Tradicional Meia Maratona de Tiradentes abre inscrições neste domingo (9)

As inscrições para a 39ª edição da Meia Maratona de Tiradentes, em Juazeiro, abrem neste domingo (09), às 20h. Os interessados poderão garantir sua vaga até o dia 14 de abril, com a corrida marcada para o dia 27 do mesmo mês. Tradicional na região, a prova de corrida de rua contará com vagas em diversas categorias e duas modalidades: 5 km e 21 km. Este ano, a expectativa é reunir até 600 atletas na competição, que é promovida pela prefeitura, por meio da Secretaria de Cultura, Turismo e Esportes (Seculte).

As inscrições podem ser feitas pela plataforma digital Chronoschip (https://cronoschip.com.br/). O valor da inscrição para o primeiro lote, disponível até o dia 17 de março, é de R$85,00. Os atletas com deficiência e idosos têm direito a 50% de desconto.

As premiações variam de R$100,00 a R$3.700,00, conforme colocação, categoria e tipo de prova. Além dos prêmios, como novidade este ano, a prova contará com o “Pós-Prova Surreal” – uma experiência única para os atletas ao fim da competição, com atrações a serem realizadas na área do Vaporzinho.

O assessor especial de esportes da Seculte, Bruno Lopes, destaca que as novidades visam valorizar o evento, que é aguardado por muitos atletas de dentro e de fora da região. “A meia maratona é uma competição que modifica o cenário da cidade e, em atenção a sua relevância, este ano vamos trazer muitas novidades, dando um gás especial para a experiência dos atletas”.

Ao se inscrever, os atletas receberão um kit atleta, que inclui camiseta, número de identificação do corredor e chip eletrônico. A entrega dos kits será feita nos dias 26 e 27 de abril, no Vaporzinho, das 15h às 19h. Para mais informações, os interessados podem acessar o regulamento completo no site da Cronoschip.

O chefe da pasta de Cultura, Turismo e Esportes, Targino Gondim, reforça que a Meia Maratona, além de um evento esportivo que destaca os atletas regionais, é uma importante tradição em Juazeiro. “Por isso, queremos fazer uma competição maravilhosa, bem organizada e com uma excelente recepção para que todos se sintam bem cuidados dentro dos circuitos”, completa.

Ascom

Noite dos Tambores Silenciosos reúne cerca de 40 nações de maracatu para celebrar a ancestralidade

O Pátio do Terço, no bairro de São José, no Recife, foi palco de um dos momentos mais marcantes da folia pernambucana na noite desta segunda-feira (3): a 61ª edição da Noite dos Tambores Silenciosos. O evento carnavalesco reuniu  cerca de 40 nações de maracatu de baque virado, entre grupos mirins e adultos, em um ritual de reverência à ancestralidade africana.

Esta foi a primeira vez em que a  cerimônia foi conduzida por Mãe Lu de Oxalá, Iyá-Kekere da Casa de Raminho de Oxóssi, e por Jorge de Bessen, babalorixá Jejê-Nagô. “Foi uma mistura de saudade e gratidão. Meu pai sempre me preparou para esse momento, mas estar aqui sem ele é difícil. Ao mesmo tempo, sinto sua energia em cada toque de tambor, em cada olhar que me cerca. Sei que ele está comigo, e isso me dá força para seguir honrando seu legado”, afirmou Jorge de Bessen. Para ele, este também foi um momento de conexão  espiritual, especialmente por suceder seu pai, Tata Raminho de Oxóssi, que por décadas esteve à frente do ritual e faleceu em 8 de dezembro do ano passado.

O ponto alto da cerimônia aconteceu à meia-noite, quando todas as luzes do pátio foram apagadas, e os tambores, que durante todo o carnaval ecoam em ritmos vibrantes, silenciaram por cerca de 30 minutos. Esse momento simboliza o respeito aos negros escravizados e a memória dos antepassados. Centenas de pessoas acompanharam o ritual em silêncio, que traz reflexão sobre a resistência da cultura afro-brasileira.

“Essa celebração não é apenas um ritual, é um compromisso com aqueles que vieram antes de nós. Carregar esse legado é uma grande responsabilidade, pois estamos aqui para honrar a memória dos nossos ancestrais, reforçar nossa fé e garantir que essa tradição continue viva para as futuras gerações. O silêncio dos tambores é um grito de resistência e de respeito à nossa história”, registrou Mãe Lu de Oxalá, Iyá-Kekere da Casa de Raminho de Oxóssi.

Durante o cortejo, tochas foram acesas e levadas até a porta da Igreja de Nossa Senhora do Terço, onde foram entoados cânticos em homenagem a Nossa Senhora do Rosário e à orixá Iansã, que simboliza o vento e a conexão entre os mundos espiritual e terreno. Em seguida, quatro pombas brancas foram soltas, representando a paz e a ligação com os espíritos dos ancestrais.

História

Criada na década de 1960, a Noite dos Tambores Silenciosos foi idealizada por Maria de Lourdes Silva, conhecida como Badia, moradora do Pátio do Terço. O evento nasceu como uma homenagem aos negros escravizados que passaram pelo local, que, no período colonial, serviu como mercado de escravizados e um dos primeiros espaços de prática do candomblé nagô em Pernambuco. Inicialmente, a cerimônia tinha um caráter teatral e era encenada pelo grupo de teatro Equipe. Com o tempo, tornou-se um dos rituais mais importantes do Carnaval do Recife, reunindo nações de maracatu e fiéis das religiões de matriz africana.

Com o passar dos anos, o ritual cresceu e se tornou um dos momentos mais emblemáticos da folia pernambucana, reunindo maracatus, lideranças religiosas e fiéis em um ato de fé e resistência. “Esse ritual sempre existiu. Antigamente, os negros celebravam a liberdade na segunda-feira de Carnaval. Hoje fazemos isso de forma ainda maior, mas mantendo o respeito e a fé dos nossos ancestrais”, destacou João Jhadyell, de 15 anos, que participou da cerimônia pela primeira vez como ogã, responsável por tocar os ilús, instrumentos sagrados do candomblé.

Diario de Pernambuco

Encontro dos Blocos Líricos emociona foliões no Marco Zero

O encontro dos tradicionais blocos líricos reuniu foliões de várias gerações nesta segunda-feira (3), no Marco Zero. Com trajes repletos de cores e muito brilho, os participantes das agremiações desfilaram e emocionaram o público, que relembrou os costumes dos antigos carnavais.

O início da programação da segunda de carnaval atraiu diversas famílias, que trouxeram as crianças para curtir a folia no Bairro do Recife. Esse foi o caso do servidor público Breno Ribeiro, de 46 anos, que estava acompanhado da esposa Daniela, dos filhos Artur, de três anos, e Pedro, de um ano e quatro meses. Eles viajaram de Caruaru, Agreste de Pernambuco, para passar o carnaval no Recife.

Além de elogiar a organização do carnaval do Recife, Breno destacou a importância cultural dos blocos líricos no carnaval pernambucano, que é passado de geração em geração. “O carnaval é alegria e a gente queria mostrar isso para os nossos filhos, incentivando a nossa cultura. O carnaval do Recife é tradicional e cada vez vem melhorando. Então a gente quer vivenciar isso com os nossos filhos e passar a tradição, que foi dos meus pais”, destacou.

Para a funcionária pública recifense Romilda Paes, de 66 anos, a tradição dos blocos líricos merece ainda mais apoio do pelo poder público para que a tradição se prolongue ao longo dos anos. “Eu sinto falta da população participar desse tipo de bloco, principalmente do público mais jovem. O sentimento é que talvez um dia essa essa cultura se acabe por conta da falta de valorização dos jovens de manter a tradição. Os governantes deveriam estimular esses blocos para que eles tenham condições ainda melhores para se apresentar”, declarou Romilda.

A foliã recifense estava acompanhada da amiga, Lourdes Tavares, de Limoeiro, Agreste de Pernambuco, de 69 anos, que veio ao Recife para curtir a folia. Ela destaca que o encontro dos blocos líricos traz lembranças dos carnavais da sua juventude. “Eu me sinto bem e recordo da minha infância e adolescência. Na minha época, a diversão era mais nos clubes, com bandas, todo mundo enfeitado e arrumado. As brincadeiras eram de molha molha, de talco e de lama e por aí vai”, relembrou Lourdes.

Diario de Pernambuco

Bloco ‘Os que ficaram’ celebra 25 anos de história e resistência no Carnaval de Petrolina

“De dezembro até fevereiro, eu tenho uma missão, trabalhar pela cultura do Carnaval pernambucano aqui em Petrolina”, é o que descreve o aposentado Domingos Manoel de Souza. Aos 66 anos, durante três meses, ele deixa o descanso de lado à serviço da folia, colocando o bloco ‘Os Que Ficaram’ para desfilar no Carnaval de Petrolina. O bloco celebra as bodas de prata neste Carnaval. São 25 anos de história e resistência.

“Eu me sinto muito feliz, porque eu acho que eu fui um herói da resistência. Para ter o carnaval de hoje, houve uma resistência dos pequenos blocos, mostramos ao poder público que existe carnaval em Petrolina. Foi nós que levantamos a bandeira para fazer o carnaval estar do tamanho que é hoje”. Domingos relembra que o bloco surgiu nos anos 2000, a partir de um brincadeira com os amigos que não tiveram como sair de Petrolina para curtir o festejo em outros lugares.

 “Antes eu viajava para outra cidade, mas eu fiquei em Petrolina. Uns pensaram em ‘Os Que Não Foram’, outros escolheram ‘Os Que Ficaram’. O nome foi sugestivo na hora. Então, ‘Os Que Ficaram’ foi aprovado por 25 pessoas, e a gente foi para uma manhã de sol no Sesc de Petrolina, que era o único lugar que tinha na cidade com movimento de Carnaval”.

A agremiação enfrentou desafios para se firmar na folia momesca, nem sempre teve apoio, mas resistiu ao anos em nome da paixão pelo Carnaval. “Então, a gente ficou, assim, forçadamente. No período de carnaval, a gente juntava turma e ia para a praça, fazia camisa. Teve um ano que nem batedor não tinha, isso foi em 2004. A gente saia de um bar da Orla e seguia para a Praça da 21 para terminar lá, porque não tinha carnaval em outro canto da cidade”.

De lá para cá, ‘Os que ficaram’ se enraizou no Carnaval de Petrolina e abriu caminho para o surgimento de novas agremiações. “Se em 2000, tinha dois ou três blocos, hoje se você catalogar os blocos de Petrolina, tem quase 30 bloquinhos. Então, isso cabe aos blocos que ficaram, ao Carranca Dourada, que foram a resistência e responsáveis pela continuação do carnaval de rua”.

G1 Petrolina

2ª edição da Festa do Vaqueiro de Sento-Sé celebra a tradição sertaneja

Neste sábado (1º) Sento-Sé foi palco da 2ª edição da Festa do Vaqueiro. O evento, realizado pela Prefeitura Municipal, iniciou com um café da manhã servido para os vaqueiros na Arena Beira Rio, onde aconteceu a concentração para a cavalgada, que percorreu as principais ruas e avenidas da cidade até chegar à Igreja do bairro Tombador, onde numa missa campal foi pedida proteção para todos os vaqueiros.

A programação seguiu com o retorno dos vaqueiros à Arena Beira Rio onde participaram de um almoço. Encerrando o evento, o Forró da Espora animou todos os participantes sob o comando de Robinho Vaqueiro e Samuka do Gado.

“Essa é uma festa que tem como objetivo celebrar o papel tão importante dos vaqueiros, pessoas fundamentais no nosso sertão. É uma festa marcada por muita alegria, atraindo crianças, jovens e idosos. É uma grande felicidade realizarmos mais esta edição e ver que agradou a todos”, afirmou Ana Passos, prefeita de Sento-Sé.

Manoel Marcos da Silva, o Marquinhos Vaqueiro, é presidente da Associação dos Vaqueiros de Sento-Sé e um dos organizadores do evento, ele conta que a festa cresceu em comparação ao ano anterior. “Temos aqui cerca de 200 vaqueiros, de mais 10 comunidades do interior, este é o segundo ano e com certeza virão muitos outros para consolidar essa festa linda”, destacou.

Aprovação – o vaqueiro Israel Menezes Muniz, mais conhecido como Jarrinha Aboiador, 67 anos, veio de Piri para participar da festa. “Participei no ano passado e não podia perder esse ano. Sou nascido e criado vaqueiro e me orgulho disso, por isso não perco uma festa de vaqueiro, é um grande reconhecimento ao nosso trabalho e a nossa cultura”.

Lei – Sento-Sé também tem instituído através da Lei Nº 479/2022, de autoria do vereador José Cláudio, o Dr. Claudio, o Dia do Vaqueiro, que é comemorado no último domingo do mês de março. “Buscamos apresentar o projeto de lei para fortalecer, enriquecer ainda mais essa nossa cultura tão importante, e que é popular entre o nosso povo. Olha que festa linda, é o segundo ano de realização e temos aqui toda essa alegria e uma participação efetiva dos vaqueiros de toda Sento-Sé”, avaliou o vereador.

Participaram ainda de toda a programação o vereador e presidente da Câmara de Vereadores, Juliano Afonso, secretários municipais, vaqueiros de várias regiões e a população em geral.

Texto e fotos: Gardennia Garibalde – Ascom PMSSE

Tradição e cultura: famílias se divertem com programação da ‘Vila São Francisco’ durante São João de Petrolina

Cultura, tradição e clima típico da época junina em pequenas cidades, com direito a brincadeiras, apresentação de quadrilhas e causos. Estas são as noites que milhares de visitantes vivenciam na ‘Vila São Francisco’, estrutura montada que simula uma vila e está localizada na entrada do Pátio de Eventos Ana das Carrancas. Além de réplicas de prédios históricos de Petrolina, como a Igreja Matriz e a antiga Estação Ferroviária, outras casas simulam botecos e uma praça, proporcionando uma experiência agradável para quem vai conferir.

Durante as noites do São João de Petrolina, as famílias encontram um espaço projetado para diversão mais tranquila, com apresentações culturais de quadrilha junina, causos nordestinos e forró pé de serra, além de ser um ambiente colorido e divertido especialmente para as crianças que por lá encontram um lugar ideal para brincadeiras.

Para Édson Gonçalves e Fernanda Souza, que levaram o filho de três anos, Miguel de Souza, pela segunda vez ao espaço, a ‘Vila São Francisco’ é um ambiente muito agradável e vale a pena ser incluído no roteiro junino. “Nesse ano, chegamos um pouquinho mais cedo para usufruir melhor da vila, e é um espaço ideal pro meu filho, onde ele pode brincar à vontade. Super recomendo que outras famílias possam vir e trazer seus filhos e filhas para a Vila São Francisco e dá para curtir bastante mesmo. Miguel mesmo está brincando que não para!”, destacou Édson.

A ‘Vila São Francisco’ estará aberta para visitação gratuita do público até o dia 25 de junho, próximo domingo, e conta com apresentações do ‘Trio Ivan do Acordeon’, das 20h às 22h, além do casal de atores recifenses, Mart Júpiterquest e Anitson Monique, que participam pela terceira vez do São Joao de Petrolina, fazendo um trabalho de animação, bem inusitado, e preferem ser chamados de ‘prefeito’ e ‘primeira-dama’, levando os visitantes a cair no riso e na dança do tradicional forró pé de serra.

Jaquelyne Costa/Ascom Secretaria de Governo, Secretaria de Agricultura e Agência Municipal do Empreendedor

Fotos: Deivid Menezes