Caso Beatriz: novos fatos serão apresentados em coletiva à imprensa nesta quarta-feira

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Estarão presentes à coletiva o procurador-geral de Justiça do Estado, Carlos Guerra de Holanda, e os seis promotores que integram a força-tarefa do MPPE

Após a divulgação da informação da existência de um vídeo contendo imagens comprometedoras que, possivelmente, possam levar ao elucidação do assassino da menina Beatriz, crime ocorrido no dia 10 de dezembro, nas dependências do Colégio Maria Auxiliadora, em Petrolina, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) convocou a imprensa da região para uma entrevista coletiva nesta quarta-feira (15), onde serão apresentados os detalhes da força-tarefa realizada para investigar e tentar solucionar o caso.

Estarão presentes à coletiva, que ocorrerá às 15hrs, o procurador-geral de Justiça do Estado, Carlos Guerra de Holanda, e os seis promotores do grupo de trabalho.

Reviravolta no caso Beatriz: Vídeo mostra momento exato em que homem estranho seguiu a menina

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Polícia encontra novo suspeito no caso Beatriz

Um novo suspeito para o caso Beatriz Angélica Mota. Após seis meses do crime que chocou o Estado e gerou diversas manifestações de moradores de Petrolina, no Sertão, e Juazeiro, na Bahia, continua sem elucidação. No entanto, uma nova prova vem ajudando nas investigações conduzidas pela Polícia Civil. Um vídeo amador que mostra a parte interna da quadra do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora revela a presença de outro desconhecido próximo ao bebedouro onde ela foi vista pela última vez. Completados seis meses de investigação, nenhum suspeito pelo crime foi preso, além disso, nenhuma autoria do assassinato foi apontada pela polícia.

O delegado responsável pelo caso, Marceone Ferreira, confirmou ontem em coletiva à Imprensa a existência da filmagem, mas não quis detalhar o conteúdo. Porém, em entrevista à Folha de Pernambuco, o pai de Bia, como era carinhosamente apelidada, revelou nuances que apontam o passo a passo dela antes de sumir e a presença de um homem que frequentou o mesmo local.

Segundo Sandro Romildo, a filmagem feita por uma pessoa que pediu anonimato identificou a hora exata em que Beatriz desce para o bebedouro e em seguida um desconhecido também segue o acesso para o local. “Bia desceu as escadas para o acesso ao bebedouro aproximadamente às 22h20. Dois funcionários da escola permitiram o acesso dela ao local, mesmo a passagem estando bloqueada, pelo fato de que uma diretora da escola estava vendendo água na festa. Dezenove segundos após, um homem desconhecido também desceu os degraus. Minutos depois, ele sobe, mas Bia não sobe mais”, revelou o pai.

Sandro diz que esse trecho do vídeo foi um dos poucos a que ele teve acesso. “O vídeo surgiu quando uma pessoa nos procurou. Marcamos com essa pessoa, mas ela não foi. A polícia teve posse do conteúdo e tive acesso a alguns trechos”, comentou. A Folha procurou o delegado Marceone Ferreira para repercutir sobre a existência de um novo suspeito, porém o investigador não retornou as ligações.

Anteriormente, ele havia dito que o retrato falado de um suspeito de participação no crime, divulgado em fevereiro, está sendo reavaliado e poderá sofrer modificações. “Durante as investigações, novas testemunhas oculares apareceram. Portanto, o retrato falado pode sofrer modificações em suas características. Mas, isso ainda está sendo avaliado”, disse Ferreira, que colheu mais de 130 depoimentos até o momento.

Com informações da FolhaPE.

Caso Beatriz:em coletiva delegado afirma que este é o caso número 1 do Estado

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A polícia tem um vídeo que mostra o momento que Beatriz desceu para o bebedouro e mostra quem desceu e subiu na mesma ocasião.

Nesta manhã, o delegado Marceone Ferreira, que conduz as investigações sobre o caso Beatriz, falou com a imprensa sobre o assassinato ocorrido no dia 10 de dezembro de 2015 no interior do colégio Maria Auxiliadora em Petrolina, Sertão pernambucano.

Até o momento nenhuma novidade relevante capaz de elucidar ao caso foi trazida pela polícia. O delegado afirma que este caso é o número um do Estado que a polícia não parou com as investigações, muito pelo contrário, continuam dia e noite. Sobre os cinco suspeitos que faziam parte do corpo de funcionários da escola, as investigações seguem, sem descartar nenhum dos possíveis envolvidos.

Em respostas a questionamentos sobre possíveis reformas na escola, assegurou que qualquer reforma na instituição só deve ser feita com autorização da polícia, se por ventura ficar comprovado que durante este período foram feitas reformas, em áreas isoladas e sem autorização, isto colocaria a instituição diretamente envolvida no crime, fato que a polícia não quer acreditar.

Sobre os últimos vídeos postados nas redes sociais pela mãe de Beartiz, Lucinha Mota, foi cauteloso afirmando:”Temos que ter cuidado em afirmar que falta de documentação da escola e falha na segurança pode ter motivado o crime. Esse é um questionamento que temos que fazer, e qualquer decisão deste tipo será na esfera cível e não criminal”.

Quanto ao disk denúncias as ligações já ultrapassam a casa de 100, e destas 90% foram averiguadas.

O retrato falado segundo o Chefe das Investigações, continua sendo aperfeiçoado de acordo com as informações que estão sendo colhidas.

 

Caso Beatriz: Colégio Auxiliadora contesta denúncias de irregularidades feitas por mãe da menina

Em resposta ao vídeo postado por este blog em que Lúcia Mota, mãe de Beatriz Angélica Mota, indignada cita várias irregularidades, inclusive fiscais do Colégio Maria Auxiliadora, local onde a garota foi brutalmente assassinada na noite de 10 de dezembro de 2015. Ao tomar conhecimento do conteúdo a direção da instituição emitiu uma nota em que presta esclarecimentos acerca das acusações apresentadas.

Confira na íntegra:

Colégio Auxiliadora esclarece denúncias contra a instituição

O colégio Nossa Senhora Auxiliadora de Petrolina reforça, junto à comunidade do Vale do São Francisco e especialmente a família da ex-aluna Beatriz Mota, o seu comprometimento com a busca por justiça e punição do criminoso ou criminosos que ceifaram a vida da criança numa ação brutal e desumana. Contudo, em respeito aos alunos, funcionários e toda sociedade, a unidade escolar se vale do seu direito de ampla defesa para esclarecer algumas informações que circulam nas mídias sociais e veículos de comunicação com acusações contundentes sobre a instituição, corroboradas pela apresentação de documentos que compõem o inquérito policial que investiga o caso.

No dia 10 de dezembro de 2015 foi realizado na unidade de ensino um evento acadêmico que marcou o encerramento do ano letivo de turmas do 3° ano do ensino médio. Na ocasião 192 alunos participaram da solenidade que teve início às 19h20 e encerrou-se às 22h30. O ato é uma atividade  do calendário letivo da instituição e acontece há quase uma década, seguindo um rito que se repete anualmente. A organização da cerimônia, intitulada Aula da Saudade, estima que cerca de 1500 pessoas prestigiaram o evento. O ato aconteceu nas dependências da escola e eventos desta natureza dispensam a presença de Polícia Militar ou órgãos de segurança pública.           O deslocamento de        agentes da PM para policiamento em eventos particulares impacta na cobertura de segurança em regiões vulneráveis e pode ser caracterizado como desvio de finalidade. Naquela noite atuavam na segurança funcionários da instituição e profissionais da empresa de vigilância contratada pela unidade de ensino.

Licença Corpo de Bombeiros

Acerca da liberação do Corpo de Bombeiros, é importante destacar que até o ano de 2015 o colégio recebeu a anuência do órgão. Porém, com modificações na legislação que rege sobre as normas de segurança e prevenção contra incêndios, foram realizadas inspeções na escola que indicaram adequações que deveriam ser feitas na unidade para se ajustar as novas diretrizes. Em setembro de 2015 o projeto com as devidas redefinições foi apresentado e protocolado junto ao batalhão de Petrolina, que até o momento não expediu o parecer favorável ou improcedente.

Alvará

O Colégio Auxiliadora foi acusado equivocadamente de ter cometido prática de sonegação de imposto, o que é uma informação falaciosa, uma vez que o alvará de funcionamento, expedido pela Prefeitura de Petrolina, não se enquadra como imposto, mas uma autorização de exercício de uma atividade aberta ao público. Por se tratar de uma entidade filantrópica e imune, a escola é isenta de impostos e tributos, pagando um valor fixo, anualmente, para a renovação do Alvará.
Atitudes que violam os valores, sustentados pela identidade e conduta religiosa são inadmissíveis e a postura que norteia a instituição é de honrar as leis, respeitando todos os processos e regimentos exigidos.

Ameaças e atentados
No vídeo que está sendo divulgado amplamente, questiona-se sobre a existência de atentados e ameaças contra a escola, neste sentido pontua-se que no mês de agosto vândalos invadiram a unidade de ensino e atearam fogo no depósito de materiais esportivos. Na ocasião foi registrado um boletim de ocorrência, relatando o fato e solicitando investigação policial para apurar suas motivações.
Posteriormente, no mês de outubro, uma ação semelhante foi contida por funcionários do Colégio, quando foram detidos dois ex-alunos tentando invadir a escola. Uma nova ocorrência foi aberta pela instituição, denunciando as ações e mais uma vez solicitando averiguações. Até o momento não foram apresentadas conclusões sobre o inquérito policial.
Ao longo dos 90 anos de história o colégio preserva valores que são imutáveis, como a fé, ética, respeito e compromisso com ensino e com a sociedade. Em um momento de comoção e de clamor por justiça, como o vivenciado, a escola entende que dever haver união e discernimento entre todos que estão imbuídos neste mesmo sentimento. Assim como os pais, amigos, familiares e toda a sociedade, é desejo do colégio que este crime seja elucidado o mais breve possível e para isto está empenhando todos os esforços para contribuir com as autoridades responsáveis pela investigação.

Caso Beatriz: novo protesto é marcado

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Está marcado para o próximo dia 04 de Junho, o protesto “Marcha para a justiça”, pedindo solução para o caso da menina Beatriz Mota, assassinada a facadas em um evento do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, em dezembro do ano passado.

O caso, que é repercussão nacional, tem mobilizado a população de Petrolina, no Sertão de Pernambuco e Juazeiro, Norte da Bahia, em constantes manifestações, para que o caso tenha finalmente uma resposta.

Desta vez, o protesto sairá das cidades irmãs ao mesmo tempo, e se encontrarão no elo de acesso entre ambas: a ponte Presidente Dutra. O manifesto está marcado para sair às 08h da praça do Banco do Brasil, em Juazeiro e da Godoy Veículos, em Petrolina.

Com o pedido “A paz não é um pedido a ser feito apenas em silêncio” os organizadores pedem o comparecimento da população do Vale do São Francisco.

MPPE emite nota de esclarecimento sobre informações dadas pelo promotor do caso Beatriz

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Diferentemente do que se percebe por alguns títulos das matérias veiculadas sobre o caso Beatriz, de Petrolina, com base em pronunciamento de membro do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), incumbe esclarecer que a colocação do promotor de Justiça responsável pelo caso, foi no sentido de que nenhuma linha de investigação deva ser, nesse momento, descartada.

Ciente da possibilidade de diversas interpretações quanto ao conteúdo das declarações do órgão ministerial, o MPPE deixa clara:

1. a inexistência de acusação voltada a qualquer tipo de religião ou credo;
2. que a responsabilização pela(s) conduta(s) homicidas que levaram à morte uma criança de forma tão estúpida e violenta devam ser imputadas individualmente a seu(s) autor(es) e não a qualquer religião ou credo e;
3. que as investigações ainda estão em curso, portanto nada conclusivo pode ser apontado como causa do homicídio, que sensibilizou o município, Estado e País;
4. que as falhas eventualmente apontadas no procedimento investigatório dizem respeito, em sua maioria, à própria estrutura deficitária e ao método/modelo de investigação consolidada na prática policial em nosso País, não dizendo respeito a atuação individual de seus componentes.

As instituições componentes do aparato de justiça e segurança estão envidando esforços para encontrar a solução do caso, prestando, assim, satisfação à população que clama pela Justiça, neste sentido, prudência e cautela devem pautar a propagação de informações sobre o caso neste momento.

Com informações MPPE

Deputado Adalberto Cavalcanti leva o Caso Beatriz para a Câmara Federal

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“Pernambuco precisa rever as suas políticas de segurança. Precisamos de mais policiais nos batalhões e nas cidades. O povo de Petrolina e de Juazeiro anda aterrorizado pela falta de segurança na cidade e no campo” afirma Adalberto Cavalcanti (PTB)

Na tarde desta quarta-feira(04) em pronunciamento no plenário da Câmara Federal, o Deputado Adalberto Cavalcanti proferiu um contundente discurso, denunciando a violência em Petrolina e registrando entre outros fatos, o episódio do assassinato da garota Beatriz, que até o momento a polícia ainda não conseguiu desvendar.

“A cidade cobra. As pessoas criaram vários grupos de apoio ao caso Beatriz em Petrolina. Já entrou delegada, já saiu delegado, já trouxeram perito especial, já promoveram reuniões com a imprensa, mas não há nada concreto”, salientou.

Adalberto disse que Petrolina vive um caos na violência e que Paulo Câmara perdeu o controle da segurança em Pernambuco. “Já estive com o Governador, Paulo Câmara, pedindo-lhe mais celeridade no caso da menina Beatriz. Pedi mais policiamento para o sertão, porque as famílias lá estão assustadas. O número de crime aumenta a toda hora. O pacto pela vida deu lugar agora ao pacto pela morte. E eu pergunto: até quando isso?”, questionou.

Para o parlamentar Pernambuco precisa rever as suas políticas de segurança, necessita de mais policiais nos batalhões e nas cidades.

“Faço um apelo ao Governador, Paulo Câmara. Estou preocupado com a segurança do Estado de Pernambuco. Na minha cidade mesmo, Afrânio, cuja Prefeita é minha esposa, o banco está fechado há 2 meses porque agência nenhuma quer botar mais banco nas cidades”, registrou.

Protesto Buzinaço organizado pelo grupo “Beatriz Clama Por Justiça” segue para Petrolina

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A carreata passou pelas principais vias da cidade baiana e está indo em direção a Ponte presidente Dutra. / Foto Cleilma Silva 

O protesto marcado para a manhã deste sábado (30), pedindo justiça pelo caso da menina Beatriz Angélica Mota, assassinada em dezembro do ano passado, está saindo de Juazeiro em direção à Petrolina, cidade Pernambucana.

A carreata passou pelas principais vias da cidade baiana e está indo em direção a Ponte presidente Dutra. O ato promete parar o trânsito das cidades irmãs. O primeiro ponto de parada em Petrolina é em frente ao Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, local do crime. Em seguida, os manifestantes devem ir até a sede do Ministério Público de Pernambuco e continuar o ‘buzinaço’.

 

Adesivaço pelo caso da menina Beatriz acontece durante todo o dia

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Está sendo realizado na manhã desta quinta-feira (14), ato para que o caso da menina Beatriz mota, permaneça vivo na memória dos habitantes do Vale do São Francisco. Desde às 07h da manhã, membros do grupo “Beatriz Clama por Justiça”, promovem o “adesivaço” na Avenida Guararapes, em frente a Prefeitura Municipal de Petrolina, no Sertão de Pernambuco.

 Durante todo o dia, pessoas que passarem pela avenida podem receber um adesivo para ser colocado no veículo, pedindo por justiça e que o caso seja solucionado. No total, 1500 adesivos serão distribuídos até às 19h de hoje.

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Relembre o caso:

Beatriz Angélica Mota foi morta com golpes de faca, no último dia 10 de dezembro, durante uma festa de formatura no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora. O pai da menina é professor na instituição. Na data, a irmã mais velha de Bia, concluía o Ensino Médio.  Após quatro meses, o caso permanece sem solução.

 

 

Caso Beatriz: vereador do Recife cobra uma posição da Secretaria de Defesa Social

Vereador Henrique Leite

Vereador Henrique Leite (PT)

O caso do assassinato da menina Beatriz Angélica Mota, assassinada com vários golpes de faca, durante uma solenidade de formatura do Colégio Nossa Senhora Maria Auxiliadora, no centro de Petrolina, repercutiu também na Câmara Municipal de Recife-PE.

Na sessão desta quarta-feira (6) o vereador Henrique Leite (PT) cobrou uma solução. “Beatriz foi assassinada com 42 facadas e a polícia mais uma vez não dá uma informação concreta nem para família, amigos moradores e população do estado do Brasil. Foi um crime bárbaro e não podemos ficar calados”.

O vereador pediu uma posição da Secretaria de Defesa Social. “Fazendo uma comparação com o esporte, quando um técnico está perdendo os jogos ele é substituído. A mesma coisa é um delegado. Estão pedindo até peritos de fora para concluir o caso. O caso de Tarsila e Maria Eduarda até hoje foi um crime com dúvidas sobre quem matou as meninas. Quem não sabe fazer tem que ter hombridade e entregar o caso. E esse é meu apelo ao secretário de Defesa Social e ao governo do estado que estude a possibilidade de substituir o delegado e que dê o resultado imediato à população pernambucana e à família”.

Após pressão de pais de alunos, colégio afasta 7 pessoas

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Depois da entrevista concedida pelo promotor Carlan Carlo, do caso Beatriz ao nosso Blog e a coletiva com delegado Marceone Ferreira e o perito Gilmário Lima, os pais de alunos do Colégio Nossa Senhora Auxiliador se mostram mais inseguros e temerosos sobre a segurança dos filhos na instituição. Isto, por ter sido levantada a informação da possibilidade de suspeitos de cometerem o crime brutal, ainda fazerem parte do quadro de funcionários da escola.

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Diante disso, pais e responsáveis  resolveram se mobilizarem e exigirem uma posição da escola com relação a possíveis riscos que os filhos possam estar expostos.

Antes mesmo da mobilização ocorrer, o colégio convocou uma reunião com os responsáveis por crianças que estudam na instituição nesta manhã, que teve a participação de Glaílson Ribeiro de Fortaleza, no Ceará, um dos advogados da escola.

O blog Waldiney Passos obteve a informação que foi afirmado aos pais e responsáveis presentes que 7 pessoas foram afastadas da instituição, como medida preventiva.

A assessoria de comunicação do colégio  informou ao Blog ainda, que o advogado irá conceder entrevista logo mais à tarde.

Pais protestam em frente ao Colégio Auxiliadora

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Pais de alunos do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora resolveram protestar na manhã desta quarta-feira (30), após saberem através da mídia, que possíveis envolvidos na morte da menina Beatriz Mota, ainda trabalham na escola.

Os pais questionam a segurança que os filhos possam estar submetidos no colégio e pedem um posicionamento da instituição.

Exclusivo: 2ª parte da entrevista com o promotor de justiça Carlan Carlo sobre o caso Beatriz

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Na segunda parte da entrevista sobre o caso Beatriz, o promotor de justiça Dr. Carlan Carlo da Silva comenta o fato do Colégio Maria Auxiliadora ter permitido a circulação de pessoas no local do crime logo após a ocorrência do fato, explica o porquê do silencio do Ministério Público até agora e se este pode ser considerado um crime perfeito.

Exclusivo: vídeo entrevista com o promotor de justiça Carlan Carlo da Silva sobre o caso Beatriz

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Confira agora o vídeo da entrevista com o promotor de justiça Carlan Carlo da Silva concedida com exclusividade a este Blog sobre o caso Beatriz.

Nesta primeira parte ele explica qual a competência do Ministério Público nestes casos, se houve falhas na preservação do local do crime e discorre sobre os demais fatores que dificultam as investigações.

Ele afirma ainda acreditar que o crime foi premeditado e praticado por mais de uma pessoa e que, provavelmente, não tenha sido direcionado a menina Beatriz, mas a qualquer outra criança.

Caso Beatriz: menina não foi morta em local do crime e outras pessoas estariam envolvidas

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Na manhã desta terça-feira (29), foram apresentadas novidades sobre o caso da morte da menina Beatriz Mota, morta brutalmente, em dezembro do ano passado, no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, em Petrolina Sertão de Pernambuco. Na coletiva de imprensa, falaram sobre o caso o delegado responsável, Marceone Ferreira Jacinto e o perito-chefe do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Gilmário Lima.

Apesar de até momento apenas um retrato falado do suspeito do crime ter sido divulgado, durante a coletiva, tanto o perito, quando o delegado, afirmaram à imprensa que o crime foi premeditado, os criminosos conheciam o local, é apontado que a vítima foi aleatória e que há a participação de mais pessoas em sua execução.

Ambos profissionais deixaram claro que este é um caso de alta complexidade e que as investigações se encontram em fase avançada. O perito-chefe do estado chegou a afirmar que este é um dos casos mais difíceis da carreira dele.

Desde as primeiras explanações o delegado Marceone frisou que há questionamentos que não poderiam ser divulgados para que não atrapalhasse o curso da elucidação do crime. O delegado trouxe como fato novo à população que o corpo da menina Beatriz foi encontrado em uma sala utilizada para guardar materiais diversos, localizado ainda nas dependências da quadra do colégio, porém, ela não foi morta neste depósito.

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O local do crime

Ao mostrar a foto do local tirada no dia seguinte ao assassinato, o delegado mostrou que pelo tipo de mancha de sangue, o laudo aponta que aquele não era o local do crime. A menina tinha 42 perfurações de arma branca, o que deixaria no ambiente “salpicos” e não somente a marca uniforme de sangue. Outro indício que a garota só foi posta ali após a barbárie, foi o fato do solado dos calçados de Bia não terem marca de fuligem. O depósito tinha sido alvo de ação criminosa meses antes e não tinha sido ainda, retirado todos os vestígios do incêndio. Logo, se ela tivesse sido arrastada ou chegado caminhando a saleta, este material seria encontrado em seus pés e sandálias.

Jogo de Quebra-cabeças

Outro fato que a Polícia Civil trouxe nesta manhã foi o do desaparecimento de 3 chaves do molho da escola, dez dias antes do crime. E estas, seriam de ambientes de acesso próximo a quadra.

Retrato falado

Rebatendo às críticas que surgiram quando foi divulgada a face e a cor da camisa do suspeito do crime (cor verde), o delegado Marceone afirma que o depoimento de nove pessoas, que não são amigas e não se conhecem, ajudou a compor o retrato do suspeito. Além disso, foi relatado que o homem teria tido atitude suspeita como nervosismo e descontrole emocional, minutos antes de Beatriz descer para beber água, por várias pessoas.

Um dos depoimentos conta que uma pessoa que teria descido dois minutos antes de Beatriz para a área do bebedouro, teria ido até a área próxima onde o corpo seria mais tarde encontrado e se assustou com a presença inusitada deste homem e teria saído do local, após ele começar a bater com o celular numa grade próxima que havia no ambiente. Amedrontada com o comportamento inesperado, a testemunha voltou a área central da festa e durante o retorno, cruzou com Bia na escadaria da quadra.

Uma segunda testemunha teria ido ao bebedouro 29 segundos após a criança e não viu mais o homem. Para o delegado, ele está sim envolvido. “Não resta dúvidas que ele participou do crime” deixou claro Marceone.

O homem com rosto divulgado também foi visto fingindo beber água, dentro dos banheiros masculino e feminino, em comportamento estranho. Além de uma criança ter dado depoimento que o mesmo teria a chamado a pegar uma mesa, um pouco antes do momento do crime.

Outro indício que há outras pessoas envolvidas, são testemunhos que dão conta que haveria gente na área próxima da cena onde foi encontrado o corpo, logo em baixo de mangueiras que há no local. A pessoa que teria levado a criança, deveria ter sido vista por estes que se encontravam próximo às árvores, retirando Bia do local mais movimentado, para a execução da menina. Para o delegado, ou participaram ou deram cobertura.

Personagens

Dentro de todas as pessoas ouvidas, 5 chamaram atenção na investigação por demonstrar nervosismo excessivo, contradições e mentir sobre locais onde tinham, ou não estado dentro do colégio. De acordo o delegado Marceone, são 4 homens ou e uma mulher que podem estar envolvidos, ou com medo de contar algo que viu naquela noite.

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O laudo da Perícia

Segundo o perito-chefe Gilmário Lima, este é o caso número 1 no Estado e para realização da perícia foram utilizados todos os equipamentos mais modernos em elucidações de homicídios, como a luminescência e uso de luminol.

O que tornou o caso mais complexo, segundo o perito, foi a falta de rastros de sangue do local onde o corpo foi encontrado, para o que a menina foi morta. Para preservar as investigações, o local do crime não foi divulgado.

A menina foi carregada até o local e deixada lá, para que os criminosos ganhassem tempo, já que era de difícil acesso. A margem de tempo entre sumiço e a morte de Beatriz foi de 20 minutos.

Pela brutalidade do homicídio, o perito considera que o ou os executores, estariam com bastante raiva. Ele deixa aberta ainda a possibilidade de mais de uma pessoa ter esfaqueado Beatriz.

Gilmário Lima ainda reforça que pessoas que tenham fotos, mesmo que selfies do evento, continuem a encaminhar a Polícia Civil através do Whats App, deixando na Delegacia ou passando informações através do Disk Denúncia, para  que peças deste grande quebra-cabeça possam  aparecer.