Ex-deputado estadual Paulo Câmera morre aos 80 anos

O ex-deputado estadual Paulo Francisco de Carvalho Câmera, morreu aos 80 anos, em Salvador, neste domingo (04). Natural de Itabuna, no sul da Bahia, era formado em Administração Pública pela Universidade Federal da Bahia (Ufba), com especialização pela Fundação Getúlio Vargas.

Câmera exerceu seis mandatos consecutivos na Alba, entre 1995 e 2015, licenciando-se entre 2011 e 2014 e, definitivamente, em 2015, não chegando a cumprir o mandato que iria até 2019. Foi 3º secretário da Mesa Diretora e presidiu importantes comissões, como a de Finanças e Orçamento (2001–2006) e a de Defesa do Consumidor. Participou ativamente de CPIs relevantes, como as que investigaram o Metrô de Salvador e a que apurou escutas telefônicas ilegais na Secretaria de Segurança Pública.

Com grande experiência também no Executivo, entre 2011 e 2015 exerceu os cargos de secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação e secretário de Agricultura, ambos durante o governo Jaques Wagner; e a presidência da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), em 1994, durante o governo Antônio Carlos Magalhães.O corpo do ex-deputado será cremado ainda hoje, às 16h, no Cemitério Campo Santo, em Salvador.

A presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), deputada Ivana Bastos (PSD), decretou luto oficial na Casa, por três dias, por conta da morte de Câmera. “A ALBA está em luto por três dias em memória de Paulo Câmera, um homem público excepcional, de absoluto respeito e seriedade no trato com as contas públicas, dinâmico, espirituoso, além de ser um gentleman no relacionamento com as pessoas. Meu abraço solidário a todos os familiares, aos seus filhos Bárbara, Betânia e Rubens, e amigos de Paulo, além de seus conterrâneos de Itabuna, sua terra natal”, lamenta a chefe do Legislativo baiano.

A Tarde

Congresso gastou R$ 85 mil com viagens de bolsonaristas aos Estados Unidos em vitória de Trump

O Congresso Nacional desembolsou ao menos R$ 85 mil para que três parlamentares bolsonaristas pudessem viajar para os Estados Unidos para acompanhar as eleições que culminaram na vitória de Donald Trump. Entre os dias 2 e 7 de novembro, dois deputados e um senador tiveram passagens áreas ou hospedagens custeadas pela Casa Legislativa, que autorizou a missão oficial.

A comitiva de parlamentares também contou com outros nomes à exemplo de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Bia Kicis (PL-DF), que ainda não prestaram contas sobre os custos.

Na Câmara dos Deputados, José Medeiros (PL-MT) teve sua passagem área de classe econômica ressarcida no valor de R$ 6,3 mil. O deputado ainda recebeu R$ 11,2 mil por 4,5 diárias. A justificativa para sua missão foi participar do evento ” O Poder da Democracia: Eleição Presidencial nos EUA 2024.”

No país estrangeiro, ele gravou uma série de vídeos em meio à apuração. Durante a madrugada de quarta-feira, quando Trump se consolidou vencedor da disputa, ele esteve à frente da Casa Branca, residência oficial do governo americano.Outra deputada que participou do mesmo evento que Medeiros e esteve nos Estados Unidos para acompanhar as eleições foi Mayra Pinheiro (PL-CE). Ela recebeu R$ 12,5 mil em diárias.

Durante a pandemia da Covid-19, ela ganhou o apelido de “Capitã Cloroquina”. Enquanto secretária de Gestão do Trabalho do Ministério da Saúde, Pinheiro foi ouvida e indiciada pela CPI da Covid por crime de epidemia com resultado de morte, prevaricação e crime contra a humanidade. A médica defendia o uso da cloroquina como tratamento para a Covid-19 e chegou a participar do desenvolvimento de um aplicativo do governo federal que recomendava o medicamento, comprovadamente sem eficácia.

Já no Senado Federal, quem recebeu seis diárias para estar nas eleições foi Laércio Oliveira (PP-SE). O valor foi de R$ 20,6 mil. A sua passagem área, em classe executiva, custou R$ 34,4 mil aos cofres públicos.

Em suas redes sociais, o senador foi mais comedido nas postagens. Logo após o resultado afirmou que a democracia estaria se renovando e desejou um “mandato justo” a Trump.

Agência O Globo