Pan de Santiago encerra com recorde de medalhas para o Brasil, que fica em segundo no ranking

Depois de mais de duas semanas agitadas, chegou ao fim, neste domingo (5), os Jogos Pan-Americanos de Santiago. Para o Brasil, a competição foi mais que positiva. O País se despediu da edição com a melhor campanha de sua história. Com 205 medalhas conquistadas ao todo, sendo 66 de ouros, o Time Brasil quebrou o recorde de subidas ao pódio numa mesma edição de Pan.

Além das 66 medalhas douradas, o Brasil somou 73 pratas e 66 bronzes. Líder do ranking, os Estados Unidos tiveram 286 medalhas no total: 124 de ouro, 75 de prata e 87 de bronze. Antes do Chile, a melhor campanha verde-amarela em Jogos Pan-Americanos havia sido em Lima 2019, com 169 idas ao pódio (54 ouros, 45 pratas e 70 bronzes).

Dos mais de 600 atletas brasileiros, seis pernambucanos contribuíram para os números do País no Pan deste ano. No boxe, Caroline Almeida foi ouro na categoria até 50kg. No handebol feminino, Renata Arruda e Fernanda Lima estavam no elenco que ficou com a medalha dourada. Já no decatlo, José Fernando “Balotelli” garantiu a prata. No judô, por sua vez, foram dois bronzes: Amanda Lima e Kayo Santo, nas categorias até 48kg e 100kg, respectivamente.

O Pan do Chile também reservou outro fato histórico para o Brasil. Pela primeira vez, as mulheres foram mais ao pódio do que os homens. Das 205 medalhas, 95 foram para atletas do sexo feminino e 92 para o sexo masculino. As 18 restantes foram para duplas mistas. Das 66 de ouro, 33 tiveram como destino as mulheres, 30 homens, e três provas mistas.

Entre os principais destaques do Brasil nesta edição do Pan, está a ginasta Bárbara Domingos. Ela foi a maior medalhista do País. Aos 23 anos, faturou três ouros e duas pratas nas cinco finais que disputou na ginástica rítmica. O maior medalhista de ouro, no entanto, foi Guilherme Costa. ‘Cachorrão’ saiu de Santiago com quatro medalhas de ouro. Além disso, entrou para a história por se tornar o primeiro atleta a subir no lugar mais alto do pódio nos 400m livres, 800m livres e 1.500m livres.

Vagas para Paris 2024

De olho nos Jogos Olímpicos de Paris, o Pan deu vagas olímpicas em 21 esportes, com o Brasil conseguindo se classificar para diversas modalidades: handebol feminino (14 atletas), boxe (9), hipismo (6 – com os brasileiros do adestramento precisando confirmar a vaga fazendo índice até junho de 2024), natação(2), pentatlo moderno (1), tênis (1), tiro com arco (1) e vela (4).

Folha de Pernambuco

Pan: Brasil fatura mais 2 pratas no tiro com arco e vaga em Paris 2024

O tiro com arco brasileiro encerrou o último dia de competições com mais duas medalhas de prata, com direito a vaga olímpica para o país em Paris 2024. A paulista Ana Machado, estreante no Pan, faturou medalha inédita no arco recurvo feminino, e de quebra, carimbou a vaga na disputa feminina da modalidade em Paris. Antes, a paulista também subiu ao pódio das duplas mistas, ao lado do carioca Marcus D’Almeida, que no sábado (4) conquistou o bronze por equipes masculinas.

Para chegar à final do arco recurvo feminino, Ana Machado eliminou na semifinal a norte-americana Casey Kaufhold, atual número dois do mundo, por 6 a 4. Na sequência, a brasileira deixou escapar o ouro ao ser superada na final pela mexicana Alejandra Valencia por 7 a 1.

“Meu primeiro Pan e foi muito incrível. Foi uma semana incrível e consegui fazer tudo o que me propus. Conseguimos a vaga para Paris, que era nosso principal objetivo, e ainda mais duas medalhas”, comemorou a arqueira, em depoimento ao site do Comitê Olímpico do Brasil. O domingo também foi bom para Marcus D’Ameida que, pela primeira vez, somou duas medalhas em uma mesma edição dos Jogos Pan-Americanos.

“Foi duro. Todo mundo veio com o time A para o campeonato de tiro com arco daqui porque vale vaga olímpica, é um campeonato muito importante. Todo mundo que não tinha vaga olímpica priorizou isso no calendário, o que não era o meu caso. Então, eu sabia que poderia acontecer algumas coisas e não sair daqui com o ouro, mas fico feliz em sair com duas medalhas. Todo o Pan eu saio com uma medalha, hoje estou saindo com duas”, festejou o carioca, que foi bronze no sábado (4) ao lado de Matheus Gomes e Matheus Ely no tiro com arco por equipes masculinas.

O desempenho brasileiro, com três pódios, é o melhor da história da competição. Além disso, o país tem presença garantida nas provas individuais e mistas da Olimpíada de Paris 2024. As vagas no tiro com arco não são nominais: os representantes do país serão definidos por critérios estabelecidos pela Confederação Brasileira do Tiro com Arco. (CBTArco).

Agência Brasil