o governo federal retome a sustentabilidade dos gastos e sugere investimentos

O Brasil precisa voltar a investir para melhorar a produtividade dos trabalhadores e o país retomar o crescimento”, defendeu Fernando Bezerra. Foto: Internet

Nesta terça-feira (16), em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) defendeu que o governo federal retome a sustentabilidade dos gastos e, superada a crise econômica, o país aplique ao menos metade dos superávits (saldos positivos nas contas públicas) em investimentos; principalmente, no setor de infraestrutura. “Os superávits não podem ser usados apenas para reduzir a dívida pública. O Brasil precisa voltar a investir para melhorar a produtividade dos trabalhadores e o país retomar o crescimento”, defendeu Fernando Bezerra, durante o debate sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241/2016, que institui um novo regime fiscal ao país e limita o crescimento do gasto público, à inflação, por um período de até 20 anos.

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Segundo a Polícia Federal, a campanha de Eduardo Campos, em 2010, pode ter sido financiada por grupo criminoso

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A operação teve início com investigações sobre a compra do avião, logo após o acidente que matou Campos (Foto: Arquivo)

A Operação Turbulência, da Polícia Federal, tem investigado um grupo criminoso que pode ter sido o responsável por financiar a campanha de reeleição do então governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), em 2010. O avião em que Campos estava quando faleceu pode ter envolvimento com todo o esquema. “O esquema foi utilizado para pagar propina na campanha do governador”, afirmou a delegada federal Andrea Pinho, durante entrevista coletiva no Recife.

A operação teve início com investigações sobre a compra do avião, logo após o acidente que matou Campos e outras seis pessoas, mas chegou a um esquema apontado pela PF como responsável pela movimentação de até R$ 600 milhões. Esse montante seria alimentado por recursos de propinas e usado por firmas de fachada e sócios “laranjas” para fazer a lavagem de dinheiro.

A Polícia Federal investiga, agora, a relação entre essas empresas citadas na Turbulência e grupos já envolvidos na Lava Jato e em investigações que estão no Supremo Tribunal Federal (STF).

Nesta terça-feira (21) foram presos quatro empresários suspeitos de integrar e se beneficiar com a organização criminosa – João Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho, Eduardo Freire Bezerra Leite, Arthur Roberto Lapa Rosal e Apolo Santana Vieira. Todos foram levados para a sede da PF, no Recife.

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Vereador Geraldo da Acerola chama senador Fernando Bezerra de traidor

Geraldo da Acerola

A afirmação foi feita na manhã desta terça-feira (12), ao participar do programa Bom Dia Vale da rádio Jornal. Geraldo da Acerola (PT), referiu-se ao posicionamento do senador Fernando Bezerra Coelho (PSB), principalmente por ter sido ministro no primeiro mandato de Dilma.

“Ele foi ministro da presidenta Dilma e sempre dizia que além de ministro era um amigo dela, ele demonstrava isso, quando o governador Eduardo Campos rompeu com Dilma para se lançar candidato a presidente, Fernando demostrou que estaria saído do governo, mas que queria continuar e agora ele é a favor do golpe?”, questionou Acerola.

Em alusão a postura do vice-presidente Michel Temer e de muitos deputados e senadores a quem rotulou de traidores, Geraldo disparou. “Ele está traindo, é traição de tantos outros deputados e senadores. Por que queria só está ao lado do governo no momento bom? Então, está tendo muita traição durante esse processo,  o próprio senador Fernando Bezerra Coelho e outros mais”.

O edil afirmou ainda que nos governos que antecederam o PT o povo comia palma no Sertão. “No passado no governo deles só produzia açúcar e muita fome, era muita fome e aqui as crianças comendo palma, quem não se lembra que daqui para o Recife existiam crianças, famílias inteiras, jogando terra nos buracos das estradas, que era um absurdo, pedindo esmola, pedindo alimento pra você que passava nas estradas e hoje não temos mais isso”, reavivou.

Senador Fernando Bezerra pede ajuda financeira para o Hospital Dom Malan

Fernando Bezerra e Marcelo Castro

Acompanhado de Gilliat Falbo, presidente do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip), que administra o Hospital Dom Malan, em Petrolina (PE), o senador Fernando Bezerra (PSB-PE), esteve em audiência com o ministro da Saúde, Marcelo Castro, para pedir ajuda financeira ao instituto. “Que, a exemplo do país, enfrenta uma severa crise econômica”, alerta o senador.

Além do aporte orçamentário para que que o Imip seja classificado como “100% SUS”, a pauta de demandas ao ministro também incluiu a concessão do certificado de acreditação do instituto como Centro de Reabilitação. Na audiência, Gilliat Falbo observou à Marcelo Castro que o Dom Malan é a principal unidade de saúde do Sertão do São Francisco e, atualmente, referência nacional no tratamento dos efeitos da microcefalia.

O hospital também realiza, pelo Sistema Único de Saúde, cirurgias de média e alta complexidade, atendimento ambulatorial, assistência médico-social e atividades de ensino, pesquisa e extensão comunitária. O ministro Marcelo Castro solicitou ao secretário nacional de Atenção à Saúde, Alberto Beltrame, que sejam feitos os cálculos sobre o valor do aporte financeiro que o governo federal poderá garantir ao Imip.

“Repatriação de divisas deve ajudar os municípios brasileiros”, acredita FBC

FBC

Nesta segunda –feira, 18, o senador por Pernambuco, Fernando Bezerra Coelho (PSB) visitou algumas cidades do Estado como São Vicente Ferrer, Vicência, Buenos Aires, Tracunhaém, Nazaré da Mata e Paudalho. Já nessa terça-feira, 19, o senador participou de reuniões entre a Zona da Mata e o Agreste, nos municípios de Camutanga, Timbaúba, Ferreiros, Macaparana e Casinhas.

De acordo com Bezerra, que ano passado defendeu a repatriação como alternativa financeira para a crise, “os recursos gerados a partir da repatriação de divisas devem ajudar os municípios brasileiros ainda no primeiro semestre de 2016”, acredita.

O senador na sua “turnê” que faz pelo sertão argumenta ainda que a verba irá ajudar as cidades que enfrentam uma situação delicada, após a redução do recurso da União por meio do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

Até o final do mês Fernando pretende visitar outros 30 municípios do Estado. Segundo o político as visitas são oportunidades de conversar com prefeitos e gestores municipais sobre a importância do processo de repatriação e tranquilizar os executivos. “Num cenário de tantas adversidades, (a repatriação de divisas) é uma notícia que traz um pouco mais de ânimo às administrações municipais”, pontuou.

FBC lembrou ainda que política é também a arte da aproximação. “Aprendi com Miguel Arraes e depois com Eduardo Campos que se faz política ouvindo as pessoas, fora dos gabinetes. É o que estamos concretizando”, declarou.

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