Investigação do juiz morto será acompanhado por promotores e por grupo do Ministério Público

O caso do assassinato do juiz de direito Paulo Torres Pereira da Silva, de 69 anos, será acompanhado por promotores de Justiça de Jaboatão dos Guararapes, em conjunto com o Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público de Pernambuco (Gaeco/MPPE). A decisão é do procurador-geral de Justiça, Marcos Carvalho, e foi divulgada neste sábado (21).

O acompanhamento da investigação, iniciada pela Polícia Civil, tem como intuito ajudar a identificar os responsáveis pela morte do juiz, que foi morto com tiro na nuca dentro do próprio carro na noite de quinta-feira (19), no bairro de Candeias, em Jaboatão dos Guararapes. Em coletiva de imprensa na sexta-feira, a Polícia Civil informou que os bens do magistrado não foram levados após o crime e ressaltou que a polícia não descarta nenhuma linha de investigação sobre o caso.

“No local, verificamos o modelo do carro dos criminosos, mas não vamos divulgar para não atrapalhar as investigações, mas a informação que nos passaram é que os suspeitos não estavam encapuzados, e sim usando máscaras cirúrgicas, mas são as imagens que vão identificar se houve ou não esse desembarque”, explicou a delegada Euricélia Nogueira, da Força-Tarefa de Homicídios do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).

Paulo Torres da Silva foi velado e cremado nesta sexta (20), no Cemitério  Memorial Guararapes, na mesma cidade.

O filho do juiz, Daniel Torres, de 44 anos, descreveu o pai como “um esposo maravilhoso, um baita de um pai e um avô completamente encantado pelas netas”. Já a assessora do juiz, Mariana Gaião disse que atuou na 21ª Vara Cível do Recife, com Paulo Torres, e que “aprendeu muito” com ele.

No velório, o presidente do TJPE, Luiz Carlos Figueiredo, afirmou que  a expectativa é que a polícia faça o trabalho de prender e que ocorra um julgamento justo. “É preciso ter a condenação e a prisão”, completou.

Diário de Pernambuco