Quaest: 93% dos agentes do mercado acreditam que política econômica vai na direção errada; 83% dizem que economia vai piorar

Levantamento da Genial/Quaest divulgado nesta quarta-feira (19) aponta que 93% dos agentes financeiros entrevistados consideram que a política econômica do país está na direção errada, enquanto 7% acreditam que está na direção certa. Outros 83% acreditam que a economia brasileira vai piorar, 13% que permanecerá a mesma e 4% que vai melhorar.

Foram ouvidos 106 fundos de investimentos com sede em SP e no RJ, por meio de questionários online, entre os dias 12 e 17 de março. Integram os entrevistados gestores, economistas, analistas e tomadores de decisão do mercado financeiro.

A margem de erro é de 3,4 pontos percentuais para mais ou para menos. O levantamento foi encomendado pela Genial Investimentos.

Segundo a pesquisa, a maioria dos agentes financeiros considera o presidente Lula como o principal responsável pela direção que a política econômica está tomando. Veja os números:
  • Lula: 92%
  • Fernando Haddad: 5%
  • Congresso: 2%
  • Banco Central: 1%

Expectativa com a economia

De acordo com a Genial/Quaest, 83% dos entrevistados acreditam que a economia brasileira vai piorar nos próximos 12 meses, 13% que permanecerá a mesma e 4% que vai melhorar.

Para 58% dos entrevistados, o Brasil corre risco de entrar em recessão. Outros 42% consideram que não há esse risco.

Ainda segundo a pesquisa, 82% acreditam que a inflação vai encerrar o ano maior do que em 2024. Outros 16% têm a expectativa de que ficará a mesma, e 2%, que vai cair.

Entre os entrevistados, 87% esperam que o Comitê de Política Monetária (Copom) aumente em 1 ponto a taxa Selic em março. Outros 2%, que vai subir 0,75 ponto; 5%, que vai ser elevada em 0,5 ponto. Outros 5%, que vai subir em 0,25 ponto. Para 2%, a taxa de juros será mantida em 13,25%.

Popularidade de Janja cai e chega a menor patamar desde o início do governo Lula, diz Quaest

A opinião dos eleitores brasileiros sobre a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, piorou em 2024, segundo pesquisa Genial/Quaest realizada no início de dezembro.

A avaliação positiva registrou nova queda, saindo de 28% em dezembro de 2023 para 22% atualmente. Em fevereiro do último ano, 41% dos eleitores tinham uma opinião positiva sobre ela, o que significa que Janja perdeu quase metade da sua popularidade desde que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assumiu o governo.

Ao mesmo tempo, a avaliação negativa da primeira-dama chegou a 28%. A taxa era de 19% no início do governo e já havia subido para 26% em dezembro passado.

Segundo a pesquisa, 30% dos entrevistados avaliam Janja como regular. O grupo representava 32% no levantamento anterior e 22% no início do governo. Indecisos são 20%.A Quaest entrevistou 8.598 brasileiros com 16 anos ou mais entre os dias 4 e 9 de dezembro. O nível de confiança é de 95% e a margem de erro é de um ponto percentual.

A avaliação do governo Lula como um todo é melhor do que a de Janja: 34% dos entrevistados consideram o governo Lula regular, ante 33% que avaliam como positivo e 31% como negativo. Outros 2% não souberam responder. A aprovação do trabalho do próprio Lula é de 52%, enquanto 47% desaprovam.

A piora na avaliação positiva da primeira-dama nesses dois anos foi puxada pelo Nordeste, onde ela tinha 56% de avaliação positiva em fevereiro do ano passado, percentual que agora é de 29%, e por aqueles que votaram em Lula no segundo turno da eleição. Neste último caso, houve queda de 30 pontos percentuais Em fevereiro de 2023, 66% dos eleitores do petista avaliavam Janja de forma positiva contra atuais 36%.

A avaliação negativa de Janja é preponderante entre eleitores de Jair Bolsonaro (58%), quem tem renda familiar de mais de cinco salários mínimos (39%), ensino superior incompleto ou mais (37%), homens (34%), evangélicos (34%), e quem vive no Sul (33%) e no Sudeste (32%).

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