
Relatórios internos da Compesa, acessados com exclusividade pelo Blog de Jamildo, relatam uma série de fraudes sistêmicas na folha de pagamento da estatal estadual de água e esgoto de Pernambuco nos últimos três anos.
O conteúdo das denúncias preocupa o Palácio do Campo das Princesas por possível repercussão dos fatos na campanha de 2022, aponta uma fonte do PSB, ouvida sob reserva pela reportagem.
A presidente da Compesa, Manuela Marinho, foi indicada para o cargo pelo ex-prefeito Geraldo Júlio (PSB) em 2019. Ela substituiu Roberto Tavares, que estava há 12 anos no cargo. Segundo informações extra-oficiais, a estatal terá que passar por uma auditoria externa.
Um inquérito policial foi aberto na agência DRACCO, da Polícia Civil de Pernambuco. A própria Compesa pediu na Justiça Estadual o bloqueio de bens dos envolvidos no desvio de recursos.

A presidente da Compesa, Manuela Marinho, substituiu Roberto Tavares, que estava há 12 anos no cargo. – Compesa/divulgação
LEIA TRECHO DE RELATÓRIO INTERNO DA COMPESA
“A Companhia, a partir de indícios reportados à Diretoria pelas áreas de pessoal e pela área financeira, designou, no dia 15 de março de 2022, uma Comissão Interna para apurar possíveis irregularidades encontradas na folha de pagamento.
Em face da gravidade dos indícios e, em paralelo ao desenvolvimento das atividades da Comissão Interna, a COMPESA, no mesmo dia 15 de março de 2022, denunciou os fatos à Polícia Civil do Estado de Pernambuco e solicitou providências a fim de apurar eventuais repercussões na esfera penal.
A partir disso, foi instaurado pela 2ª Delegacia de Combate à Corrupção do Estado de Pernambuco (DRACCO) o Inquérito Policial 8884.10.000119/2022, que se encontra em andamento.
Ademais, diante da confissão de então empregada pública da COMPESA e responsável, à época dos fatos, pelo processamento da folha de pagamento, no curso do Procedimento de Sindicância Disciplinar movido internamente na Companhia e de seu interrogatório no bojo do Inquérito Policial 8884.10.000119/2022…