
Sport e Náutico concretizaram uma ameaça antiga, de deixar a Liga do Nordeste. Com isso, os clubes pretendem abandonar a principal competição da entidade, a Copa do Nordeste, a partir da edição 2018.
O pedido de desfiliação foi entregue na sexta-feira (30), e nesta segunda-feira (3) os clubes deram uma entrevista coletiva para explicar as razões. O Santa Cruz, outro descontente com o regional, vai submeter a desfiliação ao seu Conselho Deliberativo.
O trio de ferro pernambucano reclama da remuneração do regional. “A competição é deficitária. Nós, clubes grandes, pagamos para jogar”, disse o presidente do Sport, Arnaldo Barros.
Segundo levantamento o Sport arrecadou desde 2013, quando a Copa do Nordeste iniciou o novo formato, mais de R$ 6,6 milhões. Esse valor é referente apenas às cotas de participação em cada fase, sem bilheterias e premiações.
O rubro-negro pernambucano foi o clube que mais ganhou em cotas. O Bahia, campeão da edição 2017, arrecadou R$ 6,1 milhões, e o Vitória, que não participou em 2016, ganhou R$ 3,4 milhões.
Barros garantiu que a intenção dos clubes não é garantir cotas maiores apenas para si. “Fizemos uma consultoria que nos deu sinais de que o valor de uma competição dessas é duas ou três vezes maior. Portanto, não queremos vantagens para os clubes de Pernambuco. Queremos um aumento de receitas para todos”, disse.
Por fim, Barros evidenciou que pretende formar uma nova competição com os dissidentes: “Vamos aguardar, outros clubes devem se juntar. Daí, podemos criar uma nova entidade e procurar as emissoras para vender o produto”.
Os dissidentes querem realizar a copa num formato com menos clubes, sem jogos simultâneos com os estaduais. Entre as propostas, existe a de formar duas divisões. A segunda divisão teria os clubes classificados pelos estaduais.