Rompidos desde 2018, Lula e Ciro Gomes acertam trégua

Eles estavam brigados desde 2018 (Foto: Reprodução)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) estão se aproximando politicamente. De acordo com matéria publicada no jornal O Globo, nessa quinta-feira (29), a dupla fez as pazes e caminhará lado a lado no pleito de 2022.

Ciro rompeu com Lula e o PT nas eleições de 2018, quando Lula colocou Ciro em segundo plano e forçou a candidatura de Fernando Haddad (PT) a presidente. Eles fizeram as pazes em um encontro intermediado pelo governador do Ceará, Camilo Santana, filiado ao PT, mas aliado dos irmãos Ferreira Gomes em seu estado.

Ciro, que até então atacava o petista e o partido, mudou o tom das acusações e alfinetadas. A expectativa é que os dois caminhem juntos no próximo pleito. Ambos são críticos ao governo do atual presidente da República, Jair Bolsonaro.

Para Ciro Gomes, Lula será o candidato do PT em 2022

(Foto: Arquivo)

Ciro Gomes afirmou, nessa segunda-feira (31), que não acredita na declaração de Lula sobre não ser candidato em 2022. Para Ciro, essa pode ser uma estratégia do ex-presidente para não deixar que mais partidos aliados se afastem.

“Lula é especialista em engodo. Se aparecer alguém com mais voto do que o PT, ótimo. Não mudou nada. Ele diz que pode haver outro candidato se houver outro nome com mais voto. Ora, então Lula é candidatíssimo. Essa frase é aperfeiçoamento do engodo”.

Na visão de Ciro, a esquerda em geral está caminhando para isolar Lula. Percebendo isso, o petista está buscando meios para não perder os aliados.

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Senadores defendem adiamento da eleição de 2020 para 2022

Unificação dos pleitos depende de PEC (Foto: Ilustração)

A pandemia do novo coronavírus pode modificar o calendário das eleições municipais. O Senado Federal está analisando várias propostas de adiamento do pleito, desse ano para 2022. Líder do PSL, o senador Major Olímpio (SP) defende a unificação dos pleitos municipal e nacional e estadual.

Um dos argumentos de Olímpio é a economia de R$ 1,5 bilhão com a unificação. Outros apoiadores da ideia são os senadores Elmano Férrer (Podemos-PI) e Wellington Fagundes (PL-MT). “Estou sendo realista, fiz uma Proposta de Emenda Constitucional, precisa mudar a Constituição, empurrando por mais dois anos de mandato“, explicou Olímpio.

Na perspectiva dos senadores, esse momento não é adequado para a realização de eleições. “Estamos em uma pandemia, trazendo mudanças na vida das pessoas, a vida individual, comercial, social e empresarial“, continua Férrer.

Um dos objetivos do Senado é destinar recursos da eleição à saúde. Para ser aprovada, a PEC precisa do apoio de 3/5 da Câmara, ou seja, 308 dos 513 votos e no Senado, de 49 dos 81 votantes.

Moro descarta entrar na corrida eleitoral e afirma que Bolsonaro será candidato em 2022

Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro participou do programa Roda Viva de segunda-feira (20) e refirmou: não tem interesse em disputar a eleição de 2022. E para o ex-juiz da Operação Lava Jato, o atual presidente da República, Jair Bolsonaro estará na corrida eleitoral.

“O ministros do governo Jair Bolsonaro vão apoiar o presidente, esse é o caminho natural. Eu não tenho essa pretensão [de ser candidato]”, respondeu o ministro mais bem avaliado do atual governo, tendo inclusive aprovação maior do que Bolsonaro.

“Essas questões de popularidade vêm, vão, passam. O importante para mim é fazer o meu trabalho”, afirmou Moro. Elevado ao status de “herói nacional” por sua atuação na Lava Jato, Moro foi convidado por Bolsonaro logo após a eleição de 2018 e hoje integra o Poder Executivo Federal.

Em alta, Rodrigo Maia descarta disputar eleições para presidente em 2022

(Foto: Arquivo)

Cada vez mais fortalecido após articular a aprovação da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados, o presidente Rodrigo Maia (DEM) descartou concorrer ao posto de presidente da República em 2022. Ele rejeitou qualquer hipótese a vaga do posto mais alto no Executivo.

“Não quero ser administrador de crise. Enquanto não organizar o Estado brasileiro, para que eu vou ser prefeito, governador ou presidente?”, afirmou, em entrevista ao Estado de São Paulo. Para ele, o atual presidente Jair Bolsonaro (PSL) e o apresentador Luciano Huck são os nomes mais bem colocados na disputa.

Maia também citou os governadores de São Paulo, João Doria (PSDB), e do Rio, Wilson Witzel (PSC). “Quem vai disputar eleição com Bolsonaro é quem conseguir caminhar da direita para o centro, ou a centro-esquerda. O Doria prefere ocupar o espaço do Bolsonaro. Tem que tomar cuidado para não tentar disputar o núcleo duro do presidente. Ele não vai crescer para o eleitor mais radicalizado antipetista. O Huck está tentando construir esse espaço, um pouquinho mais à centro-esquerda em alguns temas E o governador do Rio é sempre forte”, destacou.

Durante a entrevista o presidente da Câmara também avisou que vai priorizar reformas e projetos de Estado e não, necessariamente, a pauta do governo no segundo semestre, como temas de costumes e autonomia do Banco Central. Se concretizada, a intenção de Maia pode atrasar a venda de estatais, programa estratégico do ministro da Economia, Paulo Guedes. (Com informações do JC Online).

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