A partir desta segunda-feira (10), o governo dos Estados Unidos vai adotar tarifas de 25% sobre as importações de aço e alumínio, conforme anunciado pelo presidente Donald Trump. A decisão ocorre no contexto de uma série de cortes de gastos nas agências federais, com apoio de líderes como o bilionário Elon Musk.
Trump afirmou que todas as importações de aço estarão sujeitas a uma tarifa de 25%, incluindo o alumínio. O Canadá, principal fornecedor de aço e alumínio para os Estados Unidos, além de países como Brasil, México e Coreia do Sul, que também são fornecedores de aço, poderão ser impactados diretamente.
O presidente americano também informou que na terça ou quarta-feira anunciou tarifas recíprocas, corrigindo desequilíbrios nas taxas alfandegárias aplicadas a importados.
A Comissão Europeia declarou que ainda não havia recebido “nenhuma notificação oficial” sobre as novas tarifas, mas alertou que o bloco responderá a qualquer ação desse tipo, com o ministro francês Jean-Noël Barrot destacando a disposição de proteger os interesses europeus.
Em relação à China, Trump também anunciou que os produtos chineses terão tarifas adicionais de 10%, o que levou Pequim a preparar medidas retaliatórias, com impostos específicos sobre produtos americanos a partir desta segunda-feira. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Guo Jiakun, anunciou que o protecionismo não oferece soluções e que não há vencedores em uma guerra comercial ou alfandegária.
O cenário promete novas pressões no comércio global, com as principais economias monitorando os desdobramentos das medidas dos EUA.