Sobe para 107 o número de mortos após enchentes que atingem o RS

O mais recente boletim da Defesa Civil do Rio Grande do Sul reporta um aumento no número de mortos para 107, em decorrência dos temporais que assolam o estado.

A atualização desta quinta-feira (9) ainda aponta um óbito em investigação, além de registrar 136 desaparecidos e 374 feridos.

O estado contabiliza 232,1 mil pessoas deslocadas de suas residências, sendo 67.542 em abrigos e 164.583 desalojadas, abrigadas por familiares ou amigos. Dos 497 municípios gaúchos, 425 enfrentam problemas relacionados às chuvas, afetando aproximadamente 1,476 milhão de pessoas.

LEIA MAIS

”O cenário é quase de guerra”, diz pernambucana que mora no Rio Grande do Sul

As enchentes que castigam o Rio Grande do Sul já impactaram 425 dos 497 municípios do estado, deixando um rastro de devastação: 163.786 desalojados, 67.428 pessoas em abrigos, além de 130 desaparecidos e 100 mortos.

Em meio a esse cenário desolador, uma corrente de solidariedade se formou em todo o Brasil, incluindo uma iniciativa de uma pernambucana residente em Canoas, uma das cidades afetadas pelas chuvas.

Ellen Alencar, engenheira de 26 anos, e seu marido, também pernambucano, vivem em Canoas desde 2023. Ela relata que tiveram que evacuar sua residência na última quinta-feira (2) sob recomendação da Defesa Civil, conforme as águas avançavam rapidamente, inundando o condomínio onde moram.

Ao presenciar a devastação e as necessidades emergenciais da comunidade local, Ellen decidiu agir. Ela e o marido ajudaram vizinhos próximos a retirar pertences e forneceram assistência básica, comprando água, alimentos, medicamentos e itens de higiene.

LEIA MAIS

Cavalo é visto em telhado de imóvel submerso pela água em Canoas, no RS; animal será içado

As cenas dramáticas das cidades completamente submersas pelas águas das chuvas no Rio Grande do Sul têm chamado a atenção, principalmente pelos relatos de resgate de animais em meio à tragédia.

Uma imagem que impressionou foi a de um cavalo avistado no telhado de uma residência em Canoas, um dos municípios mais afetados pela cheia.

Registrada pela equipe de reportagem da TV Globo e exibida no programa “Mais Você”, apresentado por Ana Maria Braga, a cena mostrava o animal solitário em meio à área inundada.

LEIA MAIS

Com chuva e vento fortes, Porto Alegre suspende resgates com barcos

Coma volta da chuva e vento forte, a prefeitura de Porto Alegre orientou que sejam suspensas temporariamente nesta quarta-feira (8) as operações de resgate com barcos. A recomendação foi divulgada às 14h.

O município prevê chuva de até 15 milímetros nas próximas horas, ventos de até 80 km/h e raios em toda a região metropolitana.

Frio

A partir desta quinta-feira (9), a previsão é de tempo frio e seco na maior parte do estado. As temperaturas devem cair, chegando a 4ºC e 8ºC nas regiões mais frias. Em Porto Alegre, a mínima deve ser de 12ºC, conforme dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Tragédia

Já chega a 100 o número de mortos em consequência das fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul ao longo da última semana. Segundo a Defesa Civil estadual, quatro óbitos estão sendo investigados para determinar se, de fato, foram causados por efeitos adversos das chuvas, como enxurradas, enchentes, inundações, deslizamentos e desmoronamentos.

Há ao menos 128 desaparecidos em todo o estado. O boletim divulgado ao meio-dia desta quarta-feira (8) informa que cerca de 1,45 milhão de pessoas já foram afetadas pelas consequências das chuvas em 417 municípios gaúchos.

Fonte Agência Brasil 

Ciclone extratropical leva frio ao RS, mais chuvas e ventos que podem chegar a 100km/h

Com a chegada de uma frente fria, a situação no Rio Grande do Sul pode se tornar mais grave a partir desta quarta-feira (8). Prevê-se chuvas com volumes acima de 100 milímetros em algumas cidades, queda de temperatura e ventos de até 100 km/h.

O avanço desta nova frente fria é resultado de um ciclone extratropical formado próximo à costa da Argentina. Embora o sistema não deva passar diretamente sobre o estado, ele intensificará os ventos na região Sul do país e provocará o retorno da chuva ao Rio Grande do Sul.

LEIA MAIS

TJPE destina recursos de penas de prestação pecuniária para o Rio Grande do Sul

O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) anunciou a Portaria Conjunta 8/2024, publicada no Diário de Justiça eletrônico desta terça-feira (7), com o objetivo de somar esforços e ajudar a população do Rio Grande do Sul em meio à calamidade pública provocada pelas fortes chuvas no estado.

A medida destina, de forma excepcional e temporária, recursos provenientes do cumprimento de penas de prestação pecuniária e outros benefícios legais.

A portaria autoriza os magistrados gestores desses recursos a repassarem para a conta da Corregedoria Geral da Justiça do Rio Grande do Sul, em caráter excepcional e temporário, os valores existentes e futuros até o limite de um terço do montante total, pelo período inicial de 15 dias. Caso necessário, essa medida poderá ser prorrogada por mais 15 dias.

LEIA MAIS

Chuvas no RS causam prejuízo de mais de R$ 423 milhões no agro da região

O setor agropecuário é duramente atingido pelas chuvas e enchentes que assolam o estado do Rio Grande do Sul, de acordo com dados da Confederação Nacional dos Municípios (CNM). Os danos financeiros ao setor já ultrapassam a marca de R$ 423,8 milhões, conforme levantamento realizado pela entidade.

Segundo nota da CNM, os danos são estimados como significativamente superiores aos já apontados. Muitos municípios ainda enfrentam situações extremas, concentrando esforços no resgate e assistência às vítimas. Milhares de pessoas estão ilhadas, aguardando socorro sobre telhados e árvores, enquanto outras tantas estão desabrigadas.

LEIA MAIS

Sobe para 83 número de mortes no Rio Grande do Sul pelas fortes chuvas

O número de mortes confirmadas decorrentes das fortes chuvas que caem no Rio Grande do Sul subiu para 83 e outros quatros óbitos estão em investigação para confirmar se há relação com os eventos meteorológicos da última semana.

Os dados constam no boletim da Defesa Civil estadual atualizado às 9h desta segunda-feira (6). No momento, o número de desaparecidos chega a 111 pessoas.

Ao todo, são 345 municípios gaúchos atingidos pelos temporais, com mais de 850,4 mil pessoas afetadas. O estado contabiliza 21.957 pessoas desalojadas. Além disso, o levantamento aponta que 19.368 pessoas estão temporariamente em abrigos e há 276 feridos.

Fonte Folha PE

Pernambuco mobiliza ajuda ao Rio Grande do Sul; equipes viajam nesta terça-feira

Raquel Lyra (PSDB) anunciou nesta segunda-feira (6) que Pernambuco está mobilizando esforços para ajudar o Rio Grande do Sul, que já registrou mais de 80 mortes devido às chuvas. A ajuda será coordenada em rede, dentro do Consórcio Nordeste, envolvendo os nove governadores da região.

O trabalho está sendo coordenado pela presidente do grupo, a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), em contato direto com o ministro da Defesa, José Mucio Monteiro.

LEIA MAIS

Chuvas intensas não dão trégua no Rio Grande do Sul

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) publicou, na manhã desta segunda-feira (6), aviso nível vermelho, que indica grande perigo devido às chuvas intensas que atingem, sobretudo, a região sudeste do Rio Grande do Sul.

O alerta é válido até meio dia desta terça-feira (7). De acordo com a previsão, as chuvas podem chegar a 100 milímetros (mm) por dia e os ventos podem alcançar 100 km/h. O Inmet prevê também queda de granizo, grande risco de danos em edificações, corte de energia elétrica, estragos em plantações, queda de árvores, alagamentos e transtornos no transporte rodoviário.

Os municípios gaúchos que podem ser mais afetados são: Santa Vitória do Palmar; Rio Grande; Pedras Altas, Jaguarão, Herval, Chuí e Arroio Grande.

LEIA MAIS

“Morreram abraçadas”: 5 pessoas da mesma família são encontradas no RS

Em Roca Sales, no Vale do Taquari, cinco corpos foram localizados abraçados pelos bombeiros militares. As vítimas, membros da mesma família, foram encontradas no interior de uma residência soterrada após um deslizamento de terra.

A tragédia faz parte de um cenário mais amplo de enchentes na região, com estimativas da Defesa Civil indicando pelo menos 20 mortes no Vale do Taquari. Parte dos corpos foi encaminhada ao posto do Departamento Médico-Legal (DML) em Lajeado.

A expectativa é que o número de vítimas aumente à medida que as águas recuem. O Rio Taquari, que chegou a ultrapassar 33 metros, agora se aproxima da marca dos 20.

LEIA MAIS

Quase 850 mil pessoas foram afetadas por chuvas no Rio Grande do Sul

Quase 850 mil pessoas (844.673) foram impactadas até o momento pelas chuvas fortes que atingem o Rio Grande do Sul desde a semana passada.  O boletim mais recente da Defesa Civil – divulgado às 18h deste domingo (5) – indica que há 78 mortes confirmadas e pelo menos mais quatro em investigação. O número de feridos é de 175 e há 105 desaparecidos.

Por causa do mau tempo, 134.331 pessoas tiveram de abandonar as casas em que vivem, sendo que 115.844 estão desalojadas e outras 18.487 vivem em abrigos. Dos 497 municípios gaúchos, 341 foram afetados por alguma ocorrência relacionada às chuvas.

A última catástrofe ambiental no Rio Grande do Sul foi em setembro de 2023, quando 54 pessoas morreram depois da passagem de um ciclone extratropical.

LEIA MAIS

Bancos doaram R$ 6 milhões e suspenderam pagamento de dívidas de vítimas no RS, diz Febraban

A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) anunciou que a entidade e os bancos associados (Itaú, Bradesco, Santander, BTG Pactual, Banco do Brasil e Caixa) doaram até agora R$ 6 milhões para auxiliar no socorro aos moradores do Rio Grande do Sul, vítimas da enchente que assola o Estado.

Os bancos também adotaram várias iniciativas nos negócios para amenizar a situação de sofrimento na região, como pausa no pagamento e renegociação de dívidas, liberação do saque calamidade do FGTS, ações de auxílio para funcionários e familiares na região, abertura de agências para recebimento de doações e o reforço de orientações às equipes de seguros das instituições para o atendimento da população local também.

“A Febraban e seus bancos associados manifestam profundo pesar às vítimas das chuvas históricas que atingem o Rio Grande do Sul, se solidarizam com as famílias atingidas pela catástrofe e se somam aos esforços das autoridades para o atendimento emergencial da população”, escreve e a entidade. “Esse apoio se soma a outras doações do setor bancário às vítimas das enchentes do Rio Grande do Sul ocorridas em 2023, quando foram doados mais de R$ 4 milhões para auxílio no socorro aos moradores.”

Os bancos também possuem parcerias com entidades civis locais e estão mobilizando clientes e funcionários para doações às vítimas.

Estadão

Lula embarca para o RS ao lado de Lira, Pacheco e ministros

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decolou, na manhã deste domingo (05), com destino ao Rio Grande do Sul (RS) para acompanhar as ações de socorro ao estado, que sofre com a maior enchente da história.

Lula viaja acompanhado dos presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), além da primeira-dama, Janja Lula da Silva, e uma comitiva de ministros (veja a lista abaixo).

Lula retorna ao RS após visitar o estado na última quinta-feira (2/5). Ele esteve em Santa Maria (RS), onde se reuniu com o governador do estado, Eduardo Leite (PSDB). Está prevista uma nova reunião entre os líderes neste domingo, em Porto Alegre.

Diário de Pernambuco

Resgates contra o tempo para tentar conter a tragédia no Sul

O desafio é titânico e contra o tempo: autoridades e moradores tentam evitar uma tragédia ainda maior do que a já vivida no Rio Grande do Sul, onde quase 60 pessoas morreram e 70 mil foram evacuadas devido às enchentes. Das ruas alagadas ou do ar, as imagens são devastadoras: casas cujos telhados mal aparecem, pessoas que perderam tudo, e o centro da moderna Porto Alegre, de 1,4 milhão de habitantes, completamente alagado.

Segundo a Prefeitura, o nível do rio Guaíba localizado na cidade marcava 5,09 metros, acima do recorde de 4,76 metros registrado durante as enchentes históricas de 1941. As águas avançam sobre a metrópole e centenas de outras cidades, e os números crescem ao mesmo tempo. Além dos quase 70 mil despejados, há mais de um milhão de casas sem água e a destruição é incalculável, segundo a Defesa Civil.

Rosana Custódio, enfermeira de 37 anos, é uma das milhares de vítimas do desastre. A enchente a obrigou a deixar sua casa em Porto Alegre e desde então ela vive um pesadelo. Ela conseguiu ir para a casa da sogra. Mas “na quinta-feira, por volta da meia-noite, as águas começaram a subir muito rápido. (…) No desespero saímos em busca de um lugar mais seguro. Não conseguíamos andar. Meu esposo colocou minhas duas pequenas em um caiaque e remamos com uma ‘tacuara’. Eu e meu filho nadamos até o fim da rua e começamos a caminhar com água até o pescoço”, disse à AFP por mensagem de WhatsApp.

Eles se refugiaram na casa do cunhado, em Esteio, localidade ao norte de Porto Alegre, mas na sexta-feira a história se repetiu. “Fomos resgatados por uma lancha de amigos”. Desde então, conta, está com a família em um abrigo. “Perdemos tudo o que tínhamos”.

“Dia decisivo”
O governador Eduardo Leite, que neste domingo receberá o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela segunda vez desde que a tragédia foi declarada, descreveu a situação como “dramática” e “absolutamente sem precedentes”. Domingo “será um dia decisivo para os resgates”, afirmou o ministro da Comunicação da Presidência, Paulo Pimenta.

As cenas de pessoas em telhados esperando por socorro, de pequenas embarcações atravessando rios por ruas e avenidas, ou de caminhonetes 4×4 ajudando em travessias impossíveis se repetem continuamente. O estado precisará de uma espécie de “Plano Marshall” para se reconstruir, disse o governador. Mas isso acontecerá depois que as águas baixarem e quando as chuvas pararem.

Agora, a preocupação é com o abastecimento de alimentos e a continuidade da cadeia produtiva neste estado agrícola, o quinto PIB do Brasil e um dos mais prósperos do país. O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, pediu à população que racionasse a água, depois que quatro das seis estações de tratamento da cidade tiveram que ser fechadas.

Cidade sitiada
A situação excepcional deixa Porto Alegre praticamente sitiada. A Polícia Rodoviária disse à AFP que a chegada pelo sul está bloqueada a cerca de 15 km, enquanto o acesso à cidade ainda é possível pelo norte. A principal estação rodoviária da cidade está inundada e fechada. O aeroporto internacional de Porto Alegre suspendeu suas operações na sexta-feira por tempo indeterminado.

Jornalistas da AFP puderam observar o avanço das águas em diversas regiões da cidade na noite de sábado. A eletricidade também está desaparecendo em algumas áreas. O número de pessoas desaparecidas está aumentando. Já são 74 pessoas. Mas o isolamento de alguns municípios suscita receios de números ainda mais trágicos. O desastre afeta diretamente mais de meio milhão de pessoas, segundo a Defesa Civil, embora seja impossível estimar por enquanto o impacto econômico dos danos causados pela água.

Por que Porto Alegre?
É o “coquetel desastroso” da mudança climática e do fenômeno meteorológico El Niño que favoreceu as chuvas devastadoras que atingiram o sul do Brasil e outros eventos extremos, disse à AFP o climatologista Francisco Eliseu Aquino. Porto Alegre, cidade fundada por imigrantes portugueses em 1772, desenvolveu-se sob a influência do seu porto, fundamental para o crescimento do Brasil, informa a Corporação Andina de Fomento (CAF) em seu site.

Mas está em uma confluência de cursos de água no meio de uma gigantesca bacia hidrográfica, que promoveu o seu desenvolvimento ao permitir o escoamento da produção agrícola do estado. Em tempos de mudança climática, a bênção transformou-se em desgraça. Na noite de sábado as chuvas começaram a diminuir, mas persistirão pelas próximas 24 a 36 horas.

A província do Rio Grande do Sul pediu cautela diante da possibilidade de deslizamentos de terra, que já deixaram inúmeras rotas cortadas em todo o estado e também na vizinha Santa Catarina.

AFP

56789