Júlio Cesar conquista ouro no atletismo e bate recorde mundial

O Brasil conquistou seu primeiro ouro no atletismo na Paralimpíadas. Nesta sexta-feira, 30, Júlio Cesar não deu chance para os adversários e foi campeão dos 5000m da classe T11. De quebra, Júlio ainda bateu o recorde mundial, somando 14min48s85. O Brasil também conseguiu uma dobradinha no pódio, com Yeltsin Jacques levando o bronze.

Julio se manteve na liderança durante praticamente toda a prova. O atleta começou com um ritmo mais contido, mas logo ganhou velocidade e assumiu a primeira colocação. Restando três voltas para o fim, a vantagem só aumentou.

“Obrigado a todos pelo carinho. Para mim, é uma emoção muito grande. Isso mostra o poder que a gente que saiu da periferia tem. Quando comecei a correr, só tinha um campinho de futebol e a minha determinação. Com muita força de vontade cheguei aqui. Não tive força nenhuma da minha cidade. Espero que agora eles arrumem aquele campinho. Não quero repercussão para mim, e sim fazer a diferença para o meu bairro e para a sociedade. É muito importante ter o esporte na nossa cidade, no nosso bairro. Que essa medalha seja para aquelas crianças. É possível sofrer com tantas dificuldades na vida e ser campeão paralímpico. Isso mostra o quanto o periférico sabe que sua hora vai chegar”, falou o campeão olímpico e recordista mundial após a prova.

A Tarde

Jogos Paralímpicos Brasil vence Ruanda na estreia do vôlei sentado feminino

O  Brasil largou bem no vôlei sentado ao derrotar Ruanda por 3 sets a 0, com parciais de 25×13, 25×10 e 25×7,  nesta quinta-feira (29), pelos Jogos Paralímpicos de Paris. Com o resultado, a equipe assumiu a liderança do Grupo B, que ainda tem Eslovênia e Canadá. As canadenses, aliás, serão as próximas adversárias do Brasil, no sábado (31), às 15h (horário de Brasília).

Na estreia, as brasileiras – atuais campeãs do mundo e medalhistas de bronze em Tóquio – não tiveram dificuldades para derrotar a seleção africana. Um dado chamou a atenção. Suellen, maior pontuadora da partida, anotou 23 pontos, quase igualando o total marcado por Ruanda no duelo inteiro (30).

No vôlei sentado, são duas chaves com quatro equipes cada. As duas melhores de cada grupo avançam às semifinais e têm garantida a disputa por uma medalha. Na sexta-feira (30), será a vez da estreia da seleção masculina. A equipe enfrenta a Alemanha a partir das 13h. A seleção brasileira está no Grupo B, junto com Irã e Ucrânia.

Agência Brasil

Cerimônia de Abertura da Paralimpíada faz crítica à falta de inclusão da pessoa com deficiência

Uma celebração a “todos os corpos” e com boa dose de (auto)crítica às insuficientes iniciativas da sociedade para a inclusão da pessoa com deficiência marcam a Cerimônia de Abertura da Paralimpíada de Paris-2024.A festa celebrada nesta quarta-feira (28) tinha como objetivo a reflexão e Alexander Ekman, responsável pelas coreografias desta festa, com cerca de 500 artistas, nos convidou a pensar em uma sociedade mais inclusiva.

A Paralimpíada de Paris, a primeira a ser realizada na cidade, se estenderá até 8 de setembro. Thomas Jolly, o diretor desta Cerimônia intitulada “Paradoxo”, quis deixar uma marca, transmitir uma mensagem sensível. E conseguiu: o paradoxo entre uma sociedade que afirma ser inclusiva, mas continua “cheia de preconceito em relação às pessoas com deficiência”, população esta que chega a 15% da população mundial.

E o paradoxo já deu as caras antes mesmo da festa começar: a Champs-Elysées, a avenida mais famosa de Paris, teve de ganhar camada de asfalto liso para que os cadeirantes pudessem desfilar sem ficar trepidando. E o governo da região de Île-de-France prometeu “metrô para todos”, cujo projeto de acessibilidade de todo o sistema está estimado entre 15 e 20 bilhões de euros, a ser entregue ao longo de duas décadas. Cerca de 3% das estações de metrô de Paris são acessíveis.

Assim como a Cerimônia de Abertura da Olimpíada, às margens do rio Sena, a Cerimônia da Paralimpíada foi realizada fora do principal estádio de atletismo do evento. Desta vez, o palco foi a Champs-Elysées, onde acontece o desfile das 168 delegações, além da Praça da Concórdia. Sem chuva, a grande vilã da festa olímpica, esta cerimônia tem clima festivo e bom humor. O fio condutor de “Paradoxo” é a relação entre dois grupos: a “gangue criativa” e a “sociedade rígida”. Esses grupos interagem durante toda a cerimônia, em situações diversas.

Houve a exibição de um curta-metragem apresentando por Théo Curin, nadador francês que participou dos Jogos Paralímpicos Rio-2016. Dançarinos da “gangue criativa” e da “sociedade rígida” tomaram o palco da Praça da Concórdia ao som do famoso pianista Chilly Gonzales.

Somente em um segundo momento, esses grupos começaram a interagir. Foi ao som da artista francesa Christine e The Queens, que apresentou nova versão da icônica canção de Édith Piaf, “Non, je neregrette rien”. Membros da sociedade rígida tiraram os óculos. Uma bonita mensagem.

O desfile dos aletas acontece após show da Patrulha Acrobática Francesa que coloriu o céú de Paris com as cores da bandeira da França. E a delegação brasileira, de agasalhos azuis e chapéus amarelos e azuis, foi muito aplaudida. Fez festa, “ola” e não parou quieta na área reservada. Após os protocolos oficiais, discursos e juramentos, a chama paralímpica chegará ao local. O mesmo caldeirão usado na Olimpíada brilhará para a Paralimpíada e ficará exposto nos Jardins das Tulherias preso a um balão até o dia 8 de setembro.

Brasil na Paralimpíada-2024

O Brasil pode conquistar as primeiras medalhas paralímpicas já nesta quinta-feira (29). Caso os atletas do país avancem em todas as possibilidades, serão 14 finalistas da delegação na data inaugural de competições na França. A modalidade com maior número de atletas com chances de brigar pelo pódio nesta quinta-feira é a natação. Doze nadadores do Brasil entrarão na água na estreia da modalidade.

Onze deles disputarão as classificatórias na manhã francesa e, se avançarem, farão as finais no final da tarde e início da noite na Arena La Défense. Um deles é o mineiro Gabriel Araújo (S2, limitações físico-motoras), escolhido para ser um dos porta-bandeiras do Brasil na Cerimônia de Abertura. Gabriel nadará os 100m costas.

Outra nadadora que estreará em Paris nesta quinta-feira é a pernambucana Carol Santiago (S12, baixa visão), a mulher do Brasil com mais medalhas paralímpicas em Paris-2024. Dona de cinco medalhas nos Jogos de Tóquio 2020, a atleta disputará os 100m borboleta. Além dos doze nadadores, o ciclista goiano Carlos Alberto Soares vai disputar a prova de perseguição 3000m (C1, bicicletas convencionais) e também poderá entrar na luta por um lugar no pódio.

A lutadora gaúcha de taekwondo Maria Eduarda Stumpf, da categoria até 52 kg, também pode chegar à zona de medalha. O Brasil será representado em outras modalidades nesta quinta-feira, mas sem disputas de finais na data: badminton, vôlei sentado, tiro com arco, bocha, tênis de mesa e goalball.

Agência O Globo

Brasil inicia Jogos Paralímpicos em busca de campanha histórica

O Brasil inicia a disputa dos Jogos Paralímpicos de Paris (França) com a meta de realizar a campanha mais vitoriosa de sua história. Para isto, o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) enviou para a capital francesa a maior delegação brasileira da história da competição: o total de 280 atletas, sendo 255 com deficiência, 19 atletas guia (18 para o atletismo e 1 para o triatlo), três calheiros da bocha, dois goleiros do futebol de cegos e um timoneiro do remo.

“Temos, no nosso plano estratégico, formulado em 2017, a meta de conquistar entre 70 e 90 medalhas e de ficar entre os oito primeiros. Mas a nossa real expectativa é de que o Brasil possa fazer em Paris a melhor campanha de todos os tempos”, declarou o presidente do CPB, Mizael Conrado, sobre a expectativa de campanha do Brasil nos Jogos de Paris, que serão realizados entre a esta quarta-feira (28) e o dia 8 de setembro.

O objetivo é ultrapassar as campanhas dos Jogos do Rio (2016) e de Tóquio (2020), nos quais, em cada, o Brasil conquistou o total de 72 medalhas. Porém, foi no Japão que o país estabeleceu o recorde de ouros, 22, superando a marca dos Jogos de Londres (2012), quando 21 brasileiros subiram ao lugar mais alto do pódio. Em 2016 foram conquistados 14 ouros.

E as possibilidades de cumprir uma campanha inesquecível na capital francesa serão inúmeras, pois o Brasil estará representado em 20 das 22 modalidades: atletismo, badminton, bocha, canoagem, ciclismo, esgrima em cadeira de rodas, futebol de cegos, goalball, hipismo, halterofilismo, judô, natação, remo, tênis em cadeira de rodas, taekwondo, tênis de mesa, tiro com arco, tiro esportivo, triatlo e vôlei sentado. Só não haverá brasileiros no basquete em cadeira de rodas e no rúgbi em cadeira de rodas.

Em busca da medalha 400
Na história dos Jogos Paralímpicos, que teve sua primeira edição em Roma (1960), o Brasil tem um total de 373 medalhas (109 ouros, 132 pratas e 132 bronzes). Assim, faltam 27 pódios para a conquista de número 400.

A Cerimônia de Abertura dos Jogos de Paris será realizada a partir das 15h (horário de Brasília) desta quarta. O evento será realizado de maneira inédita fora de um estádio, com o desfile dos atletas partindo da parte inferior da avenida Champs-Elysées se estendendo pelo coração da capital francesa até a icônica Place de la Concorde.

Agência Brasil

Atletas paralímpicos do Vale voltam para casa após boa participação em Tóquio

Foto: Reprodução/TV Grande Rio

O feriado do 7 de setembro foi marcado pela recepção aos atletas paralímpicos do Vale, Raimundo Nonato e Samira Brito. Eles estiveram representando o Brasil nas Paralimpíadas de Tóquio, Japão, que chegou ao fim no último final de semana.

O avião com a dupla desembarcou no início da tarde de ontem. Nonato voltou para casa com uma bagagem extra, o ouro no futebol de 5. Já Samira somou duas finais no paratletismo. Outra atleta que esteve no Japão foi Fernanda Yara, também do atletismo.

“Fico muito feliz por todo mundo ter acompanhado, torcido, vibrado e agora é só comemorar“, disse Nonato ao Globo Esporte de Petrolina. Além deles, Fernanda Yara também representou Petrolina e o Sertão nas Paralimpíadas.

Brasil encerra participação nas Paralimpíadas com 72 medalhas

Brasil encerrou competição igualando número de pódios do Rio 2016 (Foto: Comitê Paralímpico/Twitter)

Os Jogos Paralímpicos de Tóquio terminaram neste domingo (5). E a delegação brasileira tem muito a celebrar. Foram 72 medalhas, igualando o mesmo número do Rio 2016. Mas há diferenças: enquanto no Rio de Janeiro o Time Brasil ficou na oitava colocação no quadro geral, neste ano, o grupo fechou a edição em sétimo.

Foram 22 ouros, 20 pratas e 30 bronzes. No Rio 2016, foram 14 ouros, 29 pratas e 29 bronzes. O último dia de prova teve conquistas como a prata na tradicional prova da maratona, com Alex Douglas , da classe T46. Foi a última do país nesta edição.

Petrolina teve duas representantes no atletismo: Samira Brito e Fernanda Yara. Orocó de nascimento e petrolinense de coração, Raimundo Nonato volta para casa com o ouro conquistado no futebol de 5, no último sábado.

Nonato brilha e ajuda Brasil a conquistar ouro no Futebol de 5

Nonato anotou o único gol da final (Foto: Getty Images)

O sábado (4) começou com sabor de ouro para o pernambucano Raimundo Nonato, atleta da Seleção Brasileira de Futebol de 5. Natural de Orocó e petrolinense de coração, Nonato anotou o gol que garantiu o penta nos Jogos Paralímpicos de Tóquio.

O gol saiu de uma bela jogada individual do camisa 8, que driblou vários argentinos, para finalizar no ângulo. A pintura de Nonato foi o único gol da final, contra a Argentina. Com esse resultado, ele soma três ouros em Jogos Paralímpicos.

A primeira medalha veio em Londres (2012). O bi aconteceu no Rio de Janeiro (2016) e o trio, do outro lado do mundo. Além de Nonato, o Sertão esteve representando no atletismo com Fernanda Yara e Samira Brito.

Paratleta da APA Petrolina, Samira Brito, é convocada para os Jogos Paralímpicos de Tóquio

A paratleta da Associação Petrolinense de Atletismo (APA), Samira Brito foi convocada para a Seleção Brasileira que vai disputar os Jogos Paralímpicos de Tóquio, no Japão, de 24 de agosto a 05 de setembro.  O anúncio oficial da convocação foi realizado nesta terça-feira (06), pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).

Aos 31 anos, Samira é a 2ª colocada no ranking mundial dos 100 e 200 metros na categoria T36-Paralisia Cerebral. A convocação para representar o Brasil veio para coroar os excelentes resultados conquistados pela paratleta e sua equipe.

“Estou muito feliz. Agradeço a APA, meu treinador, e vou buscar a minha medalha”, afirmou Samira ao saber da convocação.

Com apenas cinco anos na categoria, a petrolinense já tem no currículo o título de Campeã Brasileira, Campeã Norte-Nordeste e foi eleita a melhor atleta do Regional no ano de 2020.