Governo Lula chega aos 500 dias com crise no RS e embates no Congresso

Com a chegada do mês de junho, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ultrapassa um terço do novo governo. Nesses mais de 500 dias, o chefe do Executivo se propôs a melhorar áreas de meio ambiente, relações internacionais e economia, enquanto travou batalhas com o Congresso e enfrentou crises sanitárias e climáticas no país.

O marco de tempo do mandato foi citado por Lula em um discurso no dia 8 de maio, ao falar com otimismo sobre o rumo do Brasil: “Escrevam isso, porque nós estamos apenas com 15 meses de governo, menos de um terço do mandato. Portanto, vamos fazer três vezes mais do que fizemos até agora para atingir o ápice das coisas boas nesse país”.

Na virada de junho, Lula completa 17 meses, ou seja, 517 dias à frente da Presidência. Nesse período, o presidente conseguiu avançar em agendas no campo da economia, como a aprovação da Reforma Tributária, meio ambiente e retomada das relações exteriores.

Metrópoles

Crise no RS faz Brasil importar arroz, que será vendido a R$ 4 o quilo

O governo federal, por meio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), prepara-se para comprar, nesta terça-feira (21), o primeiro carregamento de arroz importado da safra 2023/2024. A compra foi decidida após perdas de produção no Rio Grande do Sul devido às chuvas.

Ao todo, serão adquiridas 104.035 toneladas do produto. O teto de gastos para a compra de arroz importado pelo governo é de R$ 416,14 milhões. O produto deve chegar à mesa do consumidor brasileiro por, no máximo, R$ 4 o quilo.

“O arroz que vamos comprar terá uma embalagem especial do governo federal e vai constar o preço que deve ser vendido ao consumidor. O preço máximo ao consumidor será de R$ 4 o quilo”, informa o presidente da Conab, Edegar Pretto.

Diário de Pernambuco

Comando do PSDB anula eleição do partido em SP e agrava crise interna

A executiva nacional do PSDB anulou a eleição que havia determinado o nome de Marco Vinholi como novo presidente da executiva estadual do partido em São Paulo. Membros do partido ligados ao atual presidente nacional, Marconi Perilo, acusam Vinholi de ter infringido as regras da legenda ao convocar eleições virtuais e sem o chamamento oficial, por ata, de todos os integrantes do diretório estadual.

A reunião que escolheu o nome de Vinholi ocorreu no último dia 6 de março, de maneira virtual. O ex-deputado estadual nega as irregularidades e afirma que o próprio diretório estadual convocou a eleição virtualmente. Ele é aliado do ex-governador João Doria, que deixou o PSDB.

“Na data prevista foi então realizada a reunião que elegeu a executiva estadual do partido com 97 votantes de um diretório com 105 membros, mais de 92%. O resultado fala por si só, representa a vontade da imensa maioria do partido em SP”, disse Vinholi, em nota. A derrubada de Vinholi foi decida em uma reunião da executiva nacional, na noite de sexta-feira, com 30 votos favoráveis. “Ele fez a eleição virtual, não convocou uma série de pessoas e fez voto aberto. Ele fez um movimento agressivo, neste momento que o partido tenta se unir”, disse o atual presidente do diretório municipal de São Paulo, José Anibal.

A divergência ocorre em relação à forma de escolha da executiva. Mensagens de uma lista de transmissão do WhatApp do partido, obtidas pelo GLOBO, apontam que o diretório estadual, recentemente eleito, havia divulgado no dia 3 um encontro virtual, para o mesmo dia, para escolher a executiva, incluindo o novo presidente. Em seguida, no entanto, uma mensagem de adiamento para o dia 6 foi enviada.

Depois, no dia 6, uma nova mensagem comunicando mais um adiamento é enviada, sem estimativa de nova data. Dessa vez, porém, com a assinatura da executiva estadual provisória do partido, comandada por Paulo Serra, aliado do presidente nacional, Marconi Perillo. Isso significaria, na visão de aliados de Perillo, que a eleição de Vinholi não poderia ter ocorrido naquele dia.

Entretanto, o ex-deputado justifica que o adiamento não teria efeito prático, já que caberia ao diretório, e não à executiva provisória, convocar ou adiar reuniões. O entendimento de Anibal e aliados de Perillo é de que uma nova executiva estadual provisória deve ser convocada, até que novas eleições sejam feitas.

Agência O Globo