Brasil envia mais 16,8 toneladas de donativos ao Líbano

O Brasil enviou, no sábado (26), uma nova doação de insumos estratégicos em saúde para o Líbano. O avião da Força Aérea Brasileira (FAB) responsável pelo nono voo de repatriação de brasileiros levou 400 mil ampolas do medicamento midazolam, utilizado para sedação pré-cirúrgica e para intubação orotraqueal doados pelo Ministério da Saúde, com peso aproximado de 9,5 toneladas.

O avião levou também medicamentos e cestas básicas arrecadados pela Embaixada do Líbano em Brasília em conjunto com o Consulado-Geral do Líbano em São Paulo, por meio da Associação Unidos pelo Líbano, e pelo  Consulado-Geral do Líbano no Rio de Janeiro, totalizando uma carga de 16,8 toneladas.

A operação foi coordenada pelo Ministério das Relações Exteriores, por meio da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), em parceria com os ministérios da Saúde e da Defesa.

A Operação Raízes do Cedro, do governo federal, já enviou doações ao Líbano de sete cargas de medicamentos, seringas descartáveis e envelopes para reidratação oriundos dos estoques públicos do Sistema Único de Saúde (SUS) administrados pelo Ministério da Saúde, além de medicamentos e cestas básicas arrecadados pelas representações diplomáticas e consulares do Líbano no Brasil e doadas por empresas farmacêuticas brasileiras.

As doações feitas pelo Ministério da Saúde atendem à demanda apresentada pela Embaixada do Líbano em Brasília, em setembro.A cooperação humanitária internacional do Brasil acontece com base nos estoques do SUS administrados pelo Ministério da Saúde. As doações são realizadas após análise técnica que assegura não haver risco de comprometimento do abastecimento nacional no âmbito do SUS.

Agência Brasil

Exército israelense intensifica bombardeios no Líbano

Israel intensificou os seus bombardeios aéreos no Líbano neste domingo (13), dentro e fora dos redutos do movimento islamista libanês Hezbollah, com o qual trava combates por terra em setores próximos da fronteira no sul do país.  O Hezbollah indicou que repeliu neste domingo duas tentativas de infiltração de tropas israelenses.

Segundo a milícia pró-iraniana, os seus combatentes detonaram dispositivos explosivos contra soldados israelenses que “os confrontaram quando tentaram se infiltrar” perto da cidade libanesa de Ramia. Afirmou também que atacou soldados israelenses em Marun al Ras, alguns quilômetros a leste, e que bombardeou uma base militar israelense ao sul da cidade de Haifa. Além disso, pela primeira vez, o movimento relatou combate corpo a corpo com soldados israelenses em uma aldeia no sul do Líbano.

Por sua vez, o Exército israelense relatou uma operação “seletiva e limitada” no sul, assim como um “combate corpo a corpo” com o Hezbollah. Também anunciou ter capturado um combatente da milícia em um túnel, “destruído [sua] infraestrutura ao longo da fronteira” e matado “dezenas” de combatentes.

O Hezbollah abriu uma frente contra Israel em outubro de 2023 para apoiar o seu aliado, o Hamas, na guerra na Faixa de Gaza, desencadeada após o ataque mortal do movimento islamista palestino em solo israelense em 7 de outubro daquele ano.

Depois de enfraquecer o Hamas em Gaza, Israel transferiu a maior parte das suas operações para a frente libanesa em setembro, com o objetivo de afastar o Hezbollah das zonas fronteiriças e permitir o retorno de cerca de 60.000 israelenses que tiveram que abandonar as suas casas no norte de Israel, devido ao lançamento de foguetes do grupo xiita. Mas neste domingo, o Exército disse ter interceptado cinco projéteis vindos do Líbano.

Mesquita destruída

Israel intensificou os seus bombardeios aéreos desde a meia-noite passada, segundo a agência de notícias oficial libanesa Ani, assim como os disparos contra cidades do sul do país, um reduto tradicional do Hezbollah.  Um bombardeio “por volta das 03h45” (horário local) destruiu “completamente” uma antiga mesquita no centro da aldeia de Kfar Tibnit, acrescentou.

A Cruz Vermelha libanesa informou que vários dos seus socorristas ficaram feridos neste domingo em um bombardeio de uma casa no sul, para onde foram enviados “em coordenação” com a força de paz da ONU no Líbano (Unifil).  A frente que o Hezbollah abriu contra Israel há um ano transformou-se em uma guerra aberta em 23 de setembro, com intensos bombardeios israelenses contra redutos do Hezbollah no Líbano, que mataram o líder do movimento, Hassan Nasrallah.

Ofensiva em Jabaliya

Depois de mais de um ano de combates, Israel continua a sua ofensiva em Gaza, território governado pelo Hamas.  O Exército bombardeia principalmente a região de Jabaliya, no norte, onde acusa o Hamas de reorganizar as suas forças. Neste domingo, o Exército indicou que eliminou “dezenas de terroristas” neste setor e atacou “40 alvos terroristas”.

O ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023 em solo israelense causou a morte de 1.206 pessoas, a maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em números oficiais israelenses e que inclui reféns mortos ou assassinados em cativeiro em Gaza.  Ao menos 42.227 palestinos, a maioria civis, morreram na ofensiva israelense no território, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza, considerados confiáveis pela ONU.

AFP

Quarto voo da FAB pousa em São Paulo com 211 repatriados do Líbano

O quarto voo com repatriados do Líbano chegou ao Brasil na manhã deste sábado (12). A aeronave KC-30, da Força Aérea Brasileira (FAB), empregada na Operação “Raízes do Cedro”, do Governo Federal, pousou, às 7h11 (horário de Brasília), na Base Aérea de São Paulo, em Guarulhos (SP).

O avião da FAB transportou 211 pessoas resgatadas, incluindo 12 crianças de colo. A aeronave decolou de Beirute, capital libanesa, às 12h25 desta sexta (11/10). O voo fez uma escala em Lisboa, Portugal, para reabastecimento, e seguiu a para a Base Aérea de São Paulo, em Guarulhos.

Com o término deste voo, a operação da FAB retirou do Líbano, em uma semana, 885 pessoas e 11 animais domésticos. A orientação do governo é para que todos com capacidade para deixar o país por conta própria o façam, sempre seguindo as recomendações de segurança das autoridades locais.

Diário de Pernambuco

Avião que vai repatriar brasileiros no Líbano segue para Beirute

Em meio à grave crise humanitária no Líbano, decorrente dos recentes ataques aéreos de Israel, o governo brasileiro iniciou nesta quarta-feira (2/10) uma operação de repatriação de seus cidadãos. Um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) decolou da Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, com destino a Beirute, capital libanesa.

A aeronave KC-30, com capacidade para transportar cerca de 220 pessoas, fará uma escala técnica em Lisboa, Portugal. A expectativa é que a primeira leva de brasileiros seja trazida de volta para o país nos próximos dias.

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Embaixada do Brasil monitora tensão após brasileiros terem sido feridos em ataque no Líbano

Após um ataque no sul do Líbano ter deixado três brasileiros feridos neste sábado (01), a embaixada do País em Beirute informou que está intensificando seus esforços para monitorar a crescente tensão na região e fornecer orientações à comunidade brasileira no Líbano. O incidente, que ocorreu na cidade de Seddiqine, próximo à fronteira com Israel, elevou as preocupações sobre a segurança dos brasileiros na área.

Os feridos estavam em uma residência atingida durante a ofensiva O Ministério das Relações Exteriores do Brasil confirmou o ocorrido. Porém, detalhes sobre os responsáveis pelo ataque, a identidade dos brasileiros afetados e suas condições de saúde ainda não foram divulgados.

Diante da escalada de tensão, a Embaixada do Brasil em Beirute emitiu um comunicado através do Ministério das Relações Exteriores (MRE) no qual aconselha os cidadãos brasileiros cuja permanência no Líbano não seja essencial a considerarem deixar o país até que a situação normalize. Além disso, enfatizou a importância dos cidadãos seguirem as instruções de segurança das autoridades locais, adotarem medidas de precaução adicionais e evitarem áreas como o sul do Líbano e proximidades da fronteira.

Etadão Conteúdo

Michel Temer aceita convite de Bolsonaro para ser enviado especial ao Líbano

(Foto: Isac Nóbrega/Presidência da República)

O ex-presidente Michel Temer aceitou o convite do presidente Jair Bolsonaro e será o enviado especial brasileiro ao Líbano. Segundo pessoas envolvidas nas tratativas, os detalhes serão acertados nesta segunda-feira (10).

O plano é enviar um avião KC-390 com medicamentos, mantimentos e outras doações para ajudar o Líbano, que enfrenta uma crise sem precedentes depois que uma explosão no porto de Beirute provocou a morte de mais de uma centena de pessoas.

A iniciativa é parecida com o que já ocorre nos Estados Unidos onde ex-presidentes costumam liderar missões humanitárias. Com a presença de Temer, que tem ascendência libanesa, a diplomacia brasileira quer dar maior relevância à missão.

Os contatos entre Bolsonaro e Temer começaram no dia seguinte ao acidente, ocorrido na terça-feira. O presidente ligou para seu antecessor informando que pretendia coordenar uma ajuda para o Líbano e pediu a Temer que fizesse a ponte com a comunidade libanesa no Brasil, que é expressiva.

Em reunião com líderes internacionais ocorrida neste domingo (8), Bolsonaro revelou o envio da avião com a missão humanitária e o convite para que Temer liderasse a delegação. O Brasil também deve mandar um navio com quatro toneladas de arroz.

O gesto sela uma aproximação entre Bolsonaro e Temer, que se intensificou pouco antes da saída do ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, do cargo, por conta dos ataques feitos por ele ao Supremo Tribunal Federal (STF). Temer vem aconselhando Bolsonaro a moderar o discurso e evitar falas polêmicas em público.

Em nota, o ex-presidente Michel Temer afirmou estar honrado com o convite feito pelo presidente Jair Bolsonaro para chefiar a missão humanitária do Brasil no Líbano. Temer também declarou que quando o ato for publicado no Diário Oficial, serão tomadas as medidas necessárias para viabilizar a tarefa.

Suape armazena nitrato de amônio em condições seguras, diz administração

A megaexplosão no Porto de Beirute, no Líbano, ocorrida na última terça-feira (4), lançou alerta sobre o uso e armazenamento do nitrato de amônio em todo o mundo, principalmente em áreas portuárias. A substância química é apontada pelo governo libanês como causa da tragédia. Em Pernambuco, os portos de Suape e do Recife recebem cargas do material, segundo as respectivas administrações.

No Porto de Suape, em Ipojuca, no Litoral Sul, há cerca de 700 toneladas guardadas em condições seguras e vistoriadas, segundo a administração. Já no Porto do Recife, no Bairro do Recife, área central da capital pernambucana, a última carga, de mais de 5 mil toneladas, chegou em janeiro de 2019, e foi diretamente encaminhada aos caminhões das distribuidoras, sem a necessidade de armazenamento.

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