Número de mortes suspeitas de febre amarela sobe para 38

(Foto: Divulgação)

O número de casos suspeitos de febre amarela em Minas Gerais passou para 133. Desse total, 20 já tiveram comprovação laboratorial para o vírus e, por isso, são considerados como prováveis. Números da Secretaria Estadual de Saúde indicam que 38 pacientes morreram.

A causa do óbito continua em investigação. No entanto, 10 dos casos já são considerados como óbitos prováveis por febre amarela. Essas mortes ocorreram nos municípios de Piedade de Caratinga (3), Ladainha (3), Ubaporanga (1), Ipanema (1), Itambacuri (1) e Malacacheta (1).

Por causa do surto, o governo de Minas declarou emergência em 152 cidades. Os municípios que relatam casos suspeitos da doença, no entanto, é em número menor. Até agora, 24 trazem registros de pacientes com infecção ou casos de mortes que podem estar relacionadas à febre amarela. Em 13 cidades foi identificada morte de macacos, provavelmente provocadas também por febre amarela.

Com informações do Estadão

Pernambuco registra 76 surtos de caxumba

(Foto: ilustração)

Setenta e seis surtos de caxumba foram registrados em Pernambuco no ano passado. No total, os surtos envolveram 836 casos, predominantemente referentes a adolescentes e a adultos jovens. Em 2015, não houve nenhum caso. Mas, foi nesse ano que uma alteração no padrão de circulação da caxumba se apresenta em diferentes regiões do País, e um aumento na ocorrência de surtos tem sido observado.

Inicialmente, a crescente nos casos foram percebidos na região Sul e Sudeste e, posteriormente, no Centro-oeste e Nordeste do País. Foi em maio de 2016 que Pernambuco passou a registrar incomumente a caxumba.

A doença, também conhecida como papeira, é, desde setembro do ano passado, de notificação compulsória. Na ocorrência de pacientes suspeitos em qualquer lugar do Estado, a unidade de saúde precisa comunicar imediatamente à Secretaria Estadual de Saúde.

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Alto índice de casos de caxumba em Pernambuco preocupa a Secretaria Estadual de Saúde

(Foto: Internet)

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), foram registrados 836 casos de caxumba no último ano e 76 surtos da doença. Diante do ressurgimento dos surtos, a pasta passou a tornar obrigatória a notificação dos casos e faz um alerta para a necessidade de conferir o cartão de vacinação.

No Sertão pernambucano, não há registros da doença, entretanto só em Recife foram registrados 68 surtos da doença, além de cidades na região do Agreste e da Mata Norte, onde os incidentes foram menores. Segundo o diretor-geral de Controle de Doenças e Agravos, George Dimech o índice pode ter aumentado devido à alta circulação de viajantes.

“Antes de 2015, quase não tínhamos registro da doença, era muito baixo, mas em 2015 começaram a surgir casos no Sudeste e no Sudoeste do Brasil. Pernambuco é um grande ponto turístico. Essa circulação pode ter trazido a doença para nosso estado”, acredita.

A doença, que é contagiosa provoca inchaço doloroso das glândulas parótidas, que produzem a saliva. Febre, falta de apetite e dor de cabeça costumam incomodar os pacientes durante o ciclo. A transmissão acontece seis dias antes do início dos sintomas e até nove dias após o surgimento dos sintomas.

“Na sua grande maioria, a doença é benigna, mas pode se agravar se baixarmos a guarda. O homem pode desenvolver uma inflamação nos testículos e ficar infértil. A mulher também pode ficar infértil ao desenvolver uma inflação nos ovários. Há risco ainda de aborto no primeiro trimestre da gestação”, explica Dimech.

De acordo com o diretor-geral, a vacina contra a caxumba só foi introduzida no calendário de vacinação em 2004. Por isso, há uma grande quantidade de pessoas que não foram, devidamente, imunizadas, o que facilita o aparecimento de surtos.

“Costumamos dizer que só há dois tipos de grupos: os que estão vacinados e os de maior risco por não estarem vacinados. Como essa introdução foi há pouco tempo, temos um bolsão de pessoas que não está vacinado. É preciso, mesmo adulto, atualizar o cartão de vacinação”, pontua.

A vacina utilizada para combater a caxumba é a tríplice viral, que abrange, também, rubéola e sarampo. Para os adultos entre 20 e 29 anos, é necessário tomar duas doses. Já para os adultos entre 30 e 49 anos, é uma dose só. Adultos maiores de 50 não precisam tomar. Isso porque acreditam que eles já foram expostos e estão imunes, já que a pessoa só contrai uma vez a doença.

“A população acha que a caxumba é uma doença de criança, mas não é. É preciso estar imunizado porque qualquer um pode contrair e, quando adulto, é pior. O controle depende de todos atualizarem os cartões de vacinação. Estamos fazendo campanhas com os municípios, mas o cidadão não deve esperar a campanha. Ele tem que se antecipar”, conclui Dimech ao afirmar que o estoque da vacina está alto.

Com informações do G1PE

Países com surto de Zika devem autorizar aborto, defende ONU

Aedes

O alto-comissário de Direitos Humanos daOrganização das Nações Unidas (ONU), Zeid Ra’ad Al Hussein, defendeu nesta sexta-feira (5) que países com surto do vírus Zika autorizem o direito ao aborto em casos de infecção em gestantes, uma vez que o quadro pode estar relacionado ao aumento de bebês diagnosticados com microcefalia.

Segundo Hussein, garantir os direitos humanos de mulheres nesse contexto é essencial para que a resposta à emergência em saúde pública relacionada ao Zika seja efetiva. “Isso requer que os governos garantam às mulheres, homens e adolescentes o acesso a informações e serviços de saúde reprodutiva e sexual abrangentes e de qualidade, sem discriminação”, disse, durante coletiva de imprensa em Genebra.

Ainda de acordo com o porta-voz da ONU, os serviços em questão envolvem a contracepção (incluindo a oferta de pílula do dia seguinte), a saúde materna e o aborto seguro e legal. “Claramente, conter a epidemia de Zika é um grande desafio para os governos na América Latina”, disse. “Entretanto, a orientação de alguns governos para que mulheres adiem a gravidez ignora a realidade de que muitas delas simplesmente não podem exercer controle sobre quando e em que circunstâncias ficar grávida.”

Por meio de nota, a própria ONU reforçou que, em meio à contínua propagação do vírus Zika pelo mundo, autoridades devem garantir que as respostas em saúde pública estejam em conformidade com suas obrigações no campo de direitos humanos. A entidade destacou ainda que uma relação causal entre os casos de infecção pelo vírus, a microcefalia e casos de Síndrome de Guillain-Barré ainda estão sendo investigados.

Com informações do jconline.

Cientistas preveem surto de zika até abril

MOSQUITO

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), integrantes da força-tarefa criada em dezembro para investigar o zika vírus e sua relação com o aumento dos casos de microcefaliano País, afirmaram nesta sexta-feira (8) que, embora não haja comprovação que a doença tenha se espalhado pelo Estado de São Paulo, é preciso se preparar para um cenário epidêmico entre os meses de março e abril, quando a população de mosquitos Aedes aegypti atinge seu pico.

“O que vai acontecer, eu não sei, mas estamos nos preparando para um surto massivo nesse verão”, disse Paolo Zanotto, virologista do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP e coordenador da força-tarefa, que tem cerca de 300 pesquisadores e 40 laboratórios. Na sexta-feira, o grupo passou a contar com o reforço de cientistas do Instituto Pasteur de Dacar, no Senegal, que trazem a experiência da atuação em diversos surtos de doenças virais no mundo, entre elas o Ebola.

Uma das principais áreas de colaboração dos cientistas africanos é no desenvolvimento de métodos mais precisos e rápidos de diagnóstico do zika vírus. Entre as técnicas que estão sendo trabalhadas está um teste rápido de detecção, como já existe para a dengue. “Já temos um protótipo de teste rápido para o zika vírus, que também consegue detectar outros vírus similares, como dengue e febre amarela, o que torna o diagnóstico mais preciso. Pela nossa experiência em outros casos, o resultado desse teste pode sair no período de 15 a 20 minutos”, explicou Amadou Sall, diretor científico do Instituto Pasteur de Dacar e coordenador do grupo de pesquisadores africanos no Brasil.

Ele explicou que os testes rápidos podem ser muito importantes para o diagnóstico da doença em regiões mais carentes do Brasil, como cidades do interior do Nordeste que estão vivendo surtos de microcefalia. “Você pode ir a campo, a uma pequena vila, por exemplo, permanecer o dia inteiro lá e submeter as pessoas ao teste, sem precisar enviar as amostras a um laboratório central. É possível fazer em qualquer lugar, mesmo onde não há eletricidade”, disse ele.

Uma versão final do teste rápido, que poderá ser desenvolvido em larga escala e comercialmente, no entanto, pode demorar alguns meses para ser finalizado, segundo Sall.

Múltiplos fatores 

Os cientistas também avaliam a possibilidade de mais de um fator estar associado ao aumento da microcefalia no Brasil. De acordo com Sall, o fato de duas coisas estarem acontecendo ao mesmo tempo em um mesmo lugar não significa que uma esteja causando a outra. E usou uma analogia simples: “O fato de o galo cantar quando o Sol nasce não significa que é o canto do galo que faz o Sol nascer”.

Mesmo a presença do vírus no organismo de um bebê nascido com microcefalia não serve como uma prova definitiva. “As coisas podem estar relacionadas, mas não é necessariamente uma que causa a outra”, explica. É possível que haja outros fatores envolvidos nos casos de microcefalia, como uma combinação do zika com outros vírus ou fatores imunológicos ou genéticos dos pacientes. (Fonte: NE10)

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